Jorge F. Isah
Nesta semana, de 16 a 20 de Novembro, a Amazon disponibilizou o meu segundo livro de poesias, "Arpeggios Insulares", aos interessados em baixá-lo no formato ebook/kindle.
Publicado em 2018, reúne quarenta e seis poesias escritas entre meados de 2017 e o primeiro semestre de 2018, que tratam de temas variados, extraídos do mais profundo da alma, com tudo de bom e ruim derivado da natureza humana.
Entretanto, talvez o sentimento mais presente em toda a obra seja o de gratidão a Cristo, pelo seu eterno e infinito amor, capaz de tornar as trevas interiores em um dia intensamente ensolarado, e da mesma penumbra tocar os mais doces e consoladores acordes; um bálsamo a aliviar e curar qualquer espécie de dor, angústia e sofrimento.
Deixo o "prólogo" do livro, abaixo, para a sua apreciação; e caso se sinta instigado, vá até a amazon.com.br, digite na barra de pesquisas o título "Arpeggios Insulares" e baixe a sua cópia. E, talvez, entenda o que não fui capaz de descrever por aqui.
Um fraterno abraço!
Jorge F. Isah
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O
tempo passa...
Iniciei
a escrita deste livro logo após a publicação do meu primeiro, “A palavra não
escrita”, em formato ebook. Transcorridos pouco mais de um ano e meio,
apresento ao leitor o trabalho demorado em dias, e exíguo em linhas. São
quarenta e seis poemas que tratam de vários temas, mas que têm a mesma visão
central: a fé cristã como cosmovisão, essência e fundamento da minha vida, ao
menos nos últimos quatorze anos.
Por
isso, em quase tudo, não é difícil perceber a orientação dos versos e a
sujeição deles à pessoa de Cristo. Ainda que não seja citado diretamente, a
inferência ao seu governo é recorrente e está nas entrelinhas e subliminarmente.
Não podia ser de outra maneira, visto a excelência da sua Pessoa e a minha
completa dependência dEle.
Alguém
pode dizer que a minha impressão, estilo e imaginação, é excessivamente
pessimista em relação à vida, às pessoas e o futuro. Realmente, não posso ser
considerado um otimista quanto a este mundo. Não nutro qualquer esperança no
homem, nas ideologias, nos sistemas, no intelectualismo, ou nas ciências; de
alguma forma, muito menos nas religiões. Entretanto, não sou um pessimista
completo e incorrigível, pois nutro a esperança viva de que, naquele glorioso
dia, o dia do Senhor, o verei face a face, e nenhuma tristeza, angústia, dor, e
dúvidas se farão presentes na vida.
O cristianismo
somente vive na pessoa de Jesus e sua Igreja (a verdadeira, aquela resgatada
pelo seu sangue), e ainda que possa ser interpretado por várias correntes, a
verdade existe e subsiste nele e por ele. Então, se o pessimismo exagerado
quanto ao mundo em si se sobressai no meu pensamento, em contrapartida existe uma
esperança viva, otimista, exultante, em relação ao Porvir, naquele que é o Senhor
do tempo, do passado, presente e futuro, mas também da eternidade.
Com
isso, alguns podem sugerir que haja uma visão dicotômica da vida e que eu seja
incoerente. A verdade, contudo, é que o homem sem Deus não me inspira qualquer
confiança (ainda que eu tenha compaixão, assim como também necessitei de
piedade), e mesmo a bondade possível nele, somente se realiza por meio dAquele
que é, em si mesmo, o Bem por atributo; a natureza que o torna quem é, e da
qual não pode prescindir, nem ser anulada.
E é
nesse Bem que deposito a esperança, a expectação de uma existência em que, mais
do que eu mesmo, serei mais dele, ao ponto em que nele serei encontrado. Como o
apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas, este é o meu mais puro e ansiado desejo, o
de proferir sinceramente: “Já não sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim!”[1].
Essa
é a glória a se buscar, a “cobiça” maior à qual o homem deveria se entregar, perseguindo-a
como o bem mais precioso e enlevado, e na qual, desde algum tempo, tem sido o
anelo da minha vontade. E que ela, como todo o meu ser, esteja cativa e
submetida à perfeição, santidade e graça do Filho.
Se
eu conseguir, de alguma maneira, que você leitor veja-o assim como o vejo, já
me darei por satisfeito, e em plena alegria. Porque a vida, sem dar a glória e
o louvor devidos a Cristo, é como uma sinfonia tocada à perfeição para uma
plateia de surdos.
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