10 janeiro 2011

Cristianismo, Estado e Justiça - Parte 1










Por Jorge Fernandes Isah

Todo cristão deve ter a convicção de que, em qualquer época e lugar do mundo, onde o Evangelho de Cristo não se fizer presente, como a regra primeira e última de normatização das relações humanas [não apenas como um devaneio para a alma e poetas], ali encontraremos o que se pode chamar de idade e reino das trevas, sem a menor chance de sermos injustos ou precipitados. Porém, o que vem acontecendo e se disseminando entre nós é exatamente o contrário, a possibilidade de se criar um paraíso terreno sem a necessidade de se aplicar a Lei e o Evangelho, antes a rejeição de ambos [1]. Como se o homem, em si mesmo, pudesse deter algo de bom, e seus valores e objetivos fossem mais justos e santos do que os valores divinos, os quais provém da única fonte capaz de gerá-los, Deus, visto ser ele, em essência,  santo e justo.

Estranha-me que cristãos saiam decidida e prontamente em defesa de ideologias e métodos nitidamente antibíblicos, como se Deus pudesse, de uma hora para outra, renegar a si mesmo em favor do homem. Bem, alguém poderia, num arroubo delirante, dizer que a encarnação do Verbo foi uma espécie de negação da divindade, mas eu direi a esse insano que não há como Deus negar-se a si mesmo, pois o perfeito jamais pode ser imperfeito ou deixar de ser perfeito. E Cristo encarnou-se exatamente por causa da sua perfeição, a fim de executar o plano perfeito, imutável e eterno traçado pela Trindade Santa. Porém esse não é o motivo deste post, e a discussão pode se direcionar a outro lugar e momento. 

A verdade é que, de muitas formas e maneiras, tenta-se justificar o fato da igreja estar em profunda aliança com o mundo [mesmo que não seja consumada mas um flerte, isso em nada ameniza a situação], abandonando, como o fez em outras épocas, a aliança com Deus. Por que será? Alegar o estado temporário de imperfeição dos santos como justificativa não me parece prudente, nem mesmo chega a ser uma resposta. O ensimesmamento do homem parece-me muito mais próximo de uma resposta bíblica, a qual nos garante que não há um justo, nenhum sequer, e de que não há quem busque a Deus [Rm 3.10,12].  É claro que não ignoro o convívio do joio entre o trigo, mas, por que o trigo se empenha em seguir o caminho infrutífero do joio? Faltam parâmetros que delineiam a vida cristã. Parece que cada um pode absorver o que quiser e descartar o que também quiser com a mesma naturalidade com que se escolhe a cor de uma camisa ou o sabor de um sorvete, apelando apenas para o critério pessoal, algo subjetivo e de foro íntimo.

Tem-se de entender que a palavra que lemos, ouvimos e proclamamos não é nossa, mas de Deus. E como tal, tem de ser observada, entendida e aplicada em sua integralidade. O maior problema que se tem hoje é o de se distinguir entre um trecho e outro da Escritura, e dizer ser esse pertinente e aquele não, para os tempos atuais; e assim, rejeitamos a Bíblia em sua unidade, como a palavra para todos os homens em todos os tempos e lugares. Promove-se o seu fatiamento, a fim de se escolher o que venha de encontro aos interesses pessoais, e descartar o que não se encaixa neles, mesmo assim a partir de uma exegese falha e uma interpretação distorcida e tendenciosa. Já disse, em outro lugar, que não é possível se ter uma fração do Evangelho; ou se tem o todo ou não se tem nada. Mas parece que muitos estão dispostos a conviver com uma ínfima parte, ao ponto de se acreditar que têm a completude e unidade da palavra; talvez o maior de todos os enganos, senão o maior. Até mesmo não ter nada pode ser mais benéfico pois há a possibilidade de se ainda conhecer o todo. Contentar-se e se autojustificar com uma parte, impede-se de compreender e desfrutar da verdade intacta transmitida por Deus de maneira definitiva em seus limites invariáveis. Como está escrito: Olhai, pois, que façais como vos mandou o Senhor vosso Deus; não vos desviareis, nem para a direita nem para a esquerda” [Dt 5.32]. Não há ziguezagues, desvios, ou atalhos, nem mesmo paradas, mas um caminhar regular e líneo à glória.

O grande problema é que a igreja tem olhado o mundo com olhos cobiçosos, invejosos, de ter o que ele tem, de desfrutar do que ele usufrui, de colaborar em erguer-se a cerca que separará definitivamente o homem de Deus, mantendo-o do lado de fora do Reino, ainda que ele possa vislumbrá-lo a distância, minimamente, e assim certificar-se de estar [in]seguro na periferia, onde a marginalidade espiritual se estrutura no caos e na imoralidade. É como acariciar uma bomba-relógio programada para explodir em alguns segundos. Paulo nos diz: não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” [Rm 12.1]. Ora, o que vem a ser a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus, senão o Evangelho em sua totalidade? Não basta ouvi-lo. Não basta lê-lo. Nem racionalizá-lo. Decorá-lo. Ou espiritualizá-lo. Qualquer forma de reduzi-lo em sua amplitude apenas nos afastará da sua mensagem. Antes é necessário obedecê-lo, assim como o Senhor Jesus obedeceu ao Pai, demonstrando o seu amor por ele. Ilude-se quem acredita que qualquer tipo de amor é suficiente em si mesmo. Que qualquer emocionalismo ou contemplação é suficiente para agradar a Deus. Nada disso. O exemplo está naquilo que Cristo espera dos seus discípulos, como prova do amor deles por ele: Se me amais, guardai os meus mandamentos... e aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama” [Jo 14.15, 21] porque “Quem não me ama não guarda as minhas palavras” [Jo 14.24]. Isso é dito para a igreja, o povo de Deus, porque o mundo não pode conhecer o Espírito de verdade, nem pode recebê-lo, “porque não o vê, nem o conhece” [Jo 14.17].

Assim, muitos justificam a impiedade e injustiça do mundo em sua anormal naturalidade de ser ultrajante e insensato, visto não terem a palavra nem o Espírito da palavra para orientá-lo, pois é-lhe impossível recebê-los, e não os têm em si mesmo. Mas será isso? Ou não estaremos apenas dando os motivos para tanto uma como outra coisa se propaguem desenfreadamente, numa justificativa para a falta de temor dos cristãos? Não estaremos a regar e adubar o mal por considerá-lo inevitável e fora de controle? Não estaremos a nos condenar pelo descuido, por um espírito de acomodação e cinismo? Pelo qual nos desculpamos a nós mesmos por causa da nossa covardia e falta de senso? Desde quando o fato de se ser pecador é justificativa para se pecar? Seria o mesmo que um réu justificasse o seu crime diante do juiz com o argumento [ou a falta dele] de ser criminoso. O criminoso não é autojustificado por sua condição, antes ela o denuncia e o condena. E, com isso, participamos do sofrimento, da injustiça e da opressão que governos e a sociedade exercem sobre outros irmãos e até mesmo outros ímpios, o que nos torna, em algum grau, cúmplices do mal.

Mas alguém pode dizer: devemos sofrer por amor ao próximo. Devemos amá-lo como Cristo ama o pecador. É verdade, porém, Cristo não ama a todos os pecadores indiscriminadamente. Cristo não ama aquele que morrerá obstinado em seu pecado. Cristo não ama aquele que escarnece e se exibe acima da vontade de Deus, como se fosse maior do que Deus. Cristo não ama os que jamais se arrependerão dos seus pecados. Muito menos os que se deliciam continuamente em praticá-los. Cristo, ao contrário, abomina-os, e os lançará no tormento eterno, sem apelação. Cristo veio ao mundo para resgatar o seu povo, morreu por ele, e por ele ressuscitou. Alegar um amor divino indistinto é apelar para a desordem de Deus, que criou o mundo com propósitos claramente definidos, assim como os vasos da ira foram preparados para a perdição [Rm 9.22], e "até o ímpio para o dia do mal" [Pv 16.4]. A visão de muitos, de um deus que criou vasos para a perdição e amou-os tanto que os lançará no inferno, onde serão atormentados eternamente, e mais, que os criou com essa finalidade, é simplesmente não-bíblica e, posso dizer, tem o objetivo de nos tornar amigos de inimigos declarados, de tal forma que contemporizamos com o mal ao invés de aborrecê-lo. Querem criar um deus ambíguo, esquizofrênico, senil, frouxo, e que nada tem a ver com o Deus bíblico. Mas à parte dessa questão, uma outra está a intrigar-me: pode um cristão apelar para o amor indiscriminado e incondicional ao pecador, mesmo que isso represente a perseguição e injustiça a outro [irmão ou não]? Quer dizer que devo ser misericordioso para com aquele que não tem misericórdia, e assim ele desfrute livremente do seu pecado? E até o use como uma forma de punir o justo?

Veja bem, o ponto a se refletir é: tem-se de ser misericordioso com quem não tem misericórdia, com aquele que persegue, com aquele que causa dano, com aquele que se exibe ostensivamente na promoção e incitação ao pecado? É inadmissível que isso sirva de justificativa para a ofensa, a improbidade e o despudor. Seria esse o padrão de justiça bíblico, que nos leva a amar o ímpio e a permitir que ele permaneça injusto? Qual deve ser a atitude diante de um ato de injustiça? Defender quem a promoveu? Ou acusá-lo? E condená-lo segundo o reto padrão divino? Ou absolvê-lo pelo padrão humano? Quando se age assim, condena-se o justo e despreza-se a justiça. Favorecendo o mal em detrimento do bem. Mas, sobretudo, permiti-se agir injustamente com ambos. Ao consentir que um exerça livremente a sua impiedade, privando o outro da liberdade de ser justo.

Uma pausa: A Bíblia diz que devemos amar aos nossos inimigos [Mt 5.44]; da mesma forma que nos ordena a abençoar os que nos perseguem [Rm 12.14]. Mas isso se refere especificamente a cada um de nós, como indivíduo; é um chamado individual para cada um agir assim quando o objeto de injustiça for a si mesmo, não o outro; ou seja, eu, Jorge, se sou perseguido, caluniado, odiado, devo amar quem me persegue, calunia e odeia; porém, isso quer dizer que devo proceder da mesma forma em relação a alguém que persegue, calunia e odeia outro? Ou antes devo denunciar o crime e o criminoso, e sair em defesa do inocente? Sou chamado a me entregar à morte por Cristo, mas não posso nem devo aceitar e permitir que o outro seja morto, pois, agindo assim, estará evidenciado não o amor, mas o desamor. O amor pode permitir que eu sofra a injustiça, mas jamais permitir que eu compactue com ela. São coisas distintas. Devo sofrer o dano, mas jamais permitir que outrem seja lesado. Interessante é que, normalmente, não aceitamos o dano, mas queremos impô-lo aos outros; somos rápidos em nos defender, e negligentes quando se trata do próximo. 
Outro ponto é que o fato de amar o ímpio não me impede, em momento algum, de corrigi-lo. Isso deveria ser visto, corretamente, como prova de amor não somente ao criminoso, mas também ao inocente, para que ele não seja punido duas vezes: por quem cometeu o crime, e por não ser reparado no que perdeu. Fim da pausa.

Ao se defender a liberdade homossexual, por exemplo, defende-se até que ponto? E se for legimitizada por força de lei, e ferir os princípios de liberdade de um irmão, esse padrão de justiça e moralidade pode ser considerado bíblico? E, até que ponto, não se ampliará esse direito aos assassinos, ladrões, estupradores, corruptos, fraudadores e blasfemadores? Ou se deve, ao contrário, esforçar-se para que eles reconheçam seus pecados [e sofram a punição legal por eles] como uma maneira de denunciar o padrão imoral e antibíblico no qual vivem? [2]. Sendo exemplo para que outros não enveredem no erro? Não é assim que Deus demonstra o seu amor por nós, nos revelando, primeiramente, nossa impiedade? Levando-nos ao arrependimento? Por que temer que a lei seja esse instrumento de reparação ao injustiçado, a fim de se corrigir um dano; mas também o aio que levará o pecador a Cristo? Não é retirar a força do Evangelho? Diminuí-lo, e agir claramente em desamor? E não é certo, ao agir assim, que será acusado no tribunal de Cristo, por cooperar com o mal? E se inserir no modelo ao qual o apóstolo se refere, “os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” [Rm 1.32]? Viver no mundo, não nos torna parte dele; temos de ser separados de suas práticas, e mesmo daqueles que a praticam sem pudor.

Ao silenciarmo-nos, assentimos, ainda que exteriormente, com a prática do mal. É o suficiente para o ímpio ver reconhecida a sua legitimidade de permanecer na transgressão. O nosso silêncio é a resposta que eles não precisam ouvir para declararem moral o que Deus estabeleceu como imoral. É necessário que a nossa aversão, nojo e repulsa sejam evidenciadas, não como uma mera postura a se delimitar um espaço físico ou social, mas para o próprio bem daqueles que teimam em viver à margem da moral e ética cristãs, e pelo bem daqueles que desejam sinceramente viver nelas e por elas. Agir assim parece ser pedir demais, num mundo em que o pecado é ostensivamente exposto como apenas outro padrão social; como se estivéssemos sem rumo, o ponteiro da bússola girando freneticamente em todas as direções. Esse padrão encontra-se presente em todos os seguimentos, refletindo o caos que conduzirá as pessoas em suas relações cada vez mais destrutivas e insanas.

Quando o ministro Marco Aurélio Garcia disse não haver problemas no fato dos filhos do ex-presidente Lula, que nada têm a ver com o corpo diplomático brasileiro, deterem credenciais diplomáticas, e a sociedade finge não ver, e os cristãos fingem-se de cegos, e muitos dentre nós ainda defendem esse falso argumento [que em si não é argumento, pois não há argumentação], paira no ar o cheiro pestilento e invasivo de podridão. Que deixa tudo à sua volta exalando um mau cheiro intenso, doentio, e agonizante. É essa indisposição à verdade que torna relevante a mentira, que nem mesmo está preocupada em dissimular-se, mas em se exibir cínica e provocantemente obscena, como uma ferida purulenta que ninguém quer curar.

Isso é extremamente danoso para o mundo que, contudo, não se apercebe em sua própria cegueira do abismo, da queda-livre, em que se encontra. Mas quando percebemos que a igreja se envolve cada vez mais com a patifaria e o descaramento, o que faria enrubecer os piores bucaneiros e corsários do passado, torna-se fácil notar que os valores bíblicos foram postos de lado, Deus tem sido esquecido, e a sua palavra repudiada em favor das falsas “boas-novas” do príncipe deste mundo. E a igreja acaba por encher-se de humanismo e de relativismo e de descrença, a tal ponto que o Evangelho está morto para ela, enquanto ela, moribunda, aguarda a morte inapelavelmente justa e anunciada no Evangelho. E se deixa abandonar em si mesma, exatamente por lutar contra aquilo que deveria ser: apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” [Ef 5.27].

Não cheguei a falar do Estado, presente no título deste post, o que ficará para a seqüência, se Deus quiser.

Continua...

Nota: [1] Faço a distinção da revelação em dois termos, não porque eu ache que exista diferenciação entre um e outro, mas apenas para facilitar o entendimento do leitor que pode estar acostumado à dicotomia Lei e Evangelho, que na verdade, não existe do ponto de vista bíblico.
[2] Quando Paulo diz aos coríntios que eles estavam ensoberbecidos, orgulhosos, de manterem um fornicador no corpo local, e de não se entristecerem por não tê-lo tirado de entre eles, não os tratou como inocentes, mas culpou-os pela falta de zelo, determinando que o tal fosse entregue a satanás. E, por fim, exorta a igreja a não se associar com aquele que, "dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador, com o tal nem ainda comais" [ICo 5.11]. Infelizmente, muitos têm se disposto a rejeitar seu irmão em favor da união com o ímpio.

21 comentários:

  1. Querido irmão, o fato de nos falaarmos recentemente pelo telefone não diminiu a saudade e a vontade de neos esncontrarmos e colocarmos "o papo em dia". A relação de problemas relacionados em sua postagem é grande ( mas apenas uma ponta do iceberg da realidade ) e inegável. a vantagem que temos é nos debruçamos sobre essa complexa e imensa realidade sem estarmos comodamente dumlado ou do outro.

    continua...

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  2. Continuando...

    Em última análise você aponta problemas no mundo e na igreja, maisdiretamene ( e também ) em nós cmo cristsãos e crentes. Há problemas de toda ordem e Ai de quem, daqueles, que no mundo ou na igreja estejam conformados com as coisas como são e estão. Bíblicamente as coisas todas piorarão, mas as Escrituras nãpo nosdizem para empurrar ocarro ladeira abaixo, mas trabalharmos contra toda a injustiça e promovendo a salvação de tantos quanto forem possíveis serem salvos.

    continua...

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  3. Talvez seja conveniente dizer e relembrar, que independente da ppsição teológica, entre elas calvinistas e arminianos, Deus não nos convida a nos sentarmos e deixarmos as coisas acontecerem ao seu bel prazer ( das coisas ). Ide e pregai,e todo o resto, se nãohouver jeito que morramos testemunhando e sendo uma voz contra tudo que se levanta contra Deus. No Brasil particularmente não estamos nessa situação, ao contrário as possibilidades de se falar, berrar, escrever, se reunir, orar,espernear ainda são muito grandes. É estranha a omissão de alguns, mesmo dos que se dizem crentes.

    Um abraço.

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  4. Mais uma coisa, vou publicar o seu texto no "contando os nossos dias" o seu testemunholá tem tido ótima audiência, conhecerão mais de você e de suas idéias.

    Desculpe a catigrafia, teclado preto para mim é pior que o claro.Vou revisar o que escreve dez vezes... Gostaria que me esclarecesse particularmente a afirmação:"A visão de muitos, de um deus que criou vasos para a perdição e amou-os tanto que os lançará no inferno, onde serão atormentados eternamente, e mais, que os criou com essa finalidade, é simplesmente não-bíblica e, posso dizer, tem o objetivo de nos tornar amigos de inimigos declarados, de tal forma que contemporizamos com o mal ao invés de aborrecê-lo."

    Um abraço mais uma vez.

    PS: estou em casa se quiser me ligar...

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  5. Está republicado, espero que não se importe. Aguadarei a segunda parte...

    Está em



    Um abraço.

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  6. Oi, Helvécio!

    Realmente foi um papo muito bom aquele que tivemos por telefone, pena você não ter podido sair de casa para pagar o café e o pão-de-queijo. Mas não vai faltar oportunidade, se Deus quiser.

    Sei que a igreja tem problemas, e até o dia glorioso do Senhor, não deixará de tê-los, mas nos conformar com essa idéia e usá-la para continuarmos errando é que não concordo.

    Como você disse, tem muito crente empurrando o carro ladeira abaixo, alguns por descuido [esqueceram de puxar o freio ou não sabem onde ele fica], outros propositadamente e até mesmo com um sorriso cínico nos lábios.

    E o pior é que, no Brasil, exatamente onde ainda temos certa liberdade para proclamar o Reino de Cristo, uma multidão de cristãos se preocupam exclusivamente consigo mesmo, numa autoidolatria que remete ao narcisismo. E Deus, e sua palavra, passam a ser meros detalhes numa vida dita cristã, mas que apenas afaga o ego e os prazeres da carne.

    Quanto à frase que você citou, eu quero dizer que Deus não pode amar o impenitente empedernido, aquele que jamais se arrependerá, e que foi criado por ele para a perdição. As citações bíblicas demonstram que Deus não ama o ímpio [aqui eu me refiro àquele que jamais será justo, os vasos para desonra dos quais Isaías e Paulo falam]. Da mesma forma, nos aliar a eles ao invés de denunciá-los, nos torna em cúmplices do mal; e deixamos de obedecer ao nosso chamado de aborrecê-lo [odiá-lo], como se fosse possível condenar o pecado e absolver o pecador contumaz.

    Veja bem, não falo de pessoas que pecam mas se envergonham do seu pecado, ou até mesmo o escondem [acabam pecado duplamente por hipocrisia], mas falo dos que ostentam o seu pecado como um troféu, como uma forma de blasfemar, de afrontar explicitamente a Deus [no que pecam tripla, quatruplamente].

    Por isso disse que o mundo deve reconhecer em nós não amiguinhos que aceitam todo o tipo de perversão como se fosse apenas algo cultural ou inevitável, mas deve reconhecer em nós e ver em nós toda a nossa aversão, nojo e repulsa pelo pecado, e pelo pecador endurecido.

    Talvez essa semana não dê, mas, quem sabe semana que vem nos encontramos?

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  7. Prezado irmão Jorge,
    acredito que seu post venha de encontro com aquilo a última pesquisa do Inst. Barna nos EUA apurou: que toda uma nova geração de cristão não tem a fé como centro de suas vidas. Para tais cristãos a fé não influencia suas atitudes e cosmovisão. Parece-me que o maior campo de evangelismo encontra-se dentro da própria igreja, assim como Europa tem se tornado um grande missionário, apesar de ter sido o berço da reforma.
    Parabéns pela postagem inteligente.
    Um grande abraço
    Em Cristo

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  8. Pr. Luiz Fernando,

    infelizmente, tudo isso tem acontecido por nossa culpa, exclusivamente; ao desprezarmos a Escritura e permitirmos que "lobos" se finjam de "ovelhas" mesmo sabendo que desejam unicamente dispersar o rebanho do Senhor. Fazemos vistas grossas, somos omissos, contemporizamos e, até mesmo, defendemos a sua "livre" atuação na igreja, dando a eles cargos, posições de liderança, e poder para controlar e manipular o corpo local. Exatamente porque nos impressiona mais os feitos carnais deles do que algum fruto do Espírito que viessem a ter, caso fossem regenerados.

    Enchem-no com seus humanismos e relativismos, que no final nada mais é do que o endeusamento do homem e a descrença em Deus, desprezando a fé em favor do doutrinamento ideológico.

    Vamos orar, e fazer a nossa parte, aquilo que nos foi determinado por Cristo, para, ainda assim, continuarmos como servos inúteis.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  9. Olá Pastor Luiz Fernando, concordo com suas palavras,mas acho que escapou uma palavra quando se referiu a Europa, "tornou-se hoje um campo missionário". Mas há um segundo componente exclusivo da cultura americana e européia, a tradição familiar, os filhos de crentes, os netos de crentes. Deus não tem netos, o apelo, o aceitar Jesus criticado por muitos, como ato público e pessoal, é algo estranho em algumas comunidades religiosas tradicionais tanto na Europa como nos EUA. É claro também que em muitas famílias os filhos e netos e bisnetos são realmente convertidos e nascidos de novo.

    O certo é que há algo a ser feito. a indiferença por parte de alguns, como diz o irmão Jorge, é não só injustificável como inexplicável.

    Um grande abraço a todos.

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  10. Me admira a forma reflexiva e pertinente como desenvolve esse tema tão importante: há detalhes que consegue ir "pescar" lá no fundo!

    Fico contente por estar desenvolvendo um tema que, do meu jeito meio tosco, iniciei a abordagem a algum tempo atrás.

    A graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo permaneçam contigo!

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  11. Olá irmão Teófilo...lembra de mim? tivemos uma "arranca rabo" mas já faz algum tempo. Credito ao seu jeito "tosco" ( não que seja tosco de modo algum ) de ser ao seu temperamento, algo plenamente legítimo e que não necessáriamente tenha que ser mudado. Partilhamos algumas opiniões diferentes, mas todos nós no "minifúndio do Jorge" somos pelo menos não alheios ao que acontece a nossa volta. Estamos no primeiro passo, mas a verdade é que não sabemos o que fazer. Se soubéssemos faríamos. Mas é um começo.

    Um abraço.

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  12. Oi, Teóphilo!

    Temos de ter unidade no Corpo, não é? Ao menos, deveríamos. Mas o fato de você ter refletido sobre a questão há tempos, e eu ao fazê-lo agora, demonstra que o assunto não é irrelevante e, certamente, outros irmãos deveriam também ater-se a ele [e se já não o fizeram, façam-no!].

    O certo é que o Espírito Santo está a nos incomodar com uma postura pouco ou nada bíblica de nos relacionar com o mundo, como se, de uma hora para outra, o Evangelho tivesse perdido o seu "gás", sua relevância, e a igreja devesse agora se nortear por outras "boas-novas" [que de boas e novas não têm nada}.

    Agradeço sempre a sua gentileza em comentar por aqui, em especial suas palavras de estímulo. Mas sabemos que, sem Cristo, nada disso seria possível, aliás, nem nós seríamos possíveis, então, honra, glória e louvor ao Senhor dos senhores e Rei dos reis.

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo abençoe cada dia mais a sua vida e dos seus queridos!

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  13. Jorge fiz uma postagem sobre teconologia e você deve tẽ-la recebido automaticamente. Entretanto fiz correções e acréscimos, é sobre a possiblidade de produzir um conteúdo de vídeo ou um programa da igreja. Dê uma olhada e me fale. Um abraço.

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  14. Helvécio,

    li a postagem e deixei um comentário por lá.

    Como você não deixou o link da postagem, faço-o agora http://mensagemdopregador.blogspot.com/2011/01/novas-tecnologias-e-possibilidades-de.html#comment-form

    Abraços

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  15. Caro irmão Jorge, faço pro "post" por ser mais rápido para ser visto por você. Como da sua defesa da Universidade Mackenzie, postei um lerta em meu blog. Você deve ter já recebido, mas fiz mais um adendo, portanto vá a página atualizada. Trata-se de informação a todos os irmãos,que amam a verdade e ao Senhor Nosso Deus. Como você diz, esquecer, não se posicionar, deixar ir dai para o pior... divulguei a sua postagem sobre a UPM, se achar conveniente, recomende ou distribua entre os irmãos. É uma postagem de informação apenas com a lista de parlamentares que poderão , só eles fazer algo contra tal estado de coisas.

    Um abraço.

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  16. Helvécio,

    li o seu texto [a reportagem e seu comentário ao final]. Mas ainda acho que nós, como igreja, devemos fazer mais, muito mais. Não apenas deixar a tarefa nas mãos de parlamentares, mas nos mobilizarmos para que os princípios cristãos sejam preservados.

    Bom o seu comentário, apenas acho que os parlamentares não são, exclusivamente, os únicos a poderem barrar tanta imoralidade vinda de Brasília.

    Abraços.

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  17. Sim é verdade.concordo com vocẽ, mas eles são a represetação no âmbito legal. Se todos ocs chamados cristãos contrários a tal proposta se mobilizarem ( evangélicos e católicos a ampla maioria ) deixarão de ser reféns de uma minoria. Aliás por simples lógica, a democracia deveria ( em tese ) ser a represetação da maioria, pelo menso 50% mais 1. Se faltaar um a gente intera ( rs...rs...rs... ).

    Tem tudo a ver com a sua postagem
    "Cristianismo, Estado e Justiça.."

    Aguardo a segunda parte. Um abraço.

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  18. Oi, Tiago!

    É, mas tem os que teimam em querer a injustiça, e acham que está tão bom assim, que querem porque querem impedir qualquer tentativa de trazer ao mundo o sentido do que é justo.

    Bem, vão me chamar de sectário e dogmático, e já aviso, sou o mais imperfeito e miserável dos homens, mas concordar com a injustiça somente pelo medo de ser justo, acho que vai muito além da própria covardia.

    Mas é isso, vamos plantando, porque o Senhor é quem dá o crescimento.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  19. Tiago,

    pensei que poderia fazer a segunda parte esta semana, mas ainda não deu, e pelo visto, como trabalho amanhã, sábado, acho que não vai dar mesmo. Talvez eu publique entre a parte 1 e 2 um outro tema, e assim, se Deus quiser, na semana que vem preparo a segunda parte.

    Abraços!

    Cristo o abençoe!

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  20. Jorge, seu texto está excelente. Fico no aguardo da segunda postagem.
    Deus te ajude, irmão.

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  21. Geraldo,

    finalmente deu o ar da graça por aqui!... Mas quero vê-lo falar mais, tem muito a dizer e a nos ensinar.

    Obrigado!

    Grande abraço, meu irmão!

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