13 dezembro 2010

Cristo não é Senhor dos que correm, mas dos quais se compadece




















Por Jorge Fernandes Isah 


Há um trecho na Escritura que sempre me comoveu desde que o li, a primeira vez, logo após a minha conversão. As palavras de Jesus soavam duras demais para os meus ouvidos sensíveis e pouco acostumados com a verdade; e não considerava o caráter justo de Deus, muito menos a sua obra como eficaz, na qual ele veria o fruto do seu trabalho e se satisfaria; o que vale dizer que Cristo considerou a sua obra concluída, acabada e não por terminar, como querem alguns, ainda que inconscientemente [Is 53.11].

A maioria utiliza-no em seu caráter santificador, com perguntas do tipo: Você conhece Jesus?... Você obedece a Deus?... O seu entendimento sobre Cristo é apenas cognitivo?... Quando vai conhecê-lo em seu coração? Ou afirmações parecidas com: Você tem de viver o Evangelho... Não basta crer, pois até os demônios crêem... O seu relacionamento tem de ser pessoal com Deus. E por aí afora...[1]

Não estou dizendo que as perguntas e as afirmativas estão erradas, mas elas falham em compreender algo fundamental e que tem sido relegado a um ponto senão obscuro, ininteligível, para nós; e toda vez que o trecho é comentado ou usado, emprega-mo-lo como se destinado exclusivamente para fariseus, hereges e ímpios; porém há algo muito mais fantástico em sua sentença, algo que me emociona sobremaneira, hoje mais que ontem: o esforço pessoal é irrelevante para Deus, pois importa-lhe tão somente os eleitos, aqueles que escolheu por sua vontade. E ponto final.

Estou a defender o antinomismo? De forma alguma! Acontece que a lei não é objeto de salvação, mas o salvo tem prazer em cumpri-la[2]. Enquanto, para o ímpio, resta obedecer-lha, em seu caráter temporal, para não ser punido, sem que haja qualquer prazer em sujeitar-se. E nem mesmo a lei é o que separa eleitos de réprobos, salvos de condenados, mas a eleição eficaz de Deus, a qual determinou a condição de cada um dos seres humanos; como está escrito: E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo... Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” [Mt 25.33, 34, 41]. Os santos não foram incluídos no Reino por um sistema de recompensa, como uma “bonificação” aos obedientes, um prêmio aos que se mantêm fiéis a Deus; mas o Reino foi criado para os eleitos, os santos, antes da fundação do mundo, como o lugar onde todos os escolhidos reinarão “com toda a sorte de bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” [Ef 1.3]. Por isso, ele nos elegeu antes da Criação, para sermos “santos e irrepreensíveis diante dele em amor” [Ef 1.4]; e “nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” [Ef 1.5-6].

A ação divina não é passiva, do tipo, Deus viu que o homem se salvaria, se santificaria, se esforçaria em entrar no Reino, aceitaria-no e, então, somente então, Deus o predestinaria e o elegeria. Mas que eleição é essa onde o eleito é quem se auto-predestina? Onde o escolhido se auto-escolhe e impõe a sua escolha por seus próprios méritos para aquele que o predestinou? O que vem primeiro, a predestinação ou o esforço do eleito em satisfazê-la, e por isso, ser predestinado? Seria o mesmo que dizer que alguém se afogou antes de entrar na água. A predestinação, por mais que se queira distorcer o seu sentido, tem  somente uma definição, de acordo com o Priberam:

predestinar - (latim praedestino, -are)
v. tr.
1. Eleger desde a eternidade (ex.: afirmou que Deus predestina os justos).
2. Destinar para grandes coisas ou para determinado fim. = eleger
3. Destinar com antecedência


Ora, predestinar é claramente a atitude de destinar antecipadamente, de previamente decidir, e não o ato de antever o que irá acontecer e então determinar que aconteça. E, então, fica a pergunta: quem garantiu que o evento aconteceria? Deus? O homem? O acaso? Forças impessoais? Ou a cooperação mútua dessas forças? O que não entendo é: se Deus viu o que iria acontecer, como algo certo, visto tê-lo previsto, por que o determinaria já que o fato é, em si mesmo, exequível em sua realização, e não dependeu da sua vontade ou decisão para ser observado? Pelo contrário, o fato previsto seria soberanamente livre, impedindo que Deus agisse para mudá-lo, ainda que não fosse do seu agrado. Isso não levaria à conclusão de que esse "Deus" antes de ser pessoal é um "Deus" impessoal? E a presdestinação, assim como a eleição, não passaria de uma piada sem graça, um xiste, que tornaria esse "Deus" num mero espectador, a endossar obrigatoriamente até mesmo o que lhe contrariaria? Em outras palavras, a sua soberania seria uma lenda, e tudo, desde a Criação, teria de ter outra explicação; tudo, na verdade, não poderia vir da vontade desse "Deus", mas de outra força, pois o que ele faz é consentir que cada evento ocorra como visto, e a sua vontade seja adequada a cada evento de tal forma que eles permaneçam imutáveis. A vontade dele se subordinaria à inexorável realização do ato antevisto. Por todos os lados, o que temos aqui não é o Deus bíblico, mas um "Deus" impotente, escravo da visão; um "Deus" transitivo quando a revelação nos apresenta o Deus intransitivo, completo e perfeito em si mesmo. Contudo, estou saindo do foco desta postagem, ainda que este seja um elemento pertinente a ela...

Voltando à vaca-fria, do ponto de vista humano, seria possível se equilibrar em uma corda-bamba, sem pára-quedas, dez mil pés de altitude, com ar rarefeito, rajadas fortes de vento, chuvas, gelo, e a gravidade puxando-o incontinênti para baixo?[3]. Como  manter-se assim, por si só? Quais forças o sustentariam, impedindo-o de despencar em queda-livre? De ser tragado no espaço? Essa é a condição do homem diante do pecado e da condenação; fatalmente será sugado por eles, destruído, se Deus não agir ativamente, em todo o processo, sustentando-o na corda-bamba. Na verdade, ele nos tirou dela, e nos colocou são e salvos no chão, em terra firme, enquanto quem tomou o nosso lugar foi Cristo. E os ímpios? Os que não se esborracharam ainda no chão? Estão precipitados no ar, a espera de juntarem-se aos corpos estatelados no abismo.

Mas, esse não é o trecho em questão, que me comoveu nos últimos anos. Então, qual é?

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” [Mt 7.21]

Bem, a exigência de obediência está evidente, não é? Claro! Somente entrarão nos céus aqueles que fazem a vontade do Pai, certo? Sim. Então, onde está o problema apontado por você? De haver uma leve distorção nesse ensino? Respondendo a mim mesmo, pergunto: quem faz a vontade do Pai? Alguém, entre nós, é capaz disso? Há de se entender que a vontade divina não é uma parte, nem fração ou divisão. Não são peças de um quebra-cabeças que se vai montando; ela é pronta e acabada, não restando o que pôr ou retirar. O Senhor referiu-se a ela como “a vontade”, única, inseparável, não-repartida. Assim, quem se habilita ao Reino dos céus?

Seguindo o esquema soteriológico vigente no presente século, Cristo morreu por todos, e cabe a cada um dentre todos, alcançá-lo por seus próprios meios, como um feito, uma obra pessoal. Segundo esse mesmo sistema, o homem pode conseguir salvar-se mas pode perder-se novamente ao falhar em cumprir a vontade do Pai. Mas não bastaria uma falha para tudo ir por água abaixo? Ou seja, mesmo que Cristo tenha morrido por todos, é possível que ninguém seja salvo, pois o princípio da obediência é a vontade divina como um todo, completa, não uma partícula, não uma seção; visto a salvação vir pela fé em Cristo, mas a fé não ser suficiente, pois se tem de, ainda que seja no ato inicial, alcançá-la pelo esforço individual de aceitar aquilo que está sendo proposto.

O arrependimento não justifica o erro, nem pode anulá-lo. O arrependimento é o agradecimento por, ainda que errando, Deus nos haver perdoado; é o reconhecimento daquilo que fez ao anular a dívida que tínhamos, pelo sacrifício de Cristo na cruz. O arrependimento não pode nos livrar da condenação, por isso, Judas permaneceu condenado em seus pecados, mesmo reconhecendo seus erros. Uma dívida não pode ser paga a menos que seja quitada. Como não nos foi possível remi-la, Jesus tomou o nosso lugar e, "havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz" [Cl 2.14]; perdoando-nos todas as ofensas. Elas foram pagas de uma só vez, pela obediência completa do Filho de Deus, não sendo possível imputar a quem foi perdoado nova condenação. No tribunal de Cristo não há recursos nem apelações, dívida paga, dívida quitada, não há débitos, nem a possibilidade de serem reavidos, cobrados e pagos outra vez. Por isso, Paulo diz que é impossível ao salvo recair e ser novamente renovado para o arrependimento; se tal coisa acontecesse, "de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério" [Hb 6.6]

Voltando ao exemplo do homem em queda-livre, sem pára-quedas, o que pode ele fazer além de esperar por um milagre? Nada. É o caso do homem em relação à sua salvação. Não lhe resta nada a fazer, pois o que foi feito por Cristo é plenamente eficaz, de tal forma que nenhum acréscimo é-lhe permitido, sendo perfeito, e ao perfeito não se adiciona coisa alguma. Porque ele, e somente ele, foi capaz de satisfazer toda a vontade do Pai; de obedecê-la integralmente, sem falhas nem tropeços, equilibrando-se na corda-bamba de ponta a ponta, dominando-se a si mesmo sem inclinar-se para um lado ou outro do abismo. Por isso, tem a autoridade para responder aos réprobos: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” [Mt 7.22-23].

Há alguns aspectos a serem abordados aqui:
    
1)      Ímpios podem ser usados por Deus para fazerem a sua obra, segundo a sua vontade, já que também são servos, como tudo o que foi criado está-lhe sujeito e a servi-lo. Portanto, haverá nessa lista de “desconhecidos do Senhor”, pastores, missionários, teólogos, e mesmo pessoas que, aos olhos humanos e carnais, eram irrepreensíveis, assim como Paulo era entre os judeus [Fp 3.6].
2)      Eles podem fazer muitas coisas, como: profetizar, expulsar demônios e outras maravilhas, mas isso não lhes assegurará a participação no Reino; evidência de que, como disse no início deste texto, Deus não se importa com o nosso esforço pessoal, o qual nada vale se não for como conseqüência dele nos conhecer, predestinar, chamar, justificar e glorificar; verbos que guardam em si ações diretas, ativas de Deus na vida daqueles que destinou a “serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” [Rm 8.29].
3)      A despeito de tudo o que fizeram, em nome de Cristo, ele lhes dirá abertamente: “Nunca vos conheci”. Essa afirmação guarda um tesouro, não para os desconhecidos, mas para os conhecidos. Dirão alguns que isso é a prova da presciência, da antevisão divina, assim como um vidente vê o futuro, apenas e tão somente, sem poder intervir nele. A palavra “conheci” procede do grego ginosko[4] indicando “ter a ver com”, “conhecer pessoalmente”. Cristo quis dizer que “não tinha nada a ver com aqueles homens”, “que nunca teve nada a ver com eles”, “que os desconhecia”, por isso deviam apartar-se dele. Fica a pergunta: se Cristo morreu por eles, como era possível que não os conhecesse e tivesse um conhecimento pessoal? Em contrapartida, aqueles que “conhece”, têm tudo a ver consigo, são-lhe íntimos, têm uma relação estreita, ao ponto do Pai vê-los por intermédio do Filho, que satisfaz a sua vontade. E a satisfez plenamente na cruz, ao morrer por aqueles que o Pai lhe deu, os quais jamais se perderão e sairão das suas mãos. Cristo morreu por suas ovelhas apenas, não por todas, e ele mesmo se encarregou de agregar as que ainda não estavam em seu aprisco... e elas ouvirão a sua voz, “e haverá um rebanho e um Pastor” [Jo 10.16]. Por isso, Cristo ainda diz: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós... Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” [Jo 15.16, 17.9].

A relação aqui é de posse; somos de Cristo, assim como somos do Pai, o mundo não é de Cristo, no sentido específico da salvação, do ato expiatório do Senhor ser objetivado aos eleitos, e não à humanidade genericamente. Somos de Cristo, pois, por nós, morreu, resgatando-nos com o seu próprio sangue [At 20.28]. A segurança do eleito está nele, o qual nos conhece, e destinou-nos infalivelmente a que o conhecêssemos. Em outras palavras, Cristo nos conhece, e não há a menor chance daqueles que conhece não o conhecê-lo. Por isso, além de revelar a qualidade moral da obediência [no que todos os cristãos concordam], a qual é o padrão para fazer parte do Reino, incontestavelmente o trecho da Escritura reivindica a salvação e a reprovaçao como escolhas diretas de Deus sobre os homens, adquirindo o sentido exato de que a verdade comunicada é esta: “assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que se compadece... Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer” [Rm 9.16, 18].

O que o Paulo quer dizer com isso? Você curou? Ótimo, mas não confie na cura que fez... Profetizou? Não confie em sua profecia... Expulsou demônios? Isso não lhe garante nada... Fez milagres? Cuidado!.. Fez maravilhas? E daí?... Se Deus falou por intermédio de uma jumenta, e usou ímpios como Ciro, Balaão e Judas para realizarem feitos muito maiores do que esses; por que não pode usá-lo? E, mesmo assim, nem o animal ou aqueles homens foram salvos, antes foram condenados, “para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama” [Rm 9.11]. Logo, o que impede Deus de usá-lo na pregação, no evangelismo, no sustento ministerial, e ainda assim condená-lo?

Para concluir, mais duas colocações:

Primeira, como já disse, não estou defendendo nenhum conceito antinomiano, nem de que as exortações da Bíblia para que busquemos a Deus, obedeça-mo-lo, e sejamos santos como ele é santo, são inúteis e incapazes de serem cumpridas. Nada disso! A obediência não é um salvo-conduto para se ingressar no Reino, pelo contrário, se não houver o chamado divino, e Deus não o capacitar a realizar esses e outros feitos para a sua glória, nem mesmo a maior de todas as maravilhas o impedirá de ir para o inferno. Servir a Deus e ser-lhe obediente são consequências e não causas da salvação. O eleito, após a regeneração, deverá buscar, se esforçar, e lutar para, dia após dia, ser transformado à imagem de Cristo, não como algo intrínseco à sua natureza, mas como dádiva do Senhor pela qual somos, nos movemos e existimos. Em outras palavras, se o eleito busca, se esforça e luta para ser como o seu Senhor, é porque Deus opera nele até mesmo nos pensamentos e desejos menos evidenciáveis, de tal forma que se cumpra a promessa de Deus tê-lo elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade... para alcançar a glória de nosso Senhor Jesus Cristo [2Ts 2.13-14].

Segunda, o entendimento da soberania de Deus não é algo que pode ser mudado conforme a nossa conveniência. Algo que sempre me trouxe paz é saber que, mesmo numa eventual não-eleição [como uma hipótese], e sendo condenado ao fogo do inferno, eu daria glória a Deus, bendiria-o, e declararia a todos a sua santidade, perfeição, justiça, mesmo em meio as labaredas eternas, pois a sua vontade irretocável cumprir-se-ia soberanamente.

Com isso, não estou a duvidar da minha salvação e eleição, mas reconhecer que o Senhor permanece o que é e sempre foi, que a sua natureza não pode ser abalada em nenhum aspecto, ainda que o inferno fosse o meu destino. Não está errado reconhecer a justiça e perfeição divinas por nos salvar; mas o fato de não ser salvo, e estar destinado à condenação, não o tornaria injusto, mau ou tirano. Por ser essa a sua vontade e, portanto, santa e perfeita.
Fazendo uma analogia, utilizando-me de um trecho do livro de Jó, Deus permanece Deus a despeito da minha condição e situação, pois "nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor" [Jó 2.21].

Ele entendeu isso. Cabe-nos fazer o mesmo.

Notas: [1] Este texto é a segunda parte, a continuação, ao entitulado “Deus não faz acepção de pessoas”.
[2] Escrevi sobre a lei, dizendo que ela sempre tem o caráter de condenar e jamais salvar em “Lei e Graça: revelação divina”
[3] Analogias não são totalmente eficientes e confiáveis quando relacionadas ao texto bíblico, mas podem nos dar uma idéia do que ela está dizendo, facilitando o entendimento; sendo as analogias falíveis, como falível é o nosso pensamento.
[4] Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, pg 398, Editora Vida Nova

38 comentários:

  1. Ê querido irmão. Visito o seu blog com a mesma salutar ansiedade de ver a última do jornal ( claro um bom artigo, uma matéria valiosa ). Não concordo com tudo o qe disse, não porque esteja errado necessáriamente, e parabenizo-o mais uma vez, pela escolha do assunto e por "puxá-lo tão bem, será difícil alguém dizer que você foi teórico ou pragmático demais, ou que tangenciou o tema.Engraçado que pensei exatamente no mesmo texto para falar da vida cristã e testemuno e a relação entre os dois ( porei no ar hoje ou amanhã ).Contribuição inestimável mais uma vez.

    Um abraço querido.

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  2. Caro Jorge,
    Seus pensamentos estão bem ordenados e bem fundamentados biblicamente. Só o penúltimo parágrafo é que me intrigou porque, a meu ver, fala de uma hipótese irrealizável. Nenhum réprobo pode engrandecer a Deus no inferno. Não haverá como alguém magnificar, adorar, engrandecer o nome do Senhor naquele estado de depressão e revolta eterna. A idéia que o Apocalipse nos passa é de condenados eternos em constante blasfêmia e sem qualquer arrependimento de suas obras más. Creio que nunca lamentarão o seu destino trágico com frases hipotéticas do tipo "ah! se eu tivesse ouvido a pregação, se eu tivesse obedecido e aceito a Palavra, não estaria nestas condições miseráveis!"
    Viverão em eterna autojustificação e, por isto mesmo, em eterna revolta contra o destino que Deus lhes reservou. Nunca concordarão com Deus e contra o Santo blasfemarão para sempre. Só se ajoelharão diante de Cristo obrigados e contra a sua vontade.
    Não consegui encontrar, mas parece que há um texto no NT que oferece esta idéia mais claramente do que, por exemplo, Ap 16.10-11, que apenas oferece deduções.
    Contudo, entendi o quis dizer com essa hipótese irrealizável. Só acho que o texto deveria reforçar sua irrealizabilidade.
    Abraço.

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  3. Eu creio que esse é daquele tipo de texto que a blogosfera cristã deveria espalhar, tipo "Manifesto a favor da Soberania".

    Gostei muito, mas faço coro com o Marcos Antonio: Um réprobo jamais glorificará a Deus no inferno, a não ser que você esteja querendo dizer que a condenação dele glorifica a Deus.

    Um abraço, Deus abençoe.

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  4. Eu imagino que teremos os vários tipos.

    Rebeldes maldizendo a condenação, logo inconformados.

    Rebeldes não maldizendo a condenação, mas conformados uma vez que todos sem exceção vão dobrar os joelhos diante de Deus e reconhecer que Ele de fato é Deus e reconhecendo isto automaticamente lhe reconhecem os atributos (soberania é um deles).

    Rebeldes já “crentes” (mas não nascidos de novo) e aceitando a soberania de Deus.

    A última situação me parece que foi o que ocorreu com Lázaro.

    Ele estava já perdido, sabia de sua condição, mas mesmo assim (na antessala do inferno...) lá naquele local ele "orava" e também "achando que ainda estava na linha do tempo", tinha o desejo de "evangelizar" os seus irmãos (que ainda estavam na linha do tempo).

    Todos os tipos darão louvor (darão fama) a Deus pela condição em que se encontram, pois suas condições darão grande fama a Deus na eternidade que será famoso por ser justo.

    Outra ponderação, na realidade uma encomenda para resolver a armadilha abaixo:

    Ora... Se está escrito que entrará nos céus somente os que fazem a vontade do Pai, e se é sabido que sendo Deus soberano ninguém pode fazer outra "vontade" que não seja a que o Pai determinou em tempos eternos... Seria correto concluir (não é correto evidentemente) que TODOS serão salvos, uma vez que ninguém consegue fazer diferente daquilo que Deus já anteviu (ou predestinou... ou pré-decretou...) segundo a Sua Vontade.

    Bem... Para resolver a armadilha, fica encomendada uma reflexão que diferencie vontade de providência.

    Abraço!

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  5. Engraçado ( modo de dizer )

    O Anônimo primeiro fiu eu ( é que o pc da escola não aceitou o meu comentpario a não ser ciomo anônimo- sempre dava erro antes ).

    Bem a conversa já foi puxada.Mas nucna temos a descrição exata do que os perdidos farão no inferno ( ou mais exatemente o que dirão ou deixarão de dizer. Dái é uma temeridade o que os irmãos afirmam de que eles estarão blasfemando e se autojustificando eternamente e nunca reconhecendo que a sua perdição foi justa. Ao contrário o que a Bíbli adecalra é que todo joelho se dobrará confensando que Jesus é o Senhor. A força? Com raiso na gabeça e no traseiro? Se fosse assim não haveria nehuma necessidade da obra de Cristo, na marra e na força ( coias que não seria limitação para Deus ) e tudo estaria resolvido. Todos noinferno reconhecerão o seu erro e confessarão que Deus foi justo e antes misericordioso. Creio que essa opinião dos irmãos tem implicações teológicas. Um ser humano sem escolhas, sem ser predestiando, não pode reconhecer nada e portanto nem a justiça de Deus. É esse exatamente o problema da teologia e da doutrina fechada. Tudo o que não cabe no meu esquema é refutado. O irmão Jorge é calvinista, determinista e o respeito na sua posição e como a posição dos demais. Mas ele não está errado no que afirmou e nem emitiu nenhuma declaraçao erética ou inapropriada ( mesmo que essa de certa forma pareça favorecer uma pressuposta outra posição. Demônios receonehcem o Senhorio de Cristo, lembram-se " por que veio atormentar-nos antes do tempo ?" disseram os demõnios que entraram nos porcos por permissão do Senhor.

    continua...

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  6. Gostei particularmente da reflexão ( reflexão não é doutrina mas poderação )em que como ele mesmo disse ( por hipótese )"o entendimento da soberania de Deus não é algo que pode ser mudado conforme a nossa conveniência. Algo que sempre me trouxe paz é saber que, mesmo numa eventual não-eleição [como uma hipótese], e sendo condenado ao fogo do inferno, eu daria glória a Deus, bendiria-o, e declararia a todos a sua santidade, perfeição, justiça, mesmo em meio as labaredas eternas, pois a sua vontade irretocável cumprir-se-ia soberanamente."

    Curiosamente, Satanás nunca disse que Deus não é Deus, mas o seu pecado foi exatamete desejar "ser igual a Deus". O ateu hoje hipotetiza a não existência de Deus, um dia ( tardiamente ) saberá que Deus exite e sempre existiu. O que dirá no imnferno? Será que dirá "Deus não existe...esse lugar não existe...recuso-me a aceitar isso..." ou dirá: "verdadeiramente Ele existe e perdi a chance de conhecê-Lo!"

    O fim último de todas as coisas é a declaração da perfeita justiça de Deus por parte de todas as suas criaturas mesmo as separadas eternamente de Seu amor, sejam anjos caídos ou homens.

    Parabéns irmão Jorge.

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  7. Aliás, o que os irmãos apresetnam resistência pe infundado biblicamente. Eis alguns exemplos:

    Judas ao arrepender-se ( arrepender ele arrependeu, só não buscou e não alcançou perdão claro ) chamou Jesus de justo. A mulher de Pilatos chamou Jesus de "justo". O soldado ao pe da cruz, reconheceu a filiação de Cristo a Deus, confessando "verdadeiramente esse homem era Filho de Deus". Sodoma e Gomorra se levantarão no dia de Juízo e condenarão Corazim e Betsaida. Aliás irmão Jorge sugiro produzir uma reflexão sobre "A Justiça de Deus" ou "A Justiça Final de Deus" ou algo assim.

    Um abraço mais uma vez.

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  8. Voltando ao texto em particular nas considerações acerca da predestinação. Legítimas as considerações e as possiblidades embora diverjamos em parte na conclusão final.

    Como disse na sua postagem:

    "A predestinação, por mais que se queira distorcer o seu sentido, tem somente uma definição, de acordo com o Priberam:

    predestinar - (latim praedestino, -are)
    v. tr.
    1. Eleger desde a eternidade (ex.: afirmou que Deus predestina os justos).
    2. Destinar para grandes coisas ou para determinado fim. = eleger
    3. Destinar com antecedência


    Ora, predestinar é claramente a atitude de destinar antecipadamente, de previamente decidir, e não o ato de antever o que irá acontecer e então determinar que aconteça."

    Concordo plenamente ( não que a minha concordância ou não conte alguma coisa )Para mim inequivocamente Deus predestinou pessoas e essas são todas identificáveis na Bíblia ( só algumas ) Moisés, Samuel,Sansão, João Batista, Saulo de Tarso, etc.

    Se Deus visse e predistinasse não seria predestinação e Deus seria presa do próprio futuro sustentado pelo seu poder e não parece lógico o caso. Mas há duas predestinações:
    a de pessoas e a de estado. A da igreja, a dos eleitos é de estado. Não se darão em casamento, reinarão, viverão nos céus, verão a Deus, Ele lhes será por Pai e elews pro Filhos, lhes enxugará dos olhos toda a lágrima, conhecerão o Seu novo nome,tudo saberão ( nada me perguntareis disse o Senhor Jesus ), etc, etc.

    É impossível para a nossa mente apreender em toda extensão aquilo que supomos entender acerca da Soberania de Deus, contudo ela é um fato ainda que calvinsta e arminianos e assemelhados apenas tangeciem na suas boas intenções de como ela se processa. Contudo, ainda, creio estar trelada a um dosatributos de Deus: a Sua perfeita justiça.

    Um abraço mais uma vez.

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  9. Jorge,

    Ótimo texto, revela ainda mais a suas convicções que às vezes se distinguem de seus rótulos...

    Sobre Deus ser glorificado com a condenação, penso duas coisas: o fogo da justiça eterna honra a Deus e os réprobos também se ajuelharão e confessaram que Cristo é Rei.

    No mas, na Paz.
    Esli Soares

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  10. Irmãos,

    não tive ainda tempo para responder aos comentários, e espero fazê-lo ainda hoje. O trabalho anda muito puxado, e não dá para fazer comentários ligeiros.
    Portanto, até breve, e me desculpem a demora.

    Abraços

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  11. Helvécio,

    você tem um jeito estranho de se autodenominar... uma hora é assemelhado, outra hora, anônimo? [rsrs]

    Sei que não concorda com tudo, mas se concorda com alguma coisa, já me sinto satisfeito.

    Quanto à questão dos ímpios no inferno, responderei logo abaixo, no comentário ao pr. Marcos.

    Cristo o abençoe!

    Grande abraço!

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  12. Pr. Marcos,

    que bom tê-lo por aqui novamente.

    Bem, eu esperava um certo "mal-estar" com essa minha colocação, pois, de certa forma, pode passar a idéia de que não tenho certeza da minha salvação. Não é isso. Nas vezes em que usei esse exemplo para falar da soberania de Deus às pessoas [de que nem mesmo a minha hipotética condenação mudaria o caráter justo, santo e perfeito de Deus na eleição e predestinação], de certa forma, todos já me olharam já queimando entre as labaredas, e deviam estar pensando: coitadinho! Contudo, o meu desejo é afirmar que a justiça de Deus permanece justa, e não pode ser diminuída em sua justiça, santidade e perfeição, mesmo diante da possibilidade de eu não ir para o paraíso. Ela deve ser encarada como a máxima e absoluta justiça divina, de fazer com suas criaturas o que bem quiser.

    É claro que a minha colocação tem um certo exagero, é hiperbólica, mas não sei se estaria completamente fora da realidade que suponho exista no inferno.

    Por isso, respondendo à sua pergunta e a do Neto, considero que existam as possibilidades apontadas pelo Natan [Oliveira], de haver mais de um tipo de comportamento entre os réprobos; não acho que todos irão praguejar e maldizer a Deus [se é que algum o fará].

    O exemplo da história entre o Rico e Lázaro me parece convincente, pois o mesmo já está no inferno, afligido e "em tormentos" [Lc 16.23] e, ainda assim, reconhece a misericórdia de Deus [se considerarmos Abrãao como o Pai] e pediu por seus irmãos que ainda estavam "na linha do tempo", como disse o Natan.

    O fato dele ter a visão de Abraão e de Lázaro, por si já é suficiente para revelarlhe a glória de Deus, e a glória em que estarão os eleitos, e de se curvar ao inevitável. Não sei se a posição do Helvécio também é possível, que todos reconhecerão seus pecados e se arrependerão. Acho que não. Mas, de uma coisa estou certo, mesmo o diabo e seus anjos e todos os ímpios se curvarão diante de Cristo, não porque foram forçados a isso, mas porque a glória de Deus esmagará a arrogância, soberba e prepotência deles, de tal forma que se curvarão e suas bocas bendirão: Jesus Cristo é o Senhor! Para a honra, glória e louvor do bom Deus.

    Haverá contudo aqueles que o professarão por necessidade, por convicção, por reconhecê-lo no que ele é, não por amor ou por qualquer tipo de comunhão que tenham com Deus. Isso somente será possível aos anjos que não cairam, e aos eleitos, por ele resgatados.

    Como a Bíblia não se preocupa em nos revelar completamente esse estado de coisas, o que disse me parece plausível. O certo é que, como o Senhor disse: no inferno haverá choro e ranger de dentes, onde o "bicho não morre, e o fogo nunca se apaga" [Mc 9.44].

    É isso, por hora.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  13. Neto,

    Bom também tê-lo mais uma vez por aqui. Espero que se torne um hábito [rsrs].

    O irmão é muito gentil, mas não acho que seja para tanto...

    Sobre a questão do ímpio e o inferno, respondi-o no comentário ao pr. Marcos, já que a objeção foi a mesma.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  14. Natan,

    Sobre a sua ponderação a respeito do ímpio no inferno, respondi-a no cometário ao pr. Marcos, e acho que pensamos, senão igual, muito parecido.

    Quanto à armadilha e encomenda, puxa!, você está devendo um texto no seu blog já há algum tempo. Que tal se autoencomendá-lo, e assim desarmar a armadilha? [rsrs]

    Sei que o assunto dá muito mais do que um texto, dá um livro. Talvez seja motivo suficiente para você iniciar uma promissora carreira de escritor, não?

    Ainda nem paguei aquele texto que você me pediu sobre infra e supralapsarianismo, lembra?

    Este, eu ainda farei, prometo! Se Deus quiser. Quanto ao outro, quem sabe... mas gostaria, sinceramente, de vê-lo desenvolvendo o assunto, e abrindo os comentários para um salutar debate.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  15. Helvécio,

    Deus manifesta todos os seus atributos, do contrário, não seria Deus. O problema é que algumas pessoas se apegam a um e desprezam os outros, ou se apegam a outro e desprezam uns, como se assim, pudessem não desprezar o próprio Deus.

    Dizer que Deus é justo, também é dizer que é perfeito, que é amor, que é santo... senão, estamos falando de outra coisa, menos de Deus.

    Quanto à predestinação de "estado", você quis dizer nação, país? Qual a base bíblica para essa afirmação, se for o que quis dizer?

    Em relação à igreja, ela é formada por indivíduos que vão se agregando com o transcorrer da história ao Corpo de Cristo, mas há de se entender que esse Corpo já está formado, e o Senhor não terá um dedo a mais nem um dedo a menos; nem uma orelha a mais ou a menos, nem centímetros adicionados ou faltando em sua estatura. Portanto, mesmo que a igreja seja um "estado eleito", ela o será na proporção dos indivíduos eleitos e salvos para dela fazer parte, o que não anula o entendimento de predestinação como algo definido previamente, no que você concorda.

    Abraços.

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  16. Esli,

    sempre no meu pé [rsrs].

    Olha, não sei se minhas convicções estão dissoantes dos rótulos... creio que não. Mas se tiverem, será apenas mais uma inconsistência minha [rsrs]

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  17. Tiago [I.C.],

    Vontade preceptiva é a vontade revelada? Enquanto a decretiva seria a vontade secreta e imutável de Deus?

    Esse me parece o esquema adotado por Pink, que li não sei bem mais onde... acho que no Monergismo..

    Em linhas gerais, a vontade preceptiva seria aquilo que Deus ordena que o homem faça, e que, em Mateus 7.21, ele é incapaz de fazer, ou seja, cumprir toda a vondade divina.

    A vontade decretiva é aquela em que Deus preordenou todos os atos da humanidade, e, mesmo os atos de desobediência à sua vontade preceptiva foram predestinados.

    Mas acho que a pergunta do Natan [Oliveira] tem um componente a mais... que está relacionado com a autoridade e justiça de Deus. Mas a resposta está mesmo em Rm 9: quem és tu ó homem que a Deus replicas?

    Deus pode, soberanamente, salvar e condenar quem quiser segundo a sua justiça.

    Mas vamos deixar a discussão para quando o Natan escrever o texto...

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  18. Caro irmão Jorge,

    A predestinação de "estado" ( nada com nação e país ) é que Deus predestinou umestado de coisas, um estado de ser, uma existência. Portanto o estado dos salvos no céu foi planejada e não uma supresa, de repente estamos no céus e Deus não sabe o que fazer conosco ou apenas nos adápta. Corpos espirituais, sem morte, sem lágrima ou dor, sem certas lembranças, sem casa e se daer em casamento, sem sexo, sem filhos e coisas que jamais vimos ou subiram ao nosso coração. Deus planejou essa nova existência e vida tanto quanto a primeira.

    Nãosei se fui claro, se não tentarei de novo ( rs...rs..rs..)

    Um abraço.

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  19. Helvécio,

    agora deu para entender a sua colocação.

    Abraços

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  20. Jorge,
    Mais um excelente texto. Bem coerente nas idéias e cuidadoso no desenvolvimento.
    Um abraço meu irmão.

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  21. Eric,

    mais uma vez, obrigado pela visita.

    Abraços.

    Cristo o abençoe!

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  22. A base Bíblica, entre outros textos: "Vou preparar-vos lugar..." disse o Senhor Jesus.

    Um abraço mais uma vez.

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  23. SobreDeus salvar e condenar que3m Ele queira, há de se fazer uma colocação necessária relacionada à Justiça de Deus. Diferetemetne de "Alá", o deus abrâmico concebido pelo Islã, que em tese seria o mesmo Deus bíblico,. Alá não deve satisfação a ninguém ( não pelo fato de ser Deus ) mas por sua imprevisibilidade, pode mudar de pensar e de agir a hora que bem entender. O Deus bíblico tem atributos revelados por Ele mesmo e que norteam as suas ações e atos de julgamento. Dessa forma não pode salvar e condenar ilógica e inrazoavelmente. Dessa forma os seus juizos não podem ser qustionados,pois são jutos baseados em Sua própria Lei e regras.

    continua...

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  24. Continuando...

    Há uma lógica e cumprimento de, digamos "etapas" e quesitos, para que a Sua misericórdia se manifeste. Por exemplo Deus resiste aos soberbos e mostra a Sua misericórdia aos humildes. Há um pecado imperdoável e sobre esse pecado não haverá nunca misericórdia.Os salvos são salvos pela graça mas não sem critérios, a obra de Cristo é o critério único de Salvação e a fé nela ( e nele ).

    Esses critérios tornados públicos no dia do Juízo serão reconhecidos como justos, perfeitamente justos e reforçados por outros condenados ( Sodoma e Gomorra com relação a Corazim e Betsáida ). A salvação é um ato de misericórdia e justiça. Eva pecou mas foi enganada e aí nos esquecemos disso. Teve uma causação indireta, se assim podemos dizer.

    Um abraço mais uma vez.

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  25. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que {está} nos céus. ( Mt 7:21 )

    Como alguém de modo razoável pode não fazer a vontade decretiva de Deus? Se claro essa vontade se refere a todos indistintamente? E como a vontade preceptiva pode ser acolhida ou não já que nada escapa a seu decreto?. Finalmente fazer a vontade de Deus nada tem a ver com salvação. O que se exige do que crê é coerência entre as suas palavras e suas obras, ações, atitudes e vida. Trata-se de uma comparação natural a forma de expor as idéias, algo da cultura oriental e da época de Jesus.

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  26. Helvécio,

    o Natan vem aqui, "bagunça" a minha postagem, e não volta para dar explicações [rsrs].

    O certo é que a vontade preceptiva ou legal de Deus somente foi cumprida pelo nosso Senhor Jesus Cristo. A ordem para obedecê-la está em toda a Bíblia, mas sabemos que é impossível ao homem cumpri-la, e ela somente será cumprida na eternidade quando não mais haverá o pecado, nem a possibilidade do pecado.

    Mas isso não nos exime de buscar e buscar satisfazer a vontade de Deus, não para a salvação, como você tão bem apontou, mas para a santificação e como forma de agradecimento a Deus por nos ter regenerado e prometido que seremos como o seu Filho Amado.

    O que o Natan parece ter dito [ao meu ver] é por qual critério Deus ordena que todos obedeçam se ninguém pode obedecer? Logo, não seria lógico imaginar que ninguém seria condenado? Bem, é lógico também imaginar que ninguém seria salvo, já que ninguém conseguiu cumprir a vontade divina.

    É aí que entra o componente que falei ao Tiago, a autoridade de Deus, pois, a ordem dada é: aquele que pecar, morrerá! Logo, o ato pecaminoso em si é mais do que suficiente para condenar. Porém, para os eleitos, há a justificação que Cristo deu, a qual anulou todos os pecados cometidos por suas ovelhas, o que isentou-as de serem julgadas conforme a lei [aquele que pecar, morrerá!]. Para o crente, a lei não existe como instrumento de condenação, mas deve ser obedecida como uma forma de gratidão e sujeição a Deus. Não seremos condenados por ela e, por causa disso, devemos cumpri-la.

    Acho que é mais ou menos o que o Natan quis dizer, mas somente ele pode dizer se estou certo ou não.

    Abraços.

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  27. Uma coisa é certa, em tempos difíceis como este que estamos vivendo, impregnado pelo neopentecostalismo e tantas teologias espúrias, este texto reflete a fidelidade e autoridade das Escrituras.

    Muitos que se autodenominam cristãos precisam urgentemente retornar à Palavra! Jesus disse: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam, João 5.39".

    Parabéns pela postagem!

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  28. Gleison,

    obrigado por sua visita e comentário.

    Sim, é verdade! Em tempos de apostasia máxima, o antídoto é o Evangelho; mas, infelizmente, mesmo entre crentes, isso tem se tornado raridade.

    Que Deus capacite o seu povo a conhecê-lo, e assim, poder testemunhar a verdade; mais do que isso, vivê-la, para a honra e glória do nosso Senhor.

    Volte sempre, será uma honra tê-lo por aqui.

    Cristo o abençoe!

    Abraços.

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  29. Caro Jorge (Tiago e Helvécio)

    Não preciso explicar mais nada pois o Tiago já me explicou brilhantemente no comentário "16 de dezembro de 2010 14:27".

    Mas fiquei envaidecido pelo sentido mais profundo que o Jorge colocou no "meu pensamento"... mas não é para tanto, eu não sou tão brilhante...

    Um grande abraço e respeitando e pedindo licença aos puristas que discordam de datas comemorativas e à cristianização de atos pagãos... desejo a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

    Fiquem na Paz!

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  30. Caro Jorge,

    A lei nãofoidada para salvação, mas para estabelecer princípios pelso quais o homem deveria pautar a sua vida e ainda que quebrados retornar a eles e a Deus. Mesmo porque a salvação a are denção do homem não envolvem apenas Deus e o homem mas umaterceira pessoa: Satanás. Satanás é derrotado, vencido e o homem é arrancado das mãos e claro do julgo de Satanás.
    Daí o obra advinda da fé não é para salvação e a fé sem obras seja morta ( pelo menos para a vida cristã, para o dia a dia ). O salvo produz a obra de Deus e faz a vontade de Deus ainda que não completamente. A salvação é resultado única e absolutamente da Graça e nada mais e nada menos.

    Um abraço.

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  31. Natan,

    Feliz natal e excelente ano-novo para você, a Marley e os meninos, extensivos aos seus sogros e aos demais parentes também.

    Estou com saudades de vocês.

    Cristo os abençoe!

    Abraços

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  32. Helvécio,

    concordo com praticamente tudo o que disse, a exceção é não acreditar que satanás tenha poder algum sobre alma alguma se não lhe for delegado esse poder por Deus. E o livro de Jó, não deixa dúvidas.

    Portanto, entendi o que disse, mas acho "muito" para o diabo deter o "poder" sobre uma vida. Talvez um poder temporal, assim como um sequestrador tem sobre a vítima, sem que seja o "dono" dela.

    Na verdade, Deus não nos tirou das mãos de satanás, mas do reino do pecado; ao qual os próprios demônios estão sujeitos, e feitos escravos. O que me leva a crer que esse reino do mal é muito mais poderoso que o próprio santanás e seus anjos caídos.

    Abraços.

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  33. Bem, também entendi o que disse. Comcordo que o poder ou influência de Satanás é dado ( o poder ) e a influência permitida. Mas Jesus dissera aos fariseus que os mesmos tinham por pai, o Diabo. Sobre o Reino das Trevas, é um estado e não um ente, uma entidade. É mais ou menos como o governo. Se fala mal do governo e atribui-se a ele ( o governo ) a raiz de todos os males sociais. mas o governo não existe de fato. Existe o governante. O Reino das trevas não existe como entidade, assim como o de Deus. O Reino de deus é uma manifestação da soberania de Deus, não existe por si mesmo. O Reino das trevas é resultado do comando inteligente de Satanás ( não é um adjetivo mas um substantivo composto )

    Um abraço a todos aí.

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  34. Ainda, sobre tirou ou não das mãos de Satanás, O Senhor Jesus se referiu a uma mulher curada no sábado, dizendo dela, que satanás a mantinha escrava por não sei quantos anos.

    Bíblicamente nos tirou não só do reino das trevas com todas as suas manifestações externas e materiais mas do poder de Satanás sobre mutiso de nós, alguns menos e outros muito mais.

    Dessa forma, algins não são só influenciados indireta e externamente ( pelos valores do mundo ) mas inspirados, mas acompanhados e ele vinculados e até possuídos ( um nível pior e mais profundo pelo contato permissível com as trevas.Sobre Judas Satanás entrou nele, sobre Pedro Satanás ficou ao redor, pedindo para cirandar a sua vida como trigo na peneira.Ou como Saul o qual vivia possuído por um espírito malígno vez ou outra.

    Um abraço mais uma vez.

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  35. Ah.. mais um esclarecimento baseado na Bíblia, no que as Escrituras dizem: Satanás não pode tocar na alma do homem. Seu alvo e sua atuação se restringem ao corpo, adoecendo-o, atormentando-o, perturbando-o, limitando de todas as formas. Se apesoa não se achega a Deus ( literal e verdadeiramente ) ela dá espaço gratuito a Satanás e seus assecras ou pior movida pela curiosidade é enganada e passa acreditar em fábulas e ceder-lhe domínio pouco a pouco ( caso de kedercistas, espíritas, casçadores de Ets, de assombrações, videntes e até crentes que em buscam de operaçẽos sobrenaturais se desviam da operação sobrenatural divina e bíblica.

    Um agbraço mais uma vez.

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  36. Caro Irmão Jorge,

    Nesse meu primeiro comentário ao texto no Blog gostaria apenas de parabenizá-lo pela compreensão exata da soberania de Deus e predestinação, que alto nível.

    Abraços.

    Deus abençoe a todos.

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  37. Oi, André!

    Puxa, rapaz! Uma honra tê-lo por aqui. Obrigado pela visita.

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  38. Caros irmãos em Cristo,

    Gostaria de comentar, primeiramente, sobre o que disse nosso amado irmão Jorge:

    “...sendo condenado ao fogo do inferno, eu daria glória a Deus, bendiria-o, e declararia a todos a sua santidade, perfeição, justiça, mesmo em meio as labaredas eternas...”

    É deveras uma afirmação muito paradoxal tendo em vista que o inferno é um lugar de intensa e eterna dor e sofrimento, porém não deixa de ser uma verdade o reconhecimento por parte dos réprobos ou dos preteridos (uma alusão a eleição e preterição) da misericórdia e bondade de Deus que por sua vez é nítida naquela declaração do Rico no inferno “CLAMANDO” a Abraão que permitisse ao Lázaro molhar a ponta do dedo em água a lhe refrescar o intenso calor. É evidente que aquilo é uma figura representando várias verdades, uma das quais é que o inferno é terrivelmente doloroso e também não há mais esperança lá, nem possibilidade de ajuda por parte de quem há vontade de fazê-lo(se é que há essa possibilidade). Mas é interessante o fato de ele usar o termo Clamar – pedido de misericórdia (talvez tendo “esperança” de que seu clamor fosse condescendido por Abraão que representa o Senhor Deus ali), isso faz contraste com muitos que no nosso tempo não clamam a Deus, muito pelo contrário fazem é ordenanças ao Supremo Juiz e Legislador. (mas isso é outro assunto)
    Portanto, a mim, simples leitor da Bíblia, fica evidente que a afirmação do irmão é congruente com a verdade da Palavra de Deus.

    Mas o que na verdade me chamou a atenção foi outra parte do texto que é o seguinte:

    “...O que não entendo é: se Deus viu o que iria acontecer, como algo certo, visto tê-lo previsto, por que o determinaria já que o fato é, em si mesmo, exeqüível em sua realização, e não dependeu da sua vontade ou decisão para ser observado? Pelo contrário, o fato previsto seria soberanamente livre, impedindo que Deus agisse para mudá-lo, ainda que não fosse do seu agrado....”

    Caro irmão Jorge, queria deixar claro que li todo o texto, e em relação a essa parte em particular considerei o seu contexto remoto e adjacente, e não somente isso estou percebendo seu estilo de linguagem com perguntas retóricas e declarações hipotéticas que só fazem enriquecer o texto (parabéns por isso).

    Entretanto, quando fazes a afirmação que o fato é exeqüível em sua realização por ter visto Deus o tal fato parece-me colocar Deus refém da sua própria visão do fato ou de sua vontade; Mas a verdade, meu caro irmão, é que Deus viu o fato porque já o determinara anteriormente (uso essa linguagem, porque no pensamento de Deus (que não está preso à noção de tempo e espaço como a nossa) tudo se passa como um eterno agora), “O senhor Deus fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso para o dia da calamidade” Pv.16.4. E esse fim determinado é alvo do conhecimento volitivo de Deus que conhece todas as coisas, e não só as coisas determinadas, mas também todas as possíveis que são possíveis de existir. Ou Seja, quando ele determinou o ímpio para o dia da calamidade(antes de o mesmo existir), Ele já o está presenciando no Inferno de fogo.
    Deus não anteviu a Criação do Mundo para então criá-lo, muito pelo contrário Deus criou o mundo debaixo de Sua própria decisão (Decreto). Deus não elegeu um cristão por que o tal creria em seu Filho e dessarte se tornou alvo de seu decreto, mas ele predestinou-o à fé.

    E outro termo estranho a mim é Deus ser “Intransitivo”:

    “...um "Deus" transitivo quando a revelação nos apresenta o Deus intransitivo,...”.

    Talvez tenha sido um prblema semântico, pois apresenta um Deus estático, parado, imóvel.

    Quando sabemos que até a criação continua em um certo sentido, tanto físico quanto espiritual; quando um bebê nasce ou quando alguém é convertido pelo Santo Espírito de Deus.

    Desculpa se interpretei mal, mas apesar disso acho que deve servir ao menos de crítica esse texto.

    Deus nos abençoe.

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