30 outubro 2008

AMOR














Por Jorge Fernandes

Não é o nome apagado na agenda,
Nem a vela a consumir-se no funeral,
Ou água a esvair-se da pipa fendida;
É muito mais do que cair do cavalo,
Que manter os pés secos na enxurrada,
Cozinhar o galo em banho-maria,
Sonhar tênue em meio à emboscada.

É como erguer uma parede,
Estender a mão ao amigo,
Chorar a dor de quem perdeu,
Andar sem esforço no atoleiro.

Pode durar uma hora ou dias;
Pode arrastar-nos pela vida,
Pode perpassar indelével com o tempo,
Pode ser a carga a nos encurvar.

Cura
Mitiga,
Suporta
Fia.

Conhece,
E faz-se conhecer.

Tem coração,
Tem vida,
É verdadeiro,
É Único.

Seu Nome acima de todos:
Cristo.

Não há outro,
Diante do qual o amor se curve.

2 comentários:

  1. Interessante!

    Sou pouco dado a poesia.
    Leio muito pouca.

    Mas a sua faz pensar...

    Um abraço

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  2. Natan,
    Obrigado pela amizade.
    Espero que anime-se com a poesia. Senão, pelo menos continue a ler as minhas.
    Abraços.

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