Por Jorge Fernandes Isah
Se há algo que tem me deixado irritado é o fato de algumas pessoas [e parece que o número está em uma crescente] apelarem para a isenção, para a neutralidade, como se fosse possível erguer um muro, subir nele, e lá do alto observar placidamente os dois lados no esforço "despropositado" de defender seus territórios. É algo que beira as raias do absurdo! O pior é saber que, os que assim pensam, estão imbuídos de propagar essa idéia como se fosse a mais nova revelação do século, como se a última verdade inalienável e irrefutável. São tantos os “furos” que nem mesmo contar os buracos em uma montanha de queijos suíços far-lhe-ia jus.
Tudo começou quando me chegou às mãos um texto de um heterodoxo[1] que se diz não-heterodoxo, mas que combate veementemente a ortodoxia[2]. A tática é a mais vil possível, sub-reptícia, dissimulada, de parecer algo sem querer ser visto com o que se parece. É mais ou menos como se fingir de morto para continuar vivo. Como o texto é muito grande, e a profusão de bobagens nele contidas daria um livro de refutações, pegarei apenas alguns exemplos que demonstrarão como essa forma de pensar é perigosa, especialmente para quem a lê e vislumbra ali algum sinal de sabedoria e verdade.
Ele diz [o texto do autor estará entre aspas e o meu comentário logo abaixo]:
“Inteiramente irrelevante para o resto do mundo, desenrola-se nos nossos dias um acirrado embate teológico...”.
Se o debate é medieval e irrelevante para o "resto do mundo" [e aqui é necessário dizer: qual autoridade ele se arvora e tem para decidir pelo resto do mundo que o debate é irrelevante?], por que ele está a discuti-lo? E o faz por mais de cinco laudas? Tudo bem que ele parece relevante para o mundo cristão, senão não estaria a debatê-lo; porém, fica a pergunta: o que é relevante para o mundo dos crentes não é relevante para o "resto do mundo"? Por que?... Bastaria esse primeiro parágrafo para eu desistir de lê-lo, visto que irá falar de algo que considera desnecessário; mas é que entre os modernos cristãos o escrevinhador é um tipo de “guru”, um guia de cegos, e como o texto me veio por um amigo, achei que lendo e apontando seus eventuais erros, estaria auxiliando-o [o amigo] a discernir melhor esse comportamento... digamos... incoerente, para ficar no mínimo e usar um termo suave.
“Entendem eles (os heterodoxos) que o Deus da Bíblia é poderoso não por dirigir a história com punho de ferro, mas por garantir um resultado final positivo sem dobrar-se à solução fácil que seria controlar todas as variáveis”.
É tudo um arremedo de pensamento bíblico, porém sem Biblia. Essa última frase define bem a "loucura" em que esse pensamento pode levar. Quer dizer que Deus não dirige a história com mão de ferro, nem controla todas as variáveis, mas ainda assim garante um resultado final positivo? Mas como isso se daria? Através de quais meios, de quais elementos? É realista a idéia de se ter um final sem o meio? Seria o mesmo que alguém fabricar um produto sem linha de produção. Como num passe de mágica. E a mágica é exatamente isso: a ilusão de que algo pode existir a partir do absurdo. Por um poder que não se tem. Podem alegar que Deus tem esse poder, até mesmo de fazer o absurdo. Contudo, desde a Criação estamos num processo, num desenrolar da história, num encadeamento de eventos, os quais se não forem controlados podem não resultar no final pretendido. Da mesma forma que uma montadora, para produzir um carro, não pode se utilizar de meios e materiais que resultarão na produção de lingüiça, por exemplo, e vice-versa. Se quero lingüiça, terei de usar carne, conservantes e tripa. Se quero um carro, terei de usar aço, alumínio, plástico, etc. Se Deus quer um final certo, terá de controlar todo o processo e se utilizar dos meios corretos, senão a massa pode azedar... Seria impossível até mesmo aos eventos surgirem; ou seriam eles autorealizáveis? Ou realizáveis por outro deus ou fonte?
“Se Deus predestinou, Jesus morreu para beneficiar uma elite arbitrária de eleitos, o que é moralmente inaceitável e incompatível com o caráter amoroso e inclusivo de Deus revelado no tom geral da Escritura”.
Qual a prova que ele dá para o caráter amoroso e inclusivo de Deus na Escritura? Pelo contrário, a Escritura é exclusivista, pois advoga para si o direito de única revelação de Deus. E o Deus bíblico como o único Deus, não havendo outro [Is 45.5]. Não há inclusão, não há acomodação, mas recusa em aceitar qualquer um que não se enquadre nos seus princípios. E quais são eles? São os que Deus determinou para o seu povo, e não o que ele deixou “ao deus dará”, como algo que qualquer um poderia se apropriar ou não. Alegar um "tom geral" é disfarçar a própria ignorância quanto ao que se diz, demonstrando claramente não saber o que dizer... E quem define o que é moralmente aceitável ou inaceitável? Deus ou o homem? Quem criou as regras? E quem as deve obedecer? Como está escrito: "sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso" [Rm 3.4]. O que o heterodoxo defende abertamente é o direito de ser livre de Deus, e de não estar sob o seu controle, mas de viver um autonomismo que o levará invariavelmente à manutenção da rebeldia, pois também está escrito: "Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis" [Rm 3.10-11]. Então a qual liberdade ele se apega? À de pecar livremente?
Falando de dois amigos: “Acusados com freqüência de flertar com o teísmo aberto são os líderes evangélicos que ousaram lamentar as conseqüências morais do calvinismo e opinar que a realidade talvez não seja tão simples”.
Primeiro, quais as conseqüências morais do Calvinismo a se lamentar? Segundo, quem disse que a realidade era simples? Terceiro, e o que a tornou menos simples ainda? Quarto, mais ousado que eles foi o próprio diabo, que ousou opor-se a Deus e querer se fazer como ele. Assim como Adão e Eva que também quiseram ser como Deus. É a essa ousadia que ele está se referindo?
Ainda sobre eles: “Sua fé diz mais a respeito às suas dúvidas do que às suas certezas; isso cria um precedente que é essencialmente destrutivo à supremacia da ortodoxolatria e precisa ser por essa razão eliminado pelos que se preocupam com esse tipo de coisa”.
A definição de fé do nosso amigo é bastante interessante, para não dizer heterodoxa, pois a Bíblia claramente delineia a fé como sendo "o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem" [Hb 11.1]. Ora, ele alega uma fé mais a respeito de dúvidas que de certezas, então isso é a anti-fé, a não-fé bíblica, uma fé às avessas. E não é de hoje que esse tipo de “fé” existe, e não houve um projeto de erradicá-la, a não ser pela proclamação da verdade. Então apelar para uma “ortodoxolatria” é atirar a esmo, no vazio, primeiro, porque adorar a Deus e sua palavra não está no âmbito da idolatria, previsto na própria lei divina. Segundo, pela defesa do autor, facilmente pode-se rotulá-lo de heterodólatra, especialmente por defender uma fé não-bíblica, posta num outro deus, um deus igualmente não-biblico. O que mais salta aos olhos é que os argumentos são flagrantemente contrários ao enunciado da Escritura, que diz: “pela qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de Deus... e a esperança não traz confusão” [Rm 5.2,5]. Quer dizer que a dúvida está em vantagem sobre a certeza? E, se há tantas dúvidas assim na heterodoxia, porque eles têm tanta certeza de que a ortodoxia está errada? Ou, na verdade, é uma defesa da dúvida contra a certeza, mesmo que seja certo duvidar da certeza sem ter a certeza de que a dúvida é certa? É o samba-do-crioulo-doido entremeado pelo funk tresloucado, cantado por um mudo e dançado por um manco.
“Prefiro a confortável posição de denunciar o calvinismo sem endossar a doutrina do teísmo aberto - doutrina que é no fim das contas tão limitante e extrema quanto a que pretende invalidar”.
Quer dizer que abóboras são mexericas? Pelos frutos conhecereis a árvore, diz o Senhor. Mas o autor quer criar um mundo de ilusão, onde o que crê pode ser algo tão etéreo que paire sobre as cabeças como um gás venenoso, bastando não respirá-lo para não se morrer. Contudo, sem dispor de qualquer equipamento de proteção que o impeça de se intoxicar. A sua intenção é visível: usar a tática de denunciar o Calvinismo sem endossar o T.A, para assim parecer imparcial, neutro, isento, e poder defender “abertamente” o T.A. Acontece que a mãe da ilogicidade é exatamente essa, achar que se pode combater algo sem que com isso esteja a se defender o oposto. Se combate-se o Calvinismo, certamente, em algum aspecto, se defende o T.A, o Arminianismo e congêneres. Se combate-se a ortodoxia, defende-se a heterodoxia. É simples. Não há saída. O ataque pressupõe a defesa, e vice-versa. Qualquer menino em fase pré-escolar sabe disso. Mas a idéia aqui é ludibriar, farsear, como disse no início, fingir-se de morto para sobreviver. É a mais deslavada dissimulação, com o intuito de destruir o Cristianismo bíblico, e em seu lugar disseminar o anti-cristianismo. Apelar para uma zona neutra, onde se possa bater à vontade sem tomar partido, é falácia. Como o Senhor disse: aquele que comigo não ajunta, espalha [Lc 11.23]. Não há meio-termo, nem isenção. Qualquer tentativa de se defender essa idéia chama-se embuste, desonestidade, ou autoengano.
“Isso porque a falta essencial que os calvinistas encontram no teísmo aberto e na teologia racional é de lógica. Seus defensores prestam culto à lógica formal, seguindo implacavelmente de suas próprias premissas a conclusões estanques”.
Bem, diante disso, não é preciso dizer muito. Apenas: há afirmação mais ilógica do que essa? Que se pretende soar como lógica?
“Porém o que alguém está realmente dizendo quando recorre a abstrações como "Deus é eterno por natureza"? O que é ser eterno por natureza? O raciocínio pode ser considerado um guia claro para a natureza da eternidade? O que é ser onipresente? Pode Deus estar presente em lugares que não existem?”.
Questionamentos dignos de uma criança no maternal; e até mesmo muitas delas poderiam responder acertadamente sem exitar. Mas o mais bizarro é que essas inquirições em nada corroboram sua tentativa de defesa... mas afinal, o quê mesmo está a se defender? Ou lhe basta atacar a ortodoxia?... Conheço o jogo, é mais do que isso. Chama-se astúcia, algo próximo do golpe-baixo, atacar o visível para defender o invisível, e deixar que os tolos acreditem que o visível é invisível, e o invisível é visível. Como está escrito: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" [Is 5.20].
“A mensagem consistente da voz ou das vozes bíblicas parece ser que a verdade de Deus só pode ser experimentada adequadamente pelo relacionamento - jamais pela razão, pela doutrina ou pela lei, que são símbolos ou intermediários”.
Balela! Falsa conclusão repousada em falsas premissas, que sequer indicou, mas que são evidenciadas pelo pensamento heterodoxo de destruir o ortodoxo, como se séculos de história, de debates e de conclusões, em que inúmeros homens usados por Deus organizaram a cosmovisão cristã, pudessem ser jogados na latrina em favor de um pensamento revolucionário que em nada é novo, pelo contrário, está apenas sendo repaginado e adequado em detalhes ao mundo pós-moderno, descrente e insano em que vivemos; em que a palavra desconstrução não constrói mas apenas destrói. Ao apelar-se para a não-logicidade da Bíblia equivale-se a dizer que todo o seu texto sem sentido é realmente sem sentido [no que estou a aceitar], então, por que o autor deveria ser lido como se fosse relevante?
“Como qualquer pessoa em qualquer relacionamento, a verdade cristã pode ser inquestionavelmente abraçada, jamais explicada ou entendida” [negrito do próprio autor].
A Bíblia nos foi dada para ser entendida, não sentida. Se fosse assim, qualquer animal poderia se converter... mesmo os vegetais. Mas a revelação foi dada aos homens, seres racionais, não irracionais. Até mesmo a revelação natural pode ser percebida por uma mente racional, ainda que não convertida, mas jamais por um animal. Não se vê cães adorando um deus-cão ou ao homem. A relação entre eles e nós é apenas de dominação: ou vão nos dominar, ou iremos dominá-los. Ou estaremos sujeitos à sua autoridade [e é engraçado como uma criatura racional pode ser controlada por outra irracional. pela sua força ou poder], ou eles se sujeitarão à nossa autoridade. Portanto a Bíblia foi escrita com razão e pela razão, para que Deus e a sua vontade fossem conhecidos pelo homem. E a partir do conhecimento, sentíssemos o doce perfume de Cristo. Sem entendimento, como sentir? É possível sentir o desconhecido? O inexistente?... Evidencia-se o que o autor deseja: desqualificar a revelação e valorizar a emoção, o subjetivismo, como sendo algo mais valoroso que o entendimento e a objetividade. E nunca será. Como Paulo disse: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?... De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." [Rm 10.14]. Sem que haja a exposição da palavra, como haverá conversão? A proclamação do Evangelho de Cristo, ou seja, o ensino, é que será usado pelo Espírito Santo para operar o arrependimento e o novo-nascimento no pecador. O autor pretende simplesmente relativizar a Escritura, quando alega que a "verdade cristã pode ser inquestinonavelmente abraçada, jamais explicada ou entendida". Mas através de qual princípio bíblico ele apreendeu isso? E como se pode conhecer a verdade sem entendê-la? E o que difere a verdade da não-verdade sem o discernimento de ambas? Sem o entendimento é-se possível defini-la? Sem explicá-la [ao contrario do que ele mesmo tenta em seu texto] pode-se entendê-la? A partir do quê? Qual é a sua proposta afinal? Devemos comer as suas páginas? Ou esfregá-las na pele?... A verdade é que o coração do homem é enganoso [Jr 17.9]. Está lá na Escritura. Mas parece que é mais fácil crer a mentira ou travesti-la de inquestionabilidade. O que me leva a novamente perguntar: como podem ser inquestionáveis e indubitáveis as dúvidas desse escrevinhador? Ou, em outras palavras, ele tem certezas demais para quem duvida tanto. Ou seriam as suas dúvidas nada mais do que as certezas que não quer aceitar? E teima em rejeitar?
“O efeito dessa nossa obsessão em precisar o conteúdo intelectual da verdadeira fé está em que enquanto fazemos isso conseguimos manter Jesus irrelevante para o restante e vasta maioria do mundo”
Novamente uma conclusão generalizada, que demonstra uma certa onisciência que nem mesmo em Deus ele acredita existir. Uma verdade que nem mesmo na Bíblia ele reconhece. Uma certeza que a sua própria doutrina descarta. É um lengalenga sem fim ao acusar-nos de repetir o que a igreja definiu em 2.000 anos de história, mas que também não os impediu de repetir o proposto pelo “outro lado” nos últimos 2.000 anos, com uma diferença: não querem o rótulo, nem a associação com ele, para assim transmitirem mais fácil e dolosamente o conteúdo que o rótulo, de alguma maneira, pode inibir a propagação. E, pior, nem mesmo querem definir ou construir algo, apenas destruir o que está posto, com a alegação de irrelevância. Mas se irrelevante, por que insistir no debate? E por que se deve aceitar como relevante a opinião de que o debate é irrelevante? Apenas por que o autor o quer irrelevante?
É para fechar a feira, na hora!
E está fechada!
Nota: [1] Heterodoxo-(cs) adj (gr heteródoxos) 1 Diz-se de doutrinas, livros etc., contrários a algum padrão ou dogma estabelecido, ou diferentes dele; herético. 2 Diz-se daquele que sustenta doutrina contrária a algum princípio fundamental de uma religião ou sistema. Antôn: ortodoxo.
[2] Ortodoxia-(cs) sf (ortodoxo+ia1) 1 Qualidade de ortodoxo. 2 Doutrina religiosa considerada como verdadeira. 3 Conformidade de uma opinião com uma doutrina declarada verdadeira. 4Conformidade com o dogma cristão.
Nota: [1] Heterodoxo-(cs) adj (gr heteródoxos) 1 Diz-se de doutrinas, livros etc., contrários a algum padrão ou dogma estabelecido, ou diferentes dele; herético. 2 Diz-se daquele que sustenta doutrina contrária a algum princípio fundamental de uma religião ou sistema. Antôn: ortodoxo.
[2] Ortodoxia-(cs) sf (ortodoxo+ia1) 1 Qualidade de ortodoxo. 2 Doutrina religiosa considerada como verdadeira. 3 Conformidade de uma opinião com uma doutrina declarada verdadeira. 4Conformidade com o dogma cristão.
Não dá para julgar pelafalta de acesso ao texto em questão, mas se você ficou bravo desse jeito, com certeza tem toda a razão. Uma coisa pe ter uma opinião particular sobrte certo aspecto, outra é ter uma opinião diferente acerca de nosso Deus e que o diminua ou descredencie a Sua palavra.
ResponderExcluirSe me mandar o texdto por e-mail, bato no cara também em meu blog ( rss..rss...rs...rs... )
Um abraço irmão, fique na paz, querido.
Helvécio,
ResponderExcluiracho melhor poupá-lo de toda a incoerência do autor do texto, você pode ficar mais brabo que eu e não quero ser culpado por qualquer mal-estar... a Rose não ia me perdoar [rsrs].
A pequena amostra do texto dele já é suficiente para reconhecer o caráter dissimulado do autor, senão dissimulado, eivado pelo autoengano.
Se insistir, posso passar-lhe o link por email, mas não me responsabilizo pelas consequências [rsrs].
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Prezado Irmão Jorge,
ResponderExcluirparece-me que o autor cai na mesma vala de sempre. Pelo que entendi o autor caminha a passos largos nos princípios de Focoult e Darrida. Sempre é assim, nada pode ser afirmado com certeza ou confiança, pois, seria arrogância da parte de quem o faz. Tudo deve ser experimentado por sentimentos e nunca esclarecido pela razão. Seus argumentos são irretocáveis. Se possível disponibilize o texto para na íntegra.
Parabéns. São textos assim que nos fazem pensar e resgatar o conhecimento.
Caro Jorge, um ponto importante:
ResponderExcluirquem na igreja brasileira é influenciado fortemente pelopensamento do autor?Na prática isso é muto importante. Na igreja americana é mais fácil distinguir que igrejas ou denominações, muitas vezes homônimas pensam de uma ou outra maneira, haja vista a atitude e a ação das igrejas da Califórnia que apoiaram financeira e taticamente o prebicito em apoio a discriminalização da maconha em todo o estado ( e perderam!!! )
Jorge,
ResponderExcluira Paz de Cristo!
Um dos maiores absurdos que o rapaz "brabo" afirmou foi esse: "Como qualquer pessoa em qualquer relacionamento, a verdade cristã pode ser inquestionavelmente abraçada, jamais explicada ou entendida"
Quer dizer que quando me relaciono com alguém ("qualquer relacionamento"!) eu não faço o minimo para entende-la ou conhece-la, eu apenas me aproximo e pronto? Isso não se aplica nem mesmo à relacionamentos humanos, quanto mais com relação à Deus!!
Por incrivel que pareça, esse senhor que se diz altamente intelectual, apenas ESCREVE BEM, mas sua atitude em essencia é tão anti-intelectual quanto os misticos da época medieval!
Não é incrível esse paradoxo? É um misticismo vestido de linguagem polida, mas que na realidade é tão nebuloso quanto um mistico de 1600!
Eu hein!
Obrigado pelo achado, isso nos preparará melhor para não ser enganado pelos rótulos!
Deus o abençoe pela fúria santa!
Um trecho da teologia sistemática de Vincent Cheung:
ResponderExcluirO conhecimento teológico — ou seja, o conhecimento intelectual acerca das coisas
espirituais — é um dos menos apreciados dons de Deus. Mas ser um amigo de Deus
significa ter tal conhecimento. O escárnio com que muitos crentes professos consideram
os estudos doutrinários mostra que eles de fato não amam a Deus, ainda que gostem de
pensar que o amam.
Jeremias 9.23,24 conta-nos que nossa prioridade é obter entendimento e conhecimento a
respeito de Deus:
Assim diz o SENHOR: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o SENHOR e ajo com lealdade,
com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”,
declara o SENHOR (Jeremias 9.23,24).
O conhecimento de Deus é o tesouro mais valioso, e tudo o mais é “esterco” (Filipenses
3.8 ERC) em comparação.
Ao oferecer aos seus eleitos informação confiável acerca de
si mesmo, ele está lhes dando um dos maiores dons que pode oferecer.
A Bíblia diz que os filhos dele devem imitar o atributo divino do Pai que é o amor. O
primeiro e maior mandamento é amar a Deus, e o segundo é amar os outros seres
humanos.
[...]
O conhecimento de Deus não é um saber místico como o cristianismo extraviado afirma, mas
intelectual. O versículo emprega as palavras, “compreender-me e conhecer-me”; é um “saber de” ou
“saber sobre” as coisas de Deus.
[...]
Somente um cristão verdadeiro pode amar a Deus como definido por esses versículos —
ele obedece aos seus mandamentos, e submete-se-lhe no pensar e no agir. Naturalmente,
um cristão também gosta muito de Deus, mas isso seria fingimento se também não
obedecesse ele aos mandamentos divinos na Bíblia. Assim, o amor por Deus não é
definido como inclinação ou admiração, mas como obediência.
Visto que amar a Deus significa obedecer ao ensino bíblico, e para obedecer ao ensino
bíblico, deve-se primeiro conhecer acerca dele, segue-se que o conhecimento teológico
é o pré-requisito de andar em amor.
Isso destrói a noção anti-intelectual de que se pode
amar a Deus sem estudar teologia, ou que amar a ele seja superior a conhecer acerca
dele. Amar a Deus é obedecer ao seu ensino, mas, para obedecer a esse ensino, deve-se
primeiro apreendê-lo com o intelecto, e isso é estudar teologia.
A teologia torna o amor
possível.
Bem... primeiramente o "anônimo áide cima sou eu...deu um trco no navegador da escola em que trabalho e o meu comentário só enviado como "anômino ", daqui apouco será como "assemelhado" (rs...rs..rs... ). Quanto ao comentário do irmão Neto, há teologia e teologia, uso dela e usos dela, legítimos e ilegítimos. Um teólogo pode ser um filho de Deus com uma comunhão emxemplar com Deus e outro com igual formação acadêmica e conhecimentos, pode não ter comunhão efetiva com Deus. Parece ser o caso desse senhor , do qual não conheço o texto.
ResponderExcluirA mosca do conhecimento ao picar algupem o engana, pela vaidade, começa a ser do contra, a ver o que não existe, busca novidades e destaca pela polêmica pela polêmica. O problema são ministros entediados e precionados a dar satisfação a sua membresia darem ouvidos a esses discursos e o povo ir junto.
continua...
Continuando...
ResponderExcluirNosso Deus é justo, e como o conhecimento ( acadêmico, escolar ) depende de varios fatores, inteiramente caóticos ( no sentido de suas inúmeras variáveis ) a Sua justiça se manifesta tendo como critério de prazer na Sua relação com o homem, a fé, o amor, sendo esse o maior, e a obediencia, pelo que se consegue entender acerca das próprias coisas de Deus. Segundo a Bíblia menos rigor ao que não sabia e mais rigor ao que sabia da vontade de Deus.
Um abraço a todos ( mas estou curioso pelo texto que só eu não li )
Querido Jorge,
ResponderExcluirpara que suapressão arterial nãose mantenha alta por causa do texto que lhe deixou brabo, abaio o link de um apostagem de um site de um irmão, ex- testemunah de Jeová que se ocupa em um ministério apologético.
Encaixa direitinho do que euafirmei "coments" atrás, leia, e divirta-se:
http://iacs33.blogspot.com/2010/07/enem-gospel.html
Como é gostou? A definição de calvinismo e arminianismo é ótim anão acha? E a dos três "Pedros"?
ResponderExcluirMas é sério. De umlado temos pessoas que nãotiveram a educação escolar minimante necessária e de outro outros que tiveram a oportunidade de terem a melhor formação humana e até teológica e se dão a devaneios.
Um abraço querido.
Pr. Luiz Fernando,
ResponderExcluiresse pessoal considera irrelevante qualquer coisa que não saia da cabeça deles, e dizem que o pensamento, a razão, a lógica e o conhecimento são entraves à fé. Mas, por que se especializam tanto em conhecer, pensar, e até parecerem lógicos, se isso de nada serve? Por que não se deixam ficar à sombra de uma mangueira sendo regados por cães e pela chuva?
É tudo conversa-fiada. Papo para boi-dormir. O objetivo é claramente definido por suas intenções: desqualificar a verdade para em seu lugar propagarem a mentira e o engano. E assim, com a idéia de que não sou nem uma coisa nem outra, disfarçarem o que são, e dissimuladamente espalharem a heresia.
O relativismo é somente uma das questões em que são aperfeiçoados, a outra é a desonestidade intelectual.
Grande abraço, meu irmão!
Cristo o abençoe!
PS: vou mandar-lhe o texto via email, assim como ao Helvécio. Para aplacar-lhes a curiosidade [rsrs]
Anônimo, ou melhor, assemelhado [rsrs],
ResponderExcluirDe certa forma, as heresias estão por aí, prontas para tomar forma e dominar mentes, até mesmo em igrejas históricas. Como está escrito, basta um pouco de fermento para levedar a massa.
Acontece que muitos, em busca de uma novidade, acabam abraçando princípios não-bíblicos como se fossem bíblicos, exatamente porque os inimigos da fé passam a falsa idéia de isenção e neutralidade, como se entre a ortodoxia e a heterodoxia não houvesse diferenças mas apenas a tola vontade de defender um território à força, sem a menor necessidade e propósito. Assim, desqualificam o Evangelho para sorrateiramente e de má-fé infiltrarem o antievangelho, fazendo-se de humildes e pacíficos, quando querem dispersar e destruir o rebanho do Senhor.
Abraços.
Oi, Neto!
ResponderExcluirBom vê-lo novamente por aqui.
Na verdade, não fui eu quem o achou, foi ele quem me achou, por intermédio de um amigo [rsrs]. E, por ele, o amigo, é que decidi escrever uma resposta.
Preferi ocultar todos os nomes disponíveis no texto [pegando as partes onde não há referências diretas] a fim de não parecer uma luta pessoal [no que não haveria problema algum], porque as pessoas passam, mas infelizmente muitas das suas péssimas idéias ficam. E fazem um estrago danado.
Concordo totalmente com o que o Cheung diz, e que está em sintonia com o que diz um grande teólogo, e que já citei por aqui: "Nem todos os crentes têm o desejo de meditar em coisas tão necessárias para a fé cristã. Alguns não querem exercitar sua mente em assuntos tão profundos como o da unio personalis. Nem todos gostam de provar da doçura do Redentor divino-humano. Alguns até tentam banir algumas das verdades cristológicas da mente. Poucos desejam rever suas posições teológicas a respeito de Cristo. Na verdade, poucos amam de fato Jesus Cristo, porque o que determina o nosso interesse numa pessoa é o nosso amor por ela" [Héber Carlos Campos].
Grande abraço, meu irmão!
Cristo o abençoe!
Helvécio,
ResponderExcluiro Neto quis dizer que o ódio que os tais sentem pela teologia é proporcional ao desprezo que sentem por Deus. Eles não querem estudar e se aprofundar no conhecimento do Senhor por desinteresse, por estarem mais preocupados consigo mesmos e com suas vidas; o que refletirá num "falso" amor, num auto-amor canalizado para Deus, quando o objeto desse amor é o próprio eu. Dizem amá-lo, quando o desprezam, e estão contentes consigo mesmos, satisfeitos e cheios de si.
Contudo, reconheço que está certo no que diz, pois teólogos que têm o nítido trabalho de desqualificar a Revelação para assim poderem "criar" um outro deus, temos aos montes, e muitos são estimulados a segui-los; e ao fazê-lo, demonstram apenas o quanto são tolos.
A questão abordada pelo Neto e por você têm focos diferentes apenas. São dois lados de uma mesma moeda.
Quanto ao texto, vou enviá-lo por email. E acho que você não foi o único a não lê-lo.
É engraçado o "enem bíblico", mas que me deixa sempre uma pontada de tristeza por ver o estado em que a igreja se encontra. E garanto que, num teste de verdade, muitas daquelas respostas seriam ditas. E o que é pior, quando se ignora o mal, o ataque é certeiro, e não se tem nenhuma chance a não se entregar a ele, sem resistência. Essa é a pior de todas as consequências da ignorância.
Abraços, novamente!
Se citou o texto do autor, então tem que citar o autor... é a regra.
ResponderExcluirEle me pareceu um defensor de uma espécie de subjetivismo eloquente, poético e existencial.
Graça e paz Joge,
ResponderExcluiruma pessoa como esse indivíduo que escreveu esse texto deve estar extremamente confusa em relação a fé que defente, pois o Deus dele parece pequeno demais e sua teologia totalmente confusa.
Parabéns pela firmesa na resposta ao texto, que o Senhor continue lhe dando inteligência e graça cada dia mais.
Fique na paz!
Pr. Silas
Natan,
ResponderExcluiraqui quem faz a regra sou eu, por enquanto [rsrs], e não vou citar o texto nem o autor. Se quiser, mando-lhe o texto e o link por email.
É uma boa definição que você deu para a teologia do cabra, e que, resumindo, quer dizer que ela é antibíblica, humanista e vazia em si mesma. Bem ao estilo do teísta-aberto, de tentar parecer não ser o que é [rsrs].
Grande e forte abraço, meu irmão!
Cristo o abençoe!
Pr. Silas,
ResponderExcluiranda sumido do meu minifúndio... é um prazer tê-lo de volta.
Onde não há Deus, há confusão. É a regra; e uma mente que diz não querer esquematizar Deus mas o faz da pior forma possível e o mais antibiblicamente possível, e da formna mais leviana possível, não se pode esperar nada além do caos.
Obrigado por sua visita, e não suma!
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Olá Jorge!
ResponderExcluirGostaria de saber para quem esse indivíduo escreveu esses absurdos!
"... a verdade cristã pode ser inquestionavelmente abraçada, jamais explicada ou entendida", ele demonstrou o mais absoluto desprezo por Deus.
Como poderemos conhecer Deus sem estudar as escrituras,ouvir pregações,debater,enfim raciocinar? Se ele considera isso uma verdade, deveria deixar bem claro que é a verdade dele,que provávelmente não sabe distinguir o trigo e o joio!
Cristo o abençoe!um abraço!
Nazira
Oi, Nazira!
ResponderExcluirPara quem ele escreveu eu não sei, mas sei que muitos tolos caem nessa conversa mole, acreditando que o Evangelho pode ser proclamado por osmose, esquecendo-se de que a Escritura foi-nos entregue para ser entendida, muito antes de sentida; e desprezar o raciocínio é desprezar a própria revelação divina. É o misticismo travestido de sabedoria, como se fosse possível.
Mas como você disse, muitos se contentam com pouco, e até mesmo com "nada".
Grande abraço, minha irmã!
Cristo a abençoe!
Bem eu e o irmão Jorge já tivemos um aconversa "em off" sobre o asunto do texto. Esse comentário visa deixar claro queo que eu dise sem ler o texto se palica a outras situações em que criadores de novidades ( como se precisássemos delas ) e devoradores de novidades além dos da "turma do contra" que põem dúvida todas as coisas.
ResponderExcluirQuanto ao texto diria que não é a palavra final sobre nada mas que serve de ponto de discussão séria sobre os embates lógicos entre calvinismo e teísmo aberto. Básicamente, na minha opinião em erros classos da teologia: excessos de certezas e excessos de dúvidas.
continua...
Embora o irmão Jorge ( estou falando na terceira pessoa, pois o exclarecimento é a todos os leitores do blog ) não conocorde comigo e ele mesmo já me disse que exzperava uma maior condecendência de minha parte com relação ao autor do texto ( temos em nome da nosa amizade esa liberdade ) entenda coo uma fuga a um aposição e a negação da ortodoxia, entendi como uma ponderação a:
ResponderExcluirênfase em cada uma das posições;
supervalorização da lógica ( elemento básico no raciocínio tanto calvinsita como teísmo aberto);
menor importância à experiência e na relação com Deus ( ou sejha de fato não importa o que penso dEle em certa medida, mas se tenho ou não relacionamento pessoal com Ele- o conheço e Ele se relaciona comigo )
No mais um abraço a todos mais uma vez.
Mais...
ResponderExcluirHá erros de datação: o calvinismo não tem 400 anos e o teísmo aberto não tem 30 anos. O teísmo aberto têm oitenta anos!
O teísmo aberto é reprovável pois nega atributos ( ou põe em dúvida ) divinos dos quais a maioria dos cristãos e até não cristãos não têm dúvida. Ou seja é procurar chifre na cabeça de cavalo. A datação de trinta anos atrás se deve a uim pastor adventista, e como adventista, tem contra si a tendência a polêmica e a erros teológicos classos, a coisa da exuberância da novidade pela novidade ( vide origem das TJ e Mórmons )
continuando...
ResponderExcluirNivelar o calvinismo com suas afirmações e o teísmo aberto com suas negações é uma bobagem. Portanto é ponto inexcusável que é a favor do calvinismo.
É claro que o livro publicado a época como ponto de partida do teísmo aberto foi uma franca provocação à posição calvinista quando considera a preciência de Deus e sua relação explicável com o livre arbítrio.
Nesse ponto o texto em questão ( e eu concordo nisso ) não defende o teísmo aberto apenas sujere ( e eu concordo ) uma disputa inútil e que será fatalmente esvaziada se a ela não dermos importância.
ResponderExcluirTriunfará o teísmo aberto então? Não se as verdades cridas majoritariamente forem reafirmadas até por calvinistas e arminianos, descontadas algumas diferenças.
Se cada crente testemunhar com sua experiência e explicitação da sua fé de forma contundente não haverá espaços para o "evangelho da dúvida".
continua...
O contrário pode ser verdade e aí eu concordo com algo que disse o irmão Jorge:
ResponderExcluirdá se trela e a outra idéia cresce ( evidentemente ele o disse com outras palavras ).
Quantos hoje sabem sobre o teísmo aberto?
Mesmo não concordando, sabe-se mais sobre as afirmações calvinistas ou arminianas, ou "assemaelhadas" ( rs...rs...rs...)
Deseja-se afirmar certezas ou cultivar-se espaço à dúvidas? Cada um escolhe, de fato, o que se crer e o que proclamar.
Quero dizer parabéns pela entrevista concedida pois você merece, com toda a certeza,o reconhecimento pela sua fé e amor ao Senhor, servindo sempre como exemplo a todos nós.
ResponderExcluirTemos algumas diferenças, mas isso definitivamente não importa ( de pensar, acerca de detalhes ). Aliás com muita alegria constatei que alguém lá em Portugal, numa região que provavelmente nenhum de nós dois acharia tempo para ir algum dia (tempo e $$$$ ) acessou e leu seu testemunho através de meu blog.
Deus o abençoe, continue a abençoar ricamente. Gostei também e muito do reconhecimento do seu talento especialpara escrever. Sim você sempre foi um escritor nato e agora usa muito bem a sua "kálamo" para declarar o seu amor e sua fé no Senhor Jesus.
Um abraço, um grande abraço meu irmão.