Jorge F. Isah
As notícias são tão tristes e devastadoras, e se repercutem em uma profusão ainda mais angustiante, parecendo não haver solução para o caos em que o homem moderno vive. As conversas, a mídia, as leituras, em sua maioria, falam de tragédias e apontam para um beco-sem-saída, a despeito da crença quase ingênua de um mundo melhor, de um novo futuro, do homem para o homem e pelo homem.
De alguma maneira, vivemos um mundo de faz-de-contas, onde se esperam soluções por um "passe de mágica", magia ou encanto; tudo a um passo das mãos, enquanto nenhum esforço é empreendido para se conhecer a causa e a origem da miséria na qual o homem se vê atolado até o pescoço. Vivemos um deslumbramento, em uma roda ilusionista que faz dos sonhos pesadelos.
Ninguém, ou quase ninguém, está em busca da verdade; primeiro, interior, na sincera perspectiva do autoconhecimento, para, depois, enveredar-se no conhecimento exterior. É fato que o homem não se conhece, preocupado em tecer brumas, camuflagens, a fim de ocultar o seu verdadeiro "eu". Talvez por não suportá-lo, tal como é; talvez porque seja melhor mantê-lo escondido, para o caso de necessitar usá-lo no futuro; talvez por covardia ou medo de se defrontar com a sua própria realidade... E não faltam bajuladores, de todas as espécies, para dizer-lhe que nada a indicar-lhe uma natureza pecaminosa e inimiga é verdade. Pelo contrário, não faltam estímulo para mantê-lo em uma casca, prestes a se romper (se já não estiver rompida), a afirmar que está protegido por si mesmo, e pode se tranquilizar.
Certo é que somos o nosso pior inimigo, e não medimos esforços para manter a hostilidade. Como se um inimigo não pudesse nos atingir, fazer mal, derrotar. É o caminho do avestruz com a cabeça enfiada no buraco: não quer ver, se recusa a ver, insiste em não ver... enquanto o sofrimento estende-se indefinidamente.
No entanto, quando se olha para Cristo, sabe-se que mesmo no terror há descanso, mesmo na guerra há paz; mesmo o pior entre todos os homens pode ser transformado, feito à semelhança do Filho, em amor e bondade. Esta promessa está disponível a todos os homens, mas apenas aqueles sujeitos à vontade do Filho podem alcançá-la, ainda que seja o Filho a trazê-lo da morte para a vida, da maldade para o bem, da fraqueza para a força, do ódio para o amor. Sim, em uma perspectiva humana, nós o aceitamos, mas não antes dEle nos aceitar primeiro. E isto é fantástico, porque Ele nos aceita quando ainda somos inimigos, transgressores.
Eu mesmo, não tão poucas vezes, deixo-me envolver pelo pessimismo, pelo abraço do mal, como se tudo estivesse perdido. Mas, na verdade, não está. Porque se olho para o meu interior, e vejo a imagem de Cristo se formando, de tal forma que Ele cresça e eu diminua, a esperança já não é mais uma expectação, tornou-se em realidade. Ainda que ela não exista para o mundo, existe para mim. Ainda que o mundo a despreze, acolho-a em meu íntimo, porque Ele me ajuntou antes a Si.
Desta forma, deixo a inimizade com Deus, o mundo, e comigo mesmo, para me tornar amigo de todos, mesmo daqueles que me odeiam, desprezam e querem-me morto. Porque o amor infinito e eterno de Cristo perpassa pelo meu corpo como a eletricidade pelos filamentos de metais. E se está capacitado a lutar o bom combate, esmagar o único inimigo verdadeiro: o pecado! E a sua derrota significa a minha vitória e daqueles que não estarão mais sujeitos à sua malignidade. Claro que tudo isso é uma subdivisão ou subseção ou derivativo da verdadeira vitória, e a única realmente meritória: Cristo e seu ministério terrestre.
Eu mesmo, não tão poucas vezes, deixo-me envolver pelo pessimismo, pelo abraço do mal, como se tudo estivesse perdido. Mas, na verdade, não está. Porque se olho para o meu interior, e vejo a imagem de Cristo se formando, de tal forma que Ele cresça e eu diminua, a esperança já não é mais uma expectação, tornou-se em realidade. Ainda que ela não exista para o mundo, existe para mim. Ainda que o mundo a despreze, acolho-a em meu íntimo, porque Ele me ajuntou antes a Si.
Desta forma, deixo a inimizade com Deus, o mundo, e comigo mesmo, para me tornar amigo de todos, mesmo daqueles que me odeiam, desprezam e querem-me morto. Porque o amor infinito e eterno de Cristo perpassa pelo meu corpo como a eletricidade pelos filamentos de metais. E se está capacitado a lutar o bom combate, esmagar o único inimigo verdadeiro: o pecado! E a sua derrota significa a minha vitória e daqueles que não estarão mais sujeitos à sua malignidade. Claro que tudo isso é uma subdivisão ou subseção ou derivativo da verdadeira vitória, e a única realmente meritória: Cristo e seu ministério terrestre.
Portanto, oro para que eu, e todos os crentes, seja envolvido pelo Bem Supremo, pelo doador da vida, por Aquele que não rejeitará a mim, nem o seu povo; pois os dias são maus, mas o Senhor é fiel, e estamos guardados e preservados Nele. E nada poderá tirar-nos a paz!
"Bem-aventurado é o homem a quem tu castigas, ó Senhor, e a quem ensinas a tua lei; para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio. Pois o Senhor não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança. Mas o juízo voltará à retidão, e segui-lo-ão todos os retos de coração." (Salmos 94:12-15)