Áudio Parte 1
JORGE F. ISAH
Áudio Parte 2
“E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar. E matou à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos. E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa. Pedro, pois, era guardado na prisão”
INTRODUÇÃO:
Vamos nos situar, primeiramente, ao momento histórico em que ocorreram
os fatos relatados neste trecho de Atos. Após a morte, ressurreição e assunção
do Senhor Jesus aos céus, os seus discípulos empreenderam a “Grande Comissão”
de Mateus 28.19-20:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
O evangelho da graça estava se espalhando por toda a Judéia, e pelas províncias circunvizinhas, de maneira que a igreja ganhava diariamente novos convertidos do judaísmo e de outras religiões e cultos, e a revelação de Cristo, como Senhor e Salvador, o Deus-Homem, feito pecado em favor do seu povo, espalhava-se rapidamente, causando ódio e desejo de vingança entre os inimigos da verdade, os líderes de Israel, mas também entre o povo.
Neste contexto, encontramos a Judéia governada por Herodes Agripa I, filho de Aristóbulo, nomeado rei por Calígula, um dos mais sanguinários, cruéis e depravados monarcas romanos. Agripa I vinha da linhagem de Herodes, o Grande, seu avô, cujo ódio a Deus levou-o a matar centenas de crianças em Belém [Mt 2.16], com o objetivo de eliminar o Rei dos Judeus anunciado pelos magos do Oriente. Esse homem, receoso de perder o seu trono, em sua ignorância grassa e maldade imperiosa, ordenou o infanticídio, conforme profetizado por Jeremias:
“Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada, porque já não existem.” [Mt 2.18]
Era também sobrinho de outro Herodes, o Antipas, que, para satisfazer o desejo perverso da sua cunhada [tomada para si ilegitimamente por esposa], ordenou a decapitação de João o Batista [Mt 14.9].
Agripa provinha de uma linhagem de homens maus, ímpios governantes, que odiavam a Deus e tudo o que se relacionava a ele. Não é pois, portanto, de se estranhar o que veremos a seguir; a sua sanha, ou cruzada, contra a igreja.
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
O evangelho da graça estava se espalhando por toda a Judéia, e pelas províncias circunvizinhas, de maneira que a igreja ganhava diariamente novos convertidos do judaísmo e de outras religiões e cultos, e a revelação de Cristo, como Senhor e Salvador, o Deus-Homem, feito pecado em favor do seu povo, espalhava-se rapidamente, causando ódio e desejo de vingança entre os inimigos da verdade, os líderes de Israel, mas também entre o povo.
Neste contexto, encontramos a Judéia governada por Herodes Agripa I, filho de Aristóbulo, nomeado rei por Calígula, um dos mais sanguinários, cruéis e depravados monarcas romanos. Agripa I vinha da linhagem de Herodes, o Grande, seu avô, cujo ódio a Deus levou-o a matar centenas de crianças em Belém [Mt 2.16], com o objetivo de eliminar o Rei dos Judeus anunciado pelos magos do Oriente. Esse homem, receoso de perder o seu trono, em sua ignorância grassa e maldade imperiosa, ordenou o infanticídio, conforme profetizado por Jeremias:
“Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser consolada, porque já não existem.” [Mt 2.18]
Era também sobrinho de outro Herodes, o Antipas, que, para satisfazer o desejo perverso da sua cunhada [tomada para si ilegitimamente por esposa], ordenou a decapitação de João o Batista [Mt 14.9].
Agripa provinha de uma linhagem de homens maus, ímpios governantes, que odiavam a Deus e tudo o que se relacionava a ele. Não é pois, portanto, de se estranhar o que veremos a seguir; a sua sanha, ou cruzada, contra a igreja.
Governou a Judeia e Samaria de 41 a 44 d.C.; alguns anos após a morte e
ressurreição do Senhor.
PERSEGUIÇÃO À IGREJA
Esse Herodes estendeu as mãos sobre a igreja para a maltratar. Claramente havia nele uma disposição para o mal e contra tudo o que se relacionasse com o nome do Deus bíblico, tal qual os seus antecessores. A Escritura ao dizer que ele “estendeu as suas mãos”, revela que dispôs de todos os meios ao alcance do seu poder, como governante da Judeia, para fazer valer, realizar, a sua vontade maligna. A expressão maltratar significa que tencionava fazer sofrer, infligir violência, ofender e arruinar a igreja, tratando-a brutal e cruelmente. Dessa forma, ficariam evidentes o seu desagravo para com os santos, mas também o seu poder em persegui-la. Porém, fica a pergunta: por que?
Na verdade, o mundo, como uma representação objetiva do mal a dominá-lo, e as pessoas que se entregam a ele, tem rejeição e ódio ao Deus Todo-Poderoso. Se você perguntar a qualquer ímpio se ele o odeia, via de regra, não encontraria afirmações categóricas e claras, expressões objetivas dessa ojeriza. Sejam elas pertencentes a culturas diferentes, religiões diferentes, sistemas políticos e econômicos diferentes, sentido moral e ético diferentes, negarão que odeiam a Deus, pelo contrário, dirão amá-lo [exceção seriam os ateus militantes, os materialistas ideológicos, os adoradores professos do diabo, e outros círculos a orbitá-los].
Entretanto, a qual Deus eles se referem? A um Deus genérico, sem identidade, sem pessoalidade, indefinido ou definido segundo padrões pessoais e exclusivos do próprio homem? Esse será sempre um Deus que se revelou pela criação humana, pelos delírios e imposturas humanas, jamais o Deus autorevelado e definido por si mesmo, tal qual nos deu a conhecer nas Escrituras Sagradas.
Nesse sentido, provavelmente Herodes, até mesmo ele, jamais foi capaz de dizer que odiava a Deus. Mas entre o ódio e o amor existe um abismo imenso; e a negação do primeiro não garante a profissão do segundo. Herodes pode não ter sido claro em sua relação com o Criador, mas os seus atos e vontade demonstravam inequivocamente em qual direção estava a sua alma: em inimizade completa a Deus; na direção contrária ao cumprimento da sua vontade santa.
O Deus de Herodes, e do homem natural, não pode ser jamais o Deus bíblico, uma vez que não há qualquer interesse ou desejo de servi-lo ou obedecê-lo, mas uma flagrante resolução de negar o seu governo, rebelando-se e fazendo de si mesmo seu senhor.
O individualismo, o egoísmo, a autoidolatria, o hedonismo, são marcas cada vez mais sedimentadas no homem moderno, que não reconhece outra autoridade a não ser a si; e acabando por guiar-se pelo mesmo caminho de morte pelo qual multidões se entregaram, desde o Éden. Caminhos divergentes da vida, e convergentes para a morte.
PERSEGUIÇÃO À IGREJA
Esse Herodes estendeu as mãos sobre a igreja para a maltratar. Claramente havia nele uma disposição para o mal e contra tudo o que se relacionasse com o nome do Deus bíblico, tal qual os seus antecessores. A Escritura ao dizer que ele “estendeu as suas mãos”, revela que dispôs de todos os meios ao alcance do seu poder, como governante da Judeia, para fazer valer, realizar, a sua vontade maligna. A expressão maltratar significa que tencionava fazer sofrer, infligir violência, ofender e arruinar a igreja, tratando-a brutal e cruelmente. Dessa forma, ficariam evidentes o seu desagravo para com os santos, mas também o seu poder em persegui-la. Porém, fica a pergunta: por que?
Na verdade, o mundo, como uma representação objetiva do mal a dominá-lo, e as pessoas que se entregam a ele, tem rejeição e ódio ao Deus Todo-Poderoso. Se você perguntar a qualquer ímpio se ele o odeia, via de regra, não encontraria afirmações categóricas e claras, expressões objetivas dessa ojeriza. Sejam elas pertencentes a culturas diferentes, religiões diferentes, sistemas políticos e econômicos diferentes, sentido moral e ético diferentes, negarão que odeiam a Deus, pelo contrário, dirão amá-lo [exceção seriam os ateus militantes, os materialistas ideológicos, os adoradores professos do diabo, e outros círculos a orbitá-los].
Entretanto, a qual Deus eles se referem? A um Deus genérico, sem identidade, sem pessoalidade, indefinido ou definido segundo padrões pessoais e exclusivos do próprio homem? Esse será sempre um Deus que se revelou pela criação humana, pelos delírios e imposturas humanas, jamais o Deus autorevelado e definido por si mesmo, tal qual nos deu a conhecer nas Escrituras Sagradas.
Nesse sentido, provavelmente Herodes, até mesmo ele, jamais foi capaz de dizer que odiava a Deus. Mas entre o ódio e o amor existe um abismo imenso; e a negação do primeiro não garante a profissão do segundo. Herodes pode não ter sido claro em sua relação com o Criador, mas os seus atos e vontade demonstravam inequivocamente em qual direção estava a sua alma: em inimizade completa a Deus; na direção contrária ao cumprimento da sua vontade santa.
O Deus de Herodes, e do homem natural, não pode ser jamais o Deus bíblico, uma vez que não há qualquer interesse ou desejo de servi-lo ou obedecê-lo, mas uma flagrante resolução de negar o seu governo, rebelando-se e fazendo de si mesmo seu senhor.
O individualismo, o egoísmo, a autoidolatria, o hedonismo, são marcas cada vez mais sedimentadas no homem moderno, que não reconhece outra autoridade a não ser a si; e acabando por guiar-se pelo mesmo caminho de morte pelo qual multidões se entregaram, desde o Éden. Caminhos divergentes da vida, e convergentes para a morte.
A respeito dessa inimizade do mundo para com Cristo e a igreja, o
próprio Senhor, orando ao Pai, disse:
“Estando eu
com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me
deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a
Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que
tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo
os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que
os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo
não sou.”
[João 17:12-16]
[João 17:12-16]
É algo natural, de acordo com a sua inclinação interior, portanto, o
desejo colocado em prática de Agripa I em perseguir a igreja: o ódio a Deus
manifestou-se no ódio aos seus servos, aos seus representantes neste mundo. A
igreja incomodava o mundo com a pregação do evangelho de Cristo; condenando o
que Herodes e o mundo amavam; trazendo à luz seus pecados; apontando-lhes a
vida falseada; exigindo deles mudança de direção, arrependimento, e a verdadeira
adoração ao Deus verdadeiro; o que eles não queriam, e resistiam com o que lhes
havia de mais intenso na alma.
Não há como negar a oposição do mundo a Deus e sua palavra, e de que
esta verdade não pode ser minimizada ou anulada por uma declaração de respeito
e amor por um Deus genérico, criado à imagem do homem. O próprio fato de se
defenderem todas as religiões, colocando-as no mesmo balaio, e empreenderem uma
cruzada contra o Cristianismo, demonstra o quão malignamente está dominada a
sua vontade. A permissividade e o consentimento com religiões frontalmente
inimigas da fé bíblica, as quais se empenham há séculos em destruí-la,
erradica-la da face da terra, revela a propensão e o desejo não secreto de
também aniquilá-la, favorecendo, encorajando os agentes do mal a instalar uma
guerra desigual, onde os meios e a força são desproporcionais e injustos,
deflagrados em um campo onde os cristãos não sabem e não podem lutar, cumprindo
a vontade do Mestre e Senhor, Cristo, que lhes proporcionou um poder diferente,
não para a morte, mas para a vida; não para que mais sangue seja derramado,
pois o único sangue necessário para a redenção e propiciação do homem diante de
Deus verteu-se na cruz, santo, justo e imaculado.
A nossa guerra é espiritual, em trincheiras que o mundo não entende; e,
por não entender, decidiu tornar-se inimigo da igreja, afligindo-a,
perseguindo-a, incapaz de compreender o amor que move e comove o povo de Deus a
levar adiante o evangelho do nosso Senhor, a fazê-lo audível e inteligível a
todos, revelando a graça e favor de Cristo. Se não creram em Jesus, a despeito
dos inúmeros sinais que realizou, por que creriam em nós, servos inúteis? [Jo
12.37].
Então, Herodes não resistiu a
todo o ódio que havia em sua alma, levando-o a matar Tiago, um dos doze, e
primeiro mártir entre os apóstolos. O texto não nos diz se o apóstolo foi
martirizado diretamente pelo rei, no sentido de ser ele que desferiu o golpe
mortal, mas o coloca como o principal culpado, cujas mãos estavam manchadas
pelo sangue inocente. Ele era o causador e responsável direto por aquele crime
de morte.
OS QUE SÃO DO MAL, SE AGRADAM COM O MAL
A execução trouxe ainda mais notoriedade
a Herodes. O povo agradou-se¹[também responsável pela morte de Tiago], animando
o rei a continuar com a sua perseguição implacável. O alvo, agora, era Pedro; o
qual mandou prender, com o intuito de fazer com ele o que havia sido feito com
Tiago, dando-lhe o mesmo destino.
O que poderia ter sido um ato criminoso
isolado tornou-se em uma maneira de trazer para Herodes a aceitação popular. E
uma forma de aumentar o seu poder e controle sobre o povo, fazendo exatamente o
que ele desejava, mas que também estava em harmonia com o imperioso desejo
assassino do rei. Esse mesmo povo foi quem disse no Sinédrio: “Crucifica-o!”
[Lc 23.21]. Foram eles que amaram mais a glória dos homens que a glória de Deus
[Jo 12.43]. Que levaram Félix a manter Paulo preso, injustamente, para
satisfazê-los. E ainda Pórcio Festo, sucessor de Félix, a persistir na
injustiça, tudo para agradar à massa.
Podemos fazer um paralelo com os tempos
atuais? Não está, boa parte da igreja, contaminada com o mesmo desejo de
satisfazer o povo? Esquecendo-se da sua missão que é não distrair ou divertir,
mas de exortar, instruir e fazer discípulos de Cristo? Essa igreja não
apostatou da verdade, em favor de um evangelho falso, ilusório e homicida? O
qual promove definitivamente a morte do homem? A separação eterna de Deus? Por
que as igrejas, onde a palavra de Deus é proclamada, são sistematicamente
tratadas como reacionárias, não amorosas e irreconciliáveis?
Qual razão existe entre harmonizar o mal com o bem? Cristo com demônios? [2 Co
6.15].
Pois bem, o mesmo espírito assassino presente em Herodes e no povo judeu, perpassa muitos púlpitos e assembleias onde a verdade morreu, e a vida não tem lugar. Há apenas o cheiro de morte para morte, pois a verdade não os alcança, nem produz os efeitos necessários para libertarem-se da prisão eterna em que se encontram as suas almas, inebriados pelo falso evangelho, embalados pelos mercenários da fé [2Co 2.14-17]. O culto a Deus foi substituído pelo entretenimento, por técnicas capazes de arregimentar um maior número de adeptos, não importando o quanto permanecem distantes de Deus e do evangelho, o quanto rejeitam-no, o quanto trabalham em prol das trevas, satisfazendo a carne e mantendo acorrentado o espírito. O culto virou um show, onde Cristo é honrado com os lábios, mas não com o coração. A maioria está muito mais preocupada com o seu prazer e satisfação, em ver a adoração acomodada ao seu pensamento e prática, do que o serviço verdadeiro e real ao nosso Senhor. Ora, o culto é serviço a Deus, e deve se realizar segundo o seu padrão e não segundo a disposição natural do homem. O que pode haver de divino em danças sensuais, corpos estrebuchando-se e se esfregando no chão, sons ininteligíveis, gestos histriónicos e balbúrdia?
Infelizmente, quem dita a regra são os homens, para a sua perdição e desgraça, quando deveria ser a obediência sincera àquilo que nos foi dado como norma e regulador do culto. E uma adoração antibíblica e desordenada dará lugar a uma fé claudicante, no mínimo, quando não uma fé artificial e impostora, cada vez mais a enganá-lo em sua fantasiosa simulação de bem, quando é o mal imitando dissimuladamente a virtude, a santidade. Os líderes religiosos atuais se assemelham muito a Herodes, ao buscarem satisfazer os desejos deles para angariarem a si maior fama, poder, influência e domínio. E as multidões que se aglomeram nestas igrejas se parecem com os israelenses daquele tempo, vivendo por um divertimento, no desvio moral dos valores da fé cristã.
Alguém pode alegar que essas práticas não trazem problemas mais sérios, pois Deus é capaz de compreender e aceitar a nossa adoração como válida. Contudo, ele mesmo nos adverte a não transigirmos a sua vontade, ainda que sejamos bem-intencionados. Estão a nos alertar os casos de Caim, que mesmo levando a Deus o melhor dos frutos da terra, não o agradou, enchendo Caim de fúria e desejo assassino, culminando em crime e pecado [Gn 4.5-8]. Também Uzá, preocupado com o destino da Arca da Aliança, prestes a cair da carroça onde estava sendo transportada, tocou-a, quando não lhe era permitido fazê-lo, vindo a morrer imediatamente pela desobediência [1CR 13.9-10]. Penso que poucas são as igrejas que podem se orgulhar, como Paulo, de pregar a Cristo verdadeiramente, “como de Deus na presença de Deus”.
Note-se que os judeus comemoravam a Páscoa ou Pessach [em hebraico, significando passagem. Também chamada de Festa dos Pães Ázimos], e que se iniciava no dia 14 de Abibe, Abril. Este período tinha por objetivo buscar a santificação; relembrando-os de que Deus havia passado em suas casas, quando ainda estavam no Egito, marcando-as com sangue, livrando-os da morte e condenação [Ex 12,27]. Significa também a lembrança de que foram escravos, servindo a outro senhor, mas agora estavam libertos e deviam servir ao único e bom Deus.
Era a festa mais importante do calendário judaico; um período de contrição, de sincera avaliação, arrependimento, e retomada do caminho de vida. De escravos errantes, perdidos em um mundo em queda, para poupados da condenação, salvos e constituídos herdeiros do Reino divino. Uma glória imerecida, inalcançável, propiciada pelos méritos exclusivos de Cristo.
Pedro foi colocado sob a guarda de quatro quaternos de soldados [4 x 4 = 16], e esperavam terminar a Páscoa para executá-lo.
CONCLUSÃO:
Herodes e o povo respeitavam, ou cumpriam, o princípio dietético, de não comer pão fermentado, mas desprezavam o fundamento santo. A preocupação não era se Deus os aprovava ou não, mas de as festividades não serem interrompidas ou desviadas em seu propósito ritualístico. Propósito este que imaginavam cumprir, e sequer cogitavam estar quebrando com seus planos e ilações diabólicas. Na verdade, havia um princípio de gozo e alegria com o pecado, mesmo guardando-se formalmente um mandamento divino [Ex 12.15]. Eles eram “massa fermentada”; da mesma origem do diabo, o qual veio matar, roubar e destruir.
Pois bem, o mesmo espírito assassino presente em Herodes e no povo judeu, perpassa muitos púlpitos e assembleias onde a verdade morreu, e a vida não tem lugar. Há apenas o cheiro de morte para morte, pois a verdade não os alcança, nem produz os efeitos necessários para libertarem-se da prisão eterna em que se encontram as suas almas, inebriados pelo falso evangelho, embalados pelos mercenários da fé [2Co 2.14-17]. O culto a Deus foi substituído pelo entretenimento, por técnicas capazes de arregimentar um maior número de adeptos, não importando o quanto permanecem distantes de Deus e do evangelho, o quanto rejeitam-no, o quanto trabalham em prol das trevas, satisfazendo a carne e mantendo acorrentado o espírito. O culto virou um show, onde Cristo é honrado com os lábios, mas não com o coração. A maioria está muito mais preocupada com o seu prazer e satisfação, em ver a adoração acomodada ao seu pensamento e prática, do que o serviço verdadeiro e real ao nosso Senhor. Ora, o culto é serviço a Deus, e deve se realizar segundo o seu padrão e não segundo a disposição natural do homem. O que pode haver de divino em danças sensuais, corpos estrebuchando-se e se esfregando no chão, sons ininteligíveis, gestos histriónicos e balbúrdia?
Infelizmente, quem dita a regra são os homens, para a sua perdição e desgraça, quando deveria ser a obediência sincera àquilo que nos foi dado como norma e regulador do culto. E uma adoração antibíblica e desordenada dará lugar a uma fé claudicante, no mínimo, quando não uma fé artificial e impostora, cada vez mais a enganá-lo em sua fantasiosa simulação de bem, quando é o mal imitando dissimuladamente a virtude, a santidade. Os líderes religiosos atuais se assemelham muito a Herodes, ao buscarem satisfazer os desejos deles para angariarem a si maior fama, poder, influência e domínio. E as multidões que se aglomeram nestas igrejas se parecem com os israelenses daquele tempo, vivendo por um divertimento, no desvio moral dos valores da fé cristã.
Alguém pode alegar que essas práticas não trazem problemas mais sérios, pois Deus é capaz de compreender e aceitar a nossa adoração como válida. Contudo, ele mesmo nos adverte a não transigirmos a sua vontade, ainda que sejamos bem-intencionados. Estão a nos alertar os casos de Caim, que mesmo levando a Deus o melhor dos frutos da terra, não o agradou, enchendo Caim de fúria e desejo assassino, culminando em crime e pecado [Gn 4.5-8]. Também Uzá, preocupado com o destino da Arca da Aliança, prestes a cair da carroça onde estava sendo transportada, tocou-a, quando não lhe era permitido fazê-lo, vindo a morrer imediatamente pela desobediência [1CR 13.9-10]. Penso que poucas são as igrejas que podem se orgulhar, como Paulo, de pregar a Cristo verdadeiramente, “como de Deus na presença de Deus”.
Note-se que os judeus comemoravam a Páscoa ou Pessach [em hebraico, significando passagem. Também chamada de Festa dos Pães Ázimos], e que se iniciava no dia 14 de Abibe, Abril. Este período tinha por objetivo buscar a santificação; relembrando-os de que Deus havia passado em suas casas, quando ainda estavam no Egito, marcando-as com sangue, livrando-os da morte e condenação [Ex 12,27]. Significa também a lembrança de que foram escravos, servindo a outro senhor, mas agora estavam libertos e deviam servir ao único e bom Deus.
Era a festa mais importante do calendário judaico; um período de contrição, de sincera avaliação, arrependimento, e retomada do caminho de vida. De escravos errantes, perdidos em um mundo em queda, para poupados da condenação, salvos e constituídos herdeiros do Reino divino. Uma glória imerecida, inalcançável, propiciada pelos méritos exclusivos de Cristo.
Pedro foi colocado sob a guarda de quatro quaternos de soldados [4 x 4 = 16], e esperavam terminar a Páscoa para executá-lo.
CONCLUSÃO:
Herodes e o povo respeitavam, ou cumpriam, o princípio dietético, de não comer pão fermentado, mas desprezavam o fundamento santo. A preocupação não era se Deus os aprovava ou não, mas de as festividades não serem interrompidas ou desviadas em seu propósito ritualístico. Propósito este que imaginavam cumprir, e sequer cogitavam estar quebrando com seus planos e ilações diabólicas. Na verdade, havia um princípio de gozo e alegria com o pecado, mesmo guardando-se formalmente um mandamento divino [Ex 12.15]. Eles eram “massa fermentada”; da mesma origem do diabo, o qual veio matar, roubar e destruir.
O Senhor Jesus nos abençoe, guiando, instruindo, conduzindo e capacitando-nos a sermos santos como ele é, a honrá-lo como ele honrou o Pai, a amá-lo como ele nos ama. Que sejamos uma igreja viva, proclamando o evangelho da Verdade, sendo odiada pelo mundo mas, por amor a Deus e ao próximo, lutar e empenhar para que o mundo conheça o Senhor e Salvador de nossas almas, e talvez, das deles também.
Boa
noite! E que Deus nos abençoe!
Obrigado
aos irmãos!
1-A palavra
tem o sentido de satisfazer-se; de estar em conformidade com a vontade de quem
se agrada, fazendo-o deleitar-se, ter prazer.