Jorge F. Isah
27 dezembro 2022
Teeteto: A imagem de Deus neutralizando o mal
Jorge F. Isah
20 dezembro 2022
Agostinho: a aflição do homem e o descansar em Deus
Agostinho abre a sua alma a Deus; o livro é uma grande oração, onde o seu coração é posto no lugar adequado: em Cristo, sua misericórdia e sacrifício.
Ele tece um longo poema em que as palavras fluem ritmadas; em que busca as mais profundas e límpidas expressões para retratar o que sentia à época em que era incrédulo, e também da sua alegria após a conversão e a reconciliação com Deus. "Confissões" é um fluir e brotar do espírito quebrantado e submisso ao Senhor.
Não há a preocupação em explicitar a teologia, ainda que ele faça teologia no livro. Não há lugar para o debate teológico, ainda que se possa discutir suas idéias. Por exemplo, ao afirmar que a cada dia se afastava mais de Deus, podemos entender que:
1)Havia um distanciamento maior, uma impossibilidade de se aproximar dele; e de que se encontrava cada vez mais afastado, a partir do afastamento inicial.
2)Ou pode-se ter a impressão de que em algum momento o homem esteve próximo de Deus e, com o decorrer dos dias e dos pecados, vai-se afastando naturalmente dele.
Há de se entender que Agostinho acreditava na doutrina da pré-existência da alma, o que pode levá-lo a crer, em algum momento, que essa alma estava com Deus. Ao encarnar-se, assumindo a carne, ela irá afastar-se de Deus, em virtude do pecado original.
De qualquer forma, sem entrar em todos os pormenores que envolvem a questão, a afirmação de que quanto mais o homem peca, mais se afasta de Deus, é bíblica e correta. Apenas esse homem já está afastado, nunca teve comunhão com o Senhor, e labora para ir ainda mais para longe dele em seu estado de rebeldia.
O autor declara o estado em que se encontrava antes da conversão, o estado de impiedade; um aliado do mal; um coração aprisionado e atormentado, antes de Deus retirá-lo, por sua misericórdia, do fundo do abismo.
As declarações que se seguem, e as descrições que as acompanham, indicam uma alma depravada e impossibilitada de se aproximar de Deus; a cada dia mais envolvida com o pecado, desejando-o; e desprezando a Deus; completamente afastada dele.
Agostinho afirma a quase suficiência das obras más na vida do homem caído: "As próprias obras é que prejudicam os malvados" [pg 58]. Mas em qual sentido? Estariam elas independentes da vontade do homem? Seriam maiores que ela? Ou até mesmo do homem? Ou ao se concretizarem, sendo obra consumada [a realização temporal, prática, efetiva do pecado] é que os tornaria em homens perversos?
Agostinho considera o homem que comete tais obras como já sendo mau. Não há bondade nele, e o que acontecerá nada mais é do que a vazão pecaminosa indicando-lhe o caminho de perdição e de pecado, que culminará na condenação daquele que não creu no poder regenerador e salvífico do nosso Senhor Jesus Cristo.
Ao citar o dia em que ele e os amigos invadiram uma propriedade e furtaram pêras, pelo simples prazer do furto, para lançá-las fora, resumiu: "O fato é que não eram os frutos que me atraíam, mas a ação má que eu cometia em companhia de amigos que comigo pecavam" [pg 61].
Claramente, ele notifica não a fome, nem a beleza dos frutos, nem o seu sabor, ou o desejo de ganhar algum dinheiro com eles, nada disso. Agostinho nos fala apenas da ânsia de cumprir na sua carne o mal que habitava nela; a realização do desejo suficiente em si mesmo, e vivendo por si mesmo.
Mas há nele, agora, o arrependimento: "Eu, miserável, que frutos colhi das ações que cometi então e que agora recordo envergonhado, especialmente daquele furto que me satisfez pelo furto em si e nada mais? De fato, ele em si nada valia, e por isso me tornei ainda mais miserável!" [pg 61].
Para em seguida perguntar [sentenciando]: "Quem me pode responder senão aquele que me ilumina o coração e lhe dissipa as trevas?".
Falando da paz pela santidade, conclui: "Quem mergulha em ti, 'entra no gozo do seu Senhor', não terá mais receio, e permanecerá sumamente bem no Bem supremo. Desandei longe de ti, meu Deus, e na minha adolescência andei errante sem teu apoio, tornando-me para mim mesmo um antro de miséria" [pg 62].
13 dezembro 2022
23 novembro 2022
21 novembro 2022
17 novembro 2022
Sebo & Arte - Livros teológicos, filosóficos, políticos, literatura de ficção, poesia e muito mais!
Jorge F. Isah
24 outubro 2022
Deus é vermelho: o evangelho sem cor!
Jorge F. Isah
O autor, Liao Yiwu, não é cristão. Está mais interessado no movimento de resistência ao
comunismo na China do que propriamente com o Cristianismo, ainda que o
Cristianismo tenha-lhe chamado a atenção como um "movimento de
resistência". Ou seja, seus interesses são muito mais voltados para a
política, sociologia e antropologia (e até mesmo a história do Cristianismo na
China) do que o Cristianismo como fé bíblica. E isso é normal, pois qual
interesse um descrente envolvido com a revolução à contrarrevolução teria com o
Cristianismo?
Ainda que ele chame pastores, missionários e
líderes cristãos de "ativistas" (um claro exemplo de como a mente
revolucionária funciona, ao vislumbrar posicionamentos como meros arquétipos
ideológicos), se permite relatar as declarações de fé que deveriam mover o
cristão: Jesus Cristo como Senhor e Salvador do homem. São poucos esses
momentos, tenho de convir, mas eles existem; e alguns são realmente tocantes,
revelando o amor à verdade e a entrega em proclamá-la, mesmo com o risco de
prisão e morte.
Ele se atém mais à questão do Cristianismo como
movimento histórico que sobreviveu aos tempos de chumbo do governo Maoísta, momentos
críticos nos quais homens, mulheres e crianças, diante da expropriação dos bens
das igrejas, a perseguição aos cristãos professos, prisões, morte, tortura, e
tudo o mais que envolve um regime totalitário onde o estado e o seu líder
máximo são considerados "deuses", cultuados e venerados como se o
fossem, suas vidas abrirem-se sob os pés.
A revolução cultural de Mao foi apenas isto:
uma tentativa de tornar todos os chineses em um só corpo e mente (o corpo
rotundo e atarracado de Mao, e a mente patológica e destrutiva do “estado
chinês”); mas eles mesmos perceberam não haver força capaz de destruir a fé do
povo (boa parte da população campeou e se iludiu com os clichês revolucionários
dos vermelhos, enquanto outra, não tão iludida, viu-se obrigada a aceitá-la em
troca da própria sobrevivência); por isso, criou-se uma igreja oficial e
estatal, onde as regras eram ditadas pelo Partido Comunista, numa forma um
pouco menos explícita de se corromper a alma, ainda que mantendo-se o mesmo
objetivo (regimes comunistas e fascistas são pródigos em controlar tudo, desde
bens, trabalho, vida, pensamentos e, se possível fosse, até mesmo o espírito de
cada um).
Ele parece não entender como uma religião que
chegou ao país havia pouco mais de um século e não tinha raízes na cultura
milenar chinesa, sobreviveu a todas as tentativas de erradicação.
A criação de uma religião nacional e estatal, aos
moldes da religião oficial do Nazismo no III Reich¹, onde os cristãos eram
obrigados a renegar a sua fé em favor da fé no estado chinês e em seu líder
máximo, parecia resultar na destruição de qualquer influência cristã no império
do centro. Entretanto, para a surpresa geral, e do próprio autor, ele encontrou
uma igreja perseguida, à margem da sociedade, escondida em lares e cavernas, a
florescer e crescer em meio ao maior país ateísta do mundo, ao menos em termos
geográficos e demográficos, a despeito de todos os esforços do partido
comunista no combate insistente a qualquer manifestação que não seja o culto a
seus ídolos criados à força, leis e decretos despóticos e insanos.
O Cristianismo vai muito além de simples "fenômenos"
sociais e antropológicos, pois é fruto da ação sobrenatural e direta do próprio
Deus na alma humana. Liao
Yiwu não entende isso, e parece não se
importar com isso. A descrição de prodígios é escassa; o autor não parece se
interessar ou se dispor muito a eles; os relatos até aqui do mover de Deus no
meio do povo ocorrem na forma de uns poucos milagres, narrados com nítida descrença e ceticismo,
mesmo diante das evidências e vários testemunhos oculares, fontes primárias.
Ele tenta relacionar o Cristianismo com outros
movimentos religiosos que se opõem à igreja oficial chinesa, como se fossem
quase a mesma coisa, diferindo apenas no tipo de "Deus" que cada um
cultua e na forma em que se rebelam, ou se revelam. Não faltam relatos
comoventes de cristãos perseguidos, presos, torturados e mortos pelo regime
mais assassino do mundo em todos os tempos, e isso dá a verdadeira dimensão
daquilo a diferenciar boa parte da igreja no Ocidente, confortável, preguiçosa
e negligente quanto a proclamar o evangelho de Cristo; e o Oriente e suas
grandes batalhas, a despeito das terríveis consequências pelas quais terá de
pagar pela desobediência jurídica. Tal qual a igreja primitiva, nossos irmãos
não se calam, levam luz e sal onde estão, e não se negam a fazê-lo mesmo
pagando alto preço.
E, de certa forma, fico pensando que raios de
cristãos são os que defendem a conciliação entre marxismo e o Cristianismo². É
algo impossível e inimaginável para qualquer cristão que não se ilude com a
mentira e falácia de que o marxismo é inofensivo. Por mais que as evidências e
os fatos históricos comprovem as atrocidades, perseguições, execuções e a
tentativa de destruição da fé, alguns de nós não querem ver, ou teimam não ver,
o quão maligno e anticristão são os fundamentos e premissas marxistas. Desta
forma, o ateísmo somente pode ser substituído pela religião do estado³, onde
líderes são cultuados, venerados, como entes sobrenaturais, enquanto faz apenas
apontar para aquilo de mais depravado e ignóbil carregam em seus íntimos
desejos.
Liao escreveu um livro de leitura fácil,
agradável, e que, a despeito de não tocar nos pontos cruciais à fé: a
perseverança sobrenatural diante da mais virulenta e sangrenta perseguição, o
flagelo a corroer e dizimar vidas, cuja única finalidade é a tentativa de
controle integral e absoluto das pessoas (a falsa liberdade de se estar livre
enquanto arrasta-se em cadeias), não deixam de ser relatos a fazer os
entrevistados testemunhas de Cristo, e de o evangelho não parar e continuar em
sua missão de revelar o amor e a graça divinas, a subsistir não pela força
humana, mas pelo poder do Espírito; não por leis e decretos, mas pela justiça e
martírio de Cristo; não por promessas passageiras e irrealizáveis, mas pela
viva esperança e o juramento de Deus a torná-las reais e efetivas, não em um
futuro distante, porém agora, já!
Em princípio, a leitura deste livro é o suficiente
para os cristãos verdadeiros fugirem de qualquer aliança com o marxismo, ainda
que seja apenas por simpatia, pois, como Paulo diz, que união há entre luz e
trevas? Entre Cristo e Belial? A questão é, sem querer demonizá-lo, de o
marxismo ser fruto do desejo de aniquilar qualquer traço divino na Criação, e
qualquer traço divino no homem, feito à imagem de Deus. Para isso, há de se
controlar não somente o corpo e alma mas também o espírito humano. E se isto
não é diabólico em sua proposição, em seu axioma mais furtivo e sigiloso, nada
mais o é!
Não obstante, é impossível não notar os méritos do
autor, Liao Yiwu, e reconhece-los; equivale dizer que a minha crítica
inicial foi parcialmente injusta após refletir um pouco mais em pontos e
narrativas a superar à minha própria suspeita e, porque não dizer, avaliação. Tendo
a sua atenção voltada para o Cristianismo como movimento contrarrevolucionário
na China (uma espécie de rebelião à revolução maoísta), ele abre espaço para o
testemunho pessoal e de fé, com relatos de conversão, de mudança de vida e
propósitos, bem diferente do ufanismo e triunfalismo atualmente vigente no
Ocidente, especialmente aquele a manter de pé, sabe-se lá como, a teologia da
prosperidade e no neopentecostalismo. Neste aspecto, ele construiu um relato,
se não totalmente fiel à igreja chinesa, ao menos não omitiu a marca mais
evidente do Cristianismo: a transformação do homem de criatura a filho de Deus,
de pecador a santo, de escravo a liberto, de perverso a amoroso. Portanto, chamar
de “movimento”, “contrarrevolução”, “revolução” ou qualquer outro jargão
ideológico demonstrará algum grau de ignorância quanto à verdade, de não ser
possível qualquer transformação profunda no homem sem o seu espírito atravessar
os tortuosos caminhos do autonomismo e alcançar o caminho perfeito do
servilismo a Cristo, e somente a ele. Mais vale um servo livre no amor do seu
Senhor do que um autocrata insuficiente, a espalhar o seu ódio generalizado,
inclusive a si mesmo.
Relatos como o do Dr. Sun, um dos mais
renomados e influentes médicos chineses, e que abandonou todo o
"status" que a sua profissão poderia lhe dar (dinheiro, poder, fama e
holofotes) para se arriscar à ajuda humanitária nos grotões chineses (a quem
poderíamos chamar de um "médico ambulante" ou itinerante), onde não
havia serviços públicos e o povo vivia em miséria absoluta, proclamando o evangelho
e vivendo-o, é de fazer qualquer um de nós, cristãos ocidentais, queimar de
vergonha.
Outro relato contundente e pungente é o do filho do
mártir cristão, o pr. Wang Zhiming, condenado única e injustamente por sua
fé em Cristo, à qual teve a oportunidade de renegar por diversas vezes, e se
manteve firme, assim como sua família, e assistiu à brutal e despótica execução
de um inocente. Curiosamente, mais de uma década depois da morte do pr.
Zhiming, ele foi inocentado pelo próprio governo que o assassinou.
Por essas e outras exposições, "Deus é
vermelho" faz-se necessário, inclusive para aqueles acostumados com
o "modus operandi" esquerdista/marxista/fascista. Nossa fé,
de certa forma, é colocada à prova diante dos testemunhos inimagináveis dos
verdadeiros e fiéis servos de Cristo que, perseguidos, humilhados, execrados e,
muitas vezes mortos, permanecem firmes na Rocha, recusando-se a negar quem os
amou eternamente, se entregou completamente e se fez maldição para que o seu
povo fosse bendito.
__________________
Notas:
1- As similaridades entre Comunismo e Nazismo não param aí, no endeusamento dos
seus líderes, que assumem um caráter "messiânico", de salvadores da
nação e do povo. Existem outras tantas semelhanças que os tornam quase gêmeos;
esta porém, o culto ao líder, é o elemento "religioso" a uni-las.
2-
É um movimento crescente na igreja reformada, especificamente entre os proponentes
da TMI e outras vertentes liberais.
3-
Já que o ateísmo em última análise é o
culto ao homem, à natureza, às leis cósmicas, à ciência ou qualquer outra coisa
a considerar “não religiosa”, mas acaba por se tornar, em seus efeitos, tão ou
mais religiosa como qualquer outra religião, pois o homem não pode prescindir
do culto e adoração; e não será a falta de “deuses” a impedir-lhe de
concretizar este desejo entranhado em sua natureza.
4-
Na verdade, Deus não é vermelho. O autor quis afirmar algo impensável até mesmo
para o adepto mais pessimista do comunismo, e até para o fiel mais otimista
entre os cristãos, de que Deus não abandonou o seu povo sob a égide marxista na
China (a alusão à cor dos símbolos da esquerda é evidente). Nesse sentido, Deus
é sim, vermelho.
5-
A China está constantemente na lista do “Portas Abertas” como um dos países que
mais perseguem cristãos no mundo, de maneira cruel, pérfida e insana.
Juntamente com Coreia do Norte, Cuba, Laos, Vietnam, Nicarágua e outros mais,
parecem ter o objetivo de aniquilar o “inimigo comum”. Em alguns casos, nem
mesmo os estados islâmicos, outros contumazes assassinos de cristãos, usam de táticas
tão violentas e desumanas como países de comunistas.
6-
O livro encontra-se esgotado até mesmo em sebos. Não consegui uma única cópia,
mesmo fazendo uma pesquisa detalhada na web. Normalmente não indico baixar
ebooks gratuitos, a não ser livros em domínio público. Neste caso, contudo,
deixarei o link de uma página que disponibiliza o exemplar em epub, pdf ou
mobi: Lê Livros
_________________________________
Avaliação: (***)
Título: Deus é
Vermelho
Autor: Liao Yiwu
Editora: Mundo
Cristão (esgotado)
No. Páginas: 240
Sinopse: "Na
China comunista, sob o regime de Mao Tsé-tung, todas as práticas religiosas
foram banidas. O comunismo tornou-se a religião nacional e Mao foi entronizado,
deificado e adorado. Apenas a igreja oficial era permitida, mas em seus cultos,
apenas palavras de honra e louvor ao regime e ao líder Mao. Mas debaixo de
tanta opressão, a semente do cristianismo brotou e floresceu. Deus é vermelho
percorre pequenos vilarejos e grandes cidades, trazendo narrativas emocionantes
e assombrosas sobre dezenas de milhões de cristãos chineses que vivem a fé
debaixo do duro regime socialista. Indo de casa em casa, reunindo-se porões e
sótãos, vivendo à margem da religião oficial do Estado, assim caminham os
cristãos chineses. Correndo perigo de prisão, castigos e até morte, assim vivem
os que desafiam o regime para manter e cultivar a fé em Jesus Cristo. Conversas
sussurradas, códigos cifrados, bíblias e material evangelístico
contrabandeados, assim o evangelho é pregado cotidianamente. Deus é vermelho é
o relato tocante e desafiador de uma Igreja viva que cresce e floresce no
regime mais fechado do planeta.”
10 outubro 2022
A montanha (in)acessível em "A Montanha Mágica", de Thomas Mann
Jorge F.
Isah
_____________________
Avaliação: (*****)
Livro: A Montanha Mágica
Autor: Thomas Mann
Páginas: 865
Editora: Cia das Letras
29 setembro 2022
O sangue nas mãos da TMI e TL, ou os traidores que não se arrependem.
Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes." (João 12:3-8)
Notas: 1-Em si mesmo um eufemismo, visto defenderem caudilhos e ditadores como Fidel Castro, Hugo Chaves (e seu sucessor, Maduro), Evo Morales, Stálin, Lênin, Mao, Kim Jong-un, e outros menos votados; quando não, assassinos confessos do nível de Che Guevara, Lamarca, e o movimento guerrilheiro dos anos 60 e 70, no Brasil, e Farc, Sendero Luminoso entre outros, na América do Sul.
2-Enquanto cristãos são perseguidos, expropriados, torturados e mortos nos países onde os seus "ídolos" governam, os proponentes da TMI e TL não levantam uma voz (ou o dedo) para defenderem-os. Pelo contrário, são sistemática e constantemente ignorados pelos ideólogos esquerdistas, em uma prova cabal de espírito anticristão, anti-fraternal e anti-amoroso, muito distante e antagônico ao discurso com o qual tentam ganhar os tolos; igualando-se ao seu mestre, Judas, o qual se apressou em trair Aquele e aqueles que dizia serem seus irmãos (e alvo de sua "preocupação"). Ver 1 Coríntios 5:9-13.
33-O texto bíblico mostra-nos Judas a trair Jesus por dinheiro, mas também por poder e incredulidade, já que ele não creu n'Ele como o Filho de Deus, entregando-se ao seu ignóbil pecado de satisfazer-se com a morte ou destruição alheia (um dos vários tipos de idolatria). Da mesma forma, a omissão ou desinteresse pelos irmãos espalhados pelo mundo, é a marca mais visível da incredulidade, desconhecimento e ganância (o poder quase onipresente no qual a ideologia controla mentes e corações dos defensores da TMI e TL) dos chamados cristãos "marxistas" (um termo auto excludente em sua formulação desde o início).
15 setembro 2022
A mulher de branco, de Wilkie Collins: Em busca da consciência perdida
Jorge F. Isah
Leitura recomendada.
Sinopse: "Inspirado por diversos crimes que haviam chamado a atenção pública, em uma época de jornais sensacionalistas e de leitores que clamavam por escândalos, Wilkie Collins começou a escrever "A mulher de branco" em 15 de agosto de 1859. O leitor é transportado para a Inglaterra vitoriana ao presenciar o encontro misterioso de Walter Hartright com a Mulher de branco, que cruza seu caminho em uma rua de Londres. A obra apresenta o que ficou conhecido como "romance de sensação", com um estilo que prende o leitor da primeira à última página. Repleto de mistérios, segredos, episódios de loucura e mansões cravadas no interior da Inglaterra, "A mulher de branco" segue sendo um dos títulos exponenciais do romance vitoriano inglês"
31 agosto 2022
Deus não tem escolhas
Deus não tem escolhas