Por Jorge Fernandes Isah
Ano novo aproximando-se, já as portas de Janeiro, e estou a me perguntar: o que nos aguardará nos próximos doze meses? Em que condições a igreja evangélica deixará o país ao fim-do-ano? Será que a expansão numérica dos evangélicos no Brasil tem-se refletido em luz, ou "tudo continua como dantes no quartel do Abrantes"? Com os evangélicos não fazendo diferença, nem salgando o mundo?
Quais mudanças serão percebidas na sociedade? Ela terá refletida a sabedoria e santidade bíblicas? Terá se tornado moral e eticamente aprovada? A defender a vida e os princípios estabelecidos por Deus em Sua palavra?
Quais mudanças serão percebidas na sociedade? Ela terá refletida a sabedoria e santidade bíblicas? Terá se tornado moral e eticamente aprovada? A defender a vida e os princípios estabelecidos por Deus em Sua palavra?
Ou a expansão numérica servirá apenas para aproximar a igreja cada vez mais do padrão do mundo (através da invasão de incrédulos e suas perversões no seio da igreja; e o que é pior, a aceitação passiva por parte daqueles que se dizem cristãos e defensores da fé bíblica)? A interagir e se fundir com o secular de tal forma que não se distingue o aparentemente santo do profano?
Até que ponto, o triunfalismo e o otimismo com as possibilidades de um Brasil evangelizado é realidade ou ficção? Especialmente quando se sabe que a maior parte das pregações têm sido antibíblicas e não-cristãs? É possível se pregar o antievangelho e ainda assim evangelizar em moldes verdadeiramente cristãos? Ou estamos a misturar as coisas, sem saber o que fazemos, guiados por egos inflados, por doutrinas espúrias, com o objetivo de saciar a sanha indolente das criaturas? Sem glorificar o Criador e Senhor?
Há muito tempo se ouve a frase: o Brasil para Cristo! Mas o que pregamos é Cristo crucificado, ressurreto e que está à destra do Pai governando o mundo, ou o anticristo?
Até que ponto, igrejas preocupadas com atividades sociais, de lazer, empresariais, mercadológicas, envoltas pelo pragmatismo e a busca de resultados estatísticos e financeiros podem estar comprometidas com Deus e Sua palavra, ao ponto em que ela transborde e seja impossível não proclamá-la?
Até que ponto, as igrejas estão preocupadas em pregar o arrependimento? E, assim, somente assim, reconhecendo-se nu e miserável o homem poderá quedar-se submisso diante do Deus Todo-Poderoso, santo e justo? Pois sem arrependimento, não houve novo-nascimento, e sem novo-nascimento como será possível ver o reino dos céus?
Até que ponto, um povo obstinado em rejeitar a Deus pode ser chamado de cristão? Como está escrito: “Feriste-os, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a correção; endureceram as suas faces mais do que uma rocha; não quiseram voltar”[Jr 5.3].
Até que ponto, o Evangelho estará soterrado pelo humanismo? E se tornará irreconhecível como a mensagem do Deus Vivo?
Até que ponto, continuaremos assentados confortavelmente em nossas poltronas sem clamar, interceder e orar pelas almas escravizadas pelo pecado? E por milhões cegados pelo deus deste mundo?
Até que ponto, todo o nosso entendimento e rigor doutrinários estarão realmente a serviço do Reino de Cristo?
Até que ponto, satisfaz o que temos e não o que damos?
Até que ponto, continuaremos soldados na caserna, enquanto a guerra se desenvolve no campo?
Até que ponto, ser cristão é não ser cristão?
O compromisso dos que são de Cristo é seguir os passos do Mestre, para que se dê muitos frutos, senão será cortado e lançado "onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga" [Mc 9.48].
Quantas vezes é preciso ser vomitado? Por não ser frio nem quente, mas morno? Julgando-se rico, quando se é desgraçado, miserável, pobre, cego e nu?
“Sê pois zeloso, e arrepende-te” [Ap 3.19].
Notas: Este texto foi redigido em Janeiro/2010, e decidi republicá-lo no fim-de-ano, como minha última postagem, pois os questionamentos lançados nele ainda me angustiam, e alguns permanecem sem respostas.
[2] Relutei em publicar o texto, porque, nos dias atuais, qualquer espécie de exortação ou alerta é sinal de prepotência e superioridade da parte de quem os faz, afinal, dizem, somos todos iguais, e por que você se considera melhor do que nós? A questão é que não estou a falar somente do que não foi feito, mas do que mesmo feito não foi bem feito, em conformidade com a Escritura. Fazer por fazer é muito pouco. Não fazer achando que se faz é nada. E fazer erradamente é prejuízo. Há, de certa forma, uma espécie de ufanismo por uma Brasil evangelizado, mas fico sempre a me perguntar: o Brasil é realmente um país evangelizado? Qual evangelho é pregado? De Cristo ou do anticristo? Então decidi publicá-lo. Não como uma maneira de dizer: olha, fiz mais do que vocês, que não andam fazendo nada. Não é isso, até porque, considero-me muito, mas muito distante da semelhança com Cristo, como disse no texto "Perdas e Ganhos". Como alguns pregadores sempre dizem que o sermão é primeiramente para eles mesmos, posso afirmar categoricamente que este texto foi escrito e inquirido primeiramente a mim.
[3] Alterei apenas as datas na postagem para não parecer estranho a quem ainda não leu estas notas.
Caro Jorge
ResponderExcluirVeja que existe sal grosso, sal refinado, sal indireto (tipo arisco tempero pronto), etc...
Em todos os casos algum elemento de sal sempre é encontrado.
E mesmo que o sal das atuais igrejas visíveis (denominações) sejam bem “aguados e fraquinhos”, mesmo assim ainda é um “salzinho” que vai mesmo que em pequena escala produzindo algum efeito do Evangelho.
Sempre que reclamo com minha esposa de que abriu perto da nossa casa, mais uma igreja de um líder personalista controverso... Ela me responde: É melhor uma igreja assim cheia de erros do que um meretrício ou um bar.
Fico meio irado pela resposta dela, mas no fundo sou obrigado a concordar.
Mesmo na igreja primitiva, a correta compreensão do Evangelho era praticamente não encontrada e o pensamento vigente era um balaio de gatos só... Mas mesmo assim o Evangelho cresceu e a Igreja prosperou lentamente com o passar dos séculos.
O crescimento do Evangelho não implica na precisa e correta interpretação da sua mensagem.
Quando temos ataques de purismo e “santidade”, atacamos os irmãos arminianos de pregar a idolatria da própria vontade (Já vi vários de vocês fazerem isto, eu inclusive) e atacamos os irmãos pré-milenistas e amilenistas de pregar satanismo e apologias do crescimento do mal (Vocês não fazem isto, mas já vi pelo menos um pós-milenista fazer)...
Mas... Não é para tanto. Sejamos mais confiantes no Senhor.
A Igreja cresceu o que tinha que crescer, pois quem reina é Deus, e não os nossos esforços.
Quando nos imaginamos tipos de Elias... O Senhor nos lembra que ainda tem reservado para Si milhares de outros igualmente fiéis, mesmo que teologicamente equivocados.
Grande abraço!
Irmão Oliveira, faço minhas as suas palavras mais uma vez, e com todo o respeito, as sábias palavras da sua nobre esposa, sem tirar entretanto o valor das cosiderações do também nobre irmão Jorge.
ResponderExcluirUm abraço.
P.S. Sobre esse mesmo foco, escrevei uma postagem que pode ser acesada aqui ( cm a devdida licença do irmão Jorge mais uma vez )...A IGREJA, VAI BEM OBRIGADO! de
16 Mai 2010
Por favor, concordando ou discordando, comente por lá também.
Um abraço a todos.
Prezado irmão Jorge,
ResponderExcluirseus questionamentos são factíveis. Com certeza as respostas caminharão no sentido do Não. Nas grandes questões deste país a igreja evangélica não é consultada. Vidas transformadas com uma cosmivisão cristã autêntica está em extinção, o que leva a igreja a deixar de ser sal para a terra. Nossas instituições não sofrem mudanças porque não temos representantes à altura. É bom não fecharmos o balanço da igreja em 2010, talvez encontremos no final resultado......
Um abraço
Em Cristo
Natan,
ResponderExcluirnão consigo ver o Evangelho como algo fracionado, ou com uma mensagem contrária a ele mesmo. O que mais se tem visto é a pregação de um anti-evangelho, algo que se utiliza do nome de Cristo indevidamente, mas que nada tem a ver com ele. Realmente, não sei de que forma eu poderia entender o "salzinho" ministrado por aí... acho que está mais para o sal insípido a que o Senhor Jesus se referiu, e que não dá sabor a nada, nem salga o mundo. Acho que a prova mais está no próprio descaso com que a igreja tem tratado a imoralidade de seus próprios membros, para não falar do mundo.
A Marley é uma pessoa muito sábia, o fato de tê-lo conquistado mostra isso, mas não sei se concordo com a sua conclusão. Na verdade, não deviam haver prostíbulos nem bares, mas a algazarra e a desordem de certas igrejas me remetem a compará-las com eles. Mas pode ser o meu dogmatismo falando mais alto novamente.
O fato é que não há como se pregar Cristo sem o Evangelho, e o Evangelho sem Cristo, então, se falta uma coisa, não se tem a outra, e vice-versa. E o perigo do seu discurso é ser confundido com o ecumenismo, ou com a idéia de que qualquer coisa pode ser o condutor a Deus. Sei que você não pensa assim, é apenas o seu otimismo pós-milenista exacerbado, mas a idéia que passa é de que quase tudo, mesmo o mínimo do mínimo pode ser um passo para a fé cristã. Conceito com o qual não concordo.
A Igreja cresceu em seu princípio firmada no Evangelho de Cristo e dos apóstolos, depois, houve mais um crescimento numérico que qualitativo, mais ou menos o que temos hoje; muitos cristãos o são por vários motivos, menos o motivo principal que os levará a serem cristãos-bíblicos: o novo-nascimento.
Bem, mas o foco da minha postagem é outro na verdade, é o que a igreja verdadeira, aquela que não se curvou a Baal, e é sustentada pelo nosso Senhor, pode fazer e não tem feito.
Que Deus nos capacite e nos mova a realizar a sua obra, seja o mundo melhor ou pior do que agora.
Grande abraço a você e seus queridos!
Cristo os abençoe!
Helvécio,
ResponderExcluirnão li ainda esse seu texto; o farei, assim que meus óculos chegarem, e comentarei por lá, também. Pode indicar os seus links sem problema, como o faz, sempre dentro do assunto discutido.
Acho que a minha resposta ao Natan atenderá as suas considerações.
No mais, grande abraço a você e sua família!
Cristo os abençoe!
Tiago,
ResponderExcluireu já havia visto a republicação no I.C., o que você sabe, sempre me honra!
Obrigado mais uma vez!
Grande abraço a você e a Kathy!
Cristo os abençoe!
Pr. Luiz FErnando,
ResponderExcluirConcordo com o seu comentário, e o ponto em que tocou é-me o mais preocupante: vidas não transformadas, mas que procuram a igreja para aplacar uma consciência pecaminosa e que teima em continuar no pecado.
Mas vamos deixar aberto, como o irmão disse, o balanço de 2010. Muita coisa pode acontecer ainda, pela graça e misericórdia de Deus.
Grande abraço ao irmão e família!
Cristo os abençoe!
PS: Aquele novo encontro ficará mesmo para 2011. Nos falamos lá, se Deus quiser!
Com a permissão do irmão Jorge como o link não saiu aí vai:
ResponderExcluir"A IGREJA VAI MUITO BEM" o endereço da postagem é:
http://mensagemdopregador.blogspot.com/2010/05/igreja-vai-bem-obrigado.html
Acredito, sem ser ecumênico, que Deus converte sim pessoas em igrejas com doutrinas equivocadas. Gosto das palavras de um pregador (me esqueci quem é) que disse: apesar destas igrejas (mostrando os erros doutrinários), Deus tem misericórdia destas pessoas e converte algumas para a Sua glória. Seria uma espécie de início, em que a pessoa começa a descobrir o evangelho e ao lê-lo percebe que está em uma denominação com alguns pensamentos equivocados e muda de igreja. O Espírito Santo age onde quer e na hora que bem entende com Seus eleitos.
ResponderExcluirLembro-me de uma história que soube de um irmão que se converteu assistindo o desfile das escolas de samba na Marques de Sapucaí. Ele olhou tudo em sua volta e disse para ele mesmo: “felicidade é isso? Tem algo errado nisso tudo”.
A questão não é ser ecumênico (longe disto), mas não limitar a chamada de Deus aos Seus eleitos onde quer que estejam. O número de igrejas tem crescido mesmo, mas mesmo errando em alguns pontos (prosperidade, foco em cura, descarrego, 318, etc) há pessoas que estão sendo tocadas por Deus e revisando as Escrituras, fazendo diferença em suas denominações ou trocando de igrejas.
Obviamente, queremos uma uniformidade doutrinária cujo foco é Cristo (a igreja verdadeira), mas negar a ação de Deus nos eleitos em tais denominações acho um equívoco.
Um abraço e parabéns pelo texto, volta e meia também faço estes questionamentos.
Não tenho esse otimismo todo do Natan, nem sou tão pessimista quanto o Luiz.
ResponderExcluirAcho que as coisas tendem a continuar como estão, melhorando por um lado e piorando por outro.
Por um lado, por exemplo, vejo o avanço do neopentecostalismo, com seu humanismo sensacionalista e pragmático (como o Jorge disse: um antievangelho), e por outro, também vejo uma grande busca por um retorno ao Evangelho bíblico, à teologia séria e histórica e à simplicidade da fé.
O mesmo ocorre na política, na música, na literatura e na cultura de modo geral. O Evangelho vai ganhando espaço e, paradoxalmente, a pecaminosidade também.
É uma verdadeira montanha russa, cheia de altos e baixos, havendo baixas dos dois lados, as vezes ocorrendo sincretismo, outras vezes oposição ferrenha. É uma guerra de dois grandes impérios, uma batalha pelas mentes dos homens, a qual vai se desenvolvendo pela história até chegar ao clímax, quando o Senhor retornar e der fim a tudo.
A nós cabe realizar nosso trabalho com temor e tremor, sem nos preocuparmos demais com os resultados, pois esses estão nas mãos de Deus.
Graça e paz Jorge.
ResponderExcluirCreio que para o próximo ano teremos novidades, pois a cada ano algo novo acontece. Mas, sei também que o nosso Deus pode mudar muitos líderes que andam na contra mão da Bíblia e fazer com que caiam em si, um bom exemplo disso nós encontramos na vida do rei Manassés, de Nabucodonosor, na parábola do filho pródigo... Temos muitos exemplos bíblicos e o nosso Deus não mudou e nem vai mudar. Mas também sei que teremos muitas decepções, mas o que importa é pararmos de pensar de forma negativa e ver no horizonte o agir de Deus e Seu Nome sempre sendo glorificado, apesar de tudo isso.
Fique na Paz!!!
Pr. Silas
PS: Que o Senhor lhe proporcione um Feliz Ano de 2011.
Caro irmão Eric, satisfação enorme em encontrar eco da minha visão pessoal em suas palavras. Conheço alguns testemunhos semelhantes, estou lembrando de pelo menos dois de hoje pastores, no momento em que escrevo essas linhas. É mais ou menos assim ( resumidamente ): a tática e a ousadia dos pregadores dessas igrejas foi o inicio de tudo em um caso, meio em outro, mas que jamais aconteceria em determinadas igrejas mais tradicionais. a obra foi começada e completada em lugares diferentes, mas cada uma teve um papel preponderante. E segundo seus respectivos testemunhos, não se trata de teorização, arranjo testemunhal, mas história real e fato.
ResponderExcluirDeus o abençoe e a sua família.
Jorge,
ResponderExcluirCom relação as suas perguntas, eu acho que o “até que ponto?” está no ponto em que temos o Evangelho como regra de fé e conduta, sem estarmos com pensamentos humanitários (do tipo para agradar as pessoas). Quantos de nós limitamos o nosso parecer para não escandalizar as pessoas, sermos mais humanos e sociais (na família, no trabalho, em reuniões sociais...)?
Não estou falando em ser desumano, mas podemos ser humanos (misericordiosos) falando a verdade nua e crua. Penso que é isso que falta. No pensamento humanístico atual, relativiza-se tudo para não abalar as estruturas do povo, encher mais igrejas, não criar inimizades, etc. Porém devemos, com educação, abalar sim, destruir o foco no homem e mostrar convincentemente (auxiliados pelo Espírito Santo) o foco em Cristo, no arrepender-se, no crer e no seguir (discipulado). Parece que estas e algumas matérias ficam de lado em prol do hipotético “bem da coletividade”.
Um abraço meu irmão.
Helvécio,
ResponderExcluirO meu pensamento está no fato de Deus, se assim desejar, poder utilizar até mesmo as igrejas com doutrinas adversas. Porém, não enfatizo a importância de instituições como estas. Apenas penso que Deus pela Sua soberania também as utiliza para o Seu propósito. O bom seria não tê-las, mas se as temos, Deus também as utiliza (apesar das doutrinas adversas) para o Seu santo propósito.
Eu mesmo, quando da minha conversão, através de uma denominação que usa muito o “determinar” e alguns processos como lenço abençoado, anel da aliança, etc. Já faz uns cinco anos (não me lembro bem) que mudei de igreja, tendo em vista o fato de passar a ler a Escritura e não achar nada que corroborasse com tais práticas. Alguém pode perguntar, mas então a igreja (a antiga) não o ajudou? Não. Penso que se não houvesse ela, Deus me chamaria por outra igreja ou de outro modo. Ou seja, a obra, o chamamento é sempre de Deus. Concluindo, devemos ter apenas igrejas focadas em Cristo, porém nas outras também há o chamamento, há cristãos se convertendo pela misericórdia de Deus.
Que Deus continue te abençoando, meu irmão.
Vou aproveirtar esse espaço cedido pelo irmão Jorge mais ou menos idevidamente, mas creio ser para o bem de todos. Conheci uma distribuição Linux,desenvolvioda por crsitãos, e como trabalhei em testá-las para SME,e a uso entre outras, gostaria que a conhecessem e caso precisem dela possa usá-la sem incorrer na pirataria do Windows, e caso necessite em empresas e tragbalho estará devidamente legalizada e autorizada. Completa sem necessitar instalar mais nada.
ResponderExcluirCom sua licença irmão Jorge:
visite a minha página com o link devido:
http://mensagemdopregador.blogspot.com/2010/12/uma-biblia-digital-em-um-sistema.html
Jorge,
ResponderExcluirSão muitos questionamentos e poucas respostas...
Eu sou pessimista quanto ao evangelho que temos visto propagado por aí, razão pela qual não vinculo esse tal "crescimento" ao crescimento da Igreja - aquela, invisível. Sou otimista no sentido de saber que o "remanescente fiel" será alcançado, muitos não se dobrarão a Baal. A certeza é aquela de que "aqueles que foram dados a Cristo pelo Pai, jamais serão lançados fora". De alguma forma, até mesmo as "mulas" que andam por aí a propagar esse antievangelho triunfalista, oportunista e mentiroso, serão usadas providencialmente por Deus, uma vez que a Palavra é viva e eficaz, e a mensagem transcende ao mensageiro.
Mas que dá raiva, isso dá!
Grande abraço e que Deus nos abençoe.
Ricardo.
Caro Jorge
ResponderExcluirVou dar um exemplo para que você me entenda.
Eu nasci e fui criado numa igreja pentecostal, e só sai de lá aos 27 anos.
Tenho grandes amigos lá.
E conheço não centenas, mas milhares de pessoas verdadeiramente convertidas de lá.
E o interessante é que depois descobri que a doutrina de salvação estava errada, a doutrina do Espírito Santo estava errada, a doutrina escatológica estava errada... E muito mais coisas... Mas mesmo assim o Senhor vivificava pecadores, agora mesmo consigo lembrar de um colega de juventude que foi fantasticamente liberto das drogas e soube num jantar recente pela boca do seu colega inseparável na época (que ainda não se converteu) que faz 15 anos que ele não usa drogas e que se converteu na igreja da minha infância (ele, o outro, acha que foi uma auto-hipnose... ).
Sal insípido é aquele que não tem mais nenhuma qualidade para salgar de forma alguma.
Não dá para generalizar quando se fala de igrejas.
Marley é o cachorro (Do filme)... Risos...
A minha amada é a Marlei... Risos...
Com certeza o seu dogmatismo está falando alto e bipando descontroladamente, não dá MINIMAMENTE para comparar um prostíbulo com a igreja denominação onde nasci e fui criado.
Lá as pessoas são verdadeiramente vivificadas, mesmo que existam tantos problemas que eu poderia listar "ad eternum".
PS: Helvécio, obrigado pelas palavras. Você é especial e afetuoso sempre, apesar de pensarmos diferentes em tantos aspectos. Que Deus lhe abençoe grandemente em 2011.
Bem amados, eu não sei se conheço mais igrejas que todos juntos ( não os nomes, as práticas, as doutrinas, as pessoas, os pregadores, etc. ) Há um pastor ainda vivo que afirmava: o pior crente é melhor que o melhor incrédulo. Na minha opinião, Deus usa o que quiser e faz o que quiser e mostra quanta misericórdia Ele quizer. A bem da verdade a igreja mais "certinha" se Deus passasse um "pente fino" não sobraria nada de nada. Eu vejo tantas atitudes melhores nos piores e vice-versa..sabe o melhor teste ao nosso evangelho é pregá-lo nos piores lugares nas piores circuinstâncias. De fato somos privilegiados, Deus nos popou a todos nós disso, senão nãoestaríamos aqui. Continua...
ResponderExcluirA própósito...tem um pastor brasileiro trabalhando com uma igreja de eunucos. Vocês não imaginam o que é conviver, ver, imaginar o que sentem e sofrem, seres humanos que não são masi homans, nem mulheres, nem travecos, nem gays, nem nada. Ouvir suas vozes indenfinidas, seus corpos indefinidos, sua sexualidade indefinida, seu futuro indefinido. Eles estão sendo salvos por uma pregação, nem sei se é a mais correta., mas estão sendo salvos, suportados e amados...
ResponderExcluirContinuando...
ResponderExcluirNão escrevi essas últimas palavras com os olhos secos, nem poderia...
Lembram do Jimmy Swaggart, emquanto eram um abençãoviu mais desgraças na Àfrica que todos nós juntos...e o Valdomiro Santiago também. Tô falando demais me desculpem, mas ele não estaria vivo e nem conheceria a Deus e se um outro pastor lhe deixasse dormir nos bancos da igreja e o acolhesse. Não sou a favor do ôba-õba, ms sou incapaz de julgar plenamente...então é isso.
Há mais uma coisa, sempre nos remetemos à comprensão e não ao coração. Evidentemente uns entendem mais, outros menos, outros ainda não tem capacidade para entenderem nada. Penso que seja o que fazemos com o que temos e o que nos tornamos. Nesse ponto a medição é outra. Tive um chefe, um tenente aposentado e ex-delegado que me dizia: " um cavalo só se conhece depois que atravessa o córrego, não antes".
ResponderExcluirFeliz Ano Novo para você e sua esposa e todos os seus.
Natan, Helvécio e Eric,
ResponderExcluirnovamente, um comentário coletivo.
Eu não disse que Deus não usa do instrumento que melhor lhe aprouver para chamar os santos à regeneração. Ele pode usar tudo o que quiser, pois se uma mula falou a Balaão, e João disse que ele faria de pedras filhos de Abraão, não duvido em nada do seu poder de operar como quiser. O próprio Senhor disse que para Deus nada é impossível.
Mas essa não é a questão levantada, pois, o fato de Deus usar o instrumento que quiser, do jeito que quiser, não nos dá o direito de agir displicentemente, desleixadamente, e ser conivente com o erro, acomodando tudo o que se diz de Deus como participante da fé cristã.
Paulo alertou para alguns homens que pregavam a Cristo por porfia e inveja, por contenção, não puramente e, por certo anunciavam a Cristo, mas ainda assim eram merecedores de reprovação. O próprio fato de pregarem por inveja e porfia já denunciava suas condições diante de Deus, o que não o impedia de usá-los para cumprir seus santos propósitos.
Mas é assim que queremos ser conhecidos? É assim que queremos honrar a Deus? Ele é Senhor, sábio, perfeito e justo; e todos, sem exceção, são servos e instrumentos em suas mãos. Por outro lado, nós temos a obrigação de proclamar a verdade e rejeitar qualquer mentira, mesmo que a mentira seja usada pelo Todo-poderoso para levar pecadores à verdade.
Uma coisa é o agir de Deus, soberano, perfeito e santo; outra coisa é agirmos cinicamente, ou concordar com atitudes anticristãs, complacentemente.
Deus usará até o sal insípido para colocar sabor neste mundo, mas a nós é ordenado que sejamos o sal verdadeiro, não o genérico; que sejamos luz, não penumbra ou trevas.
Não questiono a salvação de ninguém, seja pentecostal, católico, anglicano, batista, presbiteriano, arminianos, calvinista, amyraldiano... nem mesmo daqueles que produziram heresias por não conhecerem adequadamente a Escritura, distorções periféricas e que não comprometem a essência do Evangelho [não estou a falar de unitaristas, por exemplo, pois esses, ao rejeitarem Jesus como Deus, já estão condenados, caso não se demovam do erro]. Porque sei que do Senhor vem a salvação.
Questiono o teor da mensagem que está sendo pregada, a vida dita cristã que não se reflete no temor a Deus, no amor a Deus, na moral e ética sociais, na restrição à impiedade, no amor ao próximo. O evangelho que não produz frutos para a glória do Senhor, não é Evangelho. E temos urgentemente de voltar a ele, de lutar por ele, de vivê-lo.
Bem, é o que o Evangelho me revela, portanto, é o que defendo.
Abraços, meus irmãos!
Tiago e pr. Silas,
ResponderExcluirconcordo com os comentários de vocês, que foram muito parecidos, na essência. Penso igualmente, acreditando que Deus agirá conforme a sua vontade, o que, contudo, não me dá o direito de cruzar os braços ou de fazer a obra do Senhor de qualquer jeito. Sei que não disseram isso, nem pensaram nisso, mas é para que fique claro a todos, mais uma vez, que uma coisa é o agir de Deus, como disse no comentário acima, outra coisa é a nossa obediência e o zelo para com as coisas do Senhor.
Grande abraço!
PS: Pastor Silas, desejo também ao irmão, à sua família e ao seu ministério um 2011 repleto das bênçãos de Deus.
Jorge, se entendi, estamos com o mesmo pensamento. Como falei acima não defendo a permanência das igrejas de doutrinas adversas, mas considero o agir de Deus nelas (pela misericórdia Dele) – achei que você teria desconsiderado o agir de Deus nelas. Obviamente devemos priorizar o zelo nas coisas de Deus, acabando com as heresias e consequentemente confrontando pelas Escrituras as denominações que as praticam.
ResponderExcluirUm abraço meu irmão.
Não acho que acabaram as idéias, mas foram ótimas todas as colocações, até aquii, que venham outras. E já que não tem nem pizza com garaná ( nem coca-cola) alguém puxe o Hino 296 do Cantor Cristão e estamos conversados.
ResponderExcluirUm abraço a todos. E mais: alegremos na salvação de cada um de nós, pois não vem de nós mas é dom de nosso Deus. Amém.
Ricardo,
ResponderExcluiro problema é que, como disse acima, o agir de Deus não pode ser desculpa para se fazer mal e porcamente, ou, simplesmente, não fazer a sua obra.
Deus não precisa de mim; e pode usar um poste para levar a sua mensagem a um perdido. Acontece que eu preciso do Senhor, quero agradá-lo e servi-lo, logo, não quero ser substituído por um poste na proclamação do Evangelho.
Isso tem de dar alegria, gozo e incutir responsabilidade em nossas vidas. A questão é que qualquer coisa tem servido, sem o crivo da Escritura; o zelo tem sido abandonado; e o homem quase se coloca na condição de "diretor" das coisas divinas, quando somos meros mordomos. E nos será cobrado o bom e o mau uso que fizemos da nossa vida neste mundo.
Não quero ser chato [o que é difícil], mas enquanto acharmos que o errado é o certo e o certo o errado, Deus se utilizará de cegos, ímpios, mulas e postes para demonstrar o seu poder, realizar a sua obra, e para revelar a nossa inutilidade. Isso deveria ser, para nós, uma vergonha! Nos fazer rasgar as roupas e jogar pó sobre nossas cabeças em sinal de arrependimento. E estou a falar de mim, principalmente.
Sabe, não me revoltam os ímpios, nem os falsos-profetas, nem os apóstatas, mas me revolta quando a igreja se considera auto-suficiente e prestadora de grandes serviços a Deus. E apelar para a vontade decretiva do Senhor, em nada nos absolve. Isso é o que me entristece, em mim e nos irmãos que têm conhecimento, entendimento, e se consideram auto-suficientes e servos dedicados.
Creio que passou da hora de pararmos de brincar como crianças mimadas, e agirmos como homens de Deus, de verdade, e pela verdade.
Com isso não estou acusando ninguém especificamente, nem lançando indiretas a um e outro, falo no geral, pois sei que há irmãos laborosos e dedicados; mas a igreja está deitada em um berço esplêndido, inerte, pouco atuante, dando espaço para, cada vez mais, a falsa igreja atuar e se esmerar em apagar todos os traços verdadeiros da fé bíblica.
E, como Pedro disse, já é tempo que o julgamento comece pela casa de Deus.
Grande abraço, meu irmão!
Cristo o abençoe e aos seus queridos!
Natan,
ResponderExcluirperdoe-me por trocar o nome da sua esposa; é o erro por indução que me levou a trocar o "i" de Marlei pelo "y" de Marley.
Quanto ao restante do seu comentário, acho que o respondi acima.
Abraços.
Jorge,
ResponderExcluirEu compreendo os seus argumentos, pois são também os meus. O fato de ser pessimista com tudo que acontece nesse evangelicalismo atual não me impede de pregar o Evangelho, de me colocar à disposição da minha igreja local, de jamais dizer não quando instado a fazer alguma coisa pela minha comunidade - a menos que seja absolutamente necessário.
Mas não me obrigue a dizer que sou otimista, ou que creio que de alguma maneira a minha voz será ouvida em meio a tamanho "alarido". Por tal motivo, tentarei fazer a diferença no meu pequeno grupo, falando do Evangelho Verdadeiro, sem falsas promessas de prosperidade, derrubando sofismas e mentiras. É a pequena contribuição que tenho a oferecer. E penso que, quando cada um de nós se dispõe a esse mínimo, pode ser que algo aconteça e possa ser incluído no rol da providência divina a fim de alcançar aquele remanescente eleito na eternidade.
Grande abraço.
Ricardo.
Eric,
ResponderExcluirestamos no mesmo entendimento, apenas focamos "lados" diferentes da mesma moeda.
Helvécio,
ao bom Deus, honra e glória; e agradecimento por nos ter salvo quando merecemos a condenação. Mas, como você disse, é um dom de Deus, e regozijemo-nos em sua graça, misericórdia, e por nos amar tanto.
Poste um vídeo no seu blog, cantando e tocando esse hino do C.C., pois não o conheço, assim, poderemos cantar juntos.
Ricardo,
Eu, forçá-lo a ser otimista?
O Evangelho nos traz esperança, certeza e convicção em relação a nós e o nosso futuro, este é o meu otimismo. Quanto ao mundo, não o tenho, mas isso não me impedirá de lutar para que melhore e reflita a justiça divina. E isso quer dizer lutar até o último segundo para a glória de Deus, pois já sabemos, de antemão, que a vitória está assegurada no nome precioso e bendito do Senhor Jesus Cristo.
E ele abençoará a vocês e seus familiares, abundantemente!
Abraços.
Tiago,
ResponderExcluirsabe da amizade que tenho consigo, e de como, por muitas maneiras, sou-lhe grato. E essa é uma grande alegria.
Sinto-me honrado de estar entre os que mais enviaram visitantes para o Internautas Cristãos [sinceramente, nunca achei isso possível]; e oro para mantermos nossa comunhão cada vez mais fortalecida em nosso Senhor Jesus Cristo.
Feliz 2011 para você e os seus queridos!
Grande abraço!
A todos os meus amigos virtuais, leitores e comentadores, desejo um ótimo 2011, cheio das abundantes bênçãos de Deus!
ResponderExcluirQue cada um de nós seja, no próximo ano, ainda mais aperfeiçoado na Palavra e no Espírito; e que a imagem do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo forme-se e seja mais visível até aquele dia glorioso em que seremos semelhantes a ele.
Grande abraço a todos, no Senhor!
Pegando emprestada a marca do Pr. Luiz Fernando e do Roberto Vargas,
Soli Deo Gloria!
Um abraço a todos e um Feliz Ano Novo com Deus!
ResponderExcluirComo diz Santo Agostinho:"Depois, quando em vossos livros encontrasse a serenidade e minhas feridas fossem tocadas por vossos dedos e fossem por eles curadas, discerniria perfeitamente a diferença que havia entre a presunção e a humildade, entre os que vêem para onde se deve ir e os que não vêem por onde se vai nem o caminho que conduz à pátria bem-aventurada. Esta será não somente objeto e contemplação, mas também lugar e morada".
ResponderExcluir(AGOSTINHO, Santo. Confissões, pág. 195)