29 fevereiro 2016

O homem e a autoprisão



Jorge Fernandes Isah


A relação do homem com Deus e sua Criação é permeada pela rebelião; e esse estado somente é desfeito quando ele se submete a Cristo, em obediência e humildade (quero dizer, humilhando-se e reconhecendo-o como Senhor). Pois assim ele falou: 

"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.  Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? Ou que diria o homem em troca da sua vida?" (Mc 8:34-37)

De outra forma, qualquer tentativa, por mais dedicada, caridosa ou enlevada, por mais que agrade aos nossos olhos e coração, significará o recrudescimento da insubordinação (a teimosia levada às últimas consequências; ao limite da rebeldia, pois está a tentar mascarar algo evidente, do qual não há reconhecimento, nem entendimento, mas obstinação), onde o autonomismo e o ego são os seus principais fomentadores.

É o homem preso em si mesmo; em uma espécie de autoprisão, da qual é incapaz de sair sem a graça e misericórdia divinas.

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