20 dezembro 2010

A rejeição da Lei e a abolição do Evangelho












Por Jorge Fernandes Isah

Ao ler o trecho abaixo, veio-me à mente o quanto o entendimento da Lei tem sido preterido e negligenciado entre os cristãos, ao ponto de, com raras exceções, todos considerarem que, de alguma forma, com a encarnação do Senhor, ocorreu também a abolição da lei. Este é um comentário sobre essa falsa premissa, que espero, se Deus quiser, complementarei em futuras postagens.


Primeiramente, vamos à frase: “As leis cerimoniais, as leis civis e o código penal foram anulados, e a lei moral recebeu mais esclarecimentos na pessoa e nos ensinos de Jesus Cristo"[1].


Ora, o que temos aqui? Se Cristo veio cumprir a lei, e elevou-a a condição muito superior, ao ponto em que não se é preciso cometer o delito, mas somente idealizá-lo para que o pecado seja consumado, como a lei foi anulada? E, em qual sentido o foi? E mais, quem a anulou?


Quer dizer que tudo o que Deus estabeleceu como abominação, como odioso aos seus olhos e, por isso, merecedor de castigo, escrito na Lei, foi abolido e não o desagrada mais? Não há código moral e ético vigente? Passamos a viver no “faça o que quer, me deixe fazer o que quero”? Essa mentalidade não está próxima da visão pós-moderna e relativista do mundo atual? Ou, mesmo pior, pois elimina qualquer critério de justiça e moral? Ao menos os relativistas acreditam numa moral pessoal e subjetiva; no conceito acima, não se chega nem a isso. Então, como viveremos? Livres para pecar e cometer delitos?


Outra questão que me vem à mente é: seria Deus mutável ao ponto de alterar sua escala de valores? E dar por errado o que é certo? E dar por imoral o que é moral? E desdizer o que disse? E eliminar o que estabeleceu?... O que se está a defender é a não unidade da Escritura e, por conseguinte, a não perfeição divina.

Cristo é superior à Lei, inclusive, na exigência de se cumpri-la. Não basta uma conduta exterior, mas ela também tem de ser interior. De nada adianta eu não ir para o motel com uma amante, se penso em levá-la e ter conjunção carnal, mesmo que somente em pensamento. De nada adianta não roubar, se o tempo todo estou a cobiçar o que é de outrem. Nem fraudar, se estou a proferir “mentirinhas” a cada dez palavras pronunciadas. Para Cristo, não basta limpar o exterior do copo e do prato, mas o seu interior [MT 23.26]. O que não quer dizer que o exterior não deva ser limpo, também. Acontece que essa é uma questão afeita somente aos eleitos, àqueles que são capacitados por ele a se manterem limpos por dentro e por fora, em seu caráter santificador. Por que Cristo veio nos libertar do jugo da lei, da sua conseqüência mais grave, a condenação, “para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” [Rm 7.6]. Paulo, em seguida, arrematou: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçaras” [v.7]. Este é um verso “knock down”, daqueles que lança o interlocutor distraído à lona. Pois, se a lei foi abolida, também o pecado o foi; se a lei foi abolida, não há necessidade de Salvador, nem de salvação, pois todos estão salvos. Se esse é o entendimento, não há necessidade de Evangelho nem de sua proclamação, pois o reino já é efetivamente verdade na vida de todos os homens; e todas as demais promessas que falam de julgamento, tribunal, condenação, juízo, e punição no inferno, não passam de lendas, ou quando muito uma ficção do que poderia ser o futuro, caso a lei não fosse abolida. Paulo ratifica esta idéia ao dizer: “porquanto sem a lei estava morto o pecado” [v. 8].

Alguns acrescentarão: mas a lei foi abolida apenas para os salvos, por aqueles que Cristo morreu, o qual pregou-a no madeiro [2]... É, porém, os antilei não a querem também para os ímpios, nem que a sociedade seja regida por ela; preferem uma lei regida e controlada pela mente e pela cultura humana; então, como fica o beco-sem-saída que os antilei criaram para si mesmos?... O certo é que a lei deve ser cumprida por todos, eleitos e réprobos; não como algo apenas espontâneo, que se deve obedecer por vontade própria, mas por coerção, e temor ao castigo oriundo da quebra da lei.

Cristo também disse que não veio abolir a Lei, mas cumpri-la; como exigência para que os eleitos fossem salvos, não para que fossem dispensados de cumpri-la. Isso revelaria um “cristo antinomiano”, que sequer se importaria em cumprir, ele mesmo, a lei. Porque desprezá-la é um claro sinal de rebeldia, e não de obediência, a qual o Senhor sempre teve pelo Pai e sua Lei. Se Cristo tivesse abolido-a, estaria a dar carta-branca para o livre-pecador, de tal forma que não haveria abundância da graça, mas da iniqüidade. Uma perversão no sentido de graça, de justiça e santidade divinas. E o que é pior, anulando-as completamente, o que significaria anular a própria natureza divina.

Somos salvos, mas não somos livres para pecar, ao contrário, somos livres para não pecar.


O erro portanto está em anular o que Deus não anulou; achando que anulou, quando o que o homem quer é anulá-lo para gozar uma liberdade que não se tem.


O próprio julgamento final, e a condenação ao inferno daqueles que descumpriram a lei, demonstram a sua validade, pois como Paulo disse, ninguém é justificado pela Lei, mas por ela todos são  julgados e condenados; “de outro modo, como julgará Deus o mundo?” [Rm 3.6]. Cristo veio trazer salvação e redenção para o seu povo, mas o povo que não é seu, será condenado pela Lei, em seu caráter penal. Não se esqueça de que o inferno é a penitenciária de segurança máxima que Deus estabeleceu para o diabo, seus anjos e os ímpios, por toda a eternidade. E lá, a pena não se paga jamais; como o Senhor disse, o inferno é o lugar onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga [Mc 9.44].


O estranho é que, com uma falsa idéia na cabeça, muitos cristãos se opõem ao caráter político da lei, de que o ímpio pode ser punido no inferno, mas não pode sê-lo aqui no mundo. Há até mesmo a defesa da lei humana sobre a divina, numa clara inversão de valores, como se a lei de Deus não fosse atemporal, permanente, para todos os homens e nações. Chega a ser desesperadora a forma como muitos defendem a não aplicabilidade da lei no mundo atual. Como se o crime fosse mais justo do que a sua prescrição legal, como se a pena fosse injusta, e o ato criminoso, assim como o seu autor, devessem estar sempre debaixo da indulgência da sociedade. Essa mentalidade de que somos responsáveis pelo criminoso e o seu crime, mas não somos responsáveis por puni-lo e evitar que incorra novamente em delito, não é somente um tiro no pé, mas na própria cabeça, e na alma de quem pensa assim. Parece-me que a distorção é tão grande, o foco escriturístico perdido há tempos, que não resta outra saída a não ser perpetuar a injustiça, pois a Lei justa, perfeita e santa, assim como é justo, perfeito e santo o seu Autor, Juiz e Executor, que a deu a todos indistintamente, não tem mais lugar no presente século, no mundo moderno.

Contudo, não foi isso o que Cristo disse, como está escrito: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus" [Mt 5.17-20].

O Senhor enfatiza algumas coisas nestes versos:

1-    Ele não veio destruir a lei ou os profetas;

2-    Até que o céu e a terra passem, nem um jota ou til da lei passará sem que tudo seja cumprido [e o cumprimento dela no Calvário se deu para os eleitos; mas os ímpios estão debaixo dela, e sujeitos a ela, no que ainda ela não se cumpriu integralmente, o que acontecerá no Juízo Final].

3-    Qualquer que violar um destes mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no reino dos céus.

4-    Qualquer que ensinar e cumpri-los será chamado grande no reino dos céus.

Interessante que o Senhor usa a expressão “jota e til” para indicar os menores e menos importantes detalhes da lei, porém, como provenientes de Deus, são duradouros e devem ser observados. Promover a injustiça torna o seu promotor em injusto; defender a não cumprabilidade da lei é um erro gravíssimo, uma rebelião com sérias conseqüências e riscos aos que assim pensam, porque, ao assim agirem, estão a tentar enfraquecer a sua obrigatoriedade, a diminuir a sua abrangência, destituí-la de significado e relativizar o absoluto; um golpe atrevido por demais, com a intenção de tornar em verdade a mentira, de se reescrever a palavra de Deus pela fraude de uma pretensa espiritualidade.

Defender a descontinuidade da lei em seu aspecto legal, tanto civil como penal, é proclamar o reino da injustiça e dizer que nos tornamos mais sábios do que o próprio Deus, por isso, desprezamos o seu conselho, ficando com o nosso. Ou será que o salmista também perdeu-se no tempo, juntamente com a sua afirmação de que “abomino e odeio a mentira, mas amo a tua lei” [Sl 119.163]? Há descontinuidade na Bíblia? Ou temo-la por inteira, como a fiel palavra de Deus?

Sabemos que Cristo aboliu o caráter sacrificial e cerimonial da Lei, pois não é mais necessário que se imole carneiros e bodes para expiar os pecados, pois o Senhor já o fez por nós, uma única vez, na cruz. Portanto, não há essa necessidade; até mesmo porque Paulo nos diz que o sacrifício de touros e bodes não pode expiar os pecados, pelo contrário, imolá-los significava comemorar os pecados... De tal forma que sacrifícios, holocaustos e oblações pelo pecado não lhe agradaram, mas eis que Cristo veio para fazer, ó Deus, a tua vontade. “Tira o primeiro, para estabelecer o segundo” [Hb 10.9]. Deus não se agradava do primeiro sacrifício, por isso ele foi tirado e substituído pelo segundo, o qual Cristo o cumpriu integralmente, e do qual o Pai se alegrou. Aqui temos claramente uma ordem divina abolindo a lei sacrificial, pois ela era “sombra dos bens futuros; e não a imagem exata das coisas” [Hb 10.1].  Eram como símbolos apontando para o Redentor e Salvador das almas daqueles que creriam, e por isso, cumpriram a lei cerimonial ao sacrificar os animais; mesmo sabendo da sua inutilidade para expiar os pecados, mesmo sabendo que teriam de voltar a fazê-lo ano após ano, mas reconheciam a necessidade de obediência, de se observar aquilo que Deus estabelecera como prova de sujeição e amor ao seu santo e bendito nome. Quem pode questioná-lo?, diria Paulo; mas, quem és tu ó homem que a Deus replicas? [Rm 9.20]

As contradições no pensar do crente atual é que me são estranhas, por como pensam e o que pensam. De um lado, dizem que a Lei Moral, resumida nos Dez Mandamentos, prevalece para hoje e para o crente. Porém negam haver continuidade da lei judicial e penal, assim como da lei civil. Ora, se a Lei Moral condena pecados descritos e condenados na lei judicial e penal, bem como na civil, como se é possível defender um ponto e não defender os outros? Ou apenas se defende a exposição dos pecados sem defender a punição? A lei civil e penal nada mais é do que o detalhamento da Lei Moral, a fim de que o homem, em sua corrupção, não distorça e anule a Lei em sua aplicabilidade, fazendo-se ele mesmo legislador e juiz da sua causa.

Para piorar a situação, a base bíblica usada para a abolição da lei, não existe. Há várias distorções do seu sentido, confundindo-o com graça, salvação, evangelismo; confundindo-o com o caráter expiatório de Cristo, mas nada que corrobore a sua não legitimidade. O que normalmente se faz é afirmar uma coisa e negar as outras, sentenciando-as como verdade sem o respaldo escriturístico, o que as tornam falsas em suas afirmações de pôr fim ao pecado e as obras do mal, acusando-as sem condená-las. Seria dizer que o tiro matou, mas a bala não foi a causadora da morte, e sim o estampido da arma. Isso apenas descredencia o Evangelho, divide-o, esfacela-o, e faz de Deus um deus ambivalente, ao desejar que o seu povo ame a lei, e instantes depois a desprezem [visto que o ódio dos ímpios é natural, pois está a coibir-lhes a natureza pecaminosa]. Desta forma, constroem sobre o fundamento, Cristo, paredes de pau-a-pique tortas, que à primeira fagulha, ateia-se fogo em toda a casa, ainda que o fundamento não possa jamais ser queimado ou destruído. Tornam suas afirmativas em especulações sem fundamento, cuja base é tão somente opinativa ou pessoalmente preferencial, a partir de generalizações vagas e infundadas.

Outro erro é dizer que a lei somente pode e deve ser cumprida pelo crente, que através da regeneração e pelo poder do Espírito Santo buscará a santificação. Seria o que se chama de integridade ética aplicada na integralidade de vida. Ela serviria como parâmetro para se avaliar a vida cristã, "como um termômetro a medir a intensidade do nosso amor por Deus, da obediência à lei dele e da nossa dependência dele para a vida" [3]. Acontece que a Lei foi dada para a nação de Israel, o que representa dizer que foi entregue a crentes e descrentes, como o plano de Deus para que assim houvesse justiça e paz social, muito além do seu caráter meramente pedagógico [como aio] ou didático. Não se pode excluir o efeito justo e pacificador da Lei, pois ela foi produzida pelo Deus santo, perfeito e justo, e aplicável em todos os tempos e a todos sem exceção, como freio à desordem e incitação à ordem. Essa é a vontade de Deus, que não fosse revogada; porém é rejeitada exclusivamente porque, na sua mente, o homem caminha num processo de evolução, de melhoria, quando sabemos ser essa outra mentira. O humanismo fez com que o homem encontrasse em si mesmo a bondade [inexistente, falsa], e o fez crer que era bom, e o fez crer que essa bondade o restauraria, e consigo toda a sociedade. Por isso as leis são cada vez mais frágeis, contemporalizadoras com o mal, ao ponto em que se cumpre o que Isaias disse: tornam o mal em bem, e o bem em mal; fazem das trevas luz, e da luz, trevas [Is 5.20].

Portanto, quero fazer um desafio: alguém se habilita a provar, biblicamente, a descontinuidade da lei judicial, penal e civil, sem que se afete a unidade da Escritura?

Porque se abolindo a Lei, um dos pilares, a estrutura bíblica desmorona-se. E o que sobrará então, além da descrença? A impiedade dos ímpios; e a desonra a Deus pela rejeição da Lei, e a abolição do Evangelho.

Notas: [1] "Lei & Evangelho", Editor: Stanley Gundry, Ed. Vida, pg. 39, edição esgotada
[2] Novamente, indico a leitura do meu texto "Lei e Graça: revelação divina"
[3] "Lei & Evangelho", pg. 62

99 comentários:

  1. Caro irmão Jorge, mais um bom início de uma boa conversa ( no bom sentido ) As implicaçẽos são várias e não poucas e o risco de se perder pelo caminho é até grande. Mas por que nãorefletir nas coisas de Deus? Se formos longe demais e de certa forma ficarmos confusos, basta voltarmos a simplicidade da fé. Afinal o que não provém de fé,mas de dúvida é pecado.

    Tentarei paretir de um ponto, no que disse indiretamente: sobre Israel como nação havia crentes e incrédulos ( masi ou menos isso ? )A lei fora entregue a crentes e descrentes? falando de Israel?

    Bem a lei preferida pelos incrédulos embora com razões ímpias e anti Deus, refletem em alguma medida uma sombra, um lampejo de justiça, ou seja de um modo ou de outro, a lei em uma sociedade humana sempre busca uma justiça e uma idealização da vida. Não há uma sociedade ou cultura inteiramente permissiva. Ou lei e evangelho são duas coisas , de fato diferentes?

    A lei produziria uma sociedade melhor, mais eficiente, mas nunca o suficientemente boa para ser salva. O Evangelho é a salvação para todos, do melhorzinho como o Jovem Rico e para o ladrão na cruz ao lado de Jesus, para o judeu e para o grego, para o judeu e para nós os gentios.Duas coisas separadas. Por outro lado alguém não pode se dizer salvo e nãoproduzir uma vida de justiça e piedade, enfím produzir impiedades.

    Um abraço.

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  2. Excelente texto, Jorge.
    Em tempo oportuníssimo e digno de reprodução. Tomarei a liberdade de postá-lo em meu blog.

    Grande abraço e tenha um bom final de ano reformado em Cristo.

    Filipe Luiz C. Machado
    www.2timoteo316.blogspot.com

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  3. Helvécio,

    o que creio, creio pela fé, mas a fé não é algo dissociada da razão, não é um impulso, um espasmo, uma sensação inconsciente e independente, sem controle. Fé e razão caminham juntas, não são dissociadas. Por isso Paulo diz que temos a mente de Cristo.

    Falei que a lei foi dada a Israel, quando na verdade foi dada ao primeiro homem, Adão. Por causa da especificação detalhada que o código mosaíco dispõe em relação à lei civil e penal, considerei melhor falar em Israel. Na verdade, a lei sempre existiu, pois sem a lei, Adão não pecaria.

    Em relação à lei ter sido dada a crentes e não-crentes, ela é geral, pois, como Paulo disse, será pela lei que Deus julgará o mundo. Todos estão debaixo da lei, não há um que não esteja. Especificamente, no nosso caso, Cristo anulou-a sobre nós, ela não mais tem domínio sobre nós, mas em relação aos ímpios, permanece.

    A lei secular, a qual as sociedades são regidas atualmente, podem, em algum aspecto, serem sombras da lei divina, mas como oriundas do homem são imperfeitas e injustas, pois, apenas a lei divina é perfeita, santa e justa.

    Há clara diferença entre lei, como um freio moral à impiedade humana, e salvação. Como Pedro disse, não há debaixo do céu nenhum nome pelo qual possamos ser salvos, a não ser por Cristo. A lei não salva, como escrevi em outro texto, ela apenas condena, e esse é um dos seus significados. Revelar o pecado do homem e castigá-lo. Ela não tem nenhum valor salvífico, pois por ela, ninguém será salvo.

    Cristo o abençoe!

    Abraços.

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  4. Jorge,
    "Alguém se habilita a provar, biblicamente, a descontinuidade da lei judicial, penal e civil, sem que se afete a unidade da Escritura?"
    Provas disso há abundantes, desde a não obrigação dos enxertados em seguir a lei mosaica até ações e afirmações do próprio Cristo. Enfim, a César e a Cristo o que convém a cada um.
    Mas o ponto, que escapa aos que vejo desejarem a lei mosaica aplicada ao nosso código civil, é aquele mesmo que já te falei em outro lugar. Nós somos um povo que deve ter a lei de Deus gravada em nossos corações, independente do que houver nos códigos humanos. E que os códigos humanos reflitam a lei divina depende do quanto os cristãos influenciam a cultura onde foram por Deus colocados.
    Será que quero a lei divina como código civil? Sim, absolutamente. Não, porém, por imposição, mas porque a amo. Cristãos fortes e maduros para o bom combate. É com isso, antes que com uma imposição de leis, que os teonomistas deveriam se ocupar (sem que deixem de ter atuação política, como também já falamos antes).
    Grande abraço, no Senhor,
    Roberto

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  5. Oi, Filipe!

    Bom tê-lo por aqui, a primeira vez.

    É uma honra reproduzir o meu texto no seu blog, o qual indico a todos os meus leitores, e que está na minha lista aí ao lado.

    Um ótimo fim-de-ano para você e seus familiares, e que em 2011 sejamos ainda mais servos fiéis [ainda que inúteis] do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  6. Oi Jorge,

    Quanto ao desafio de provar "biblicamente, a descontinuidade da lei judicial, penal e civil", diria que possívelmente há descontinuidade.

    Meu primeiro receio em relação à teonomia é que as leis judaicas eram um tanto complexas. Os críticos da teonomia dizem que existe uma grande dificuldade em aplicar leis do jubileu na atualidade. Mas como não li o bastante acerca do assunto, não quero tomar uma posição sobre este ponto.

    O segundo é que me parece estranho dividir as leis do AT em "moral, civil, cerimonial". Essa divisão soa-me apenas uma boa ilustração didática. Pois a lei judaica parece ser uma unidade (quem quebra um ponto, quebra ela toda). Se for assim, toda ela foi abolida. E com Cristo se inicia uma lei que é semelhante, mas de fonte diferente (a primeira vem de Deus por meio Moisés, a segunda de Deus por meio de Cristo). Bom, é assim que argumentam aliancistas e neoaliancistas. E te mostro o texto que me inclina a estas posições. (http://neoaliancismo.blogspot.com/2009/11/duas-aliancas-antiga-e-nova.html)

    Mas mesmo não sendo teonomista, acho difícil separar os aspectos morais, penais, etc. Por isso eu estranho, por hora, certas crenças dos não-teonomistas, e não tenho ainda posições tão exatas quanto gostaria.

    Abraços,

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  7. Matheus e Jorge,

    Respeito e conheço ( quase todas,algumas não me lembro mais )
    todas esas classificações teológicas, mas confesso que acho um pouco de graça nelas. Claro que é didático também e também a juda a análise e comparação, mas se todos precisassem optar por todas esas posições seria pouco prático. Pulemos essa parte. A lei dada a Adão e Eva no Édem garantiria a sua integridade e o seu domínio no mundo ( não integridade contra o mal ). A lwei dada a Israel o disrtinguiria moralmente dos demais povos. Israel deveria se a luz e todos deviam ir a Jerusalém ( mais tarde ) para terem o conhecimento de Deus. ( continua...)

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  8. Continuando...Israel falhou em seu ministério, podemos dizer, e como todos pecaram, e Israel como nação falhou no papel de trazer oconhecimento de Deus ao mundo,Deus mesmo se fez carne e assumiu para si o triplo papel: vencer Satanás, manifestar a Justiça de Deus e ser a Luz do mundo. A lei não pode tornar o homem exemplar tal como Jesus é o nosso exemplo e a baliza parta todo juízo sobre qualquer ímpio.Dessa forma a lei não foi abolida, mas os seus desdobramentos não são os mesmos. A mesma justiça, como atributo divino e estendido a compresnsão humana permanece. O mais ímpio dos homens tem alguma noção dela, tanto que pune a outros ímpios, qundo percevbe nele atitudes piores do que as suas.

    continua...

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  9. continauando...

    É inegável que se Israel conseguisse alcançar o padrão previsto nas leis dadas a ele e detalhadas pelo seu clero e governo, seria um exemplo a ser seguido pelas demais nações. Ao comntrário se desviou do caminho proposto pro Deus fazendo prior que as nações e povos que não conheciam ao Senhor. As leis no seu detalhamento refletem a cultura e os tempos em que as pessoas viviam. Por exemplo a maioriadade aos trinta anos ( alguém reivindicaria essa datação hoje? )Os os procedimentos acerca da purificação? Só por medidas higiêncas. E assim por diante. A igreja o crente vive então sem lei? Não vive em função de uma lei mais eficiente: a interna, a do coração. Não há uma lista de fazer e não fazer, até diante de algo inteiramente novo há o dicernimento se agrada ou não a Deus, ou seja a lei da reta justiça.

    Um abraço a todos.

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  10. Ainda sobre a descontinuidade, partindos-e do pressuposto e uma má comrpesno da imutabilidade de Deus, pode se supor naturalmente que Deus seja tão impedernido que as coisas diante de si não sofra nenhuma modificação ( por vários motivos e razões lógicamente aventados ). Eu vejo Que a criação e a história do homem e até a celeste são dinâmicas ( claro não saberia dizer como ) e sem entrar em nenhuma variação de níveis de determinismo )as ações relacionadas ao homem mudam e tem mudado e mudarão no futuro e até na
    eternidade ( eternidade será um tempo sem fim mas não de coisas repetidas, eternamente imutáveis ) dessa forma a lei como tudo, sofreu uma descontinuidade sim, sem nenhuma dúvida. Israel não teria rei e depois teve ( se foi melhor, certamente não foi em muitos aspectos ). Afinal Deus não era e nãoé Deus só de Israel.Toda a terra e todos os homens lhe pertencem.

    Um abraço a todos.

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  11. Oi, Roberto!

    O meu desafio se baseou na afirmação inicial do livro que estou lendo, e que me levou a escrever este texto. Se a lei foi abolida com a encarnação, vida e morte do nosso Senhor, uma coisa é certa: não há mais pecado, e todos estão livres, sem distinção. Porém, porque, especificamente em Romanos, Gálatas, Timóteo e Hebreus, há tantos trechos que tratam exatamente da lei? E não é apenas uma resposta aos fariseus e judaízantes, mas a resposta e esclarecimento à igreja também. Em nenhum lugar se lê a afirmação: a lei foi abolida, não existe mais. Pelo contrário, se há ainda alguma justiça neste mundo, se deve a preservação, ainda que sejam resquícios, da lei divina.

    Concordo plenamente que a igreja tem o papel fundamental de salgar o mundo e levar ao mundo caído o padrão divino de moral e justiça, o qual nos foi transmitido pela lei. Mas se a própria igreja despreza esse padrão em favor de um padrão secular, imoral e injusto, o que esperar do mundo então?

    O eleito tem a lei como dádiva divina, e a ama, como você disse. Mas o ímpio tem de teme-la e, pela lei, ter a sua maldade refreada, e caso não a refreie, que sofra a punição prevista na lei.

    O maior problema, ao meu ver, é quando começam a relativizar tudo, e consideram que a lei perdeu o sua objetividade e aplicação; que era destinada apenas ao povo de Israel; que teve o seu momento histórico, e que culturalmente é inaplicável em um mundo moderno, desenvolvido, próspero e civilizado. Contudo, os crimes são os mesmos, e cada vez mais bárbaros; os atentados à vida são os mesmos, e se multiplicam; a injustiça é a mesma que ao tempo de Cristo, Davi, ou Moisés. O homem permanece tão ímpio quanto antes, e é necessário refreá-lo em sua malignidade, por imposição, por que a lei é imposta, e nos foi imposta por Deus como o código de conduta moral perfeito e santo.

    Quando Cristo diz que todos os mandamentos se resumem em dois, ele não quis dizer que temos de amar o assassino que, impunemente, continua a matar; ou temos de amar o assaltante que, impunemente, continua a roubar; ou temos de amar o fraudador que, impunemente, continua a corromper; ou o mentiroso que permanece a mentir.

    Cristo não criou um outro padrão moral, ele asseverou o padrão moral da lei, que se deve cumprir por vontade, mas aos que têm outra vontade, a de transgredir a lei sistematicamente, lhe sejam aplicadas as penas legais.

    O meu texto não tem nenhum propósito político, é um texto teológico, que leve a refletir sobre a importância e a vigência da lei até que o próprio Autor e Legislador determine a sua abolição. O que até agora não aconteceu, ao meu ver.

    Tenho certeza de tudo em relação à aplicação da lei? Não. Há partes que podem ser contextualizadas? Talvez. Há outras em que se pode absorver apenas o princípio? Certamente. Não sou expert em Lei, nem em teonomia [no que estou desqualificado a falar do assunto]; mas tenho uma certeza, por que a Bíblia a revela: não houve abolição da lei, não há descontinuidade da lei [no que estou qualificado a afirmar]. E esse foi o meu único objetivo no texto. Outras questões, se Deus quiser, poderei abordá-las à frente. Mas até que alguém me apresente prova clara da não observância da lei, definida expressamente na Escritura, continuarei a afirmar a sua prevalecência sobre todos os homens, indistintamente.

    E que, como você tão bem apontou, oremos e nos esforcemos para ser cristãos fortes, maduros, espirituais, e capacitados a combater o bom combate. Este é o meu desejo, e a minha vontade, com este texto.

    Abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

    PS: Saí "um pouco" dos pontos abordados em seu comentário, mas acho que não comprometeu o todo da minha resposta.

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  12. Matheus,

    finalmente reapareceu, garoto! Bom tê-lo por aqui.

    Bem, li o texto que indicou, e não concordo com a maioria do que foi dito lá... Se a lei foi abolida, como já disse, não há pecado. A confusão do autor é a mesma que a maioria dos críticos ao teonomismo fazem: confundem justiça com justificação. Cristo nos justificou diante de Deus, apagando a cédula da condenação, livrando-nos da morte eterna e do inferno. Por isso a nossa justiça deve exceder a dos fariseus e sacerdotes. E o que vemos, na maioria das igrejas, é o padrão de justiça em franca decadência.

    A lei foi dada primeiramente a Adão, no Éden, e inscrita no coração do homem, a fim de que o bem não se confundisse com o mal, mas fossem distinguíveis. E isso foi dado para todos os homens, sem exceção.

    Então, dizer que a lei é apenas para Israel, significaria dizer que os demais homens estão livres para pecar, e de que a consequência seria, logicamente, a não punição. Mas o que a Bíblia afirma é o contrário: Deus julgará o mundo conforme a lei. Se a lei prevalece para o julgamento divino, por que não deve prevalecer para o julgamento humano? Por acaso somos mais sábios do que Deus?

    Como disse ao Roberto, há particularidades na lei, em sua aplicabilidade, que ainda não distingui. Como a teonomia é um "tabu" por aqui, pouca coisa nos tem chegado em português, a maioria pelo esforço do Felipe Sabino em disponibilizá-la através do site e da editora Monergismo. Mas é muito pouco, como ele mesmo me afirmou. Mas se há algo que não duvido é da continuidade da lei; a mesma continuidade que, acredito, todo cristão ortodoxo tem em relação ao Antigo e Novo Testamento. Por isso, acredito que apelar para a descontinuidade da lei implicará, automaticamente, na descontinuidade escriturística. E, sei lá, é uma idéia por demais maligna para eu concordar.

    Por hora, essa é a minha única certeza, quanto à questão.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  13. Helvécio,

    a maior parte dos esclarecimentos às questões apontadas por você em seus comentários foi respondida ao Roberto e ao Matheus.

    Há porém um componente que você está confundindo, ao meu ver: a imutabilidade de Deus. O fato de Deus ser imutável não quer dizer que ele está engessado e imobilizado, que ele não se move, conforme aquilo que determinou eternamente em sabedoria, perfeição e santidade. Da mesma forma, apesar do futuro [e o presente que vivemos] estar determinado, não nos impede de mover e agir como se fôssemos livres. O fato é que Deus pode tudo, mas há de se entender que um dos princípios mais claros na Escritura é afirmação da sua imutabilidade, que Deus não é um deus inconstante, suscetível a variações e mudanças, nem um deus inseguro.

    Por isso, justificar a descontinuidade da lei via não-mutabilidade divina [uma simples variação da sua natureza denunciaria sua imperfeição] não é um bom argumento, pois calcado em uma falsa premissa.

    Deus se move, pensa, racionaliza, cria, destrói, sente, derrama graça e ira sobre sua criação, assim como amor e ódio, e nada disso nos revela um Deus fixo, parado, estático. Mas em sua natureza, naquilo que ele é, é imutável. É nesse sentido que se afirma a sua imutabilidade.

    Da mesma forma, como decreto perfeito e santo, o plano de Deus é igualmente imutável, pois imutável é a sua vontade.

    Abraços.

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  14. Sim, Jorge,

    De fato não confundi o coneito de imutabilidade reconhecido em Deus, mas exatamente, como você apontou, o fato de Deus interferir na história, o fato da própria lei e duração da mesma ( aplicação restrita da mesma ) ser mutável. Um exemplo foi o divórcio pela dureza do coração dos homens ou não dar-se m casamento nos céus. Mudam as circunstâncias muda-se os elementos a ela reclacionados. No caso de aspectos da lei se dáo mesmo.

    Outra coisa embora apresente de forma diferente, no fundo concorda comigo quando digo, por opinião claro, que Deus determina por que tem seus objetivos claramente definidos mas que as suas criaturas tem uma determinada liberdade, claro não ao ponto de destruir os planos de Deus, ou de opor-lhe definitivamente ( o que você chama de agirmos como se fôssemos livres ).

    Mais uma vez um grande abraço. Eu disse que esse assunto,a exemplo dos anteriores, renderia um bom papo ( no melhor sentido ).

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  15. Helvécio,

    é, o assunto é polêmico, mais por nossa própria ignorância quanto ao entendimento correto da lei, do que propriamente pelo tema em si.

    Mas é assim mesmo, vamos pensando, e que Deus nos abençoe cada dia mais a diminuir nossa ignorância, e a termos mais e mais a mente de Cristo.

    Como você responde os comentários mais rápidos do que os emails, vou fazer-lhe um pedido: manda os seus telefones para a minha caixa monergismo, pois os perdi quando do roubo do meu celular, ano passado.

    Assim posso cobrar aquele café que não está me devendo, mas vai passar a dever de agora em diante [rsrs].

    Abraços.

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  16. Mandarei...

    Lembrei de algo. Se perguntarmos a qualuer corrente teológica sobre qualquer assunto ( e não estou falando de calvinsitas somente ) há uma resposta pronta. Daí um pensamento ...se alguém escolhe uma igreja, uma denominação, pode sair repetindo igual a papagaio todas as respostas as certas e as erradas ), mais aí que está, não é a mesma coisa do que aprender, diante da Palavra e do Senhor, ainda que errando e acertando, indo até o seu limite pessoal ( que pode ser intelectual, cognitivo, etc ). Cada tema abordaddo por você em seu blog na prática não necessita de investigação, mas vale criar o hábito de examinar as Escrituras. Daí sim o meui pé atraś com o mau uso da teologia pura e simples. O conhecimento teológico sem a comunhão com o Senhor da teologia é um desastre e engano.

    Um abraço mais uma vez.

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  17. Jorge, também acredito no que hoje chamam de “teonomia”. Só que, com toda certeza, é um assunto complexo e, como você bem disse, alguns devem ser observados no princípio, outros literalmente, outros devem ser contextualizados e assim vai. O problema para a maioria (a meu ver) é achar as leis mosaicas muito radicais, do tipo “olho por olho e dente por dente” e não conseguir fazer um vínculo adequado com as palavras de Jesus sobre amor. Mas, o “olho por olho...” mostra uma questão de danos e prejuízos, no qual aquele que danifica ou que faz sofrer, paga o equivalente aos danos proporcionados e muitas vezes, seguindo o critério dos juízes. Conversando com um amigo do trabalho sobre este tema (umas duas semanas atrás), ele retrucou que muita gente iria morrer e ele abriria um negócio do tipo funerária (ele brincou rsrsrs) e que iria ter muita injustiça na aplicação adequada das leis por alguns homens corruptos (magistrados) ou uma coerção do tipo “ganho” por outros alguns corruptos (pastores). Eu lhe respondi que era uma preocupação inútil, pois não podemos raciocinar em limitar o que está escrito na Bíblia pelo medo do que irá acontecer nas mãos desses falsos representantes de Deus. Lembre-se que Deus está no controle de tudo, e nós devemos seguir o que está escrito. Disse que mesmo que queirão vendeR$ algo em nome de um suposto deus, eles estão debaixo das ações de Deus. Com relação ao amor, o amor continua e sempre continuou sendo mostrado por Deus e pela Sua igreja, tanto no AT quanto no NT. O problema é a definição de amor, digo amor bíblico, que não é um sentimento como muitos pensam, e sim uma fidelidade à lei de Deus, é um amor que nos constrange porque vemos que em nós não conseguimos agradar a Deus, mesmo quando nos "esforçamos". É um amor que vê em Jesus o único significado da vida. É um amor que auxilia uma pessoa não pelo possível "sentimento" por esta pessoa, mas para cumprir uma ordem de Deus. Sentimento é passageiro, o amor bíblico está entrelaçado com a fidelidade à Escritura. Pedi para ele pensar numa pessoa não-cristã cheia de amor, bondosa até dar tudo que tem. Biblicamente falando, esta pessoa vai com todo este sentimento bondoso para o inferno, pois não é o amor bíblico, e sim o amor sentimental mundano, noveleiro, espírita. Gosto muito do texto 1Co 10:31: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus."
    Um abraço, e parabéns para mais um excelente texto.
    Deus continue te abençoando.

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  18. Querido irmão Jorge,

    Penso que a lei foi abolida por aqueles que transferiram o poder de Deus para si mesmos e agem como se fossem deuses.Não sentem nem temor e tremor.
    Na passagem bíblica:1Co 9:21 `Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei´.
    Subentendemos que estamos debaixo da lei de Cristo.
    O Senhor Jesus foi claro ao dizer que não veio para abolir a lei e sim para cumpri-la!E aquele que o ama,guardará Seus mandamentos.E os mandamentos de Jesus Cristo são os mandamentos de Deus.

    um grande abraço irmão,sempre aprendo muito com seus textos!

    Cristo o abençoe e a todos os amigos debatedores!

    Nazira

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  19. Eric,

    é isso aí, meu irmão! Não sabemos tudo, nem temos prentensão de sabê-lo, mas não descartamos as coisas de Deus pelo simples fato do mundo rejeitá-las. Pelo contrário, se o mundo rejeita-as, é sinal de que devemos aprová-las, primeiramente porque provém de Deus, e segundo pelo fato do mundo odiar tudo o que se refere a Deus.

    O seu amigo, não sei se crente ou não, parece que sim, tem o mesmo pensamento humanista: o medo da injustiça, de que inocentes sejam punidos. Mas, não é interessante que esse é o mesmo argumento para aqueles que não aceitam a reprovação divina do homem? A pergunta sempre é: Deus é injusto se escolhe uns para eleição e outros para perdição. O princípio é o mesmo, da injustiça, mas se tomamos a idéia de que todos são culpados perante Deus, e de que todos não merecem nada além da condenação, como alegar inocência?

    Alguns dirão: mas o homem é culpado perante Deus, não perante os homens. Será? Se como está escrito: não há um justo, nenhum sequer, isso vale para Deus mas não vale para o próximo?

    O que se quer fazer é negar o princípio da lei, baseada numa suposta injustiça que sequer chegou a acontecer. Querem expurgá-la sem motivo, a não ser um temor talvez motivado pela própria consciência ao invés do temor a Deus. Com consciência não quis dizer que seria apenas o medo de ser condenado pela lei, mas a idéia "coorporativista" de ver um querido, conhecido ou qualquer homem condenado por ela, recebendo uma punição tão violenta, a qual ninguém faz por merecer. Contudo, há condenação mais radical e violenta do que a separação eterna de Deus? Do que o chorar e ranger os dentes de sofrimento no inferno?

    Bem, acho que muitos estão preparados para uma vida sem castigo por aqui, mas não sabem o que os espera após a morte. E como disse, lá, não há direito a apelação ou reversão de pena. Cumprir-se-a integralmente.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  20. Nazira,

    perfeito. Não adianta as pessoas acharem que estão imunes à lei, pois todos estão debaixo dela, sem exceção. No caso em particular dos crentes, muito me estranha a rejeição que têm à lei, ela parece ser algo apenas subjetivo, de foro íntimo, afeita apenas à vontade individual de cada um, de segui-la ou não, de cumpri-la ou não. Acontece que a lei tem claramente um caráter objetivo, de controlar e refrear o mal, e de punir o infrator com penas não apenas espirituais [a separação do homem de Deus], mas físicas, tanto aqui como na eternidade.

    É algo que realmente me estranha; mas como a igreja atualmente é estranha mesmo, e a Escritura se tornou estranha a ela, oremos para Deus mudar esse comportamento protegido no falso amor ao próximo, e que não reflete o verdadeiro amor a Deus e a sua palavra.

    Grande abraço, minha irmã!

    Cristo a abençoe!

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  21. Muito bem dito Jorge! Ah, o meu amigo é evangélico sim. Citei a conversa que eu tive com ele, pois achei que tinha um vínculo direto com o tema abordado e poderia apresentar a minha idéia (similar a sua) e se possível contribuir (que pretensão rsrsrs) com este Blog que sigo continuamente.
    Um abraço.

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  22. Bem colocanedo mais lenha no debate...

    Quanto das Escrituras algueḿ necessita para viver um avida agradável a Deus? Toda. Certamete que não, embora tê-la em sua totalidade éum privilégio ainda novo e para uma minoria. Se alguém conheceu somente o evangelho e apenas um deles ( só a título de exemplo e por hipótese ) fará alguma diferença (considerando-se hoje a igreja pós vinda do Senhor Jesus )? O nascido de novo tem a lei de Deus escrita em seu coração, algo que vai além de uma lista de mandamentose o Espírito habirtando em si mesmo, guiando-lhe em todas as coisas. O problema então não é conhecer, seguir ou obedecer a lei, é o quanto estamos ou não de Cristo ( de Deus, Deus conosco ). Claro se temos toda a Bíblia, toda a Escritura devemos conhecê-la, mas não são os mandamentios "a porta" apra uma vida agradávbel a Deus. Jesus é a porta.

    continua...

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  23. continundo...

    Sendo assim um nascido de novo cumprirá a lei mesmo sem a conhecê-la em detalhes. trazê-la de novo, só pr trazê-la e seguí-la tal qual o judeu no AT não fará que esse homem possua uma justiça maior que a dos fariseus da época de Jesus. A igreja evangélica vira e mexe se sente atraída por aspectos velhotestamentários e tenta se guiar por eles, mas se não atrapalham pouco ou nada acrescentam à qualidade da vida cristã. O conhecim,ento puro e simples não se traduz em maior espiritualidade, embora tê-lo seja lago legítimo e desejável ( a sabedoria é de fato algo recomendável nas próprias Escrituras ). Outro ponto,dioscordo sobre a eleição mas concordo como s irmãos sobre a regeneração. Sem ela o homem não tem comunhão com Deus e por mais que se torne religioso-evangélico, protestante ou paraprotestante, uma mudança de natureza ainda nele não se operou.

    Coisas como manter-se virgem ( principalmente para o homem ), casto,etc se tornam impossíveis ao homem natural ainda que considere mentalmente algo justo.

    É apenas uma outra abordagem referente ao ponto em discussão.

    Um abraço a todos.

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  24. Eric,

    certamente seu comentário foi uma ótima contribuição. Não deixe de contribuir sempre, ok!

    Abraços.

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  25. Jorge,

    "Então, dizer que a lei é apenas para Israel, significaria dizer que os demais homens estão livres para pecar,"

    Para tentar esclarecer melhor. Deixando de lado um pouco os pormenores das várias teologias a respeito do tema.

    O que enxergo no linque citado é:

    1. O argumento de que a lei mosaica restringiu-se a Israel. [“Não com nossos pais fez Jeová esta aliança, mas conosco" (Dt 5.2,3)].

    2. E a lei mosaica teria sido abolida, mas não todo tipo de Lei. Assim existiria outra lei, e não estariamos sem lei (como antinomianos).

    Daí o blogue chega a dizer que "a Lei da AA [Antiga Aliança] é obrigatória na medida em que é interpretada (...) na NA [Nova Aliança].


    Obrigado,

    Abraços.

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  26. Matheus,

    como já conversamos no talk sobre o assunto [e cheguei à conclusão de que preciso estudar a questão do pacto e aliança], vou resumir a minha resposta ao seu comentário:

    a)Parece-me que o pessoal da Nova Aliança está a construir uma aliança independente de Deus, pois a Escritura é clara em afirmar que a lei prevalece, e não pode ser reescrita por ninguém, a não ser o próprio Deus.

    b)Não acredito em dois pactos: o de obras/lei e o pacto da graça. Para mim, há somente um pacto: o da graça; pois as obras são mortas e impossíveis de nos levar a Deus. Somente Cristo pode nos levar a Deus, portanto, não há pacto ali.

    Em relação à lei, ela apenas condena, não tem caráter salvífico, portanto, também não há pacto nela.

    c)Como o homem não pode cumprir a sua parte em eventuais pactos da lei/obras, coube a Deus realizar o pacto da graça, o qual estabeleceu antes da fundação do mundo, entre ele e os eleitos, o seu povo.

    Não sei se essa teoria tem uma definição teológica, ou se já foi proposta por alguém [certamente que sim], mas como meus pensamentos partem da Escritura e não de definições doutrinárias ou teológicas [não quero dizer que não as aceite e nem as tenha, se bíblicas], nem mesmo posso dizer quais as implicações da idéia de apenas um pacto na ortodoxia.

    Como lhe disse, terei de estudar o assunto; e obrigado por você me enviar algum material extra, por email, que poderá me auxiliar muito.

    No mais, obrigado por seu comentário, e pelo papo sobre assunto tão instigante.

    Abraços.

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  27. NUnca os homens e os anjos estiveram livres pra fazer o que bem entendessem. Deus certamente tem um padrão que é Ele mesmo.As suas criaturas na medida de suas capacidades ( dadas pelo próprio Deus ) devem atingir de certa forma esse padrão. Nós seres humanos, por sermos seres sociais e interdependentes essa justiça se manifestaria em amor de uns para com os outros no justo socorro e toda ajuda possível. Daí o padrão ser "amar o próximo como a si mesmo " e mais: amar os nossos inimigos, orando e fazendo-lhes o bem.

    Logo o raciocínio de que sem lei não a pecado não é completo e suficiente. O sangue de Abel clamava por justiça ao Criador e não havia o ainda o "não matarás". E Satanás, qual seria o mandamento por ele quebrado? Então temos que a lei tenha sido dada objetivamente a Israel sim.

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  28. Êta catigrafia sem óculos novos...sem lei não há pecado... é o que deveria aparecer escrito. Voltando a fita: a lei dada a Israel era de caráter didático, com vista a formar um povo que fosse diferente na sua justiça e organização, que o distinguisse de outros povos e fosse para esses exemplo. Por isso a lei não visava a salvação de ninguém. As práticas no templo, dedicação, sacrifício e Santo dos santos, também eram didáticas para dar ao povo de Israel a compreensão da realidade divina, santidade, justiça, punição pelo pecado e substituição para o perdão. Afinal a morte de um homem perfeito é que satisfaria a justiça perfeita de Deus para a concretização da salvação, não como prêmio, mas como estado.

    Um abraço mais uma vez.

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  29. Continuando...

    Outro ponto é o que se refere a lei e governablidade. Notemos que a Lei foi dada a uma nação e a Israel como povo e nação, com o compromisso de ser obedecida não por agentes não definidos, mas a Israel e aos israelitas. O irmão Jorge pondera sobre os efeitos no passado e no presente, necessidades no passado e no presente e todas relativas à ordem social do ponto de vista de Deus. Poderíamos ponderar que numa lista enorme, o que não for relacionado é permitido e não é. Não fumar não está incluído nos dez mandamentos,mas sabe-se que não é bem visto ou permitido. Um abraço de novo...

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  30. Caro escriba

    Em linhas gerais gostei muito do texto.

    Alguns pitacos:

    "... seria Deus mutável ao ponto de alterar sua escala de valores? ... E desdizer o que disse? E eliminar o que estabeleceu?..."

    - Há exemplos disto: Eu lembro que Deus disse (para Adão) que era para os homens serem "vegetarianos" e depois "desdisse" e liberou a carne em Noé quando desejou que o homem não vivesse mais de 120 anos, e mais tarde "desdisse" sobre carnes consideradas impuras, quando pelo apóstolo inspirado, disse que a dieta junto com outras questões eram sombras e símbolos que apontavam também para Cristo...

    - Bem... Eu acho que em linhas gerais a Lei continua valendo...;

    - Acho que é uma artificialidade separar em lei civil, cerimonial, moral, etc... E dizer depois que só a moral está valendo;

    - Mas entendo que o Legislador (através dos profetas, de Jesus e dos apóstolos) pode e de fato fez alterações no texto legal, deu novo significado a certos mandamentos e alterou literalmente outros;

    - Ele o Legislador tem poder para isto;

    - Alterar a Lei e lhe dar novo significado, não significa necessariamente abolir a Lei;

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  31. ...

    - Alterar a Lei e lhe dar novo significado, não significa necessariamente abolir a Lei;

    - A não necessidade de circuncisão física é um exemplo que me vem de uma mudança específica ensinada pelo Apóstolo Paulo;

    - A liberação do consumo de alimentos até então considerados impuros e impróprios, mediante oração de gratidão pelos alimentos, me parece ser um exemplo de “ressignificação”, ou seja, eu agradeço o alimento e depois posso comer mortadela sem problemas;

    - Então, de fato entendo como você que não existe base bíblica para a abolição da lei como um todo, mas... Para alguns assuntos em detalhe entendo que alguns mandamentos foram sim “abolidos” (melhor seria dizer “ressignificados” ou passaram a não ter mais vigência);

    - A mesma analogia serve para a questão dos sacrifícios, a sua não necessidade e substituição suficiente em Cristo não é uma abolição, mas uma “ressignificação”;

    - Há outros detalhes que o espaço não permite aqui discutir, mas volto a insistir que o irmão está em pecado uma vez que raspa a barba... Risos... Mesmo o grande teonomista Greg Bahnsen não usava barba (um sacrilégio... risos...);

    - Brincadeiras a parte... Um bom debate seria sobre a questão da pena de morte e o rito para tal aplicação (apedrejamento)... Mas vou esperar que venhas a publicar algo para manifestar em detalhes a minha opinião de que Jesus não aboliu esta parte, mas retirou da mão do homem e consequentemente do Estado, o poder de cumprir tal sanção, e reservou a Si tal poder, logo sou simpático à causa teonômica mas contra a pena de morte;

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  32. ...

    O seu desafio foi: "Portanto, quero fazer um desafio: alguém se habilita a provar, biblicamente, a descontinuidade da lei judicial, penal e civil, sem que se afete a unidade da Escritura?".

    A minha resposta: Quando mandamentos específicos foram ressignificados (alimentos, circuncisão, roupas, barba, cabelos, etc...) não significa necessariamente descontinuidade da lei, mas sim direito do próprio Legislador, através do Cânon (profetas e apóstolos) de alterar o texto da Lei quando achou que devia e em alguns casos ele não alterou o texto, mas a meu ver disse que a aplicação deveria ser principiológica e não literal.

    Um exemplo adicional que me ocorre, a Lei revelada a Moisés permitia que a carta de divórcio fosse dada, em Jesus a regra se tornou muito mais rigorosa e uma exceção dada, em Paulo outras exceções foram acrescentadas.

    Acredito que não exista a palavra ressignificar, mas me permita usá-la para dar a entender uma idéia do que pretendo dizer.

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  33. ...

    Entendo também, desculpe escrever demais, que a teonomia serve não para que os cristãos via Estado e instituições enfiem boca abaixo a lei para todos, mas sim que a teonomia serve para despertar no coração dos homens o desejo de cumprir a Lei (por amor e santificação).

    É a mesma coisa que já disse para você ou para o Tiago que a submissão da mulher não está proposta como princípio para que o homem imponha isto à mulher a força, ou mesmo o Estado, mas sim está proposto a meu ver como mandamento e ideal de santificação que deve partir da mulher, então assim como a lei civil não deve tratar e obrigar o homem a amar a sua mulher, da mesma forma a lei civil não deve tratar e obrigar a mulher a ser submissa ao seu marido.

    São ideais de santificação.

    Eu vejo a teonomia assim, um desafio para que todos tomem a Lei como válida como ideal de santificação a todos (indivíduo e sociedade).

    E como pós-milenista entendo também que a medida que o número de eleitos for cada vez mais elevado e a percepção teonômica (como ideal de santificação) for sendo entendida, estes milhões de homens e mulheres trarão naturalmente, lentamente e imperceptivelmente novas formas de se gerir o Estado, a família, a economia e tudo o mais.

    Grande abraço!

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  34. Texto claro, objetivo e bíblico. E o desafio final é uma verdadeira "sinuca de bico" para os antinomistas.

    Mas nós sabemos o que a Bíblia fala com relação à continuidade da Lei:

    "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus."
    (Apocalipse 14:12)

    P.S.: Vou postar esse texto no blog do partido.

    Em Cristo,

    Tiago Vieira

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  35. Bem lembrado pelo irmão Oliveira, a respeito de "mudanças" ocorridas na relação entre Deus e o homem pela Bíblia.

    Tentarei dar a minha visão: Deus é imutável na Sua natureza e claro não necessita por razões lógicas e razoáveis de "aprender " com os fatos, ter ações de "ensaio e erro", contudo todas as suas criaturas agem no tempo, incluídas aí o homem e Satanás. Nesse aspecto suas ações são lineares, ou sejam sucedem uma as outras e aparentemente são consequêntes uma das outras.

    Um abraço a todos e espero que tenha o melhor Natal com o Senhor e assim também um 2011 abençoado.

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  36. Roberto, você disse:

    "Será que quero a lei divina como código civil? Sim, absolutamente. Não, porém, por imposição, mas porque a amo."

    Onde está a contradição entre amar a lei e impor a lei? Se a Lei de Deus for imposta pelo Estado, você deixará de amá-la? Que tipo de amor é esse?


    Depois você diz que:

    "Nós somos um povo que deve ter a lei de Deus gravada em nossos corações, independente do que houver nos códigos humanos. E que os códigos humanos reflitam a lei divina depende do quanto os cristãos influenciam a cultura onde foram por Deus colocados."

    Então você concorda que nas nações cristãs a Lei de Deus deve ser obedecida.

    Porém, da forma que você fala, parece que a Lei de Deus é exclusiva para os cristãos, quando a Escritura diz justamente o contrário:

    "Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, conforme o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado."
    (1 Timóeto 1:9-11)

    Você focaliza o uso didático da Lei, e esquece do uso político, o qual é igualmente importante. A Lei serve como um freio para a iniquidade. Se hoje o mundo tem um pouco de paz e justiça, é porque os códigos humanos refletem (ainda que mal e porcamente) os princípios da Lei divina.

    Então, por que você prefere fazer apologia de uma sombra borrada, distorcida e em muitos aspectos totalmente corrompida da Lei, se pode defender a própria Lei?

    É de estranhar que um cristão, ainda mais um que se diga calvinista, prefira defender a autonomia ao invés da teonomia. Em vez de amar os não-cristãos, os antinomistas estão odiando-os, pois querem que eles vivam segundo seus próprios códigos morais humanistas que os levarão ainda mais para o fundo do lamaçal do pecado, e farão as chamas da Geena arder com mais intensidade.

    Aqueles que odeiam a Lei, não conhecem o Evangelho. Como disse o Jorge de forma magistral, a rejeição da Lei é a negação do Evangelho.

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  37. Sobre a submissão da mulher ao homem, é um princípio que se entendido e obedecido pelo casal se mostrará benéfico em todos os aspectos. Trata-se de uma questão de ordem. A mulher fica imensamente sobrecarregada se o homem não assume o seu lugar, papel e responsabilidade, portanto tem um caráter de justiça. É errado e não sábio, achar que é por incompetência feminina, o que não é.

    Vemos a Lei como algo extremamente cômodo, falicitadora das decisões e não poucas vezes procuramos na Bíblia um tipo de lista em que coisas são ou não permitidas. Jesus com o Jovem Rico nos mostra que não é essa a idéia prevalente.

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  38. Há algo a se pensar também, as Escrituras nos dizem em Prov que há justos que procedem como injustos e vice versa. Nações e países, não cristãos, mas ue em cuja cultura, sem o saber produzem umajustiça maior que o Brasil por exemplo são abençoadas por Deus ( já que tudo bem Dele ). O Japão tem apenas 1% de cristãos e um índice de criminalidade próximo de zero. Na Arábia saudita, um parente do rei, homossexual será executado ( lá não tem essa de minorias e movimento gay, simpatizantes, etc.) O Brasil com 100% "de cristãos" tem cada vezmais leis francamente contrárias a vontade expressa de Deus. E aí heim?

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  39. Olá a Todos, que a Graça e a Paz de nosso Senhor e Salvador Jesus esteja sobre vocês.

    Gostaria apenas de fazer uma "colocaçãozinha" rápida acerca de algo que vi repetidamente em diversos comentários. A questão da Lei ter sido escrita nos corações, ser por amor e não por imposição e similares.

    É verdade que a Lei é escrita no coração do homem e que obedecemos por amor, porém este fato não anula o outro fato de que a Lei nos é imposta, gostemos ou não disso, muito pelo contrário o fato da Lei ter sido escrita nos nossos corações nos torna de certa perpectiva mais responsáveis que os outros pelo cumprimento dela. Paulo em diversos pontos de suas cartas enfatiza este ponto.

    Ednaldo.

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  40. Continuando...Jesus morreu por que? A lei exige a morte pelo pecado: A alma que pecar morrerá, rezam as Escrituras. O perdão eterno, a salvação, só existem de fato, porque uma exigência legal foi cumprida, a substituição, por isso a more de Cristo é vicária, ou seja substituta, em substituição a mote de cada um de nós. Aí vem outra questão, quantas vidas ( almas ) valem o sacrifício de Cristo? Um punhado, algumas, milhares, todas? Eu creio que todas, mas não automaticamente, pois aí vem uma segunda exigência da lei de Deus...aí é outro assunto. De certa forma o texto do querido irmão Jorge faz sentido também nessa quesito; o evangelho não é algo "non sence", sem sentido, uma alegoria saguinolenta, a toda uma razão legal do ponto de vista de Deus.

    Um abraço a todos.

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  41. Jorge, como está o placar? quantos a favor da descontinuidade da lei e quantos contra essa descontinuidade ( contando com você claro)?

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  42. Meus amigos Natan, Helvécio, Tiago e Ednaldo, desculpe-me não respondê-los individualmente, mas a falta de tempo faz-me respondê-los coletivamente.

    A discussão está boa, e estão sendo apresentados aspectos instigantes quanto à prevalescência e aplicabilidade da Lei; porém, não tenho muito mais a acrescentar ao que já foi dito no meu texto e nos meus comentários, a não ser confirmá-los.

    Acho que a Lei pode ser contextualizada, adotada como princípios, como disse ao Roberto [se não me engano], mas não reconheço no texto bíblico a sua descontinuidade, antes a sua vigência.

    Como disse, não sou expert em teonomia, mas no que a Escritura me revela, não há abolição da Lei... e é nela que me baseio, e nela que me fio para chegar à conclusão final do texto.

    Podem dizer que minha interpretação é falha, mas nenhuma outra que li, até agora, me convenceu do contrário. Para ser sincero, o que mais tenho visto são versículos tirados do contexto para defender algo indefensável biblicamente; ou forçados à exaustão, quase uma tortura, para confessarem um crime que não cometeram [rsrs].

    Mas no mundo onde a mensagem humanista é prevalecente, e a igreja encarregou-se de incorporá-la aos seus ideários durante séculos, o que se pode esperar é a rejeição da Lei. A vitória do antropocentrismo face ao teocentrismo; de um cristianismo secular face ao Cristianismo bíblico. Pois, do mundo, espera-se exatamente isso: a rejeição de tudo o que tem o nome do Deus bíblico; mas da igreja, o mínimo que se espera é a reflexão, à luz da Escritura.

    E, infelizmente, em muitos redutos e recantos ditos cristãos, isso está longe de acontecer.

    Obrigado pelos comentários; têm sido muito proveitosos para mim, e sei que para muitos outros também.

    Grande abraço a todos!

    Cristo os abençoe imensamente!

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  43. Caros irmãos, ontem li algo na internet, particularmente sobre fóruns e blogs, é um termo usado para identificar um tipo de chato que entra nos debates pela web e não contribui muito ( os jovens sabem a gíria a que me refiro, nós da velha guarda não ). Bem o que gostaria de dizer é o seguinte, não quero ser um destes e nem parecer um. Falamos de lei e falamos de princípios. Deus na sua relação com o homem se baseia em principíos. Há princípios para ser curado, para ter prosperidade ( e não estou falando desse movimento novo na igreja nem defendendo-o nem julgando-o ), para se ter poder no mundo e na igreja,etc,etc, ou seja ninguém pode se imaginar abençoado como no Sl 1 ou 23, sem que haja nenhum critério. Esses critérios, leis, são eternos, e por eles somos abençoados, mesmo conhecendo a Deus e a sua Palavra. Por eles nos aproximamos mais de Deus ou dele nos afastamos. E isso é algo eu todos nós de alguma forma já cremos. Um abraço mais uma vez.

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  44. Caro Tiago,
    Eu não disse que há contradição. O que eu digo é que não há identidade.
    Concordo em parte. Pois uma nação só é cristã se o form mais que nominalmente. O Brasil, por exemplo, não é cristão. Quase nem é católico. Se queremos um país cristãos, que façamos de seu povo cristãos ("façamos" bem entendido).
    Pois é, é exatamente porque os códigos humanos só refletem mal e porcamente os princípios da lei divina que temo por uma aplicação humana da lei de Deus.
    Defender autonomia? Por favor, não me venha com este palavreado que não nos serve de nada! Autonomia no homem, de qualquer tipo, é tudo que não defendo!
    Sim, a rejeição da Lei é a negação do Evangelho. Embora não estejamos a falar a mesma coisa, bom seria que tivéssemos um povo que entendesse as Boas Novas.

    Ednaldo,
    Você fala de imposições bem diversas. Eu não quero nenhum homem a me impor seu entendimento da Lei. Mas aceito de bom grado a Lei que Deus me impõe. Capiche?

    No Senhor,
    Roberto

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  45. Segundo o Roberto, há uma abundância de provas da descontinuidade da Lei. Falta agora mostrá-las.

    Eu já me antecipo e, com um texto do Kenneth Gentry que assino embaixo, refuto de antemão vários textos que porventura serão citados.

    O texto se chama "Supostas Passagens Negativas contra a Lei de Deus", e pode ser lido no seguinte link:

    http://www.monergismo.com/textos/lei_evangelho/supostas-passagens-negativas-lei-Deus_k-gentry.pdf


    O ônus da prova fica por conta dos antinomistas.

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  46. Esse texto resume bem o pensamento teonomista básico. Alguns ajustes precisam ser feitos, mas no geral você está de parabéns.

    Eu recentemente tentei debater com alguns adversários da Lei num blog supostamente administrado por cinco calvinistas. Inclusive, um deles, o pior e mais sem educação, está debatendo aqui.

    Foi pura perda de tempo. Meu comentário foi reprovado com a alegação de que eu não tinha sido educado, quando na verdade ficaram sem respostas para meus argumentos. E ainda assim, sem publicar meu comentário, deram respostas sem sentido a ele, e sem permitirem minha participação. Foi patético a postura deles. Mas é o que se pode esperar de antinomistas e pentecostalistas.

    Aproveito a oportunidade também para me solidarizar com o Ministério Cristão Apologético e com os Internautas Cristãos que tiveram um tratamento ímpio por parte desses falsos irmãos.

    No mais, que Cristo seja glorificado por aqueles que amam a Sua santa Lei.

    Na graça do Pai.

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  47. Jorge,

    Só li sua resposta a mim hoje, e depois do nosso papo. Olha, a mim basta dizer que a Lei de Deus vai para muito além da lei mosaica e por isso não são idênticas. Também, que a Revelação é progressiva e Deus se fez entender melhor à medida que o desejou. E que, nisso tudo, a Lei de Deus nunca perdeu vigência. Mas sua pergunta se refere à lei mosaica e assim mantenho minha resposta.

    Sua questão a respeito da objetividade da Lei divina me parece irrelevante. Não quanto a Lei ser objetiva, pois é óbvio que é. Não é do crime de relativização que poderei ser acusado.
    Infelizmente, no entanto, nós não somos objetivos. Não sei, a mim parece que sua antropologia falha completamente. Parece dizer que uma vez redimidos justos, não justificados. Santos, não apenas separados, mas já sem necessidade de qualquer santificação. Parece esquecer da extensão da queda, que faz seus efeitos até sobre os redimidos enquanto neste século sob imperfeição.

    Sei, nunca concordaremos. Mas vejo muito de um discurso de honra e glória por aí. Não vejo glória maior de que entregar a Ele, a Ele somente, o domínio. Seja como for, não quero qualquer homem a me impor sua interpretação da Lei. Nunca o aceitarei. E dado certo discurso que tenho visto, reforço esta convicção.

    No Senhor,
    Roberto

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  48. UMA ADVERTÊNCIA:

    Antes de tecer os comentários aos comentários propriamente dito, um alerta: por favor, não tragam para cá querelas de outros blogs! Não me interessam discussões que não têm nada a ver com o propósito da postagem. Se houve alguma conduta errada por parte de outros irmãos em outros blogs, tentem resolver por lá mesmo, ou então criem um blog pessoal e façam o que tenham de fazer nele!

    A partir de agora, qualquer comentário que contiver o menor ataque pessoal, e que usar o meu texto como pretexto para esse ataque, será recusado. E não adianta chorar! Afinal, as regras por aqui quem faz sou eu.

    Então, estejam certos de que, concordando ou discordando do meu texto ou mesmo de outro comentário, e atendo-se ao tema proposto, para crescimento e edificação de todos, serão bem-vindos. Do contrário, serão recusados.

    As únicas críticas pessoais permitidas serão a mim, e os motivos são óbvios, pois administro o blog; e não quero o Kálamos um palco de guerra, um conflito de egos.

    No mais, todos os comentaristas são bem-vindos, e desde já, os agradeço por vir.

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  49. Helvécio,

    não sei mesmo. Deve estar no empate técnico [rsrs], e nem isso é importante. O que realmente importa é cada um buscar na Escritura a verdade, a despeito da preferência pessoal. E se sujeitar a ela. Pois, no final, o que prevalece é a verdade, e os que nela põem sua certeza.

    Abraços.

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  50. Rodolfo,

    obrigado por sua visita inaugural. Espero que volte sempre aqui.

    Primeiro, por que não falar dos ajustes ao meu pensamento e que você considera necessário ajustar? Isso seria de grande valia à discussão.

    Segundo, como já confessei, sou um teonomista de ler a Bíblia, pois não li muitos textos e obras sobre o assunto, logo, não tenho um "pensamento" teonomista, mas a convicção de que a Lei perdura e é válida para todos os tempos. O assunto me instiga e tenho procurado reduzir minha ignorância, por exemplo, na leitura do livro "Lei & Evangelho", um debate publicado pela Ed. Vida. Portanto, sugestões de literatura me são muito bem vindas. Apesar de, como disse, ser a Escritura o meu norteador.

    Terceiro, quanto aos seu problema lá no 5 Calvinistas, deixe-o lá! Não faço parte do grupo; mas o Roberto é um grande amigo, e tem agido exemplarmente aqui no Kálamos, e o Clóvis é um irmão que admiro muito [apesar do pouco contato que temos]. Com os demais, não tenho qualquer tipo de relacionamento, mas respeito-os e as suas posições adversas.

    Vir aqui e dizer: "Inclusive um deles, o pior e mais sem educação, está debatendo aqui", primeiro, é irrelevante ao debate, e segundo, demonstra falta de educação para com o debatedor e comigo, o dono da casa, uma forma de me censurar por admiti-lo. Então, um conselho: não procure copiar aquilo que você considera errado, e acaba por fazer, errando tanto quanto aquele que você aponta o erro.

    Como disse, o Roberto tem agido exemplarmente aqui, respeitando-me, aos debatedores e aos leitores. Se quiser trazer para cá suas considerações e ponderações, as discutiremos. Esta me parece a forma correta de agir. Se não lhe dão voz lá, desde que se atenha ao tema, dou-lhe voz aqui. Faça isso!

    E que realmente Cristo seja glorificado por nós; não somente pelo que pensamos, mas também por nossas atitudes.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  51. Roberto,

    a graça não anula a Lei. Se minha antropologia está errada, não sei, o que sei é o que a Bíblia me revela, e ela diz o seguinte:

    a) O homem é mau e pecador;
    b) A Lei veio para revelar a maldade e o pecado inerentes ao homem [não falo exclusivamente da Lei Mosaíca, mas daquela dada a Adão no Éden];
    c) O pecado fez separação entre o homem e Deus;
    d) Deus, desde sempre, derramou a sua graça sobre os eleitos, e pelo sacrifício de Cristo, o homem é reconciliado com Deus e redimido;
    e) Existe o caráter eterno da santificação e o caráter temporal da santificação. Para Deus, já somos santos; para nós, ainda nos mantemos, de alguma forma, atrelados ao pecado.
    f) Então, no ponto de vista temporal, o eleito vive a promessa de ser santo como santo é o nosso Senhor, e deve buscar a santidade, mas ainda não o é, de fato. Somente o será naquele glorioso dia em que veremos o nosso Senhor face a face.

    Bem, não entendi em que a aplicação da Lei retiraria o domínio das mãos de Deus. Pelo contrário, retiraria o "domínio" das mãos dos homens.

    Ninguém está a impor sobre ninguém a interpretação da Lei, a Lei se impõe por si mesma sobre todos os homens, quer queiram ou não, pela autoridade de Deus, o legislador. É por ela que ele julgará o mundo. A Lei já está sobre todos, e somente pela graça e o sacrifício de Cristo é que nós, os eleitos, não seremos julgados por ela. Mas isso não retira em nada a obediência que lhe devemos, como fruto da perfeição e santidade divinas.

    O problema maior é que, se nós não estivermos sujeitos à Lei divina, santa e justa, estaremos debaixo da lei humana, imperfeita e injusta. E entre uma e outra, fico com aquela, especialmente sabendo que essa é a vontade de Deus.

    No mais, esteja certo de uma coisa, na eternidade, concordaremos em tudo.

    Abraços.

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  52. Tiago,

    Ué! Por que me pede provas do que refuta de antemão? Isso me serve apenas de bom exemplo do que é, efetivamente e sem a carga emocional pós-moderna, preconceito.
    Mas se não entro em guerrinhas de versículos com arminianos, por que acha que entraria numa guerrinha aqui?
    Embora o rumo seja claramente diferente entre teonomistas (que termo infeliz!) e arminianos, o problema fundamental é o mesmo. Pois o problema não está em se as referências bíblicas são parcas ou abundantes, mas nas lentes pelas quais olhamos as Escrituras.

    Olha, é triste ver mais uma sugestão de texto sendo feita não como sugestão ou ilustração, mas como argumento. Entendo que você o considere perfeito para expor o que você pensa (o que faz, em parte, sua sugestão ser ilustração). Mas ele não serve por prova. Se quer falar em ônus, esforce-se com sua própria mente.
    Quanto a mim, não quero provar nada a quem refuta de antemão. No máximo, farei considerações a quem tenho em alta conta, a quem posso esperar nos edificarmos mutuamente, ainda que em discordância.

    Ao Senhor a glória,
    Roberto

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  53. Jorge,

    Primeiro me permita um breve "direito de resposta": pela amostra se vê porque se perde a voz.

    Eu não disse, meu caro, que a Graça anula a Lei. O que eu digo e repito é que a Graça aperfeiçoa a lei.
    Quanto à antropologia, ela não erra onde você lista. Como eu disse, tem a ver com a extensão da queda. Mais especificamente com os efeitos noéticos do pecado (noéticos de nous, mente).

    Eu também não disse que "a aplicação da Lei retiraria o domínio das mãos de Deus". Retirar o domínio é pensar numa legislação que parte da imposição humana, não de Deus.
    Este é ponto central de nossa discordância, pelo que posso ver, além de uma nuvem quanto ao que consiste a Lei. Você vê a Lei como objetiva (no que concordo). Mas você vê que o homem é capaz de vê-la e aplicá-la objetivamente. Eu não vejo isso como minimamente possível. Esta é a referência que fiz à antropologia. Sou absolutamente pessimista quanto ao homem. E isso se estende ao homem redimido que se mantém pecador e, se está de pé, é apenas por graça.

    Não sei se o Natan brincou exatamente com isso, mas uma prova bem humorada disso de que falo é que vocês não usam barba.

    Sim, anseio pelo porvir. Maranata!

    No senhor,
    Roberto

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  54. Jorge, meu irmão, nunca o vi bravo, mas tem toda a razão. Sempre que posso elogio o seu blog no meu como um blog exemplar na web, pois a maioria ( mesmo !) dos crentes não conseguem fazer um blog ou site que seja uma plena benção. Muitos são maldição ou confusão. Eu como a maioria deve saber, sou o única não calvinista, ue visito o kálamos e dou pitaco aqui e ali... agora um conselho ( ou opinião sei lá): se Jesus nos acolhe a todos igualmente, porque julgar quem é irmão ou não, só por ter outras opiniões, ou outra compreensão? claro que não. Qualquer um que ama a Cristo e o confessa, para mim,é irmão...só Deuws pode julgá-lo, ou dize que não seja... no mais um abraço.

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  55. Ha! mais uma coisa, como tem sido o meu comportamento...fui aprovado ou reprovado?

    Um beijo a todos, a Gorete aos filhtoes, ao genro, a mamãe e os irmãos...

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  56. Roberto,

    Acredito que concordamos no conteúdo, não na forma... Acho que o fato de ser pessimista não me exclui de batalhar e trabalhar pela verdade... se vão aceitar ou não, é outro problema, sabendo que Deus está no controle e de que o seu propósito eterno é inabalável e infalível. Mas essa certeza deve me levar a lutar pelo Evangelho, seja contra homens, leis... tenho de me sujeitar até ao pó por Cristo e sua palavra.

    Não sou reconstrucionista, nem acredito na reconstrução, mas vou lutar pela aplicação da Lei, como santa e justa. Se o mundo e a sociedade vão aceitar ou não, é outro problema. Não me cabe discutir isso, nem me utilizar dessa possibilidade para a omissão [falo de mim, exclusivamente].

    Acho que os nossos focos são diferentes... Você não considera a eficácia da defesa da Lei, por motivos práticos ou realizáveis, eu a considero defensável mesmo em sua impossibilidade prática.

    Há questões obscuras? Sim. Há questões a serem definidas? Sim.

    Concordo com o Natan e o Matheus que a Lei é lei, não há sub-divisões nem sub-classificações, ela é um todo, mas acredito na questão do princípio, como o próprio Natan comentou em outro texto, quanto ao fato do homem aparentar-se como homem, e a mulher como mulher, dentro do princípio de distinção dos sexos, numa clara alusão e oposição ao que hoje se denominou androgênia e transexualismo.

    Não há dúvidas de que a graça aperfeiçoou a Lei, mas somente para os eleitos, enquanto a Lei é para todos, crentes ou não. A graça de nada serve para os ímpios, pois não foram alcançados por ela, contudo, foram pela Lei, e estão sobre ela.

    Bem, estou pensando seriamente em deixar a barba crescer, assim, ninguém poderá me acusar de incoerente, ou antinomista [rsrs].

    Abraços.

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  57. Caros irmãos, há de lembrar o que é religião e governo.A divisão e a uniao das duas instiutições. Smpre na história que a religião se fundiu ao estado ( como governo ) as consequências foram desastrosas ( são até hoje ). A lei de Deus e imutável mas a sua aplicação é misericórdia. Quando ela supostamente aparelha o Estado para organização da sociedade, ela passa ser uma arma em mãos erradas, é o que se dá em estados islâmicos.

    continua...

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  58. Paz Roberto,

    Você diz que não quer que nenhum homem lhe imponha seu [dele] entendimento da Lei, mas o que você impôe sobre si não é o seu entendimento da mesma?

    A questão que "retumba" é, "qual é o entendimento verdadeiro?"

    Fica na Paz,

    Ednaldo.

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  59. Continuando...

    O que não se quer, e um dos irmãos parece ter colocado algo parecido, é a imposição via mão forte do Estado sobre qualquer coisa ( é o que temos ao contrário no que respeita a ditadura gay ).Seja incrédulo, ateu, católico ou evangélico, não uero um poder estatal dizendo o que dever fazer ou não fazer. O que como cristãos não gostaríamos que acontecesse é exatamente a franca desobediênia a lei de Deus de forma institucionalizada, e é exatamente isso que parece acontecer no ocidente cristão fraco. Um partido evangélico não pdoe aspirar o governo evangélico, mas pode deter em boa parte essa tendência a desobediência da lei de Deus de forma institucionalizada patrocinada pelo estado "laico".

    Um abraço mais uma vez.

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  60. Caro Ednaldo,

    Não sei bem se entendi sua primeira pergunta.
    Se você quer dizer que a imposição de meu entendimento da Lei a mim mesmo é semelhante à imposição de outrem a mim, não posso concordar.
    Se, ao contrário, você quer chamar a atenção para que meu entendimento da Lei também é um entendimento, então concordamos totalmente.
    Tendo a crer que é o segundo o seu intento. E suponho que você, como eu, é pressuposicionalista. Se é o caso, você me entenderá quando digo que tenho plena consciência de minha lente, de minha cosmovisão.
    E daí o meu ponto desde sempre. Pelo que repito com você: "A questão que 'retumba' é, 'qual é o entendimento verdadeiro?'"

    É você o mesmo Ednaldo do Monergismo ou há outro? Se for (permita-me, Jorge), agradeço o tom respeitoso do fórum, bem diferente do que tenho visto alhures e é o objeto de minha crítica.

    No amor do Senhor,
    Roberto

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  61. Paz Roberto,

    Não tenho nada a comentar sobre seu comentário, pois você me interpretou corretamente.

    Quanto ao "Ednaldo" do fórum, sou eu mesmo. ;)

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  62. Como é...ninguém ouviu as minhs colocações?

    Um abraço.

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  63. Bom que os irmãos fizeram as pases, é isso aí. Dá para contribuir, aprender, concordar, discordar e manter o nosso amor e fidelidade so Senhor.

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  64. Meu caro,
    Então é sempre um e o mesmo Ednaldo que conheço há algum tempo desde o 5S?!
    Eu estava achando que fossem duas (ou mais) pessoas. rsrs
    Não me interprete mal, mas fico bastante aliviado em saber que você é você. (rsrs) Isso e um papo com o Jorge me deixam com esperanças de que muitos cheunguianos encontrem o rumo.
    No Senhor,
    Roberto

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  65. Pois é Roberto, ao que parece, eu sou sempre eu mesmo. [rsrs]

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  66. Helvécio,

    Atendendo a seu pedido comentarei o seu comentário.

    Quero dizer que discordo do seu posicionamento dicotômico no que diz respeito a religião e governo. Creio que Deus legisla sobre tudo e sobre todos e que dessa forma religião e governo estão ligados tendo em vista que toda a autoridade procede de Deus.

    O problema muitas vezes começa quando se tenta aplicar as prerrogativas religiosas no âmbito do governo civil, e vice-versa. A Escritura ensina que Deus instituiu autoridades para punição dos malfeitores, ou seja, pessoalmente nenhum de nós tem autorização divina para punir quem quer que seja, mas o estado foi investido de autoridade para isso.

    Quanto a aplicação de misericórdia, devemos entender quando e como a misericórdia deve ser aplicada, imaginemos que um estuprador de crianças seja solto, e quando inquirirmos ao juiz o porque disso ele diga "eu tive misericórdia dele", será que aceitaríamos isso?

    Sobre o seu comentário sobre "estados islâmicos" a pergunta que fica é estes estados estão agindo em acordo com a fé que professam? Se sim qual o problema? Se a lei fosse a mosaica mudaria alguma coisa?

    Quanto a imposição de leis civis sobre nós, não sei se você notou, mas elas estão aí, todas as leis civis nos são impostas e nós não somos livres para infringí-las. Alías o pagamento de impostos não é algo opcional, mas imposto.

    Para terminar, estado laico é utopia.

    Ednaldo.

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  67. Caros,
    Apenas um adendo para que nada saia de seu contexto.

    Jorge,
    Parece que começamos a nos entender, apesar de certa nuvem ainda pairar no ar e de algumas discordâncias bem explícitas.
    Posso concordar com seu veredicto que "não considero a eficácia da defesa da Lei, por motivos práticos ou realizáveis". Note apenas que não há qualquer pragmatismo em mim.

    Ao colocar a questão dos entendimentos ao Ednaldo, não estou relativizando nada. Obviamente considero, até prova contrária, meu entendimento como o correto e vou "brigar" para que prevaleça. O ponto não é relativismo, mas o efeito noético do pecado que ainda me alcança até Seu retorno.
    E isto é tão sério que admito apenas o ceticismo como alternativa racional ao cristianismo. Mas isso é um outro assunto!

    No Senhor,
    Roberto

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  68. Ednaldo, obrigado por se posicionar frente as minhas colocações e aceito a sua opinião discordante.

    Primeiro Deus não legisla no que se refere a lesgilação particular de um povo ou nação. Muitas dessas leis são frontalmente contra a vontade de Deus.Israel deveria ser um estado teocrático simplesmente por ser o povo escolhido de Deus.As outras nações se socorriam de seus deuses para legitimação de seu governo e legislação pois isso substituía a força e muitas vezes a razão.

    continua...

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  69. Continua...

    As leis são criadas, não poucas injustas e ridículas, e a desobediência é franca tanta as primeiras quanto as segundas. Vale lembrar que se os cristãos fossem inteiramente obedientes as leis vigentes o evangelho não seria pregado, a Bíblia copiada e distribuída e pessoas não seriam jamais salvas. Logo a coisa não é tão simples assim. Sobre o estado laico, separado da religião não creio ser inteiramente uma utopia, claro o estado como entidade inexistente mas reflexo do seu povo, pode ser favorável, inimigo declarado ou conivente com uma religião que custe parcial ou totalmente o poder. Governantes incrédulos podem tender a aparentarem ser religiosos por conveniência ou não.
    Um estado laico seria o estado com menor ou ausência desse favorecimento.

    Um grande abraço meu irmão e mais uma vez obrigado por sua opinião.

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  70. Usar os efeitos noéticos do pecado para justificar a inaplicabilidade da Lei de Deus é uma desculpa esfarrada.

    Se isso fosse motivo, Deus não teria entregado a Lei inicialmente aos judeus, pois eles também sofriam dos mesmos efeitos noéticos que nós.

    E seguindo esse raciocínio, o que se dirá também das demais ordenanças, rituais, ministérios e ofícios? Tudo deveria ser revogado, pois nenhum homem pode executá-los perfeitamente.

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  71. Natan (Oliveira), você disse:

    "Entendo também ... que a teonomia serve não para que os cristãos via Estado e instituições enfiem boca abaixo a lei para todos, mas sim que a teonomia serve para despertar no coração dos homens o desejo de cumprir a Lei (por amor e santificação)."

    Esses são dois usos distintos da Lei (na verdade três): o político, o pedagógico e o didático. Não devemos confundí-los.

    O uso político é a aplicação da Lei de Deus pelos magistrados civis para a restrição do comportamento perverso de homens ímpios.

    O uso pedagógico é a convicção de pecado que a Lei gera no pecador, conduzindo-o a Cristo.

    E o uso didático é a instrução que a Lei fornece para os crentes, servindo de regra para a vida.

    Esses três usos da Lei são legítimos em todas as épocas e em todas as nações. Boa parte da rejeição à Lei por parte de alguns irmãos se dá pela má-compreensão dos usos, objetivos e administrações da Lei. Essa diferenciação também deve ser levada em conta ao se analisar os textos do Novo Testamento que tratam do assunto.

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  72. Graça e Paz Helvécio,

    Espero que o Jorge não fique chateado comigo por usar este espaço para continuar nossa conversa.

    Novamente devo discordar, você diz que "Deus não legisla no que se refere a legislação de um povo ou nação", dessarte porque considerar muitas delas contrárias a vontade de Deus? Veja que mesmo você entende que a questão não é sobre a legislação particular de um pais, mas sobre a aplicabilidade da Lei de Deus, se universal ou se particular, se julgamos algumas leis erradas, o fazemos baseados em que?

    Eu acredito piamente que as demandas da Lei de Deus são universais e não particulares, quando Deus diz que Israel não deveria agir como as outras nações que lhe estavam em redor, Deus está legislando sobre estas nações, o fato dessas nações [ou pessoas] não aceitarem a Lei de Deus, não significa que Deus não legisla sobre elas, mas sim que elas estão em franca rebeldia. Criar leis aparte da lei de Deus é sinal de rebeldia, por isso não somos "inteiramente obedientes as leis vigentes". No fim das contas você está concordando comigo e com o Jorge, pois creio ser este o ponto que ele defende neste artigo.

    Quanto ao estado laico considero-o uma utopia, exatamente pelo que você disse, jamais encontraremos um estado plenamente neutro. Agora se um estado teocrático recompensa os cristãos por serem fieis a lei de Deus e pune os rebeldes por não o serem, porque isso é errado? Evidentemente se um estado teocrático favorece uns por partidarismo, fazendo vista grossa a erros cometidos por cristãos, este não é um estado teocrático, e portanto também está em rebeldia.

    Ednaldo.

    ResponderExcluir
  73. Tiago,
    Infelizmente, sua leitura é muito ruim mesmo. Toda vez que você fala do que eu disse não fala do que eu disse. Cara, isso é muito cansativo. Essa será a última vez que te dou uma resposta se essa for sua postura.
    Primeiro, os efeitos noéticos não "justificam a inaplicabilidade da Lei de Deus". Não é isso o que digo. Eles impedem que o homem seja capaz de discerni-la como convém.
    Depois, o resultado da entrega da lei mosaica aos judeus nos é bem conhecida e não é nada diferente do que tenho dito. Ao contrário o confirma.
    O "tudo deveria ser revogado" fica por sua conta e risco.
    A Deus seja a glória!
    Roberto

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  74. Ednaldo,

    faça daqui a sua casa, pois ela efetivamente é. Sinto-me é verdadeiramente honrado com suas intervenções. Fique a vontade, sem restrições!

    Como estou sem óculos, hoje e amanhã, vou resumir-me a ler os comentários e liberá-los. Podem interagir livremente... talvez demore um pouco para liberá-los pois evitarei a net até os meus novos óculos chegarem.

    Cristo abençoe a todos!

    Abraços.

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  75. Roberto, você escreve mal e espera uma leitura boa. Realmente isso é muito cansativo.

    Mas veja que o ponto permanece o mesmo. Você afirma que os efeitos noéticos do pecado impedem que o homem discirna a Lei como convém. LOGO, ela é inaplicável, ou no mínimo, isso sugere que será mal-aplicada. Pois não se pode aplicar corretamente aquilo que não se discerne corretamente.

    Quanto ao "tudo deveria ser revogado", é a implicação lógica do seu argumento.

    E os resultados da entrega da Lei aos judeus sempre foram positivos quando ela foi corretamente entendida e obedecida: a promoção da paz e justiça social e a condução dos eleitos à Cristo.

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  76. rsrsrs

    Tiago, finalmente uma boa resposta!
    Mas, dado que conheço sua interpretação de textos que não são meus, reservo-me o direito de manter minha posição.
    E como sua lógica vai pelo mesmo caminho que sua interpretação...

    Mas devo ser justo com você. Não é só por sua lógica que lhe escapa fazer um bom argumento contra mim. Você não entende, ou apenas se recusa a entender, minha própria conceituação. Como, por exemplo, na diferenciação que faço entre lei e Lei. Já disse que não são idênticas. Que você, ou qualquer um, afirme que são e tenha tal por certo, não fará diferença no meu argumento. Exceto se eu estiver errado. Porém, quero ver alguém me convencer que a Lei é a lei.

    Quanto aos efeitos da lei, eu não disse que são negativos. Disse que os conhecemos. (Vê? Escrever, escrevi, bem ou mal.) E não há algo mais positivo para nós, os enxertados, que o principal efeito da lei: o advento de Cristo!

    Porém, estamos ambos cansados. Vale continuar com isso, dado que você não aceita meus termos e eu não quero debater com os seus?

    No Senhor,
    Roberto

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  77. Jorge,
    Estou ao dispor para uma conversa propositiva (ou para nossas divertidas bobagens e provocações). Mas se é para "ganhar a briga", cedo. Se é para engolir sapos, começo por aqui, e sei que você me compreenderá.
    Foi-me edificante, esteja certo, enquanto buscamos nos entender.
    Grande abraço, meu irmão. No Senhor,
    Roberto

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  78. Roberto,

    entendo, e acho mesmo temeroso continuar, tanto para você e o Tiago, como para os demais leitores.

    Por mais que eu seja dogmático [e sei que sou, e não me envergonho de sê-lo], não vejo o debate como uma "briga-de-foice" onde "um vencedor" levará o troféu e o outro voltará para casa sangrando e arrastando-se pelo chão. Não me agrada a idéia de humilhar o adversário, ela me parece por demais carnal, e não a vejo na relação dos frutos do Espírito. Até porque a suposta vitória acaba sendo nossa, e a glória nossa, quando somente há um vencedor: Cristo!

    E quando pontos extremos estão arraigados, e são ressaltados, é melhor o silêncio; e quando não acontece, tudo é possível... normalmente, o pior.

    Acho que muito pouco pode ser acrescentado ao que já foi dito, de ambos os lados; resta-nos agora que o Espírito nos dirija ao convencimento ou não.

    Agradeço a todos a participação, pois acredito que o debate foi positivo, ao menos, para mim, foi.

    Não estou fechando os comentários, mas liberarei apenas os que tiverem realmente algo a acrescentar ou de novo.

    Cristo nos abençoe!

    Abraços

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  79. A meu ver, do que me adianta querer ter a lei de Deus gravada no meu coração somente? É óbvio que isto é ótimo, mas se a lei de Deus for a base das nossas leis civis acredito que a glória e a honra para Deus seriam maiores, pois o povo constata que somente pelas leis de Deus poderíamos obter um conceito moral verdadeiro para a sociedade.
    Acredito que não seria imposição das leis de Deus. Somente para aqueles que não teriam estas leis gravadas no coração. Então, o tema na verdade não é a imposição, mas a aceitação das leis e a correta interpretação das mesmas para a aplicação forense. Sendo as leis de Deus ou não, elas não são impostas de qualquer forma pelo Estado? Eles atualmente não legislam sobre tudo? Achando que tem o controle da sociedade em suas mãos? Se a resposta é positiva, não seria melhor sermos regidos pelas leis de Deus?
    A lei foi dada a Israel para as nações observarem o padrão que Deus dita para todos (Israel seria o modelo). Porém, sabemos que pelo pecado do povo, muita coisa foi desobedecida e o exemplo “perfeito” não aconteceu. Mas, sabemos que não é porque o exercício da lei não foi a contento que a lei em si deve ser negada. Não, a lei está aí e devemos ultrapassar sua aplicabilidade de modo particular (individual – gravado nos corações) para algo com mais amplitude, alcançando todas as pessoas com ela. Digo isto, porque a lei e o Evangelho estão entrelaçados, e se o “Ide” é para todos, chega-se a conclusão que a lei também é para todos.
    Envio um link que tem algumas definições que podem auxiliar aqueles que estão acompanhando o debate, pois esclarece algumas correntes - uma espécie de resumão.
    http://www.monergismo.com/textos/teologia_pacto/perg-dispensacionalismo-pacto_piper.pdf
    Um abraço a todos.

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  80. O debate foi proveitoso, mas alguns conceitos estão confusos ou em aberto.

    A lei imposta, ou materializda via Estado não é garantia de justiça, pois os Estado é governado e representado por incrédulos que não entendem a vontade de Deus.

    Quanto alei gravada em nossos corações é sim mais eficiente, pois passamos a agir como verdadeiros justos ( um excelente exemplo, José padastro de Jesus e José do Egito )

    Um partido teocrático represeenta uma posição dos cristãos ( no caso, em tese ) e deixaria mais visível o que os cristãos crêem e poderia ter uma maior influênciqa na formulação de leis na sociedade, mas apenas em parte.

    Quanto a lei e o evangelho, fica claro que é impossível ser filho de Deus com padrões morais abaixo dos princípios pontuados pela lei. Creio ser esse o ponto nervalgico apontado pelo texto do irmão Jorge.

    Cristão e idólatra ( há várias formas de idolatria ) cristão e adultero, cristão que nãoconsagra parte de seu tempo ao Senhor, etc, etc.

    Um abraço mais uma vez.

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  81. Vou escrever de outra forma então, procurando usar a sua nomenclatura.

    O “uso pedagógico” deve ser regado pelo Espírito Santo quer para produzir conversão ou para gerar ainda mais condenação e endurecimento.

    O “uso didático” deve ser regado pelo Espírito Santo uma vez que é Ele quem opera em nós o querer e o efetuar, e nos aperfeiçoará em santificação até Aquele Dia.

    Da mesma forma, E FOI O QUE EU DESEJEI FALAR, o “uso político” da lei também deve ser regado pelo Espírito Santo uma vez que o crescimento do Reino virá sem “força e sem violência”.

    Então nos três “usos” em nenhum deles entendo que será enfiada boca a baixo.

    O efeito do “uso político” será a meu ver uma natural consequência dos efeitos dos “usos pedagógicos e didáticos” na medida em que o número de verdadeiros convertidos for maior do que o número dos reprovados.

    ---

    E sem querer ser chato, isto de ficar dizendo que um escreve mal e o outro tem leitura ruim... Isto não lhes parece um claro quebrar da Lei?

    A mim, me parece.

    Vocês me escandalizam com este tom de fala, me parece que se a tal da “espada” lhes for colocada na mão, não sobrarão cabeças até que todos concordem com vocês. Acho que por isto e outros motivos é que Deus ainda não promoveu o “uso político” da Lei em larga escala.

    A “espada” ainda não fica bem em nossa mão. Me parece que teríamos mandado matar a Davi e seus homens quando comeram os pães santificados que não lhes era lícito comer, e fico na dúvida se não teríamos também condenado o Senhor a morte pela particular interpretação que Ele deu ao cumprimento do sábado... Sei não... Na dúvida prefiro ainda que o uso da “espada” fique longe de nossas mãos.

    Por causa da Lei e da nossa particular interpretação dela, nos esquecemos da misericórdia e do bom trato quando escrevemos uns aos outros. E isto eu percebi em vários debates que li em vários sites ditos cristãos. E este é um dos motivos pelos quais participo de quase nenhum debate, simplesmente nós entre irmãos não conseguimos conversar sem nos “a-pau- sentar-mo-nos-uns-aos-outros”.

    Tudo em nome de um suposto zelo pela Lei e pelo Evangelho...

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  82. Irmão Oliveira,

    Achei magistral e imnspíradora a sua colocação, penso em muito semelhate ao que o irmão colocou.

    E para provar que a lei de um estado não é inspirada por Deus ( se tomando o estado como agente profutor dessa lei ) há iúmeras leis espalhadadas pelo mundo, aprovadas, algumas em franca vigência, ou que são estúpidas, ridículas ou mal formuladas. Um exemplo, fugindo de outros até chulos ou bizarros: Nos EUA uma lei de 1969, torna ilegal ocontato de cidadãos com extraterrestres.

    Deus não tem nada com isso ( com essa lei )...certamente.

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  83. Eric,

    ainda sem os meus óculos... mas vamos lá!

    Obrigado mais uma vez pelo comentário propositivo. Concordo com você quase integralmente, e o texto indicado é muito bom. Ele mostra as diferenças entre pacto, dispensacionalismo e nova aliança, o que dará uma boa idéia para quem, como eu, estou sendo iniciado no assunto. O único erro do texto é dizer que dirá o pensamento de Piper, quando não o faz em momento algum [rsrs].

    Abraços.

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  84. Helvécio e Natan,

    como os comentários de vocês são concordantes, vou respondê-los em conjunto:

    Concordo com praticamente tudo o que disseram, mas discordo de que a lei não tenha de ser "enfiada goela abaixo" do ímpio, pois ele já está debaixo da lei. Vejam bem, ela tem um caráter de inibir, coibir e refrear o mal, de tal forma que o ímpio pense duas vezes ou mais antes de praticá-lo, sabendo que, ao fazê-lo, estará sujeito a severa punição.

    O Evangelho veio para salvar o redimido, e a lei veio para condenar o réprobo [além de ser o padrão moral e ético para o salvo]. Muito do que vemos hoje em dia se deve ao desprezo da lei por parte dos homens, que estupidamente a renegaram em favor de uma contemporização do pecador e do pecado [muito por culpa da própria igreja], e o que se vê é a completa rejeição à moral, à ética e à santidade; o mal disseminando-se livremente, e os princípios bíblicos ridicularizados e desprezados como se fossem contos-de-fada ou uma bobagem escrita há mais de 2.000 anos.

    Os ímpios não serão jamais tocados pelo Espírito para se converterem dos seus maus caminhos, por isso, a lei existe para condená-los e castigá-los, caso a infrinjam. Essa prerrogativa não é da igreja, mas do Estado que é ministro de Deus para implementar a justiça e coibir a injustiça.

    Enquanto os cristãos tiverem essa idéia de que a lei está escrita apenas no coração e não nos códigos penais, veremos a injustiça campeando, pois agimos igual a Pilatos, lavando as mãos.

    Da mesma forma, alegar que o homem é incapaz de exercer a justiça não nos dá o direito de não buscá-la, antes de abandoná-la em favor da mais clara e objetiva injustiça e perversão acolhida pela lei humana.

    Certamente, é mais fácil errar onde o erro já está explícito, do que errar onde não erro, antes sabedoria e perfeição, no caso, a lei divina.

    Abraços.

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  85. Oliveira,

    Você está correto quanto à ação do Espírito Santo nos usos didático e pedagógico, mas está equivocado quanto ao uso político.

    O uso político da Lei deve sim ser administrado sob a direção do Espírito Santo, porém, ele não é "uma natural consequência dos efeitos dos “usos pedagógicos e didáticos” na medida em que o número de verdadeiros convertidos for maior do que o número dos reprovados." (citando suas palavras).

    Concordo que a ACEITAÇÃO do uso político pode ser uma consequência natural disso, mas a aplicação ou a obrigatoriedade não. Não importa se uma nação tem 0 ou 100% de cristãos, seu Estado está sob a obrigação de aplicar a Lei divina. A teonomia não é apenas para o passado (a nação biblica de Israel) nem apenas para o futuro (a suposta era de ouro do pensamento pós-milenista), mas para todas as eras. Ela também é para todos os povos, evangelizados ou não.

    Veja outro ponto, você disse que o uso político será uma consequencia natural "na medida em que o número de verdadeiros convertidos for maior do que o número dos reprovados". Então você admite que haverá pessoas que discordarão da Lei (os reprovados). Esses não terão que aceitá-la "enfiada boca a baixo"?

    Perceba que esse argumento de que a Lei não pode ser imposta é falso, e não tem o menor cabimento, pois TODA LEI É IMPOSTA em todas as nações do mundo. A lei (seja ela qual for) serve como um freio externo, coibindo o erro, e não tem necessidade de assentimento interno por parte daqueles sobre os quais foi imposta. Se eles têm a Lei gravada em seus corações, melhor, mas se não tem, o problema não está na Lei, mas neles.

    Deus impôs a Lei sob Israel tendo lá homens regenerados e não regenerados, magistrados tementes e ímpios, reis santos e apóstatas. A condição dos homens não impossibilita a imposição da Lei.

    A Lei está sempre em vigência, e os homens devem se adequar a ela, não ela aos homens.

    "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem."
    (Eclesiastes 12:13)

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  86. "isto de ficar dizendo que um escreve mal e o outro tem leitura ruim... Isto não lhes parece um claro quebrar da Lei?"

    Se houver uma a lei que proíba responder a alguém que nos acusou de má leitura que na verdade ele tem má escrita, aí sim há uma quebra da lei. Caso contrário, não.

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  87. Caríssimos,

    Há aí uma confusão ainda: uma "lei cristã" não tornaria a sociedade melhor e perfeita, a melhor influência do pensamento cristão é o exemplo, coisas dando certo, ações isoladas e criativas. Aliás, ainda ue um pseudo cristianismo, nações católicas como o Brasil e a própira Itália, sempre tiveram leis influenciadas pela teologia cristã. O Estado Brasileiro incluive foi mais longe, cidades,avenidas, ruas e até dois estados ( três com Santa Catarina ) são exemplo da ditadura religiosa e sua goela abaixo. Sou a favor de políticos cristãos evangélicos, poi so parlamento é um campo de batalha. Continua...

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  88. Outro ponto:

    A lei não é instituída por Deus ( as leis que temos por parte do estado ) isso é uma projeção forçada. O dia dedicadao a Senhora Aparecida, via decreto do Pesidente João batista de Figueiredo exiwte, e nós como cristãos evangélicos não damos a mínima para ele,apenas quem é patrão dá folga ou paga em dobrro a seus empregados e quem é empregado tira uma bela folga e vai adora o verdadeiro Deus. Logo a relação ebntre lei e obediência é falácia tanto para o incrédulo, como para o crente. A lei interna, da consciência ou falta dela, é que dita o resultado. |Nerm sempre portanto estaods com leis cristãs consegue melhroes resultados que estados com leis não cristãs. Não há essa relação.

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  89. Natan,

    Não deveria se escandalizar com isso não. Tenho dito ao Jorge que gosto do Tiago, mesmo sem ter razão para isso. Acho que é porque vejo nele um cristão sincero. Está absolutamente enganado, mas sinceramente enganado. Não fosse isso, ao invés de simples palavras duras, eu o teria desprezado intelectualmente. E ele como alguns outros sabem do que falo.
    A resposta dele quanto à leitura foi muito boa. Pois se ele está certo que lê bem, o problema só pode estar na minha escrita. De tudo o que ele me disse, foi o melhor que vi. Apenas que ainda o vejo sinceramente enganado...

    Mas, veja! Eu tenho medo do Tiago. Tenho medo de você, do Jorge... Tenho medo de mim. Este poder da espada, dada a nossa natureza, mesmo quanto aos redimidos, nunca fará do que vocês chamam autonomia teonomia. No máximo chegaremos a alguma aristonomia.

    Aproveitando alguns comentários mais novos... Qualquer cristão, eu entre eles, repetiria que o "Estado está sob a obrigação de aplicar a Lei divina". Ou que a "Lei está sempre em vigência, e os homens devem se adequar a ela, não ela aos homens". Até mesmo que "toda lei é imposta" e que "não requer assentimento".
    Esta última afirmação, no entanto, é imprecisa. Uma vez imposta, a lei deve ser cumprida com ou sem assentimento do cidadão. Porém, a lei sempre reflete a cultura de uma nação.
    Vocês deveriam considerar o que diz Gramsci. Seguindo este ímpio, as esquerdas estão conseguindo inverter não só moral como mesmo a significação de palavras, ao ponto de formar um senso comum esquerdista. Por que vocês acham que nossas leis estão se encaminhado no sentido em que estão? Há muito as esquerdas perceberam que a guerra se vence pela mente da massa.
    Imposição, pura e simples, de leis sem uma cultura que lhes dê suporte é fazer as tais leis que não pegam.
    Eu adoraria ver a Lei (novamente: não a mosaica) como lei. Mas não tenho esperança da transformação de cultura a este ponto, ainda que lute pela cristianização do mundo.

    No Senhor,
    Roberto

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  90. Caro irmão Jorge, novamente um recorde de comentários relativos a um assunto. Isso só acontece em fóruns e na maior parte com vocabulário pobre, idéias imprecisas e monossílabos. Aqui não, além das opiniões, algumas rusgas graças creio não há uma índole cristã imprecisa mas ao próprio temperamento pessoal, e as contribuições à própria análise são muito ricas. Pontos não lembrados ou abordados vêm a tona para uma futura análise. Acho que perde quem se chega ao debate ( continua...)

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  91. continuando...

    ...acho que perde quem se chega o debate com ar professoral sem estar aberto a ouvir o outro ainda que a posição seja francamente diversa. Destaco a postura do Pr Luiz Fernando que é sempre cordial e não atropela os demais com seu conhecimento teológico. Não quero dizer que deve cada um abrir mão do que sinceramente pensa, mesmo porque. ter uma posição, uma teologia particular faz parte da nossa maturidade em termos de fé, não devemos ser , portanto levados pelo menor vento em contrário, ainda que seja uma simples opinião.

    Parabéns e obrigado pelo espaço democrático ( no sentido amplo da palavra ) que para ficar perfeito só falta a pizza com guaraná.
    Um abraço.

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  92. Prefiro Coca-cola. [rsrs]

    Mas tambem quero agradecer ao Jorge por nos permitir interagir.

    Que Deus abençoe a todos.

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  93. Caro

    Entendi (acho) o que você disse.

    A meu ver, num Estado Democrático, a lei não é imposta num primeiro momento, mas sugerida como projeto de lei e revisada por técnicos, discutida por políticos, debatida na sociedade, feitos alguns ajustes e só depois de votada por maioria simples ou abslouta (dependendo o caso) é que então... Será imposta.

    Assim esta "imposição" é uma "imposição" votada por alguma modalidade de "maioria" que reflete o momento cultural e político de uma nação.

    Acredito que agora me fiz entender.

    Hoje no Brasil não tem a mínima chance de a Lei do Senhor ser colocada em todos os seus quesitos em vigência a partir do Estado, mas para os indivíduos como padrão de santidade sempre é oportuna.

    Tanto a lei não é imposta num primeiro momento (quando ainda é projeto de lei), que se assim fosse, não haveria porque brigarmos para que o tal projeto de lei sobre homoafetividade não fosse aprovado e então de fato "imposto".

    Sim, quando a maioria das pessoas no Brasil e no mundo forem eleitos verdadeiramente convertidos, então a maioria acabará por naturalmente "impor" a Lei para os demais, mas não será por goela-abaixo, mas por alguma espécie de maioria.

    Evidente que a minoria discordante sempre receberá a lei de forma imposta literalmente.

    Quando lhe acusei de pecado (risos...) eu falava do amor, do mandamento de que devemos amar o próximo, e amor é volição, nas minhas palavras é tratar o outro da melhor forma possível, e por isto que entendo que certos usos da palavra escrita implica em não amor (quebra de mandamento portanto).

    E como eu me escadalizo com isto... A Bíblia diz que você então não deve ter esta atitude (pelo menos não na minha frente).

    Controle a língua portanto... Risos...

    O Vincent Cheung é tão brilhante, eu gosto muito dele, mas no escrever comete os mesmos erros, pois se passa no rigor da admoestação para com aqueles que não concordam com ele.

    Me parece que neste quesito ele está fazendo escola, percebo isto em vários outros e não somente em você.

    Fica na Paz!
    "Se possível, tende paz com todos...".

    Eu gosto de você.
    Gosto do seu ministério.
    Gosto das tuas idéias.
    Admiro sua iniciativa política.

    Mas, sejamos afetuosos nas palavras.
    Não custa nada.
    Dá para dizer tudo o que pensamos, mas com outro tom, menos agressivo.

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  94. Natan,

    A democracia pura nada mais é que a ditadura dos 51%. Numa democracia, a vontade da maioria (muitas vezes apenas de uma minoria poderosa) é imposta sobre toda a sociedade.

    O mesmo problema ocorre numa monarquia, onde a vontade do rei é o que importa.

    Ambos modelos são antibíblicos e humanistas, e o que impera é a vontade subjetiva e egocêntrica das criaturas.

    Por isso, a única forma legítima de governo é uma república teocrática, onde a nação é regida por uma constituição bíblica e administrada por homens justos eleitos democraticamente. Deve haver uma separação e independência dos poderes, para que cada um possa fiscalizar e restringir os demais.

    Nesse modelo, ninguém está acima da Lei, nem o rei, nem a maioria. As questões administrativas e neutras são decididas democraticamente, enquanto as questões essenciais e morais são imutáveis e alicercadas sobre a Escritura.

    Alguns podem achar isso uma utopia, outros pura loucura, mas para mim é o ensino claro da Bíblia, e nosso dever é trabalhar para que isso aconteça. Se acontecerá de fato, compete apenas a Deus. Nós apenas plantamos e regamos, e Ele dá o crescimento como deseja.

    Se alguém aqui está interessado em nos ajudar na criação de um partido com esse ideal, junte-se a nós. O blog é www.teocratas.blogspot.com Temos também uma lista de discussão por email para tratamos do assunto, as informações estão no próprio blog.

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  95. Natan, fica difícil te responder sobre o suposto pecado do qual você me acusa, pois minha resposta poderia ser vista por você como mais um pecado.

    Apenas respondo que meu conceito de amor é um pouco diferente do seu, e dou essa questão por encerrada.

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  96. Ao irmão do internautas cristãos,

    Apesar de não o conhecer pesoalmente e ter um carinho por você pelo fato de amarmos o mesmo Senhor, ser-lhei franco no que concerne a sua visão sobre legitimidade de governo. O governo teocrático a que se refere não só não está a cima das demais formas de governo como foi e é um desastre onde sob alguma forma é implantado. Mesmo por que de fato é improvável e irrealizável, só tem o nome. As repúblicas islâmicias são teocráticas, você pode ate dizer que não, a época do poder máximo do catolicismo tínhamos sob certo aspecto um governo acima dos outros de caráter teocrático...Sou a favor de um partido teocrático como expressão de uma posição cristã particular, nem de todos os cristãos, e assim no jogo de forças democráticas possa dar alguma cntribuição.

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  97. Sobre as questões essenciais, em todo
    mundo há reflexos da soberana vontade de Deus nas leis nacionais, os exemplos são muitos, e até mais eficientes que em países de cultura cristã como o Brasil, casamento monogâmico, proibição do homossexualismo,da idolatria, do alcoolismo, etc. A visão de um governo supostamente teocrático seria um retrocesso sem precedentes. Ademais toda forma de governo humano será comprovada ineficiente incluindo o governo satânico, que acontecerá por um breve tempo para finalmente o governo definitivo e final de Cristo. Claro isso é controverso e polêmico, escatologia pura. Um abraço. Sobre o partido sou a favor, ok?

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  98. Caro

    Ditadura da maioria? Sem dúvida é isto mesmo.

    A meu ver a menos injusta forma de aquisição de poder já inventada.

    Não entendo como sendo expressão humanista, será na realidade, a meu ver, expressão da cultura da maioria que estará mandando, se for maioria humanista será de expressão humanista, se for maioria cristã será de expressão cristã.

    Vejamos:

    1. Forma de Governo: República ou Monarquia

    2. Regime ou forma de aquisição ao Poder: Democracia ou Autoritarismo

    3. Sistema de Governo: Presidencialista ou Parlamentarista.

    Onde você acha que se encaixa a Teocracia?

    Portanto a meu ver o uso que fazes da expressão "República Teocrática" é impróprio, uma vez que República é forma de governo e Teocracia também é forma de governo (no caso monárquica).

    Eu entendo que Teocracia seja a forma de governo, que seria a monarquia, onde Deus é o monarca.

    Como Ele não está fisicamente presente, então acaba sendo uma ditadura de um líder máximo que presidirá uma espécie de Supremo Concílio que decidirá o que é "constitucionalmente" bíblico ou não. E este líder pode acabar sendo eleito democraticamente entre o Conselho, o acaba na didatura da maioria novamente...

    Mas mesmo na Teocracia proposta por você haverá a ditadura da democracia (maioria), uma vez que reconheces que a forma de aquisição de poder é democrática (sufrágio popular).

    Abraço!

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  99. Não sei posto esse comentário aqui ou no "Ponto de Fuga", tem a ver com os dois:

    O número de cristãos ou crentes tem peso sim, tanto na dinâmica democrática influenciando a sociedade ou nas ações internas na igreja.

    Um abraço.

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