01 novembro 2010

A liberdade que não se tem
















Por Jorge Fernandes Isah


     Não sei porque, cargas d'água, decidi fazer este pequeno texto sobre o determinismo. Espero ainda realizá-lo de forma ampla, explicativa, e que possa eliminar as dúvida dos que questionam essa doutrina. Este é apenas um resumo mal-acabado do que penso e, por isso, caso esqueça-me, reitero que o determinismo bíblico é plena e claramente verdadeiro, lógico e racional. E de que não tem nada a ver com o fatalismo filosófico ou de outras cosmovisões, como alguns insistem e não se cansam de afirmar, tal qual o operador de máquinas aperta porcas e parafusos sem ferramentas, porcas ou parafusos... atarrachando o vento.
     Antecipo, primeiramente, o meu conceito de determinismo, como sendo todas as coisas, materiais e espirituais, seja a natureza, atos, vontade, pensamentos, etc, subordinados ao eterno decreto de Deus. Em linhas gerais, toda a criação está sujeita à vontade decretiva e providente de Deus. De tal forma, que se uma folha cair, é porque Deus determinou que caísse. Se não, é porque Deus determinou que não caísse. De tal forma, que se escolher um sorvete de laranja ao invés de um sorvete de coco, é porque Deus determinou até mesmo essa escolha. Seja nos eventos complexos ou nos mais insignificantes, eles somente acontecem pela vontade divina.
     Sou o que se pode alcunhar de determinista absoluto ou radical; porque, por mais que leia a Escritura e raciocine sobre inúmeras questões levantadas em suas páginas, não vejo maneiras do homem se desvencilhar do controle divino; não há a menor hipótese do homem ser livre de Deus, ao ponto de fazer qualquer coisa sem que o Todo-Poderoso tivesse pensando e decidido previamente que aconteceria. Para muitos, posso ser taxado de simplista ou reducionista, mas o fato é que o controle absoluto de Deus sobre todas as coisas em nada retira de mim a responsabilidade por minhas decisões, as quais são minhas, realizadas pela minha vontade, de maneira que se não as quisesse, não aconteceriam. Porém [e há um grande porém], se Deus não as tivesse decretado, eu jamais as quereria e realizaria.
     No decreto eterno encontramos a descrição de todos os eventos acontecidos, que estão a acontecer, e que acontecerão na história, os quais não podem ser anulados, revogados ou transformados, pois, infalivelmente, Deus não somente os planejou mas também sustenta-os em todas as suas nuances, detalhes, essência e realização; e, inexoravelmente, cumprir-se-ão segundo a sua vontade; como estabeleceu na eternidade, antes da fundação do mundo.
     Logo, qualquer conceito de liberdade, livre-agência ou compatibilidade entre Deus e o homem é somente aparente, não existindo de fato.
     Como sugestão à reflexão, a história do Faraó e o endurecimento do seu coração por Deus é o exemplo mais emblemático do tipo de determinismo a que me refiro. Ainda mais emblemáticas são as mais de sessenta profecias sobre Cristo, apenas na crucificação. E elas estavam intimimamente ligadas às ações e pensamentos humanos. Todos infalivelmente decretados e pré-ordenados sem que nenhum dos personagens envolvidos pudessem fazer o que não fizeram, ou estivessem em condição de realizar algo à margem ou alheio ao que Deus determinara. Os acontecimentos estão intrisecamente ligados à vontade divina ao ponto em que, se apenas um deles não acontecesse conforme estabelecido eternamente, a vontade divina não se cumpriria, sequer existiria como vontade soberana, e uma cadeia de fatos surpreendentes trariam desordem e caos ao mundo, e teríamos fatos imprevisíveis, acontecendo incontroláveis, significando o que muitos sequer imaginam: a indeterminação das coisas e a quebra da ordem, culminando na não-soberania de Deus. Por isso, as profecias reveladas séculos antes se cumpriram: as suas vontades estavam em completa sujeição à vontade divina, indicando que partiram da mente onisciente de Deus, e se realizaram pelo seu onipotente poder de fazer tudo o que lhe apraz.
     Da mesma forma, pergunto: como ficam passagens em que Deus diz cegar o homem? Para que vendo não veja, ouvindo não ouça, e não se arrependa? Como explicar o que o Senhor disse a respeito de Betsaida e Corazim? De que "se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza" [Mt 11.21]? Ora, se em Tiro e Sidom Jesus realizasse os milagres que fizera em Corazim e Betsaida, aqueles se converteriam e, portanto, o que aconteceu é que não houve pregação naquelas regiões, Cristo não fez milagres por lá, e eles não puderam se converter, porque não estava determinado que houvesse conversões entre eles. Cristo não fez milagres mesmo sabendo que, caso vissem, se converteriam; ao passo que preferiu pregar e operar milagres em Betsaida e Corazim, sabendo que não se converteriam ainda que vissem e ouvissem. Isso não pode ser somente presciência, mas o poder de Deus de condenar tanto uma como outra cidade.
     O fato é que por onde Cristo não operou milagres capazes de levá-los à conversão, mesmo considerando que eles teriam olhos para ver, nada aconteceu porque esta foi a sua vontade; e nos locais onde operou milagres, cegou-lhes os olhos a fim de não verem, fechou-lhes os ouvidos a fim de não ouvirem, para que não se convertessem. Nenhum homem irá ao inferno sem que Deus queira. Isso é fato. E nenhum homem será salvo, livrando-se do inferno sem que Deus queira. Novamente, fato.
     Outro fato, inquestionável, é que somos livres, se assim faz-nos sentir melhor. Contudo, a nossa liberdade está acorrentada à vontade e aos desígnios divinos, aos santos, perfeitos e eternos desígnios divinos, que até mesmo são capazes de levar à crença em... algum tipo de liberdade, ou qualquer outra coisa que Deus queira que acreditemos... e que ele nos dá acreditar que temos.

49 comentários:

  1. Caro Jorge, meu irmão...
    Parabéns pelo blog está muito bonito, denotando ótimo gosto gráfico, a foto mais uma vez bela e o texto muito bem escrito expressando o seu pensamento.
    Visitei a postagem umas três vezes, me incomodou o fato de ninguém dizer nada ( ainda...), mas certamente muitos bons leitores ávidos para ler os seus bons textos e preguiçosos para falar alguma coisa ( rs...rs...rs..) ainda se manifestarão.Bem você sabe o que penso, mas não pare de escrever, você é um exemplo na blogsfera cristã, que em boa medida é uma tristeza, principalmente ética e construtiva.
    Queria dizer, que a despeito de sua posição, nunca li uma palavra em suas reflexões que não glorificasse a Deus ou diminuisse a fé de alguém nas Escrituras. Por isso, mais uma vez parabéns meu irmão. Deus o abençoe.

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  2. Oi, Helvécio!

    Obrigado por toda a sua gentileza.

    Realmente o objetivo é fazer com que as pessoas reflitam sobre as muitas interpretações à cerca da Revelação, buscando sempre a verdade.

    Sobre o seu pensamento, acompanho o seu blog e seus textos, e sei o que pensa. Nem por isso precisamos ficar jogando pedras um no outro [rsrs].

    No mais, o meu desejo é que Deus seja glorificado por nossas vidas, e possamos sincera e verdadeiramente defender a fé uma vez dada aos santos.

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  3. Olá Jorge, Deus determinou que o homem pecasse? Ou determinou permitir que o homem pecasse?

    Abraço, Marcos.

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  4. Oi, Marcos!

    Muito bom vê-lo por aqui, depois de tanto tempo. E a sua nova foto ficou bem melhor... aquela outra dava para ver apenas as amígdalas [rsrs].

    Bem, como não acredito no esquema de Agostinho, de que Adão podia e não podia pecar [o que traz à tona o falso ensino de que o homem possuía o livre-arbítrio], pois me parece claramente definido que ele não tinha como não pecar, tendo-se em vista o decreto eterno e o plano imutável de Deus para a redenção do homem [o que implica dizer que esse homem tinha efetivamente de cair], respondo que Deus determinou o pecado e a queda da humanidade, de tal forma que não haveria como não acontecer.

    Sua pergunta já contém, na verdade, a resposta, pois se Deus determinou ou permitiu [e permitir quer dizer, segundo o Priberan: 1. Autorizar, dar licença para, consentir em.
    2. Não proibir, não impedir, não obstar.
    3. Dar lugar, dar ocasião a.], o que estava proposto e o resultado não são possíveis de serem alterados. Logo, Deus não foi pego de surpresa em seu plano e teve de contra-atacar com outro plano, mas a desobediência, a queda, a morte, o mal, etc, fazem parte do projeto divino desde sempre.

    O termo "permitir" nada mais é do que um eufemismo, que visa suavizar a idéia de Deus como o criador do pecado e do mal; e a sua utilização tem o caráter de se evitar chegar a toda a verdade bíblica. Como está escrito: "Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas" [Is 45.7]; "E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição...?" [Rm 9.22].

    O problema é que muitas mentes tendem a se desviar ou desviar o foco dessas questões, como se fosse pecado ou uma ofensa ao Todo-Poderoso. Ao meu ver, pecado e ofensa é querer tirar dele o seu poder, autoridade, perfeição e santidade para criar todas as coisas, de tal forma que o seu eterno plano suceda-se conforme a sua vontade.

    Infelizmente, muitos tratam-nos como se não fosse o único Deus, como se houvesse outro deus, ou os eventos da criação pudessem acontecer alheios à sua vontade. Se isso fosse possível, definitivamente, estaríamos falando de outro deus, não do Deus bíblico.

    Forte e grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  5. O ponto mais alto do seu texto está nesta afirmação: "o controle absoluto de Deus sobre todas as coisas em nada retira de mim a responsabilidade por minhas decisões, as quais são minhas, realizadas pela minha vontade, de maneira que se não as quisesse, não aconteceriam. Porém [e há um grande porém], se Deus não as tivesse decretado, eu jamais as quereria e realizaria". Excelente! Fez uma quase perfeita (seria perfeita se convencesse o Helvécio...rs) compatibilização entre o determinismo bíblico (em minha opinião, inegável) e a realidade do Homem como livre agência. Parabéns.

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  6. Pr. Marcos,

    Puxa, eu sabia que esse trecho me traria problemas [rsrs]... ele quase transparece o compatibilismo que não tenho, e no qual vejo muitas dificuldades à fé bíblica. Ao ponto em que somos chamados[os calvinistas] de inconsistentes e incoerentes exatamente por ficar no meio do caminho entre a idéia de liberdade para se ter responsabilidade, quando a liberdade do homem existe apenas para cumprir o decreto eterno de Deus.

    Pensei que fossem apontar como problema o último parágrafo, que leva o meu pensamento ainda mais longe no determinismo [rsrs].

    Quanto ao Helvécio ou qualquer outro que se manifeste contrário ao que penso, não há problema, a crítica é sempre saudável, e mesmo quando tem o nítido caráter destrutivo, é-se possível colher alguma coisa de boa nela, ao menos em como não se fazer uma crítica [rsrs].

    Em relação ao Helvécio estou animado, pois vejo que está buscando a verdade em seus estudos [a profusão de postagens em seu blog provam isso]; e lembro-me de mim mesmo, quando confrontado por muitas questões bíblicas que pareciam contradizer a fé cristã. Ao estudar e meditar nelas, pude descobrir que muitas formulações da fé cristã eram má-formação e má-interpretação da Escritura. E de que a Escritura é uma unidade coesa e infalível, somente possível pela mente perfeita e santa de Deus. Essa obra de convencimento é do Espírito Santo, e acredito que se buscarmos o correto entendimento, ele nos dará a seu tempo. Pois há tempo para tudo debaixo do céu.

    Forte e grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

    PS: E a mudança para BH? Quando será?

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  7. Pr Marcos,

    Bom dia ( embora na web não se recomende usar esse tipo de cumprimento pelo momento em que a mensagem será efetivamente lida ) mas ou eu me engano ourtem mais um para expremer o querido irmão Jorge na parede ( rs..rs...rs...)? Bem não importa o que Agostinho disse para reforçar uma ou outra idéia, mas qualuer um pode ver pelas Escrituras a verdade sobre os fatos.

    Adão não foi criado para cair e pecar como também não foi criado para morrer mas para viver eternamente ( uma vida eterna diferente da de Deus, pois dependeria da Árvore da vida...

    continua...

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  8. Continuando ( ese é apenas um dos raciocínos pró Agostinho )

    Se Adão ( Eva , a raça humana ) não foi criado para morrer mas para viver eternamente, não foi criado para pecar. Concordo com o irmão Jorge que Deus não foi pêgo surpresa, pois já sabia de tudo oque aconteceria. Aliás , do ponto de vista de Deus é inadequado a colocação de que Deus "Vê" o futuro como um vidente em uma visão. Deus faz o futuro, mas antes de fazê-lo, Deus vê todos os movimentos possíveis e todas as ações, pois Ele mesmo as tornou possíveis.

    continuando...

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  9. Um homem toca piano. É ele um exímio pianista e o pinao é omaior e o melhor possível, o seu som é maravilhoso e a múisca executada é a mais perfeita e agradável de se ouvir. Tal fato só é possível pois a árvore que deu a madeira, o aço das cordas, o corpo do homem, o som no ar e o ar, e a invenção da música como sistema já existiram na mente de Deus. Mas o homem decidir tocá-la, ou o outro decidir compô-la, o outro decididr inventaer o piano, e o outro escolher a madeira da árvore para cortá-la, é a participação do homem.

    continua...

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  10. Continuando...

    A cosmovisão do irmão Jorge e de muitos outros irmãos tem oobjetivo de glorificar a Deus e reconhecer o seu efetivo Senhorio, mas apresenta muitos problemas internos em seu modelo forçando a não poucas contorções lógicas. A que coloquei rapidamente vai de encontro ao que as Escrituras demonstram e não se contradita. Adão poderia não pecar e pecou, a humandade caiu,o mal se instaurou em nossa história,mas o Deus soberano muda essa história, toda a história, e um dia o malnão existirá, nem a dor, nem a morte e parte dos seres humanos cumprirão o Seu desígno original, o desígno de Deus, como diz o Jorge reinteradas vezes, consonante ao que dizem as Escrituras: a vomtade doSenhor não pode ser frustrada.

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  11. Terminando...

    Tô falando mais que o gavião Bueno...se há algo lamentável, é que cavinistas e arminianos brigam pela mesma coisa. Deus é soberano para ambos, amoroso para ambos, Sua perfeita vontade se cumprirá finalmente segundo a comcepção de ambos, haverá salvos e perdidos para ambos ( e os salvos serão calvinistas e arminianos, os perdidos os que não creram em Cristo ). Nos perdemos, nos comfundimos em explicar as maravilhas de Deus, uns aos outros e aí sim a um prejuízo: aos de fora.

    Esse é o nosso problema. Deus abençoe a cada um dos irmãos e irmãs ( tem uma leitora assídua no blog do Jorge ). Um abraço irmãos!

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  12. Jorge,

    O texto está claro e absolutamente bíblico. Sem dúvida a liberdade não é necessária para que se tenha responsabilidade e você foi bastante convincente nas suas explicações.

    Contudo, é compreensível a dificuldade que têm alguns para compreender essa questão, realmente espinhosa.

    Outrossim, justificar que "Deus olhou previamente as suas criaturas para ver quem creria é colocá-LO na dependência delas. E Deus é o Criador, não depende de ninguém; é o Referencial máximo. A Criatura não auxilia no processo salvífico(Romanos 3.10-12), que é obra inteiramente de Deus (Romanos 8.29-30 e 9.11-23; efésios 2.8-9; Filipenses 2.13)). Por essa razão, em soteriologia, nós, reformados, afastamos toda e qualquer possibilidade de sinergismo, por considerarmos uma idéia anti-bíblica.

    Abraços!

    Ricardo.

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  13. Helvécio,

    na verdade, calvinistas e arminianos e outros "istas" e "anos" não brigam pela mesma coisa. Se assim fosse, todos seríamos estúpidos de carteirinha [rsrs].

    O que acontece é que há diferenças, e em muitos casos, sérias diferenças entre as diversas opiniões e doutrinas e a Escritura. Cada um, a seu jeito, defende o que considera mais "próximo" da Bíblia, porém, nessa luta, fica parecendo que a verdade é de todos e não é de ninguém.

    Como já lhe disse, se parto da premissa de que Deus é soberano e o homem é livre [tanto faz se no sistema arminiano ou compatibilista], minhas conclusões chegarão inevitavelmente a um ponto.

    Se parto da premissa de que Deus é soberano e assim o homem não pode ser livre, minhas conclusões chegarão inevitavelmente a outro ponto, diferente daquele primeiro.

    Portanto, é impossível se brigar pela mesma coisa considerando-a diferente, pois o simples fato de serem diferentes já indicam que não são a mesma coisa.

    O debate pode ser irrelevante para a salvação, visto Deus operar no homem como e quando quer, sem que ele possa fazer absolutamente nada contra; mas isso significa muito quanto ao conhecimento real e verdadeiro de Deus, e, por conseguinte, da sua vontade. E em alguns casos, mesmo que inconscientemente, resultará numa tentativa [ainda que frustrada] de retirar parte da glória de Deus. O que convenhamos, não é papel que o crente pode assumir.

    Por isso não considero qualquer manifestação em "nome de Jesus" como proveniente do Espírito Santo e como parte da fé bíblica. Há muita usurpação do nome do Senhor que é praticada indevidamente como se fosse por ele. Mas como o meu objetivo não é expor os erros [ainda que o faça], mas revelá-los pela proclamação da verdade, apenas quero ressaltar que nem tudo o que é praticado como se fosse em nome de Deus, o é.

    Mas o diálogo saudável e educado pode significar uma chance para que a verdade seja revelada, sem melindres e ataques desnecessários.

    Grande abraço!

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  14. Ricardo,

    como pensamos igual, ao menos a maior parte do tempo e na maioria dos temas, posso apenas dizer um amém! ao seu comentário.

    A Bíblia realmente não fala de duas coisas distintas, como se fossem verdades. Então, estamos diante de um dilema: Deus é soberano ou o homem é livre?

    Pela profusão de afirmativas e autoafirmativas do próprio Deus, fico com a primeira e descarto a segunda.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  15. Querido Jorge e irmãos,

    concordamos num ponto, como disse e sempre reafirmo: o debate ao qual eu e você nos referimos é irrelevatne para a salvação e também que a dificuldade fica para a mensagem pregada os de fora da fé. É exatamente essa diferença. Um de nós está pragmaticamente errado e passamos a pregar ( não a pessoa que é Jesus o Salvador )mas de modo diferente às pessoas.

    Concordo que muita coisa dita em nome de Deus é feita por usurpação, mas Paulo mesmo disse que não importa como o evangelho seja pregado, contanto que seja pregado.

    Não é um ressentimento, por favor não entendam cono tal, mas não tenho nenhuma dificuldade em entender a posição de vocês, antes o contrário, só que há lacunas a serem preenchidas, lacunas essas que ainda não se esforçaram em preenchê-las, porque em parte da exposição, repetem alguns bordões e não os exclarecem. Aguardo o texto que acho, o irmão Jorge ou o Mizael, um dos dois ou dos dois está preparando sobre a origem do mal. É parte dessa lacuna.

    Sem males entendidos um abraço a todos masi uma vez.

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  16. Sobre as ofensas a que o irmão Jorge referiu há uma explicação: quando decididamente me refiro a certos tipos de minsitros e posturas de igrejas sou forçadamente e genéricamente usar a contragosto ou insinuar algo a calvinistas. Claro que isso não se aplica a pessoas que conheço e dialogo. O contrário não é taçao verdade pois não aceito que me encaixe por exclusão como arminiano, coisa que já deixei claro em minhs postagens.

    Desculpem-me estou falando demais de novo.

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  17. Bem então qual a utilidade ou serventia de nosso diálogo? Todos nós concordamos que falta algo ou algo está errado não no que se refere a nossa salvação ou crença nas Escrituras, algo patente em muitas igrejas nos EUA e na Europa. Para vocês o problema é doutrinário, para mim é de praxis. Bem estamos nos debruçando sobre esse dilema, cada um a nosso modo. Bem como que somos um grupo de insatisfeitos, não conosco ou com nossa realçao com Deus, mas com o que acontece ao nosso redor, com olhares e interferências diferentes.

    Viu? Não precisa ficar bravo comigo...

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  18. Mais uma coisa...

    Deus é soberano ou o homem é livre parecfce ser o cerne de todo o problema. Olhemos o universo e a mal denominada "natureza" ( prefiro tudooque há sobre a terra, seja matéria inanimada ou seres vivos, do maior ao menor )...é claro que Ele é soberano.

    Um homem ontem no RJ atraiu e matou uma menina de 9 anos. Poderia não matá-la, poderia ignorá-la, etc. Não foi Deus que a matou!! Há uma diferença entre permitir e determinar, é esse o problema que nãose resolve pela teologia mas se exclarece pelas Escrituras. Eu posso eplicar esse fato e outros dez, vocês podem, digo nãoa mim, á igreja? É isso.Oque vocês diriam aos pais da menina aopregaraem para ela, e aos demais não crentes?

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  19. Meus caros,

    O esquema agostiniano, embora não sendo aceito pelo Jorge, pode ser uma resposta para o Helvécio.

    Pensemos que Deus é a causa primeira de tudo, ou seja, nada ocorre sem que Ele determine ou "permita" - e permitir, para nós calvinistas é o mesmo que determinar. Eis aí o que os arminianos e assemelhados não conseguem entender. Ora, se Deus poderia ter evitado, sendo o governador do universo e mesmo assim não o fez, sob a ótica humana é como se tivesse a culpa (culpa por omissão).

    No entanto, voltando a Agostinho, eu já concordo que Deus, embora sendo Soberano, embora determinando tudo, não é o autor do mal moral, diretamente. Deus é, em contrapartida, o bem puro. Assim, todo o bem provém de Deus, diretamente dele. Porém Deus criou o homem, ser imperfeito, caído, pecador. Mas Deus ou determinou, ou "permitiu" a queda do homem e isto é fato. O mal, nesse diapasão, parte da vontade caída do homem, necessita da ação humana para existir, ou da ação de demônios. Exemplo disso são as várias vezes descritas na Bíblia em que Deus nomeia um espírito mau para uma ação má (Saul, Acabe, Davi).

    Sem nos esquecermos que Deus é, porém, a causa primeira de tudo, seja ao determinar ou ao permitir.

    Ricardo.

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  20. Helvécio,

    vamos lá!

    1)Evangelizar é proclamar o Evangelho de Cristo, não somente uma parte, mas por completo. O que acontece é que muitas igrejas estão preocupadas apenas em atrair as pessoas e mantê-las em seus quadros a qualquer custo, sem que o Evangelho seja ensinado, e essas pessoas instruídas na verdade.

    2)Paulo se referiu a homens que proclamavam o Evangelho [ele não disse que eles pregavam outro evangelho ou um evangelho fragmentado], mas o faziam com intenções escusas, por inveja ou porfia, como uma forma de oposição ao ministério de Paulo. É bem diferente do que se ouve e lê por aí, que nada tem a ver com as "Boas Novas". Então, não dá para comparar o que Paulo disse com o que andam dizendo hoje.

    3)Falei de melindres e ataques desnecessários, não de ofensas. E nem mesmo fiz referência a algo que tenha acontecido, mas a algo que se deve evitar, e, graças a Deus, temos evitado aqui. É possível dialogar e discutir em um clima cordial em que todos possam meditar e acrescentar conhecimento.

    4)Não fiquei bravo com você... ultimamente está quase impossível me deixar bravo; eu mesmo estou me desconhecendo [rsrs]. Pelo contrário, disse que toda crítica é bem vinda, mesmo as destrutivas, o que não é o nosso caso, felizmente.

    5)Como já lhe disse, confunde-se liberdade com vontade. O homem que cometeu o crime bárbaro que você citou é livre e teve a vontade de fazê-lo, e o fez, logo, é o único culpado pelo seu crime, e deve ser exemplarmente punido por cometê-lo. Mas isso não quer dizer que ele seja livre de Deus, é outra coisa. Em sua sabedoria, perfeição e santidade, Deus pré-ordenou todas as coisas, inclusive, crimes como esse. Mas quem o executou foi o criminoso, não Deus. Questionar a Deus em nada mudará essa situação, pelo contrário, trará sobre o inquirente a ira do Senhor.
    Para a família, assim como para qualquer incrédulo, eu diria que Cristo veio resgatá-los do mal e do pecado, livrando-os não apenas da condenação mas da separação eterna de Deus, e de que, na eternidade, o Senhor se encarregará de enxugar todas as suas lágrimas, e de que não haverá dor nem sofrimento. Por isso, devem confiar suas vidas a ele, servindo-o mesmo quando tragédias acontecem, mesmo quando não entendem, porque a esperança não traz confusão.

    Abraços.

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  21. Ricardo,

    muito bom comentário.

    O esquema de Agostinho a que me referi não é esse, com o qual concordo. Deus é bom e o próprio bem. Referi-me ao fato dele considerar que Adão podia pecar e não pecar, quando não vejo a menor chance dele não pecar. Talvez Agostinho estivesse colocando a questão toda de maneira hipotética, até mesmo como uma improbabilidade "provável", mas o fato é que Adão não poderia não pecar. Segundo o plano imutável e eterno de Deus.

    Em suma, nossas conclusões são praticamente as mesmas, ainda que por vias diferentes, porque partimos do mesmo princípio: a Escritura.

    O fato é que, se alguma coisa pode surgir ou vir à existência sem que Deus queira, a criação está à deriva, sem um capitão, mas com um timoneiro louco e cego a guiar o "navio".

    Deus, quer se aceite ou não, é o criador, gerenciador e organizador de toda a criação. E isso inclui o mal, o pecado, as tragédias, e tudo o mais que nos faz torcer o nariz. Ou apelamos para o mal autocriado, o pecado autocriado e as tragédias autocriadas? Se assim, se Deus não tem nada a ver com isso, elas se colocam no mesmo patamar que Deus. Em pé de igualdade com ele. E isso vale para o diabo e seus anjos, e os homens também.

    A pergunta é: quem é Deus, afinal? Ou quantos "deuses" há?

    Para mim, há um só Deus.

    Abraços.

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  22. Gostei irmãos das argumentações,

    Vamos lá: não considero nem por simples hipótese Deus culpado, isso é supor uma idéia ilógica, ao que sei arminiano algum pensa assim, nem eu um "assemelhado". Não sei de onde tirou essa afirmação.

    Essa é a primeira observação.

    A segunda é que permitir e ordenar na Bíblia não são a mesma coisa, pode ser modernamente, mas nos textos originais definitivamente não. Isso é torcer os textos originais. Em Ge 31:28 temos um dos melhrores exemplos desse sentido e com o acréscimo de "abandonar". Portanto o que Deus deixa acontecer, prestem bem atenção, ele abandona ao próprio destino. Isso não aparece em português. O sentido é esclarecido ainda mais quando tem o sentido de não "cultivar" e ainda mais "largar a própria sorte". A afirmação do irmão usando simplesmente dicionários com significado em português é imprópria e insuficiente. E isso não é simplesmente uma opinião minha. Podem conferir.

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  23. Concordo com o irmão Ricardo que o só existe com a ação, ou a partir de, dos demônios e do homem, assim como Agostinho argumentava e desse modo Deus realmente "permitiu" o mal e permite hoje até o dia que não permitirá mais, como prova de Sua plena Soberania.

    continua...

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  24. Quanto a evangelizar e o fato do mesmo evangelho ser pregado pelo concorrentes de Paulo, pode ser conforme o irmão Jorge argumentou.Contudo não se deve confundir ensinar toda a doutrina com a mensagem do evangelho que é bem mais simples e por causa dessa mesma simplicidade e por questão de uma perfeita justiça divina, acessível a todos.

    O Evangelho começa com um apontamento para a pessoa de Jesus Cristo e não para nada mais, ainda que legítimo, antes da apresentação de sua pessoa. O problema é que vamos além, legitima ou inlegitimamente aí vem as diferenças e as coisas se complicam. Eu sou do tempo em que se falava de Jesus e a pessoa sozinha encontrava uma igreja e tinha as sua experiência pessoal com Deus. Hoje a pessoa só pode vir para a minha igreja, para minha doutrina. Se puder a impedimos de ir para a outra igreja. Isso é uma inversão.Deus pode guiar a pessoa no deserto não poderia guiá-la na sua vida cristã?

    continua...

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  25. Finalmente o que você diria a família e a todas as pessoas acho correto com um reparo apenas: vontade não é nem por aproximação igual a liberdade. Se liberdade para você é um estado sem nenhuma influência externa eu concordo que o homem não seja livre. O homem deveria se submeter ( e deve hoje ) ao Senhorio de Deus e acabou se prendendo a influência satânica e demoníaca. Então nesse sentido o homem não é livre, somando-se a isso uma tendência interna ao pecado.

    continua...

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  26. Quanto a vontade já outra situação e daí vem a responsabilidade. A vontade embora influenciada é livre. A Caim Deus disse: "se fizeres certo serás aceito".

    Jesus era livre na Sua vontade e poderia pecar, senão a toda a sua tentação teria sido um embuste. Jesus não poderia pecar segundo a Sua NATUREZA. O homem pode pecar a qualquer hora, até no céus se não for mudada a NATUREZA do homem, por isso tem de nascer de novo senão não pode ver o Reino de Deus. De uma forma ou de outra a VONTADE do homem é livre, daí ser responsável e imputável por tudo que diga e faça, pois pode legitimamente não fazê-lo. Isso pode ser descrito ou combatido por alguma teologia particular, mas na minha opinião é o que a Bíblia dá a entender, revela em todas as suas páginas, registros e textos.

    Um abraço a todos e obrigado pela atenção.

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  27. Faltou dizer até repetidamente, por uma questão de justiça. A forma como você Jorge, caro irmão , dá o "start" as conversas é de uma contribuição ímpar e uma aula de como um debate e um abordagem que visa o esclarecimento deva e possa ser conduzido.

    Sugiro, é de fato possível, fazer um dia um debate, baseado em reviews de postagens anteriores sob a forma de podcasts ou web tv. NO meu blog tem dois canais que você Jorge pode usar para tal, criando o seu próprio canal e disponibilizando-o em seu blog. Os irmãos podem enviar em vídeo a sua fala, você edita, há várias maneiras, umas mais fáceis e outras mais difíceis junta posta no canal e põe para todos nós vermos no seu blog. Você tem talento, brilho para fazê-lo, e conseguirá faz~e-lo bem. Não é puxassaquismo pois você é imune a isso ( mais uma de suas virtudes ).

    Um abraço mais uma vez.

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  28. Helvécio,

    estou virando-me de rir, por causa do "assemelhado"... será que você assumiu finalmente um rótulo, seja lá o que isso quer dizer? [rsrs]

    Falando sério:

    1) Quando você diz: "Quanto a vontade já outra situação e daí vem a responsabilidade"; está certo, e falta apenas concluir que essa responsabilidade está diretamente ligada à autoridade divina, de fazer o homem responsável quando infringe a Lei, seja livre ou não para cumprir ou descumpri-la. Mas o ato de não cumpri-la o torna culpado e responsável pelo seu não cumprimento.

    2)Agora, quando você diz: "A vontade embora influenciada é livre"; gostaria que você explicasse melhor o que disse, pois como algo influenciável pode ser livre?

    3)Acho que alguns princípios bíblicos estão mais claros, você os está entendendo melhor, ou explicando-os melhor [caso cresse neles]. Faltam ainda alguns elementos para darem "liga" ao seu pensamento como um todo, mas é assim que se monta um "quebra-cabeças", peça por peça, ajustando-as para se ter, no final, o todo.

    Com isso não quero dizer que saberemos tudo, mas como creio que é possível se conhecer toda a Escritura, se essa for a vontade de Deus, a conheceremos. Então, continuemos orando e lendo a Palavra, e dialogando. Todos temos a ganhar com isso. Porque como está escrito: aquele que não tem sabedoria "peça-a a Deus,que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada" [Tg 1.5]... porque nos gerou pela palavra da verdade [Tg 1.18].

    Abraços.

    Cristo o abençoe!

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  29. A vontaqde embora influenciada seja livre,

    Essa é fácil.

    Jesus após 40 dias de jejum teve fome: vontade de comer. Aí veio o diabo e disse ( sabendo da vontrade do Senhor de comer ), manda que essas pedras se transforme em pães.

    Jesus tinha a vontade, fome. A possibilidade ( potência, poder de fazê-lo ). A Sua vontade foi inflenciável pelas circunstâncias ( o jejeum, a sujestão Satânica, embora malévola, pertinente ), mas não o fêz.

    O homem têm um anatureza que o tendencia ao pecado, eventualmente, o mal e as circunstâncias o empurram para uma única atitude o: o pecado. Mas h'asempre a possibildade de não pecar naquele momento.Peca e a alma que pecar essa morrerá, responsabilidade individual.

    Um abraço.

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  30. Mais uma coisa...

    Alguns coisas são atributos divinos ligados a Sua natureza única: bondade, justiça, etc. O deus bíblico só tem uma limitação, Si mesmo. ALá é imprevisível, pode ir muito bem contra o que decidiu e cntgra sua natureza, ou seja não é confiável nesse sentido. A Responsabilidade humana nãoé pela autridade de Deus, isso é um grave erro de compreensão.

    Deus é justo, pois Sua justiça pode ser universalmente reconhecida. Todo joelho se dobrará não defido a Sua autoridade mas devido ao reconhecimento que Ele sempre esteve certo, sempre foi justo e todos os seus atos foram perfeitamente corretos sob qualuer aspecto. Essa é a diferença.

    Um abraço mais uma vez.

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  31. Helvécio,

    seguindo o seu raciocínio, quando todos os joelhos se dobrarem diante de Cristo, inclusive do diabo, demônios e ímpios [todos aqueles que rejeitaram o Senhor], eles o farão por considerarem que estavam errados, e, afinal, Cristo é justo, santo e perfeito? Ou o farão porque Cristo virá como o Senhor, com todo o poder e glória, e ninguém poderá ficar de pé diante dele?

    João, quando diante de Cristo em glória, caiu de joelhos e curvou-se, não porque reconhecia a justiça e santidade de Cristo [no que ele reconhecia, como servo que era], mas por temor. Vejamos: "E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas" [Ap 1.17].

    Note o termo que João usa para referir-se a si mesmo quando viu o Senhor: como um morto. E Cristo, ao colocar a mão sobre ele, disse: Não temas.

    O que jogou João ao chão foi temor diante da glória e majestade de Cristo, ou seja, a sua autoridade, e será essa autoridade e poder que fará até mesmo o diabo se curvar e reconhecer que Jesus é o Senhor. Não será a compreensão tardia de que estava errado, e de que Deus era justo.

    Abraços.

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  32. Na sua argumentação estão as respostas a pergunta que você me fez.

    O Senhor Jesus disse a João " não temas", o temor foi mêdo mesmo de ver algo incomum para não dizer inigualável e único, grandioso e de exprendor. Todo joelho se dobrará é mais figurativo do que uma imagem de um momento. Alguém, pode ajoelhar-se e internamente não reconhecer a autoridade de alguém, mas apenas para se safar. A situação descrita no apocalípese é a do reconhecimento final de todas as criaturas vivas e inteligentes.

    Estranha-me um pouco a su afirmação meu irmão, qu eo reconhecimento tardio não é o que fará todo joelho se dobra diante do Senhor. O rico da parábola do Lázaro é a prova disso, reconhecimento tardio e real.

    Mudando um pouco o assunto: você tem ou conhece algum bom dicionário de grego para estudos no Novo Testamento? Tenho encontrado muita gramática grega, etc. Tenho a té um diconário de grego em pdf mas não é no formato mais ideal para estudo.

    Se souber me fale. Um abraço querido.

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  33. Tenho o dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, em dois volumes, da Editora Vida Nova. Acho bom, e me auxilia quando necessito. É bem exaustivo, ao menos para um leigo como eu.

    Dizem que o Vine da CPAD é bom também; já ouvi alguns elogios quanto a ele, porém, não conheço.

    Há dicionários também publicados pela E. Cultura Cristã, Loyola e Paulus. Mas os conheço apenas de ouvir.

    Quem puder ajudá-lo, manifeste-se, por favor.

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  34. Obrigado,

    Vou dar mais ume pesquisada. O do Velho Testamento é assim diferente também, mas depois que se acostuma, basta ter um monte de papeizinhos e ir colocando entre as páginas para se pesquisar todos os sentidos e textos de relativos a uma expresão ou palavra. O do novo, que temos você já tem que conhecer a palavra no grego e pior grafada em grego. Aí é grego mesmo dos dois lados (rs...rs...rs...)

    Um abraço.

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  35. Isah,
    muito bom o texto.

    Acredito que o Senhor tem um plano com infinitas possibilidades.

    Veja o caso de Ezequias:

    Naqueles dias Ezequias adoeceu e esteve à morte. E veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.
    Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor,
    e disse: Lembra-te agora, ó Senhor, peço-te, de que modo tenho andado diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e tenho feito o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias amargamente.
    Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo:
    Vai e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos.

    Abraços

    Gostaria de saber sua definição de mal moral e mal natural.

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  36. Oi, Paulo!

    Bom vê-lo por aqui novamente.

    Obrigado por seu comentário e o exemplo bíblico usado. Realmente Deus tem infinitas possibilidades, ao nosso ver, mas ao ver dele, tudo caminha para um só objetivo e resultado, não havendo portanto todas essas possibilidades. Mas é interessante pensar nisso, muito interessante, diria.

    Quanto à definição do mal moral, é algo complexo para o espaço do comentário, mas vou tentar dar a minha definição:

    Mal moral pode ser a ausência do bem, como dizia Agostinho. Na verdade, do ponto de vista metafísico, o mal não existe em si mesmo, mas como a ausência do bem. Eu não me convenço muito disso, pois acho a idéia muito criativa e interessante de se pensar, mas acredito que o mal é muito mais do que a ausência de algo, como se o não existir algo fosse suficiente para que ele existisse por si só. Mas de certa forma ele sempre será a ausência do bem, como algo onde não há o bem.

    Acontece que ainda assim ele não pode existir ou subsistir por si mesmo, ou a partir do não-ser o bem; o mal é efetivo, ativo e concreto.

    Desta forma, acho que você quer saber como surgiu o mal, na minha concepção. A maioria dos cristãos diz que ele se iniciou com a queda do homem no Éden. Alguns remontam à queda de satanás e seus anjos do céu. Mas, deixo a pergunta: como foi-lhes possível conhecer algo que não existia? Como foi-lhes possível escolher algo que não conheciam [se há o livre-arbítrio antes da queda]? É possível fazer uma escolha entre algo que se tem e algo que não se tem? Entre o que existe [o bem] e o que não se existe [o mal]?

    O caso do diabo é mais intrigante ainda, pois ele vivia diante de Deus, no reino perfeito, sem contato algum com o mal, pois o mal não existia. Então, como foi-se formando nele a imoralidade? E como chegou ao ponto de ser completamente imoral? E mal?

    Penso que excluir Deus e o seu decreto disso é um erro. Muitos entendem e estendem o decreto como determinando todas as coisas, menos o mal, que pode ser expontâneo, autocriado, ou saído da mente "autônoma" do homem ou do diabo. E esse seria o único ponto em que Deus não se "envolveria" ou tivesse participação.

    Para mim, Deus criou o mal, de outra forma, quem o criaria?

    Abraços.

    Cristo o abençoe!

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  37. Olá irmão Jorge e irmão Paulo, gostei do assunto...

    Colocarei resumidamente a minha concepção. O mal não é apenas ausência de bem, concordo com o Jorge, é ativo, efetivo e concreto.
    Penso também que Deus tem não só várias possibilidades, mas todas as possibilidades diante de Si.Desse modo escolhe, muda, um , algumas delas de acordo com a Sua Soberana vontade, mas aí é outro assunto.

    A Bíblia diz que o homem, após provar do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal ( e não só do mal )se tornou , segundo palavras do Senhor "como um de nós".

    Deus conhece o mal, os anjos conhecem o mal ( se por extensão, Deus estiver falando de todas as criaturas celestiais ). Satanás, o antigo querubim portanto conhecia o mal e a Bíblia diz que foi achado nele ( Lúcifer ) iniquidade, que é diferente do mal em si como definição. Agora é só olhar as palavras no texto bíblico original.

    Um abraço a todos, por enquanto é isso aí.

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  38. Jorge,

    Maravilhoso texto nobre Amigo. Irrefutavelmente bíblico!

    Eis outro exemplo:

    "Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças;" [Isaías 45.5]

    Quais eram as possibilidades de Ciro, por meio de uma suposta volição que ao seu logro unilateralmente lhe competiria, mudar o que a seu respeito já estava determinado por Deus, isso uns 200 anos antes de sua própria existência (Ciro)?

    Se o tempo para Deus é um Eterno agora, tudo já está determinado, e não há nada que se possa dizer ao contrário disso, quando somos compelidos a submeter-nos a Escritura Sagrada.

    Quando alguém vai contra esse determinismo plenamente esposado na Escritura, o tal contradizente tende a divagar sobre comparações e premissas construídas pela lógica, racionalmente articulada por pensamentos que alienam a Deus de sua Soberania. Vamo-nos a Escritura e vejamos qual afirmação passará pelo fogo absoluto das Escrituras.

    Jorge, mais uma vez, parabéns pelo texto. O mundo distancia Deus de sua obra, e em face disso, Deus está a despertar-nos para fazermos notório o seu nome sobre as nações. Ele é Deus, e o homem que o indaga sobre o que Ele faz é um verme, néscio, caco!!

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  39. Oi, Mizael!

    Estou aguardando um pedaço do bolo... o sedex está demorando [rsrs]

    Enviei-lhe uma mensagem no seu blog, mas gostaria de parabenizá-lo novamente por seu casamento com a Vanessa. Cristo os abençoe imensamente, dando-lhes a paz que excede todo o entendimento, usando-os para honra e glória do nosso Senhor e Salvador.

    Quanto ao seu comentário, não tenho nada a acrescentar. Concordo integralmente com ele. E creio que não devemos temer falar a verdade, devemos ter cuidado e ser prudentes para não escandalizar o irmão mais fraco na fé, mas sem abrir mão daquilo que a Escritura nos revela integralmente, pois ela é todo o Evangelho de Cristo.

    Mais uma vez, grande e forte abraço a você, meu amigo, e à sua esposa.

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  40. Mizael Reis, grande irmão,

    Felicidades oara ambos, você e sua esposa, pois sim, o matrimônio, é algo determinado por Deus, a seu tempo o homem deixa a sua família e se une a sua mulher. Atualmente o diabo tem , aparentemente, mais do que nunca atacado o matrimônio, mas não só em si, mas antes dele, e isso tem atingido não poucas pessoas no mundo de modo até oatético. O Senhro nosso Deus os guarde e os abençoe em tudorelacionado a vossa felicidade conjugal;

    Um abraço.

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  41. Jorge e Helvécio,

    Agradeço à vocês pelas felicitações e pelas orações pelo nosso matrimonio. Que nossa união seja regida por Deus, para sua Glória.

    Jorge, vou ficar lhe devendo esse bolo. Os convidados estavam tão famintos, como leões a estralhaçar um pernil de javali. [rsrs]

    Muito obrigado meus irmãos.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  42. Caro irmão Jorge,

    Dentro do assunto e um exclarecimento:

    Sei que é determinista ( teologicamente falando -determinista teológico ), pediria que que exclarecesse ainda que resumidamente, qual a definição de determinismo que reiteradametne você cita em seus artigos ( com exemplos práticos ) para definição e separaçãode seu conceito particular. /

    Um abraço.

    Um abraço.

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  43. Helvécio,

    está tão na cara assim? [rsrs]

    A minha definição foi dada aqui: "Antecipo, primeiramente, o meu conceito de determinismo, como sendo todas as coisas, materiais e espirituais, seja a natureza, atos, vontade, pensamentos, etc, subordinados ao eterno decreto de Deus. Em linhas gerais, toda a criação está sujeita à vontade decretiva e providente de Deus. De tal forma, que se uma folha cair, é porque Deus determinou que caísse. Se não, é porque Deus determinou que não caísse. De tal forma, que se escolher um sorvete de laranja ao invés de um sorvete de coco, é porque Deus determinou até mesmo essa escolha. Seja nos eventos complexos ou nos mais insignificantes, eles somente acontecem pela vontade divina".

    Mas pretendo, em outro texto, definir e detalhar melhor o determinismo bíblico.

    Abraços.

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  44. Obrigado...na cara não...você mesmo colocou no seu perfil "determinsta bíblico". Eu estou pensando em colocar no meu "assemelhado"; Na verdade não ficaria vago ou alguém iria achar de uma máxima importância,daí teríamnos os "assemelhados de Cristo" pronto aí danaria tudo ( rs...rs...rs..rs...)

    Um abraço.

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  45. Gostaria de algumas indicações de livros que tratam da soberania de Deus numa ótica reformada e bíblica.Agradeço desde já irmão Jorge...

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  46. Gostaria de indicações de livros que exaltem a soberania de Deus.Estive boa parte da minha caminhada com cristo em círculos arminianos,descobri através da leitura bíblica muitas incoerências no pensamento arminiano.Se tiver como me indicar algumas literaturas ficarei agradecido.Graça e Paz!

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  47. Luciano,

    muito bom te-lo pó aqui.

    Será um prazer ajuda-lo, indicando alguns livros. Porém, penso que seria melhor faze-lo por email, lá poderemos chegar a uma lista que o atenda mais especificamente. De. Cara, gostaria de sugerir o livro A Soberania Banida, da editora Cultura Cristã, escrito pelo Mcgregor Wright. É um livro excelente. O meu email para contato é dosty@monergismo.com

    Entre em contato, que nos falamos.

    Forte abraço!

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  48. Irmão Jorge, seu texto é excelente! Tempo atrás publiquei um artigo na puc do Paraná onde fiz uma correlação entre a FÉ REFORMADA e a TEORIA DO CAOS. E a idéia de que um simples suspiro do homem não pode não ser determinada por Deus é o que também penso. Talvez ao agir do homem e a sua tomada de decisões que previamente não aconteceriam se Deus não as houvesse pré ordenado no qual chamamos Livre Agência e apenas uma forma de definir.

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  49. Oi, Fabiano! Tudo bem?

    Sim, hoje (passados quase cinco anos) entendo um pouco melhor a definição da CFW, e não a vejo mais como autocontraditória, como disse em alguns textos da época. Cheguei a cogitar retificações a isto, mas, se eu tiver que retificar tudo o que escrevi e não acredito mais ou não tenho tanta certeza como antes, terei um trabalho monstro... rsrs.

    Passe-nos o link, se houver, do seu artigo.

    Obrigado pela leitura e comentário.

    Um grande abraço!

    Cristo o abençoe!

    PS: Você é amigo do Adilson Marcos, não? E como ele está? Anda sumido...

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