Jorge F. Isah
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Algo que os inimigos de Deus insistem em desprezar são as evidências bíblicas. Tenho por evidências o seu significado principal: aquilo que é incontestável, que todos veem ou podem ver e verificar; mas esclareço também: por inimigo de Deus reputo aquele que considera bastar à amizade ser simpatizante ou pessoa que reconhece a existência divina. Qualquer um, seja qual o seu grau de tolice, pode fazê-lo. É claro que haverá sempre os tolos excessivos em sua soberba e que acreditam em sua autonomia para negá-la. Esses são os tipicamente acometidos pela tolice extrema, um caso grave de obstinação teimosa ou obstinada teimosia que, em último caso, acreditam-se eles próprios o seu único deus. Há variações em que eles são acompanhados por outros deuses, seja a ciência, a natureza ou delírios quase patológicos em que as criaturas, numa tentativa sempre frustrada, são entronizadas no trono que não lhes pertence. Conheço pessoas que desconsideram a existência de Deus, mas não se furtam a lançar a sua fé sobre et's e duendes. Para eles, é mais fácil crer em um et com uma mente iluminada que atravessou milhares e mesmo milhões de anos-luz para nos conhecer ou viver entre nós. Talvez, por isso, canais como o Discovery ou History não se casam de produzir programas sobre as muitas visitas alienígenas à Terra, numa prova inconteste da incredulidade no verdadeiro e a crença no falso. E tudo isso para eles tem um caráter científico e historiográfico, ainda que não passem de investigações teóricas, mas que, para muitos, vão além disso e se tornam em fatos, em realidade. Portanto, não basta dizer que se ama a Deus, porque o amor, por mais nobre sentimento que seja, se for em relação ao objeto inexistente é um amor fictício e fantasioso, que significará apenas uma espécie de autoamor, de um amor que tem como fim último a si mesmo e não ao outrem. Posto que não passará de nada além de uma ideia acalentada e mantida pela própria mente que a criou. Insisto que inimigos são todos aqueles que rejeitam, em maior ou menor grau, o Deus bíblico. E nesse rol é possível enquadrar uma ampla gama de crentes que dizem conhecer o que não conhecem, entender o que não entendem ou pôr a fé em nada além de si mesmo e suas opiniões. Não há um aprofundamento e investigação honesta, sincera, na busca da verdade. Apenas o querer satisfazer-se mais rápida e prontamente, e gasta-se o restante do tempo em aperfeiçoar algo sem fundamento, ou melhor, fundamentado na incerteza. A esse o Senhor chamou-o insensato, pois ao invés de ouvir e cumprir as suas palavras, como o construtor que ergue a sua casa na rocha, ele as descumpri, como aquele que constrói a casa na areia [Mt 7.24-29].
Digo isso porque, em linhas gerais, os inimigos de Deus são reducionistas em suas mentes racionalistas. Eles se queixam de que nós, "fundamentalistas", somos ignorantes e obtusos em nossas proposições, mas esquecem-se de olhar no espelho. Pensando-se superiores e racionais, acabam por assumir a própria inferioridade e irracionalidade. No fim-das-contas são como meninos mimados de quem se tirou o pirulito. Repetem os mesmos chavões e inconsistências; para eles, o branco da luz é apenas o branco e nada mais. Mas esquecem-se de que o branco da luz é a combinação de muitas outras cores. Na verdade, eles sabem, mas fingem não saber. O mesmo se dá em relação ao Deus bíblico, eles o ignoram não porque não haja evidências, mas por não as aceitar. O não reconhecimento passa a ser uma obstinação insensata, fruto da tolice, mas essa é proveniente da soberba de não ter a quem responder, nem ter de responder. No fundo, há o interesse de não se ser responsável por si mesmo, ainda que aceitem, em menor grau, a responsabilidade social, em relação ao outro; o que, cada vez mais, vem sendo relativizado, onde a responsabilidade pessoal é transferida ao grupo ou coletivo.
Mas o que isso tudo tem a ver com a doutrina da Triunidade?, perguntaria alguém.
O fato é que os antitrinitarianos são o exemplo de mentalidade reducionista, fruto do racionalismo. Assim como o ateísmo rejeita a Deus, e o homem, em sua condição de criatura divina, postula uma fórmula estupidificante e antinatural como o materialismo, os antitrinitarianos rejeitam a revelação do Deus Triuno para se embrenharem num simplismo bem ao estilo pagão do unitarismo. O mesmo problema acontece quando nos acusam de triteísmo, temos o reducionismo novamente. Quando dizem que o termo "Trindade" não se encontra na Bíblia, olha ele lá novamente. E se atentarmos para toda a argumentação deles, por mais elaborada que seja, por mais sofisticada que pareça, sempre estará evidente o reducionismo e o simplismo e, invariavelmente, uma boa dose de desonestidade intelectual [e muitos sequer imaginam-se assim, o que é pior]. Mas para não ficar apenas nas palavras vãs, como alguns podem sugestionar, vamos ao que interessa, a irrefutabilidade bíblica da Triunidade.
Não vou repetir aqui o que já disse outras vezes, especialmente neste estudo sobre o ser de Deus, que é o capítulo dois da CFB de 1689, mas analisar biblicamente a doutrina da Trinunidade. Pois bem, dias desses, assisti ao vídeo do pr. Paulo Romeiro no site Internautas Cristãos, do amigo Incendiário, como uma prova incontestável da doutrina da Trindade. À primeira vista, fiquei realmente embasbacado com a prova. Primeiro, assista o vídeo, e depois continuamos, na próxima aula.
Pr. Paulo Romeiro fala a Trindade em Isaías 6:
Notas: 1- O áudio desta aula trata dos seguintes assuntos não abordados no texto: Revelação progressiva; a Trindade no Antigo Testamento [os nomes de Deus no plural, o anjo do Senhor, etc] e no Novo Testamento [A fórmula batismal, a bênção apostólica, etc], entre outros.
2- Aula realizada na EBD do Tabernáculo Batista Bíblico
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O irmão está de parabéns, pelo fato de está sempre desenvolvendo o dom de grande escritor que o irmão é.
ResponderExcluirA Bíblia diz " que homem nenhum pode buscar a Deus por si próprio", e o irmão desenvolveu esta tese bíblica de uma maneira explêndida teologicamente e filosoficamente usando têrmos específicos e usando apologética para defender a Santíssima Trindade. Deus te abençõe e mande um forte abraço pra toda família e igreja.
Muito obrigado o comp. está sendo uma bênção pra mim e toda família! Continue mandando suas aulas.
Pr. Júlio César de Salles
Pr. Júlio,
ResponderExcluirObrigado! Fico feliz em saber que tem sido abençoado com as aulas, assim como eu também, pois sou o primeiro a aprender com o que Deus nos deixou pelo ensino de outros irmãos, e por aquilo que o seu Santo Espírito nos revela. Que ele nos instrua sempre na verdade.
Grande e forte abraço!... Saudades dos irmãos!
Cristo os abençoe!
Há muito tempo não compareço para falar algo a você meu irmão. Escritor você já era a muito tempo, apenas a sua pena agora está a serviço de uma mente cativa pelo Senhor e não mais a serviço do lixo mundano. Que eterno e soberano e único Deus e Senhor de todos nós, oa abençoe sempre e sempre, e em mais esse "novo" ano, amém. Um grande beijo extensivo a todos das sua querida família.
ResponderExcluirHelvécio, meu amigo e irmão!
ResponderExcluirMuito obrigado, e que o Senhor o abençoe, à Rose, à Jô e esposo, e ao Helvecinho. Que tenham um ano-novo repleto da graça de Deus!
Grande abraço!