Por Jorge Fernandes Isah
O que leva alguém a se considerar mais justo do que o outro? Ou o que pode levar o outro a crer-se mais justo do que o primeiro? Afinal de contas, qual é o padrão de justiça? O próprio homem? O Estado e suas leis? A tradição? Se é, quais são os seus fundamentos? As bases para a justiça são intelectuais e sentimentais ou empíricas? Um homem deve ser condenado ou absolvido por critérios gerais ou pessoais? A mesma lei que serve para um não serve para o outro, e vice-versa? Até que ponto nossas preferências devem se sobrepor à lei? Ou a lei é superior a elas? E por que defendê-la? E por que não defendê-la?... E assim, uns se acusam, outros se defendem; ninguém está certo, e todos estão errados? Outra pergunta: o homem antecede a moral ou a moral antecede o homem? Se a resposta for a primeira, tudo então advém dele; portanto, todos os padrões e julgamentos devem ser realizados a partir do antropocentrismo. Se a resposta for a segunda, então nem a moral nem a ética procedem do homem. E se não procedem dele, originaram-se de Deus, visto elas não serem entidades autônomas e autocriadas; e os padrões e julgamentos devem partir do teocentrismo, especificamente do teísmo bíblico, onde o próprio Deus se revelou na pessoa do Senhor Jesus Cristo.
Acontece que tanto a moral como a ética somente são possíveis de existir dentro de um padrão de justiça, de uma busca em se anular ou impedir a injustiça, que seria a manutenção de um direito, e de que esse direito não seja violado, nem impedido de se exercer. A justiça precede-as portanto, mas é através delas que será revelada. Por isso se criam leis em conformidade com a moral e a ética, e quando elas não estão presentes o que temos são leis que favorecem a imoralidade e a antiética. À margem do padrão de justiça, com o nítido objetivo de subvertê-la, anulá-la, e instaurar um novo padrão que reconheça as queixas, as reclamações do injusto, atendendo-lhe as reivindicações e regulando uma prática ou atividade que está em oposição ao estabelecido. De tal forma que o que era justo deixa de sê-lo, passando a ser injusto; e o que era injusto é alçado à categoria de justo, numa inversão da ordem a partir da desordem [Is 5.20]... Então, volta-se às questões anteriores: mas em quais bases o padrão foi alterado?
Alguém dirá: se a lei diz que algo é injusto, ele é. E ponto final. Porém, seria isso verdade? Pode a lei mudar o que é moral tornando-o imoral? Pode a lei transtornar o ético em antiético? Seria o mesmo que dizer que o elefante é um vegetal que se espalha no campo e serve de pastagem e pode ser devorado por um inseto chamado cigarrinha. Para se concluir que o mamífero se tornou, num passe de mágica, em capim [1].
O relativismo moral e ético permite que tudo seja mudado segundo o padrão pessoal e de “verdade” pessoal, sem que haja absoluto, e tudo esteja em constante mutação e evolução, a fim de acomodar todas as coisas ao seu tempo, resultando na supremacia dos valores subjetivos do senso individual; o que vale dizer que qualquer apreciação subjetiva, que revele as preferências de cada um, ainda que seja a mais estúpida, bizarra, e sem qualquer legitimação, produz o mesmo efeito que um juízo baseado no conhecimento objetivo. Assim um assassino confesso pode, até mesmo, se ver livre de uma punição se o padrão moral não considerar crime o homicídio. O mesmo acontecia com o canibalismo em tribos indígenas. O mesmo se dá em rituais macabros, ainda hoje. O mesmo em religiões cujas normas e regras prescrevem o sacrifício da esposa quando o marido morre, ainda hoje. Do assassinato de bebês que nascem com alguma anormalidade física, no caso de tribos silvícolas, ainda hoje. De países, como a China, onde se pratica o infanticídio feminino, ainda hoje. O que dizer dos abortos, da pedofilia, do exibicionismo sexual [de homo e héteros], do incesto, do homossexualismo, da corrupção, etc, que não são punidos? Em outras palavras, pecados claramente definidos na Escritura como tal, e que deveriam receber uma punição justa segundo a lei de Deus, são cometidos naturalmente como parte de alguma cultura ou sociedade; não são constrangidos a extinguirem-se, antes ganham recrudescimento e o aval do mundo moderno; e, de certa forma, a igreja contemporiza com eles, ao julgá-los normais pelo padrão da Queda e da natureza caída do homem.
O erro está em não se distinguir certas coisas como imutáveis, a lei divina, por exemplo, diferenciando-as das mutáveis, como a moda, os meios de transporte, a linguagem, etc, e até mesmo a lei humana. Mas, por que essas variações determinariam a mutação da lei divina, estabelecida pela moral imutável proveniente do Deus imutável? Não há aqui um componente relativista em que a lei de Deus é invariável para os crentes [e mesmo para muitos, não o é], enquanto o mundo pode adaptá-la aos seus interesses escusos? Quando se defende esse conceito, o que se sobressai é a sua incoerência ao designar áreas de atuação distintas a grupos distintos alheio à verdade estabelecida por Deus, que não estabelece essas diferenças mas declara a todos a unidade de sua obediência, como verdade objetiva e absoluta em sua independência de qualquer convenção humana.
Por isso, quando um cristão não se indigna, não se levanta contra essas abominações, as quais Deus odeia, e se mantém numa área aparentemente segura em suas relações sociais, ele se opõe ao Evangelho. Por favor, que algum desavisado não distorça ou confunda o que eu disse. Não estou a propor o pegar em armas e sair à guerra, matando todos os pecadores [muitos deles, eleitos para a salvação]. Nem para uma cruzada moral em que nós mesmos, muitas vezes, somos imorais. Nem para uma “limpeza” social, étnica ou religiosa. Uma inquisição, caça às bruxas, ou a tomada do poder à força. Nada disso. Como escrevi na Parte 1, tenho de sofrer o dano, mas jamais posso usar essa prerrogativa [um privilégio segundo Paulo (Fp 1.21)] para impor o dano sobre o outro, com o risco de ser injusto e concorrer para o mal.
O que temos visto, de forma sistemática, é uma perseguição organizada contra o pensamento religioso, especialmente o pensamento cristão. Qualquer alusão à Bíblia, a Deus, moral e ética cristãs, rapidamente é desaprovado e condenado. Como se ao citá-los uma luz vermelha acendesse e piscasse nervosamente, e uma sirene tonitruante alertasse para o perigo iminente. Mas perigo a quem? E, por quê? Não seria por ser uma ameaça aos anseios do mundo? Não seria por se opor a ele? Não seria uma autoproteção da iniqüidade? Uma blindagem do mal? Que levou o homem a não glorificar a Deus, nem lhe dar graças, “antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”? [Rm 1.21]. Pois o mundo odiou e odeia a Cristo, assim é necessário que também sejamos odiados por ele [Jo 15.16-21], do contrário, se não somos perseguidos, há algo de errado [e não falo de prisão, tortura e morte apenas, o que acontece em várias partes do mundo, mas da rejeição, da segregação, seja no lar, no trabalho, na escola, entre os vizinhos; que pode levar a várias injustiças, desde o ser ignorado e preterido nesses ambientes até mesmo à prisão, tortura e morte, enfim]. Se o mundo nos vê com indiferença, é sinal de que as trevas estão em vantagem e nossos frutos não são dignos de glória. Se o mal não é abalado em sua malignidade, é porque nossos alicerces ruíram ou não foram ainda erguidos. Estamos como aquele néscio que escutou as palavras do Senhor mas não praticou, e construiu a sua casa sobre a areia, “desceu a chuva, correram os rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua perda” [Mt 7.24-27].
Mas sempre há alguém que apelará para o amor incondicional, aquela muleta que tem o intento de autoprotegê-lo e proteger seus pares, num corporativismo que inexiste na fé cristã. O próprio Senhor disse: “Se me amas, guardai os meus mandamentos... guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” [Jo 14.15, 23]. Parece-me evidente que o amor de Deus não é incondicional e genérico, como muitos pensam, mas restrito àqueles que guardam os seus mandamentos por amá-lo; pois quem guardar os seus mandamentos, permanecerá no seu amor, assim como Cristo guardou os mandamentos do Pai, e permaneceu no seu amor [Jo 15.10].
Não vou entrar na questão do Decreto eterno, muito menos na questão da eternidade e temporalidade, o fato é que, se alguém não guarda os mandamentos divinos e, pelo contrário, rejeita-os deliberada e acintosamente, numa exibição desavergonhada de dizer em alto e bom som que ama o pecado e a ele se submete, como uma forma de provocação, de repúdio à vontade e determinação de Deus, esse não tem o seu amor. E se não o tem, não pode amá-lo, porque antes de o escolhermos, ele nos escolheu; antes de amá-lo, ele nos amou primeiro [Jo 15.16, Ef 1.5, 1Jo 4.19]. Deus não tem um guarda-chuvas em que todos podem ficar debaixo, ao abrigo; mas ali se ajuntam apenas os que ele elegeu, os quais pelo sangue de Cristo foram propiciados e protegidos da ira vindoura. A mesma ira que cairá sobre os ímpios e inconversos pela justiça de Deus; pois, “se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós (falo como homem)? De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?” [Rm 3.5-6]. Apelar ao amor para anular a justiça é o primeiro erro de muitos que o ímpio comete; uma sentença autocondenatória, que ao invés de beneficiá-lo, condená-lo-á.
Paulo relata que a ira de Deus se manifesta do céu sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detém a verdade em injustiça [Rm 1.18]. As conseqüências de se torcer a justiça tornando-a injustiça é que Deus os abandonou às paixões infames, entregou-os a um sentimento perverso, recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro, fazendo coisas que não convêm [Rm 1.24-31]. São obstinados em fazê-las, não têm arrependimento, não se sujeitam a nada além do próprio prazer; praticam a injustiça sem qualquer temor, trazendo o mal, o vitupério, a ignomínia a si mesmos, mas também às vítimas de seus atos, os quais são inimigos da cruz de Cristo “cujo fim é a perdição, cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” [Fp 3.19].
O que me faz voltar à seguinte questão: o ímpio tem medo da lei porque ela o acusa, revelando o seu crime e imputando-lhe uma pena ou castigo. O seu temor é justificado dentro de um padrão normal de anormalidade espiritual. Ele temer a justiça de Deus, também. Ele ansiar por um Deus complacente e conivente com o pecado, idem. Mas por que muitos crentes insistem em rejeitar a lei, como se fosse injusta e, ainda, como se ao desprezá-la pudesse impedir as suas conseqüências sobre os infratores? Porque, em última análise, ninguém está livre do juízo eterno e da condenação, salvo apenas os que foram comprados por Cristo na cruz. Então, tenta-se fugir do que não se pode fugir? E essa fuga não é uma tentativa frustrada de se fugir de Deus, também? E, alguém pode obter êxito nessa tentativa? Não. O crente sabe disso, e sabe que a lei, mais que o falso amor [aquele amor transigente que perverte a verdade em mentira, e faz da justiça injustiça, e de Deus um amante do caos] pode levar o pecador ao arrependimento, como o aio a Cristo. Sem nos esquecer de que o caráter principal da lei é preservar a moral e ética bíblica, guardar a justiça, e condenar o mal. Mas, por mais que não se queira, o castigo pode ser pedagógico na construção da santidade no homem.
O exemplo de Davi é emblemático. Após adulterar com Bate-Seba e de matar o marido dela, Urias, por quase um ano manteve a sua mente anestesiada em seus pecados. Deus enviou o profeta Natã que usando a história de uma cordeirinha, a única de um pobre homem que a amava como uma filha, teve-a tomada por um homem rico para banquetear um viajante, o que fez o rei encher-se de furor contra o homem rico. Davi percebeu que aquele homem havia cometido uma injustiça, e disse: “Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso... porque fez tal coisa, e porque não se compadeceu” [2Sm 12.5]. Porém, os seus crimes não lhe trouxeram o mesmo senso de justiça. Então, o profeta disse-lhe: “Tu és este homem... Então disse Davi a Natã: pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi: Também o Senhor perdoou o teu pecado; não morrerás. Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá... E buscou Davi a Deus pela criança, e jejuou Davi, e entrou, e passou a noite prostrado sobre a terra... E sucedeu que ao sétimo dia morreu a criança... Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do Senhor, e adorou.” [2Sm 12.7, 13-14, 16, 20].
Interessante que não vemos Natã dizer a Davi: “Não se esquente! Deus te ama!... isso vai passar”, o que muitos, desajuizadamente, proferem aos quatro cantos como se fosse um mantra, como se a repetição sem sentido de algo que a pessoa desconhecesse, pudesse torná-lo real. Da mesma forma, Davi não se fiou no amor de Deus, mas sujeitou-se a ele; e em sua mente estavam escritas as palavras que Paulo proferiria séculos depois: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” [Rm 8.28]. E o bem para Davi naquele momento era o arrependimento, e voltar-se para o seu Senhor.
Outro componente a se pensar é o da glória de Deus. O nome dele havia sido blasfemado por causa dos crimes de Davi, e era necessário que todos vissem que, mesmo sendo rei, ungido por Deus, o castigo lhe sobreveio, e a sua condenação era pública, para que não servisse de mau-exemplo e estimulasse a outros seguirem os seus passos pecaminosos. Portanto, a aplicação da lei tem o fim de inibir e coibir o mal, também.
Pode-se apelar para o argumento de que Davi já era um crente. Porém, se Deus castiga os que são seus por amor, o que não fará com os ímpios que não ama? Se o julgamento começa pela casa de Deus, qual não será o fim dos que são desobedientes ao evangelho de Deus? [1Pe 4.17].
Enquanto alguns defendem um cristianismo do lado branco e atacam um cristianismo do lado negro [2], seja lá o que isso queira dizer, o cristão tem de se voltar e se apegar ao Cristianismo bíblico, e nada mais. O padrão é bíblico para a igreja. Por mais aceitação que determinada prática tenha nos últimos anos ou séculos, ela não representará a verdade se não estiver em conformidade com a Escritura. Como disse em algum lugar, o Evangelho é um, revelado progressivamente, mas em unidade, coesão e verdade. Quando se fala de amor e se despreza a justiça, não se ama. Quando se fala em justiça sem amor, é-se injusto. As duas coisas andam juntas, nem antes nem depois, nem mesmo lado a lado, mas intrínsecas, de tal forma que uma não subsiste sem a outra.
Por mais que Cristo estivesse entre pecadores [e todo o mundo era-o, como é], e por mais que se repita que ele ama o pecador, não podemos associá-lo ao pecado ou a contemporizar com o pecado. Como Deus e Santo, essa comunhão é impossível. Assim como o é entre luz e trevas. Então, por que estamos mais dispostos à escuridão, em mantê-la, do que em dissipá-la? Porque, como um sedentário que se prepara para uma maratona, e os exercícios lhe causam dores terríveis pelo corpo, a verdade dói, e nos causa muitas dores. Mas à medida que a conhecemos, nos tornamos familiares dela, as dores vão passando, e como o homem já preparado para correr quilômetros não sentimos o esforço, nem o cansaço. Prosseguindo para o alvo, esquecemos das coisas que ficaram para trás, e avançamos para as que estão diante de nós, em busca do prêmio: chegar à perfeição e à medida da estatura completa de Cristo [Fp 3.13-14, Ef 4.13].
Para andar naquilo em que já chegamos, segundo a regra de que “o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” [Gl 6.14].
Ao invés de blinda-lo.
Notas: [1] O capim-elefante é uma gramínea perene (Penisetum purpureum) natural da África e introduzida no Brasil por volta dos anos 1920.
[2] Existe no momento uma cruzada entre os cristãos, em que aqueles que acusam os que acusam sentem-se privilegiados ao acusar, e estabelecem limites que também são estabelecidos pelos outros, numa luta estúpida e nada cristã, como se estivessem disputando um cabo de guerra imaginário onde o que vale é uma verdade pessoal e transferível. Ao se opor ao dogmatismo e ao sectarismo, acusando fulano e beltrano com termos e expressões pouco recomendáveis até mesmo para um ímpio, eles se tornam tão o mais dogmáticos e sectários que seus opositores. Ao acusar o exclusivismo e defender um inclusivismo, o inclusivismo deles é mais exclusivista do que o dos seus oponentes. Ao defender que até mesmo o tolo pode ser usado por Deus para realizar a sua obra, mas o seu oponente não, ele contradiz a si mesmo. Ao tentar se fazer diferente, se iguala na mesmice que acusa haver apenas nos outros. Por isso, não adianta ir apenas à Bíblia para buscar comprovação do que se crê, mas deve-se buscá-la para, sobretudo, ter a mente transformada e guiada pelo próprio Espírito de Deus.
[3] Ainda não falei do Estado propriamente dito, e espero fazê-lo, mais cedo ou tarde, se Deus quiser.
Jorge,
ResponderExcluirTexto muito bom, denso, provocativo e desafiador. Claro tem coisa q discordo - sem problemas - e ainda tem os erros (de pressuposto) mas levando o que sei de vc pelas nossas conversas, entendo e posso dizer que QUASE concordo com boa parte.
Mas farei o seguinte, esperarei a 3 parte (se for a última) e escreverei algo mais substâncial. Como eu fiz com o texto do Solano no OTOM.
No mais, em Cristo,
grande abraço.
Esli Soares
Caro Jorge, gosto de ler os seus textos e os leio algumas vezes, como a gente Lẽ o que gosta de ler. Aí você vai lendo e dizendo na sua mente "sim", "não", "isso mesmo", "talvez", etc.
ResponderExcluirComo não uieria ser o chato, entrei no blog e nãofalei nada, esperando alguém falar primeiro. Pouparei os elogios mais alguém os fará justamente. Vi em umdocumetário ateista em que vário religosos defenderam o vlor da crença e e de suas crenças particularmente.Nesse quesito todos os religioso bateram os ateus. Um chinês disse algo interesante contra oargumento de que sem a religião o homem se regiria com bons princípios.
continua...
Continuando...
ResponderExcluirAcho que ele era taoísta. toda sociedade tem leis e regras, mas coms leis e força os homens obedeceriam as leis por medo mas não por amor, não internamente, e indiretamente argumentou que essa lei interna seria o elemento a favor religião contra o argumento ateísta.
Há um filme ( Pandora )que discute exatamente isso na sua conclusão ( mas acho que ninguém que o assiste dá a menor bola ). Acontece que as leis são reflexo de algo anteriror a nós que vem de Deus, mesmo o ser humano distante dEle tem uma lembrança tênue doque seria ideal. A quebra desses paradígmas em larga escala é danosa e reflete o que você disse. Prostíbulos são telerados mas a grandemaioria da sociedade e até usuários os desaprovam.
Um abraço.
Esli,
ResponderExcluirA terceira parte está agarrada... esta segunda parte saiu pela impossibilidade da terceira ser a segunda, o que acabou se comprovando [rsrs].
Talvez venha uma terceira, e a terceira seja uma quarta; talvez, pare por aqui mesmo... mas tenho de tocar no assunto do Estado, senão,
terei de mudar o título.
Quanto às diferenças, elas existem mas não impedem o diálogo, e você é um que sempre dialogou, ainda que não passe de um "herege" [rsrs].
O fato de "quase" concordar comigo é um bom sinal, de que meu texto não é um lixo a ser descartado, mas acho que o "quase" também não deixará você concordar com ele. Porém, o importante é irmos pensando, enquanto caminhamos o mesmo caminho, ainda que em calçadas diferentes.
Obrigado pela visita.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Helvécio,
ResponderExcluirFoi um bom papo o que tivemos ontem, quando do seu aniversário [ainda que pelo telefone].
Ao escrever, também me vêem à cabeça palavras como as suas ao ler: "isto está certo"... "isso não"... "quem sabe, isto"... "acho que dei um fora"... [rsrs]. Se tem algo que definitivamente não defendo mais é a minha "infalibilidade", se é que defendi um dia.
Mas, sei lá, vejo muitas justificativas para a não aplicabilidade da lei, desde teológicas até as de cunho estritamente pessoal. Mas não consigo me convencer do erro. De certa forma, brigar pela teonomia é o mesmo que lutar contra toda uma cosmovisão subjetiva que pode até se tornar objetiva, mas que não quer a objetividade. É como se o indivíduo gritasse a plenos pulmões: me deixe! Não quero saber disso!... Não vou dizer que o não-teonômico seja autonomista, nem que seja antinomiano... apesar da maioria sê-lo em menor ou maior grau. Mas há os que não são nem uma nem outra coisa, e creio que o maior problema deles é não harmonizar a mensagem escriturística. A tal distinção entre o antigo e novo, sendo que ambos são o mesmo testamento.
Mas tudo bem, sou o que se pode chamar de teonomista-pessimista [alguém já disse que são termos contraditórios; mas eu seria, mais ou menos, teonomista quanto à verdade inexorável da Lei divina, e pessimista quanto à aplicação da verdade num mundo de mentiras], e luto meio que contra os moinhos, defendendo-a, sabendo que serei parte vencida.
Um irmão disse que confunde-se a lei de Deus com a lei mosaíca, e ele defende a primeira dizendo que a segunda é uma simples fração daquela, no que concordo. Porém, o que temos de objetivo e, me parece, quando Paulo se refere à lei escrita em nossos corações é a lei revelada [lei mosaíca, que é divina], pois, se ela, sendo uma irrisória fração da lei maior [que não foi revelada], ainda assim não somos capazes de cumpri-la, por que deve-se almejar o todo quando nem se pode cumprir uma parcela dele?
Mas bem, como sou pessimista mesmo em relação ao homem [e me incluo no rol humano, para não deixar dúvidas] é bem provável que eu mesmo, em breve ou mais à frente, desista de lutar contra os moinhos, para preservar uma sanidade que me parece loucura... ou, quem sabe, me torne em um teonomista-otimista?
Mas enquanto isso, o mundo vai de mal a pior, com o aval dos cristãos ou, no mínimo, com a omissão e negligencia ao ver o mal no mundo e se preocupar apenas com o bem em si mesmo [ou o mal que não consegue vencer, o que é ainda pior].
Grande abraço, e parabéns pelo aniversário, novamente!
Cristo o abençoe!
A partir de alguns textos seus pensei em escrever algo sobre o assunto. Mas explico, não é para concorrer e nem par acrescentar, mas chamou-me a atenção a sua reflexão sobre o assunto. De fato, a contra gosto, nunca foi preciso conhecer toda a Escritura. Tê-la toda é um privilégio e um peso ( no bom sentido ) pois não conseguimos ser melhores que todos os nossos antepassados na fé. Acho que você me entendeu. Assistindo Sansão e Dalila e vendo a enxurrada de gente se interessando pelo livro de Juizes, ( postei dois estudos e só tem visitas uma atrás da outra ) que as vezes fica esquecido, Juizes era um período em que cada um fazia o que achava mais certo e que como povo, os israelitas de fato não buscavam o Senhor.
ResponderExcluircontinua...
Vou tentar rabiscar um esquema de Abraão, passando pelo período em que os Israelitas foram abrigados no Egito, o Êxodo, passando pelo período dos Juízes e entrando na Monarquia, quando temos o povo de fato em torno da Lei, embora já a tivessem desde o Monte Sinai, tentando reler os princípios da Lei e tentando detectar os objetivos de Deus referentes aos Israelitas. É patente e claro que o crente não pode produzir sem a lei uma justiça inferior a exigida pela Lei, isso todo mundo percebe, até o incrédulo. Há de fato essa incompatibilidade moral. A questão do mal acho que é numérica: há claramente mais inconversos do que conversos. Os convertidos devem apenas mostrar frutos de qualidade
ResponderExcluirUm grande abraço irmão e parabéns pelo texto mais uma vez.
É irmão,
ResponderExcluira sua abordagem é sem dúvida pertinente, mas os irmãos ou estão com preguiça ou desinteressados por um assunto "pé no chão" ao qual você convida a todos os leitores a uma posição. Embora teórica é um tema que demanda um certo pragmatismo, funciona ou não funciona. Onde me situo, e nesse posicionamento as coisas seriam ou nãio diferentes, o que há se certo e o que há de errado...
Será que teremos de falar sobre o sexo dos anjos, se Satanás tem chifres ou não ( esse é um bom assunto teórico )? Mas não desista de escrever a terceira parte. é ou todos concordam "in totum" com você ou discordam tanto que preparam um massacre.
de qualquer forma um abraço.
P.S. Não é sua incompetência em abordar o assunto, longe disso, muito antes ao contrário, continua tão bom quanto antes, ou até melhor.
Acho que já escrevi isto em algum lugar, todavia segue repetido:
ResponderExcluir- A justiça é alcançada do ponto de vista ético quando eu não prejudico alguém... Exemplo: Andar de carro prejudica alguém? Minimamente prejudica o meio ambiente, logo sou anti-ético e a justiça não foi plenamente alcançada.
- A justiça é alcançada do ponto de vista legal quando eu cumpro a lei... Exemplo: A lei permite que eu me aposente só porque fui governador do meu Estado por dias? Então a justiça foi alcançada caso a pensão me seja concedida (apesar de ser a meu ver claramente anti-ético).
- Por fim, a justiça é alcançada do ponto de vista moral quando eu cumpro a lei de Deus ou um padrão moral estipulado pelo próprio homem (quando ateu)... Exemplo: Adultério é pecado? Então se eu adulterar logo pequei e fui agente de uma imoralidade.
Pois bem, é possível neste esquema (existem muitos outros conceitos diferentes para o que seja moral, ética etc... mas eu prefiro os acima depois de ler alguns) que o cara seja ético, ilegal e moral, ou talvez, anti-ético, ilegal e moral e assim vai...
...
ResponderExcluirEntão se alguém me pergunta se alguma situação é injusta eu logo penso, de que ponto de vista, da ética, da moral ou da lei civil?
As respostas irão variar de pessoa para pessoa, e de contexto para contexto, mesmo no campo moral, pois uma coisa que seja pecado para um (bebida alcoólica) pode não ser para outro.
Afinal do campo da moralidade em relação a Lei de Deus, tudo o que é feito em dúvida é pecado... logo se feito em certeza e não contradiga diretamente um mandamento explícito, não é pecado para outro, mas pode sê-lo para o primeiro (o que tem dúvida).
Me parece que o colega Jorge e mais alguns outros propõe que a lei civil seja a mesma que a Lei Moral, ou pelo menos subordinada.
Tudo bem, sou simpático à causa, mas há grandes dificuldades, uma delas é que a Lei de Deus prescreve por exemplo, a pena de morte por apedrejamento para diversos crimes. O rito é o apedrejamento, logo se é lei eterna deve ser seguido... E então... Estão dispostos a defender tal rito? Qual argumento que usam para decretar abolido o rito, ou o rito (a sanção) não faz parte da Lei e pode ser relativizado e trocado por outro que não seja tão chocante quanto o apedrejamento?
Quanto a suposta imutabilidade da Lei Divina, também há pontos difíceis na argumentação proposta, afinal já demonstrei em comentários antigos que a Lei de Deus passou por mudança. Abraão não pecou quando casou com a irmã, afinal a lei que proibia tal ação ainda não existia, logo o delito também não existia. Já no meu caso se eu casasse com minha irmã claramente descumpriria a Lei Mosaica (que neste ponto não foi abolida em lugar algum). Logo passou por mudança e poderia citar outras dezenas de exemplos, logo o padrão de moralidade divina "mudou", e o que era "moral" antes se tornou imoral depois.
Teria mais coisas para acrescentar, mas por hora e por causa do espaço, vou ficando por aqui.
Abraço fraterno.
Natan,
ResponderExcluirentendo a sua distinção entre os termos, mas o fato é que a lei divina [dividi-la entre moral, penal e cerimonial é uma facilitação, porém, ela é uma só] é em si mesma justa, perfeita e santa. Do ponto de vista bíblico, não há como alguém ser moral e anti-ético, ou moral e injusto, ou justo e imoral. A lei de Deus veio exatamente para não relativizar o pecado, de tal forma que ele pudesse ser aceito por uns e não aceito por outros; ela veio tornar o pecado objetivo a fim de que aquele que se arrependa o faça objetivamente também. Com isso, todo o subjetivismo que pudesse haver em torno do tema caiu por terra, assim como o seu relativismo.
Quanto à revelação progressiva, o importante é que, ao contrário de Abraão, nós temos a lei em sua completude, e não há porque não obedecê-la. Com isso, não se pode dizer que a moral e ética divinas sejam mutáveis... ela apenas foi revelada no tempo em progressão, mas com isso não se pode dizer que Deus mudou-a, o que implicaria na mudança do senso moral e ético divinos, o que é absurdo!
Portanto, considero que somente o legislador, aquele que instituiu a lei, pode aboli-la. Nesse caso, o que se chama de lei cerimonial foi abolida conforme Hb 10.1, ao meu ver. Se ainda não leu, leia o texto que escrevi "A rejeição da Lei e abolição do Evangelho", onde explico melhor essa situação.
E você tocou no cerne da questão, e que é o motivo da minha reflexão: baseado em qual princípio ou fundamento posso julgar o que é moral, ético e justo? Segundo o homem? Segundo o Estado? Ou segundo Deus? E a moral, a ética e a justiça não podem depender do senso individual e subjetivo de cada um, nem do senso aparentemente justo da lei humana e do Estado, que na verdade, são injustos assim como é o do homem. Para que haja moral, ética e justiça têm-se de obedecer o padrão divino, e a lei divina veio exatamente para ordenar esses valores de tal forma que eles prevaleçam.
E, para esclarecer, a Lei civil ou Mosaíca, nada mais é do que a especificação da Lei Moral. E ambas são divinas em todos as suas particularidades. Quem defende a Lei Moral, e o cristão deve fazê-lo, tem obrigatoriamente de defender a Lei Mosaíca... é claro que não estou fechado em todos os seus aspectos, e considero que há alguns que podem ser aplicados, como o caso da pena de morte por apedrejamento, o que não invalida a pena de morte em si mesma, mas que pode ser executada por outros meios.
Mas a idéia é abrir um debate que nem sequer começou. Pois há um endurecimento daqueles que discordam da prevalecência da Lei para os nossos dias, ao ponto em que, apenas pensar e meditar na questão já lhes é impossível. Então se fecham em sua crença, e simplesmente se dispõem ao ataque aos que estão do "outro lado".
De minha parte, não li ou ouvi ainda um argumento que me demovesse da sua realidade, mas se ele houver, prometo me debruçar sobre a questão, meditar, orar e aceitar o que o Senhor estabeleceu como verdade.
Enquanto isso, vamos pensando e refletindo.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Helvécio,
ResponderExcluirobrigado pela força!
Entendo que o importante, mais do que os comentários, é que cada um se debruce sobre o tema e reflita. Se ao menos lerem o que escrevi, e puderem a partir da Escritura entender a importância da questão, e verificar que muito da injustiça e da imoralidade que atualmente campeia no mundo se deve à negligência e pouco caso da igreja sobre a questão [inclusive na disciplina dos membros que acabam sendo escândalo para o Evangelho], já me darei por satisfeito.
Concordar ou não comigo é irrelevante no sentido de que posso estar errado em um ou mais pontos, e nem é esse o meu objetivo. Como disse acima, não alego infalibilidade no que escrevo, mas gostaria realmente que os irmãos refletissem e tirassem o pó que cobre o assunto.
E que outros irmãos possam escrever sobre a questão também, seja concordando ou não, como alguns já têm feito.
Por falar nisso, alguém pode cogitar que sou contra o pensamento contrário, o que é verdade, senão não seria contrário [rsrs]. Mas sou completamente a favor da manifestação contrária, desde que ela não seja uma simples acusação sem fundamento ou um desabafo descabido.
Abraços.
Irmão Oliveira,
ResponderExcluirexcelente a sua contribuição e seus esclarecimentos. O Jorge merece mais participações assim que sempre elevem
o nível de análise e as referidas reflexões.
Um grande abraço, embora não o conheça pessoalmente.
Caro Jorge
ResponderExcluirUm exemplo de que seja possível ser moral e antiético é o exemplo de andar de carro (quando o que é prejudicado é o meio-ambiente) uma vez que não é pecado andar de carro.
Outro exemplo é o fumo, pois a Bíblia não condena o fumo, logo não é imoral, mas é antiético pois prejudica o corpo do fumante (Spurgeon fumava... Risos...).
Outro exemplo é o consumo de Coca-cola... Risos... A Bíblia não condena tal consumo, logo não é imoral, mas é antiético pois é sabido que prejudica o corpo do consumidor, engorda, altera os indicadores de saúde do corpo, etc...
Você fala "do ponto de vista bíblico"... Bem... Do ponto de vista bíblico a única coisa que importa é a moral bíblica, a ética para mim está mais para invenção humana de quem acha que apenas ser ético já é suficiente.
Do ponto de vista bíblico a ética não tem importância, desde que a moral seja cumprida.
Exemplo: Do ponto de vista ético a destruição de Jericó foi altamente antiética pois matou um monte de famílias, crianças, velhos, grávidas, etc... Mas do ponto de vista da moral, não foi uma injustiça nem imoralidade pois o próprio Deus mandou "Vai lá e mata todo mundo".
O pecado enquanto rebeldia-desobediência certamente não pode ser relativizado.
...
Mas o pecado enquanto delito específico pode ser relativizado sim, e o exemplo é aquele que já dei com outras palavras evocando Romanos 14, onde comer carne para alguns é pecado (se fizer em dúvida) e para outros não.
ResponderExcluirSua pergunta: Baseado em que princípio posso julgar o que é "verdadeiramente justo"? Eu entendo que o único princípio é a moral bíblica da Lei de Deus. Todos os outros são ou podem ser injustos (seja na ética seja na lei civil), afinal a justiça do ponto de vista ético e a justiça do ponto de vista legal na realidade podem em muitos casos serem apenas reflexos de injustiça pura.
Você "fugiu" da questão do apedrejamento.
Não ficou claro para mim, você está ou não defendendo a aplicação do apedrejamento como sendo justo e correto e aplicável nos dias de hoje?
Vou caçar os versículos (talvez...) e mostrar para você que não pode ser executada por outros meios quando a lei é específica quanto ao rito da sanção.
A tese da revelação gradativa é controversa...
Seria interessante se fosse o caso de novos mandamentos, mas a tese desmorona pois existem vários casos de mandamentos sobre os mesmos assuntos e que mudaram...
Não podia comer carne, depois podia comer algum tipo de carne, depois podia comer todos os tipos de carne (mediante oração)...
Para mim trata-se claro exemplo não de revelação gradativa somente, mas também de mudança de padrão moral mesmo (no caso em relação a carne).
Exemplo: Seria uma imoralidade para Adão comer um churrasco, seria uma imoralidade para Davi comer carne de porco, seria uma imoralidade para um adventista comer carne de porco (pois ele tem dúvida ou "certeza" que não deve fazê-lo), mas para mim não seria imoralidade nenhum dos casos acima. São padrões de moralidade diferentes ou não? Houve mudança ou não?
Caro Helvécio
Obrigado pelo "feedback".
Abraço!
PS: Falo apenas como troca de idéias, na realidade dependendo do livro que se lê, ética é uma coisa moral é outra, outros acham que são a mesma coisa, você mesmo parece colocar ética, moral e justiça como meio que equivalentes, etc... Eu de minha parte gostei deste esquema, não sei se está absolutamente correto, no esquema apresentado ética, moral e legislação são mecanismos para se buscar um objetivo. O objetivo é a justiça. Vai depender do que cada um acha o que significam tais palavras. Alguém pode achar que ética seja o objetivo, mas para mim ética é prática, e o cara é ético quando tem uma prática que não prejudica. Como sempre estamos a prejudicar o quer que seja (nós mesmos, o ambiente, o próximo, a galinha que morre para que possamos almoçar, etc...) então é praticamente impossível ser ético absolutamente e Deus não nos pede isto. Mas nos pede que busquemos a justiça (verdadeira) a partir do padrão moral bíblico.
Jorge, vi uma notícia, acho que na Índia, foi inaugurado o primeiro banco sem trancas, alarmes e cofres do mundo. Após uma pesquisa empresarial séria, descobriu-se que a comunidade mais de cinco mil pessoas que frequentam todos os dias o templo de um certo deus, jamais roubam alguma coisa de alguém por temor da fúria do tal deus. O que falta aos cristãos muitas vezes é o temor do Senhor, o princípio da sabedoria. Decidimos rapidamente como se Deus não existisse, não tivesse nenhuma opinião sobre nenhum assunto. Pessoas depois de convertidas carregam algum valor positivo aprendido ao longo da vida. Os que aprenderam ser doares darão mais na igreja,os caridosos, os corajosos,os amorosos, os respeitadores, com temor ídem. Quem não aprendeu nada começará quase do zero. Os que já criam em algo sebrenatural, crerão mais e assim por diante. O ocidental na média e o brasileiro especialmente é muito "soltinho", avesso a regras, desleixado,e com o crente não é diferente. Um abraço.
ResponderExcluirJorge,
ResponderExcluirTalvez comentar aqui seja até uma perda de tempo, pois não cheguei ainda ao ponto de comentar reflexivamente, estou engatinhando em muitas questões que tive contato há pouco tempo e provavelmente nada acrescentarei com este comentário.
Mas, criei coragem e quero registrar aqui, que muito tenho aprendido e dentre as comparações que fiz com a Palavra de Deus, consegui me descobrir como crente nessa palavra e na Vontade de Deus, eleição, predestinação, soberania do Pai, graça, enfim, questões que fiquei refletindo bastante e como você, se estão erradas , eu não consigo me convencer do erro.
Quanto a Lei, creio sim que ela vem de Deus, é correta em tudo no mandamento e na correção dos seus, e que temos aquele sentimento de certo ou errado (os realmente que tem temor, respeito ao Pai), e como somos falhos muitas vezes ignoramos esse sentimento e pecamos feio a exemplo de Davi. Quando conseguimos sentir o caminho que o Pai quer que sigamos, faz com que busquemos essa Lei de Deus, por amor a Ele, para simplesmente agradá-lo, glorificá-lo. Isso envolve tudo que Ele nos deixou como mandamentos.
Concordo que o velho e o novo testamento são um mesmo, pois Jesus disse que não veio mudar a Lei, mas cumprí-la (eu nem sabia que isso era discutido).
Desculpe aos leitores e comentadores se escrevi algum absurdo, mas na minha ignorância eu agradeço, tenho realmente caminhado em reflexão e aos poucos estou sentindo que estou entendendo mais a Palavra do Pai e o quanto temos que glorificá-lo.
Fiquem com Deus, abraço.
Querido Jorge,
ResponderExcluirmais uma 'inovação', tem muito marmanjo dando opinião no seu blog, não que não devam dá-las como homens, mas um incentivo às irmãs de expressarem a sua fé e sensibilidade como filhas de Deus. Afinal,Paulo disse para as mulheres ficarem caladas na igreja ( de Coríntios ) mas não na web ( rs...rs...rs...).
Perdoe a intromissão, afinal o minifúndio é seu, mas como sabe, torço para que o seu testemunho e contribuição tenha o máximo de alcance.
Seja bem vinda irmã, em nome do Jorge ( rs...rs...rs...) brincadeiras a parte, somos ainda um espaço digital machista, mesmo como cristão, que deveria contemplar a reflexão feminina, até mesmo para crescimento espiritual das mulheres. Acho que é isso. Um abraço a todos.
Helvécio,
ResponderExcluirconfesso a minha timidez e ignorância em muitos assuntos que aqui são expostos, tenho a colocação de Paulo quanto às mulheres em grande conta, assim como procuro em todos os conselhos e determinações, fazer regra no meu caminhar, só tem um problema, é a minha imperfeição, rebeldia nata humana, a “velha mulher” que em muitas situações ainda acha que tem lugar. Luto comigo para crescer, como você disse, o tempo inteiro. E louvo a Deus por essa oportunidade e esclarecimento dessa necessidade.
Leio e releio o artigo, às vezes funde minha cabeça no meio dele, páro, continuo no dia seguinte, deixo aberto no meu notebook direto para não esquecer de continuar, preciso reler novamente, enfim, estou engatinhando e persistindo conforme a Vontade do Pai.
Agradecida pela acolhida, não sei se caberá mais algum comentário meu, que seja de utilidade, porém, tenha certeza que estarei lendo e refletindo, agradeço pelos comentários também, tem muito material para eu refletir.
Fique com Deus, abraço.
Natan,
ResponderExcluirquanto a prejudicar o meio-ambiente, não sei não... se o carro produz gás carbônico, os animais e vegetais também ao eliminarem apenas o gás carbônico na expiração. Quanto mais gente no mundo, mais gás carbônico estará presente na atmosfera e menos oxigênio haverá. Usando a sua analogia, não é pecado viver, desde que os seres vivos não respirem [rsrs].
Ao que me conste, andar de carro e respirar não são pecados contra Deus, portanto, nem imorais e antiéticos.
Posso estar enganado mas não consigo dissociar ética de moral, creio que a Bíblia se refere a ambas, e elas estão entrelaçadas, de tal forma que o não cumprimento de uma fere a outra. Por exemplo, se negligêncio o testemunhar o Evangelho, se não me interesso em auxiliar o próximo, se não tenho uma vida que não renda frutos para glória de Deus, não estou sendo imoral do ponto de vista estrito da palavra e da Palavra, mas não estou sendo ético com o viver cristão que todos devemos ter.
E, realmente, não considero essa questão algo irrelevante e sem importância, ao ponto em que Paulo diz que esse homem seria salvo como que pelo fogo, porque construiu sobre o fundamento uma casa de pau, palha e feno [1Co 3.13-14], ao meu ver, o não-viver cristão ético.
Sua afirmação sobre Jericó é problemática, pois faz de Deus moral mas antiético. É claro que Deus não pode ser acusado de nada; mas a idéia que se passa é de ele não ser ético ao lidar com a sua criação, no que não concordo.
Relativizar o pecado? Ah, não sei não... Em Rm 14 me parece que Paulo está a falar de outros pecados [o comer carne não é pecado, mesmo a sacrificada aos ídolos (1Co 8.6-13), porém pelo viver não ético, o irmão poderá ser escândalo ao mais fraco, de forma que estará a pecar contra ele e contra Cristo], especialmente o de fazer tropeçar o irmão mais fraco, de desprezá-lo ou de julgá-lo em sua fraqueza. De tal forma que ele conclui: "Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação" [Rm 15.2].
Quanto ao apedrejamento, não fugi do assunto, apenas disse que o princípio da pena-de-morte é válido para os nossos dias, e que ela não se contrapõe à fé cristã. Quanto ao apedrejamento, ele foi substituído por métodos mais práticos [guilhotina, fuzilamento, cadeira-elétrica, injeção letal], então, defendo o princípio, não necessariamente a forma de exercê-lo.
Há mudança do que é moral e imoral na Lei? Não creio que haja em qualquer tempo essa mudança. Mas também não sei se detalhes da lei, como os que você cita, estão incluídos no texto de Hebreus, quanto a abolição da parte sacrificial ou cerimonial. Realmente, preciso meditar e pesquisar a Escritura sobre o assunto. Se alguém puder ajudar, trazendo alguma luz sobre a questão... seja bem-vindo!
No mais, seus contrapontos são interessantes e que mostram o quanto está envolvido na questão, e o quanto, por exemplo, eu ainda tenho de simplista nas minhas colocações que, contudo, mantenho-as, mesmo reducionistas, mesmo que não tenha ainda a abrangência que merece toda a questão.
O ponto é que a maioria dos crentes está disposto a rejeitar a Lei sem ao menos meditar no assunto, como se fosse algo pronto e acabado, sem se ater a tantos pormenores, os quais impossibilitam uma decisão sem reflexão, sem estudo, pronta e acabada.
Obrigado por suas intervenções, são instigantes e me levam a querer conhecer mais o desconhecido [para mim, ao menos] campo da Lei divina.
Abraços.
Ps: quanto ao seu "PS", assino embaixo.
Helvécio,
ResponderExcluira questão é: essa cidade estará imune ao ataque "forasteiro" de bandidos e criminosos que não são os religiosos da região? Para isso, é necessário uma lei que impeça e penalize aquele que se atrever a roubar o que não é seu, ferindo o direito do outro.
Mas mesmo assim, mesmo entre esses religiosos não-larápios, pode acontecer de alguém ter uma recaída, ou não ter uma fé tão forte, ou o seu temor se relativizar, e se aventurar a tirar um pouco do tanto que há ali. Para isso, existe a lei.
De qualquer forma, se na região não há ladrões, é questão de tempo, para se ver quando será a primeira investida dos malfeitores, ainda mais que a notícia é mundial... deve haver bandidos mundo afora se preparando para viajar à Índia [rsrs].
O homem, em essência é mal, sua natureza é má e perversa, somente Cristo pode transformá-lo e trazê-lo sujeito ao Evangelho, contudo, é necessário que aqueles que não forem alvos da regeneração do Espírito Santo, sejam inibidos, coibidos em sua sanha criminosa, e caso não o seja pelo temor da lei, que a punição seja-lhe aplicada na proporção do seu crime.
Abraços.
Fernanda,
ResponderExcluiré um prazer tê-la por aqui, como o Helvécio disse. Precisamos de mais mulheres comentando sobre assuntos importantes e que se relacionam com a vida de todos nós, tanto espiritual como material. Portanto, não se acanhe de participar em todos debates, não há um sabe-tudo em lugar nenhum, quanto mais entre os frequentadores deste blog, quanto mais o editor dele, eu mesmo.
Todos estamos engatinhando no conhecimento de Deus e da sua palavra, mas o fato de querer já nos aproxima mais de Deus do que aquele que não quer conhecê-lo, seja por preguiça, indiferença ou por soberba, ao achar que já sabe tudo. Então, engatinhemos juntos, a Escritura nos exorta a cada um de nós auxiliar e edificar o outro na fé. Façamos isso, sempre!
Quanto ao restante do seu comentário, assino embaixo. Não há o que acrescentar. Apenas que há sim muitos irmãos que não acreditam na continuidade do Antigo Testamento, e há os que o consideram tão diferente do Novo Testamento que reputam haver um deus lá e outro cá, um deus mal e outro bom, o que é absurdo! Isso quando não alegorizam toda a narrativa do AT, esquecendo-se de que o Senhor Jesus Cristo no NT se referiu e se utilizou de passagens e trechos verotestamentários para proclamar a sua doutrina, que é a mesma dos patriarcas e profetas.
Há um livro interessante da Editora Vida que se chama: "Deus mandou matar?", em que esse assunto é tratado em um debate teológico sobre a continuidade ou não do Antigo e Novo Testamentos. Normalmente, os liberais e incrédulos não crêem no A.T. por vários motivos, mas todos eles ligados à descrença e a um humanismo eivado na mente e coração que distinguem-nos quando são uma unidade.
Você não falou besteira alguma, pelo contrário; e venha sempre que puder e quiser, será um prazer tê-la nessa confraria de irmãos.
Grande abraço!
Cristo a abençoe e a edifique imensamente!
Helvécio,
ResponderExcluiro minifúndio é nosso, se fosse apenas meu, não haveriam os comentários [rsrs].
E concordo que a reflexão de cristãos e cristãs é importante para o crescimento de ambos, e de que temos muito a aprender com as mulheres. Especialmente, as calvinistas... e como tenho visto mulheres calvinistas... o que prova que a doutrina bíblica não é machista, mas dada a todos quanto Deus quis dá-las.
Novos abraços, a você que é um co-autor do Kálamos [rsrs].
Jorge
ResponderExcluirRealmente não sabia dessa divergência entre NT e VT, sei que muitos têm dúvidas quanto à justiça e amor de Nosso Pai, questionam como é possível Ele deixar acontecer tantas tragédias (de todos os tipos), sem distinção de crianças, idosos, homem e mulher, .... , bem, quanto a isso também tinha dúvidas, por isso disse que lendo as escrituras e opiniões diversas sobre a eleição, graça, predestinação, soberania e vontade do Pai, é que cheguei a essa conclusão: de que há os salvos eleitos desde a fundação do mundo (Efésios 1,4) e os ímpios para o dia do mal (Provérbios 16,4).
Tudo de acordo com Sua Vontade, Seus Propósitos, tudo para Sua Glória.
Relembrando essa passagem de Provérbios 16,4, tenho uma dúvida, como Ele expressou Seu Amor ao criar os ímpios para a perdição, não sei se formulei direito a questão, isto é, em tudo Ele expressa o Seu Divino Amor, então na sua opinião, como podemos entendê-lo para com esses que serão perdidos, condenados ao fogo eterno?
Mesmo não entendendo claramente, não O estou questionando, de forma alguma, pois somos suas criaturas e se não fosse pela Sua Misericórdia nem estaríamos aqui conversando, questiono somente para ter talvez um melhor entendimento do Amor imenso de Nosso Criador e Pai.
Agradeço se puder ajudar a destrinchar minha dúvida.
Abraço a todos, na paz de Deus (a verdadeira).
Fernanda,
ResponderExcluirnão me lembro de nenhuma passagem específica dizendo que Deus amou a sua criação como um todo. Há referências de que ele tem prazer nela, considerou-a boa e sustentá-a.
Um trecho que me remete à existência dos ímpios [e por conseguinte, do mal] é Rm 9.22-23, onde temos a afirmação de que Deus "suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia que para glória já dantes preparou".
Parece-me claro que tanto o mal como os malfeitores foram criados com o objetivo de Deus revelar aos eleitos o seu amor, graça e misericórdia.
Sempre quando alguém questiona: por que Adão pecou? Eu digo que se ele não pecasse, jamais conheceríamos a extensão e profundidade do amor de Deus, manifesta em seu Filho Jesus Cristo. De tal forma que os anjos gastarão a eternidade inteira para entender o amor de Deus por nós.
Sem a queda e o pecado, como poderíamos entender, aceitar e sentir o amor divino? Pois, aos anjos caídos não lhes foi revelado o amor de Deus, já que não há chance de arrependimento nem salvação.
Deus em seu caráter justo faz o sol nascer sobre bons e maus, mas o seu amor é revelado na redenção, na salvação, por meio do sacrifício, morte e ressurreição de Cristo. E isso somente é possível para aqueles que ele predestinou, chamou, justificou e glorificou: o seu povo, a sua igreja, em todos os tempos.
Se desejar prosseguir no assunto, podemos conversar via email. O meu é dosty@monergismo.com
Cristo a abençoe!
Abraços
Caro Jorge, para você ler e responder mais rapidamente e de certa forma ilustra a questão das regras ou leis, ou normas, na série EM QÛE CRÊEM AS IGREJAS, em meu blog, publiquei a confissão de fé de uma igreja batista do Acre. Gostaria que reparasse bem no ítem 3 relativo "Sobre os membros da igreja", provando que a norma,ou lei é não só necessária, mas clara e explícita. Só pela norma, lei, ou o que seja escrita e documentada, alguém pode ter a sua conduta julgada. No período dos Juízes na Bíblia, lê-se que cada um fazia o que achava mais certo. Isso não funciona tão bem, digamos quando levado a uma situação macro ( tribo, nação,países, igreja, time de futebol,etc. Se é um argumento a não anulação da lei , é uma ilustração, e um caso. Um abraço.
ResponderExcluirAh...mais uma coisa, como é um escritor ( de de longa data ) os seus textos são ótimos, bem escritos, praseirosos de se ler, até quando se discorda de um ponto ou outro, o seu estilo fica acima da média da nossa inteligência. O título é mito bom, não o mude, mas acho que muitos leitores nem prestam a devida atenção a parte final " a blindagem do mal", daí sugiro humildemente reexplicá-la ao final da série, pois me parece ser exatamente a idéia de toda a trilogia de posts, ou me enganei?
ResponderExcluirUm abraço.
Helvécio,
ResponderExcluirsabe o que mais gosto em você? do ponto de vista intelectual? É que você não se omite, e busca, ao seu jeito, confrontar a questão, de tal forma que aprenda e descubra novas formas de formulá-la, ou, simplesmente, depois das buscas, rejeitar o que foi proposto. O que é mais do que legítimo. De nada adianta ler um texto, concordar ou discordar, e ficar por isso mesmo. A menos que esse leitor seja uma verdadeira enciclopédia, e saiba de tudo ou quase tudo. Pesquisar, fuçar, mexer com a poeira para poder limpá-la, faz parte do trabalho intelectual, que nos levará a entender e compreender; sem isso, acho muito difícil se chegar ao convencimento da verdade.
É claro que ainda assim podemos falhar em nossas conclusões, mas fomos ao menos honestos em buscá-las.
E a lei tem, entre outras coisas, os componentes que você apontou em seu penúltimo comentário, trazer ordem e paz.
Quanto ao título, não pensei em mudá-lo, somente para o caso de não tocar no assunto do Estado... mas acho que vou fazê-lo em breve.
E, você acertou na mosca! A blindagem do mal é o tema corrente dessa série, com o objetivo de desblindá-lo e expô-lo em sua malignidade.
Abraços... de novo!
Risos...
ResponderExcluirOs meus comentários só servem partindo-se do pressuposto de que o esquema por mim apresentado, do que seja ética, moral e justiça, esteja correto.
Eu não sei se está correto (o esquema).
Apenas de todos os que li, foi o que mais gostei.
Respirar faz parte da vida.
Em casos especiais, até mesmo respirar pode ser antiético (Imagine 5 pessoas numa sala sem ar, e com apenas um tubo de oxigênio que precisa ser revezado entre eles com trancar de respiração intercalado até que venha o socorro e os livre da sala. Agora imagine que um deles espertalhão use de alguma artimanha para respirar sozinho todo o conteúdo do oxigênio...? Respirar neste caso foi ético?)
Andar de carro não faz parte da vida e é uma artificialidade criada pelo homem.
Risos...
No “meu” esquema, Deus não é nem moral nem imoral, pois Deus está acima da Lei que Ele criou aos homens.
Deus nem segue a ética, nem a moral nem a lei civil.
Deus é o "objetivo", ou seja, já é a justiça perfeita em tudo o que faz.
A ética (inclusive a palavra) foi inventada por Platão ou Aristóteles, caso a memória não me engane.
Eu disse que ética é ação (ação que não prejudica) e classificação que se aplica a homens somente.
Então o que disse foi que a ação de Josué foi uma ação que prejudicou (o pessoal de Jericó) logo antiética para com eles, mas por outro lado foi uma ação que beneficiou os hebreus, logo ética para com os hebreus...
Deus está fora e acima disto.
Ética, moral e legislação não se aplicam a Deus.
Apenas a justiça se aplica a Ele, pois Ele é sempre justo naquilo que faz e naquilo que ordena, mesmo que seja mandar mantar a todos os que habitavam em Jericó.
Evangelizar no Irá para um missionário brasileiro é...
... Ético (ele acha que está levando um bem – as Boas Novas – para aquelas pessoas)
... Moral (ele está cumprindo o IDE do Senhor)
... É ilegal (num complicado esquema de Direito Internacional)
A mesma ação do missionário brasileiro para um islâmico é...
... Antiética (está trazendo confusão para a cabeça das pessoas de lá, e pregando idolatria, outro Deus e outros ensinamentos que são diferentes do que Maomé ensinou)
... Imoral (está dizendo por tabela, que o Islamismo é uma mentira e que o Cristianismo Bíblico é que seria a verdade)
... É ilegal (pois lá é proibido pregar o Evangelho).
Abraço!
Bem colocado, não sei se concordo detalhe por detalhe com o que o irmão colocou muito bem, mas acho que sim e vou continuar pensando no assunto. A reforma e todos os fatos a ela relacionados foi ilegal, o cristianismo foi ilegal antes de Constantino, distribuir Bíblias foi e ainda é ilegal em muitas nações, para ser exato crime passível de morte. Chutar a "santa" foi indelicado e posteriormente ilegal ( atualmente ilegal ) mas do ponto de vista de Deus já tinha passado da hora e todos nós "educados" é que nunca fizemos o certo. Xerocar a Bíblia é ilegal ( sabiam por contratos, direitos autorais, etc.) mas se fosse preciso deveríamos fazê-lo, na "tóra", seria nesse caso o certo do ponto de vista de Deus. Um abraço.
ResponderExcluirNatan,
ResponderExcluirMuito boa reflexão; mas, apesar de não estarem erradas, acho até mesmo que muito certas, não estou a falar de ética e moral humanas, mas dentro do padrão bíblico, logo, tudo o que você falou, ainda que certo, não se aplica ao que eu escrevi.
Para nós, o importante é o que Deus quer que façamos, e de que forma vamos fazê-lo. Pedro e os apóstolos, como está escrito no cap. 5 de Atos, agiu contra a lei farisaica, porque estavam proibidos de pregar o Evangelho no nome de Jesus, mas mesmo assim encheram a cidade de Jerusalém com as boas-novas de Cristo. Quando Pedro arremata e diz: importa obedecer a Deus e não aos homens, no sentido em que desobedecer a Deus e obedecer aos homens [naquilo em que ferem um princípio bíblico], agiram ilegalmente segundo a lei humana, mas não injusta, imoral e antiéticamente, visto ser a justiça, a moral e a ética provenientes de Deus.
Outra coisa que já disse e reafirmo é a minha difículdade em separar moral, ética e justiça. Elas estão tão intrínsecas, que creio impossível subsistirem isoladamente.
Abraços
PS: Deus não está sujeito ao padrão moral, nem pode ser acusado de injusto, mas há de entender-se que em sua perfeição, sabedoria e santidade, ele é tanto moral como justo; sempre.
Helvécio,
ResponderExcluirfoi o que disse ao Natan, todas essas atitudes da igreja em todos os tempos foi em obediência a Deus, portanto, ferindo padrões humanos, mas jamais os padrões estabelecidos por Deus, e isso, no fundo, é o que importa a qualquer um de nós.
Abraços
Me desculpe então, mas é que você perguntou no início do seu texto "... Afinal de contas, qual é o padrão de justiça?..."
ResponderExcluirEntão eu respondi que o padrão alcançável vai depender de quem usamos para alcançar a justiça (seja a ética, a moral ou a lei civil - sejam elas analisadas do ponto de vista secular ou do ponto de vista bíblico)
Jorge,
ResponderExcluirDizem que nós cristãos devemos sofrer o dano, e atacar somente para defender outros.
Usam, por exemplo:
a. 1 Co. 6.7 "Por que não preferem sofrer a injustiça? Por que não preferem sofrer o prejuízo?".
Entretanto, a frase anterior é "o fato de haver litígios [entre vocês] já significa uma completa derrota". Portanto, parece somente ser melhor sofrer o dano do que processar irmãos [1], não sofrer o dano em todos os casos.
[1] Aliás, seria errado processar irmãos? Claro, se ele é mesmo um irmão, melhor é resolver amigávelmente. Mas e se isto não for possível? Em outras palavras:
1. "É melhor sofrer o prejuízo do que processar irmãos"?
Ou
2. "É melhor sofrer o prejuízo do que processar irmãos perante incrédulos"?
b. Alegam que devemos "dar a outra face".
Mas Cristo fugiu de quando tentaram matá-lo antes do tempo. Não dando, de certa forma, a "outra face".Também disse que os filhos de Deus são "pacificadores", entretanto veio trazer "guerra". Cristo também questionou quem lhe deu um tapa sem motivo durante seu julgamento. Assim, vemos que o Sermão precisa ser bem interpretado. "Dar a outra face" sugere que não sejamos vingativos, com reações desproporcionais. Não podemos reagir raivosamente contra um tapa. Nem reagir se a lei do país nos priva este direito.
Contudo, não seria legítimo nos deferdemos? A autoridade existe para castigar os maus. E nós temos autoridade, dependendo do país, e é claro, da proporção em que somos atacados.
Imaginemos que alguém que nos ataca, em primeiro lugar, dá a entender ser um perigo para todos. Em segundo, que caso nos tome algo, isto pode nos impossibilitar de ajudar outras pessoas. E em terceiro, puní-lo pode ser uma forma de mostrar a justiça para o próprio agressor, que sofrendo a consequência dos seus atos, talvez perceba o quanto eles merecem ódio.
Ou não?
****
Eu também tenho me perguntado sobre resistência civil. Por exemplo, se meu trabalho é executar condenados à morte. Caso eu esteja num país que aplique punições exageradas, em que alguém seja condenado à morte por um crime que não mereça esta punição. O que eu deveria fazer como cristão? Negar-me a executá-lo?
Tenho entrado pouco na internet. Agora que arranjei um pendrive, vou ver se apareço mais. rs. Acho que meu comment tem mais a ver com a Parte 1, mas enfim.
Abraços, para o Jorge e os outros comentadores.
Natan,
ResponderExcluirnão tenho do que o desculpar. Você emitiu sua opinião e concordei com ela, apenas o teor da minha postagem é se referindo à moral, justiça e ética divinas, não secular. Em nada suas colocações foram improcedentes, pelo contrário.
Abraços.
Matheus,
ResponderExcluirsim, Concordo com a primeira parte do seu comentário integralmente e, guardadas as devidas proporções, foi isso o que eu quis dizer no texto. À exceção é quanto ao dano pessoal, creio que sou levado a assumi-lo individualmente, mas não quando se refere ao outro. Caso isso aconteça, minha atitude é de injustiça para com ele.
Rapaz, você e seus questionamentos [rsrs]... sejam bem-vindos! Como conversamos no talk, essa é uma questão delicada. Por exemplo, quando Bonhoeffer participa do plano para o assassinato de Hitler na Alemanhã, o que está em jogo? E quais os princípios devem ser adotados? O que seria cristão: permitir que ele continuasse a exterminar covarde e sadicamente homens, mulheres e crianças, sem contar as inúmeras experiências "científicas" baseadas em torturas, dor e sofrimento das cobaias humanas? Ou assassinar o homem que infligia imensa dor e injustiça sobre milhões de pessoas?
Nesse caso, o que é moral? O que é ético? O que é justo?
No caso citado em meu texto sobre Davi, ao ouvir o relato proferido pelo profeta Natã sobre a homem rico, o pobre e a cordeirinha, o que ele considerou justo? Davi não temeu aplicar ao homem rico a pena de morte. Desta forma, seria injusto matar um injusto como Hitler? Seria injusto matar um Stálin, Fidl ou Mao que perseguiram e assassinaram milhões de inocentes, e entre eles, cristãos?
É por essas e outras que não admito em hipótese alguma cristãos marxistas, que se aliam, assim como parte da igreja se aliou a Hitler, com aqueles injustos que praticam injustiça a irmãos. No frigir dos ovos, são tão ou mais injustos do que eles, pois dizem conhecer a verdade, mas negam-na na prática.
Não vou deixar de dar a minha opinião pessoal: tanto quanto ao pensamento de Davi, quanto ao pensamento de Bonhoeffer, no lugar deles, eu tomaria a mesma atitude. Vão dizer que é fazer justiça com as próprias mãos, que é ser anticristão, etc, mas casos comprovados como esses devem ser punidos na mesma medida dos crimes cometidos. Tomei algo de alguém, devolvo quintuplicado. Matei alguém [que não seja por legítima defesa], a pena tem de ser recíproca, a morte. Essa é a justiça de Deus, a qual, infelizmente, esquiva-se de aplicá-la, com medo de rejeição ao pensamento moderno.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Excelente como siempre!!!, Jorge, colecciono muchos de tus escritos y espero algún rato (con tu permiso) traducirlos y publicarlos en un libro
ResponderExcluirRaul, meu amigo, seria uma honra!!! Desde Já, e sempre, está autorizado a traduzir qualquer dos meus textos e compilados em firma de livro. Um grande e forte abraço, hermano!
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