20 fevereiro 2009

GALARDÃO












Por Jorge Fernandes

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.11-12).

O que diz o Aurélio:
Galardão = recompensa de serviços valiosos; prêmio. Honra; glória.
Logo, é uma distinção conferida a alguém por serviços prestados ou merecimento.
Do ponto de vista bíblico, qual é esse merecimento? Quais serviços prestamos a Deus?
Os versículos nos remetem ao sofrimento. Portanto, se há injustiça ou perseguição, seremos premiados; não por qualquer sofrer, mas somente quando for “por minha causa”, disse Jesus.
Não vale ter um câncer, perder o emprego, ser abandonado pela esposa ou filhos, levar mordida de cão raivoso, ou encontrar uma barata esmagada no sorvete depois de comer metade do pote. Nada disso valerá o galardão, se não for pelo nosso Senhor. Isso não quer dizer que um câncer ou o abandono não sejam usados por Deus para a Sua glória, apenas não é o objeto do galardão.
O que nos leva à seguinte questão: o crente deve “esforçar-se” em buscar o sofrimento? Parece loucura, mas alguns poderão ter a idéia de que o melhor caminho para se obter a honraria de Deus é, a todo custo, batalhar pelo sofrimento. No mundo atual, isso seria o mesmo que remar contra-a-maré. Algo impensado e impensável, mesmo na maioria das igrejas e entre a maioria dos irmãos; o suficiente para que digam: “está amarrado”, “eu não aceito isso”, ou “determino que minha mente não pense tal obra diabólica”... Releiamos as palavras do nosso Senhor: “Bem-aventurados sois vós...”.

Novamente, o Aurélio:
Bem-aventurado = pessoa muito feliz.
Cristo diz que ao padecer injustiça e perseguição por Sua causa, devemos exultar e alegrar-nos, porque não somos apenas felizes, mas muito felizes.

Parece óbvio que se deve sofrer, que os crentes têm de entrar numa espécie de competição para ver quem se sairá melhor no quesito padecimento. Contudo, a mente mais abnegada rejeitará essa idéia. Ela não faz parte dos nossos planos, nem das nossas orações ou expectativas. Todos querem a glória sem esforço, ou quando muito, apenas o mínimo necessário de sacrifício, se não for possível evitá-lo. Ninguém está disposto a seguir os passos de Paulo, Pedro, Tiago, Estevão, quanto mais os de Cristo. Porém, há algo fantástico na rejeição ao sofrimento: a soberania de Deus. O mesmo Deus que nos chamou das trevas à luz, da morte à vida, da condenação à salvação, do inferno ao céu, é o Deus que operará o sofrimento, a injustiça, a perseguição, e nos dará também o consolo, a sustentação e a alegria de servi-lO em meio as piores e mais terríveis provações, pois são nesses momentos que o poder de Cristo mais se manifesta e aperfeiçoa-se em nós. “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” (2Co 12.10).
Cristo se torna mais forte quando estamos mais fracos. Aqui, a debilidade de Paulo não é física (ainda que tenha citado o “espinho na carne” no v.7), nem moral, nem ética, mas está revestida da humildade em reconhecer-se fraco, e de que apenas pelo poder de Deus é fortalecido e pelo qual vive (2Co 13.4*); porquanto "aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado" (Lc. 14.11).
A igreja de Coríntios confundiu a atitude humilde de Paulo em servi-los no, e pelo Evangelho de Cristo, com fraqueza, falta de autoridade. Provavelmente, estavam acostumados aos líderes vaidosos e orgulhosos, e tinham a jactância por força. Mas ele esclareceu que mesmo esta aparente fragilidade é operada por Deus para que o Seu poder seja revelado.
Então, temos a soberania de Deus agindo tanto no sofrimento como na alegria, na fraqueza como no poder, “para que Deus seja tudo em todos” (1Co 15.28).
Logo, o galardão é um prêmio, não porque somos melhores, não por vencer pelo esforço ou fazer jus a ele, nem deve ser esse o objetivo; mas, por que Cristo opera em nós a fraqueza, o sofrimento, para que, em nós, seja manifestado o Seu poder, glória e júbilo. É Deus que em sua infinita sabedoria já tem destinado através do Seu eterno decreto quem será galardoado, e em qual nível será. Não é nosso mérito, mas o poder de Deus explícita e eficazmente operando em nós. Como em tudo, Deus escolheu e determinou a quem dará mais, menos ou nada.
Paulo somente pôde disse: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 4.12-13), porque Jesus disse: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). E assim, como na parábola dos servos inúteis, diremos: "fizemos somente o que devíamos fazer" (Lc 17.10).
Então, o galardão é: escolhidos vasos de misericórdia, preparados para a glória, somos chamados filhos do Deus vivo (Rm 9.23;26).

Pois essa é a única e maior glória que podemos receber.
*"Visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim, o qual não é fraco para convosco, antes é poderoso entre vós. Porque, ainda que foi crucificado por fraqueza, vive, contudo, pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos com ele pelo poder de Deus em vós".
Podemos analisar a fraqueza de Cristo a qual Paulo se refere de duas formas:
1- Cristo, ao assumir a condição humana, sujeitou-se também à fraqueza da nossa natureza, fazendo-se igual a nós não por opção, mas por assemelhança (antibíblica).
2- Cristo, ainda que assumindo a condição humana, mostrou-se fraco ao humilhar-se na cruz em favor dos eleitos (sujeitando-se à injustiça e ao sofrimento), e essa é uma clara opção de que Se fez fraco para nos tornar fortes, a fim de sermos exaltados juntamente com Ele (bíblica).

17 fevereiro 2009

ESCONDERIJO



Por Jorge Fernandes

Folhas ao vento, cinzas ocultas na terra enlodada,
A memória zomba as palavras escondidas ao inimigo,
Depois que se cala, os dentes exibem restos de carne não comida,
O rosto esconde-se entre culpas e pecados do passado,
Sinais herdados, coisas amargas a consumir a causa justa.
Como a traça roí a roupa e não teme a morte,
Vagueia-se pelo deserto, na desordem dos caminhos reticentes,
Em sombras confiscadas pelas trevas,
Onde não há quem solte, nem há quem prenda, apenas a vida dá lugar à morte.
Quando cai o sono, adormece a cama,
A alma buscaria as veredas bucólicas, a repousar sob os álamos,
Mas desvia-se por entre os ossos aflitos, suporta o castigo contemplativo,
Em que a noite visita os moídos, inclina-se sobre os fortes, reparte o dia,
Porque a dor é o mensageiro dos perdidos, o pão o resgate da carne,
O pó a resposta ao acordo desfeito, o fôlego último a pelejar na guerra perdida;
Há o leão a saciar-se com a fome, e os trovões a sussurrar o dilatar dos céus.
O vento traz os dias, raios a colorir os rostos secretos,
Gotas de orvalho endurecem-se na superfície congelada,
Ferro a esculpir a rocha, cascas de árvores arrancadas à unha,
O espírito afugentou a momentânea alegria, e não mudará as coisas indesejadas.
Ao redor, o que não me pertence faz parte de mim,
Espalha-se a raiva onde estava confiada, pronta a perseguir o pecado,
Passo a passo, lado a lado, a sentença é o pretexto à rebeldia,
Sem forças não há protesto que dure,
Fica-se a replicar às vezes, mão posta à boca,
Porque a vida é o esconderijo da morte.

04 fevereiro 2009

COMENTÁRIO A JÓ 1.1-12









Por Jorge Fernandes Isah

      O livro inicia notificando-nos que Jó habitava a terra de Uz, assim chamada por causa da tribo aramaica cujo nome derivava de um dos “Uz” da Bíblia: 1) O filho mais velho de Naor (Gn 22.21); 2) O neto de Seir (Gn 36.28); ou 3) O filho de Arã (Gn 10.23). Provavelmente, situava-se no deserto da Arábia ou da Síria, a leste da Palestina; alguns indicando-a em Edom.
               Em seguida, lê-se: “e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal” (v.1). É uma assertiva valorosa que a Escritura faz de Jó, o que nos leva a meditar: ele esforçava-se para ser assim, ou Deus operava, capacitando-o?

               Certamente Jó se esforçava, mas mediante Deus produzir nele o esforço. No fim, Jó era sustentado por Deus para pensar e agir como justo, “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fl 2.13). O seu caráter era conseqüência da vontade e daquilo que Deus produzia nele, o que, porém, não impede a Bíblia de exortar-nos à retidão: “aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a” (Sl 34.14); de denunciar-nos: “não há um justo, nem um sequer, não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus” (Rm 3.10-12); e declarar que somente Deus “cria em mim... um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Sl 51.10).

                Como a analogia que o Natan* sugeriu:
“‘Jorge, você leu o meu livro e o personagem Jó que eu escrevi? O que achou? É um personagem justo, reto, íntegro...’. Assim, os méritos do caráter do personagem são do autor, e não da criação”.

                De outra forma, como Deus poderia assegurar a integridade do caráter de Jó? E de que se apartaria do mal? Se fosse “livre” no sentido de “escolher” ser justo e reto ou não (como querem os arminianos), essa liberdade poderia mudar com o tempo, e mesmo que não mudasse, como Deus teria a certeza de que Jó manter-se-ia fiel? Já que não depende da ação de Deus, mas da vontade do homem? Isso derruba qualquer idéia de soberania divina.

                Alguns dirão que a presciência garante a Deus a certeza do futuro. Mas se a presciência é antevisão do futuro, e esse futuro está sob a volição ou arbítrio do homem, que poderá alterá-lo a seu bel-prazer, como Deus terá certeza de que ele efetivamente ocorrerá? Só há uma resposta: o futuro precisa ser infalível; e Deus garantir que se cumprirá inevitavelmente, certificando-se de que cada etapa realize-se infalivelmente, de acordo com o Seu plano eterno. Tanto o desígnio geral como os mínimos detalhes serão assegurados por Deus de tal forma que não se frustrarão, então, o pensamento, a vontade e as ações humanas estão dentro do escopo da soberania divina, a qual Paulo diz: “conforme o propósito daquele (Deus) que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11); “porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).

               Portanto, da perspectiva humana, a decisão é do homem, mas ela não é livre, pois produziu-se pela vontade soberana de Deus. Jó era o que Deus queria que fosse, da mesma forma que somos em Cristo o que Deus quer que sejamos, “com o fim de sermos para louvor da sua glória” (Ef 1.12).


         Em seguida, somos avisados de que Jó era um homem próspero, “maior de todos os do oriente” (v.3). Tinha dez filhos, sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, além de servos e outros bens (v.2-3), o que faria dele um milionário, na atualidade. Apesar de todas as posses, ele não se rendia ao orgulho e vaidade humanas, antes sabia que tudo o que possuía provinha do Senhor. Diferente do Pai, os filhos banqueteavam-se numa espécie de “rodízio festeiro” em suas casas (v.4), e não demonstravam o mesmo zelo para com Deus, o que levava Jó a encarregar-se de, decorrido o turno de dias de seus banquetes, oferecer “holocaustos segundo o número de todos eles” (v. 5). O seu temor era de que os filhos pecassem e, portanto, afrontassem a Deus; incumbia-se então de aplacar a ira do Senhor sobre a sua casa. E essa atitude era contínua, mostrando não somente a reverência, mas a necessidade de obediência e da busca constante de santidade diante de Deus, que lhe abençoava com toda a sorte de bênçãos.

              Porém, “num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles” (v.6). Parece que o Senhor convocou os seus anjos, incluindo o próprio diabo, para um concílio. Há a dúvida se satanás foi um “penetra” na reunião. Mas pelo relato no verso 2.1, ele era constantemente chamado à presença de Deus, para uma espécie de “prestação de contas”. Quanto a ser um filho de Deus, parece haver uma distinção entre ele e os demais anjos, porque o advérbio “também” denota que satanás veio “entre” os filhos de Deus, sem sê-lo, como uma criatura discordante, diferente dos demais anjos.

              A pergunta que o Todo-Poderoso faz-lhe mostra que era esperado: “Donde vens?”. Deus parece desconhecer o trajeto e a atividade do diabo, mas há de se entender que a narrativa bíblica é voltada a uma perspectiva humana, e se não houvesse a indagação, jamais saberíamos o que satanás fazia. Ao que respondeu: “De rodear a terra, e passear por ela” (v.7). O dito é verdade, mas a mente maquiavélica do inimigo quer induzir-nos ao erro de pensar que ele estava a flanar pela terra despreocupadamente, como um turista fortuito. Não é isso. Satanás anda pelo globo com claros objetivos: Incitar-nos ao pecado como fez com Davi (1Cr 21.1, 1Jo 3.8); Acusar-nos diante de Deus como fez com Jó (Jó 1.9-11; 2.4); Praticar o mal (Jó 2.7); Opor-se ao homem como fez com Josué (Zc 3.2); Tentar-nos como fez com Jesus (Mt 4.1, Mc 1.13, Lc 4.2, Ap 2.10) e Pedro (Lc 22.31); Prender-nos a doenças (Lc 13.16); Transfigurar-se em anjo de luz (2Co 11.14); Mentir (Jo 8.44), e levar-nos à mentira como fez com Ananias (At 5.3); Enganar, e combater toda a justiça (At 13.10); Armar ciladas (Ef 6.11); Matar (Hb 2.14); e outras obras malignas que o espaço não permite descrevê-las.

              Se há alguma dúvida quanto à atuação do diabo, basta meditar na interrogação de Deus: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” (v. 8). O diabo sabia das qualidades de Jó, pois ele não as invalidou ou refutou-as, porém, justificou-as como sendo fruto de toda a bondade de Deus, e que somente subsistiam por causa das bênçãos recebidas (v.10). Assim, ele reputava o zelo de Jó aos bens materiais, à prosperidade material, a qual explicaria cabalmente a sua fidelidade comodista. Em seu papel acusador, satanás questionou o temor do servo para com o Senhor (v.9), fazendo-o de maneira limitada, já que a sua única base era espreitar a Jó como seu adversário, bramando como um leão a fim de tragá-lo (1Pe 5.8); sem que lhe fosse dado conhecer o seu coração. Portanto, satanás tem um poder restrito, e apenas a idéia do que o Criador a efeito faz-lhe conhecido.


        Como ignorante da verdade bíblica (igual à maioria dos homens), satanás não reconhece a soberania de Deus, pois julga ser capaz de Jó cair da graça e blasfemar “contra ti na tua face” (v.11). Somente o controle divino sobre todo o processo da vida de Jó pode permiti-lO confiar na sua integridade moral e espiritual. Assim, sabendo que ao final tudo ocorreria conforme a Sua vontade, Deus estendeu a Sua mão, e tocou em tudo quanto Jó tinha, aceitando o desafio diabólico: “Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão” (v.12).

            Há duas implicações no verso 11: 1) Satanás diz a Deus que “estende a tua mão e toca-lhe em tudo quanto tem”, revelando que o mal provém de Deus, e de que Ele determina o mal através da ação subordinada do diabo. Deus planeja, deseja e ordena que satanás tire tudo de Jó, mas é o diabo quem tira, ao desejar, no íntimo, a sua ruína. Existe uma coordenação de vontades que culminará com Jó perdendo tudo o que possui.

             2) Satanás tem a certeza de que o servo blasfemará contra Deus, demonstrando que, tanto não crê na soberania divina, como desconhece o coração de Jó. O erro do diabo é o mesmo de muitos homens: duvidar de Deus, e ignorá-lO. Portanto, no decorrer da narrativa, o diabo literalmente “quebrará a cara”, será desmascarado, e sofrerá nova e flagrante derrota.

             Igualmente, há duas inquietações no verso 12: 1) Deus entrega ao diabo tudo quanto Jó tem. Significa que Ele deixou o controle para o inimigo? Não. Seria o mesmo que afirmar, como os teístas relacionais, que Deus “abriu” mão da Sua soberania. Mas, por quê? Para deixar de ser Deus? É possível Deus deixar de ser o que é? E o fazendo, não se tornaria em outra coisa, menor que Deus? O teísmo-aberto é tão ilógico, insano e antibíblico que não requer maiores considerações. Assim, o que ocorre é Deus autorizar o diabo a agir segundo a Sua vontade.

            2) Satanás é um anjo (ainda que caído), e como tal, um mensageiro, não de boas novas, mas de destruição. Há confusão quanto a se distinguir o papel do diabo na história. Muitos acreditam que ele é o oponente, uma força que se contrapõe a Deus. E isso é dualismo, antibíblico. Mas o que a Escritura nos revela é que satanás não passa de um servo (como dizia Lutero, “o capacho de Deus”), o qual executa rigorosamente o que o Senhor planejou. Na verdade, ele é o nosso inimigo, não o inimigo de Deus; que se quisesse, já o teria destruído, bem como a nós e ao universo. Se não o fez, é porque não foi a Sua vontade; e a Sua vontade é de que tanto o diabo, como o homem e o mundo subsistam pelo Seu poder. Talvez esta seja a parte menos tolerável, que mais incomode, mas a qual devemos nos render: saber que o diabo existe, vive e se move pelo poder soberano de Deus.

            Como instrumento divino, ele é uma espécie de operário encarregado de cumprir as ordens do construtor, ou um procurador com poderes limitados e específicos outorgados por Deus para agir em Seu nome. De qualquer forma, mesmo que não haja consenso nessa questão, é claro, notório e incontestável o servilismo do diabo a Deus.

             Logo, ao receber suas ordens, restou-lhe somente cumpri-las, e “saiu da presença do Senhor” (v.12).


*O Natan é o tutor do blog “Reflexões Reformadas”, com o qual tenho examinado a questão da soberania de Deus; sem que ele subscreva as minhas opiniões.