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13 fevereiro 2023
Estudo sobre a Confissão de Fé Batista de 1689 - Aula 1: A Bíblia: Única Verdade Insofismável!
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07 fevereiro 2023
"Regozijai-vos no Senhor!": Sermão em Filipenses 4.4
ESBOÇO DA PREGAÇÃO FILIPENSES 4.4
Todos de pé para a leitura da palavra de Deus, por favor, em Filipenses 4.1-4:
"Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai firmes no Senhor, amados. rogo a Evódia, e rogo a Síntique, que sintam o mesmo no Senhor. E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os meus outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida. Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos"
RESUMO DA PREGAÇÃO ANTERIOR:
Farei um resumo do visto na semana passada, pois este sermão é continuação daquele:
1) Meditamos sobre os versos 1 a 3, do capítulo 4 de Filipenses.
2) Vimos que a igreja estava sendo perseguida por judeus e romanos; muitos cristãos eram presos e destes, vários eram condenados à morte; a igreja encontrava-se em angústia e aflição, talvez até mesmo desanimada.
3) Paulo estava preso em Roma, sob rigorosa vigilância da guarda pretoriana, mas, mesmo assim, as cadeias não o impediram de evangelizar e levar muitos da “casa de César” à conversão, a reconhecerem Cristo como Senhor e Salvador.
4) A prisão de Paulo e os frutos do seu ministério mesmo impossibilitado de se deslocar, levou muitos irmãos ao ânimo, a pregarem Cristo sem temor.
5) Ele ordena-nos a estarmos firmes em Cristo (não como um pedido, conselho ou possibilidade, mas como uma obrigação).
6) O apóstolo exorta Evódia e Síntique a voltarem à unidade, à harmonia e a abandonarem a inimizade e disputa entre elas; voltando-se a um mesmo pensamento, um mesmo propósito, colaborando-se mutuamente e com os outros irmãos.
Agora, ele nos ordena, nos exorta, insufla, a alegria, ao gozo. Portanto, nos coloquemos de pé e leiamos, todos, o verso 4.4, de Filipenses:
“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.”
A palavra regozijar significa alegria, contentamento, satisfação, júbilo. Pare um pouco e pense; darei alguns segundos para responder: Eu me regozijo no Senhor? Eu me alegro em Cristo? A minha vida é plena de satisfação nele ou não?
INTRODUÇÃO:
- Complexidade do tema “Alegria sempre”;
- Assunto amplo, abrangendo desde a questão do sofrimento, pelo da perseverança ou preservação dos santos, testemunho diante dos homens e na obra de evangelização. O regozijo no Senhor está ligado diretamente a estes assuntos;
- Mas tratarei inicialmente de quando a alegria acontece em meio às tribulações, sofrimentos e dores.
- O senso comum diz que o sofrimento é por alguma culpa ou coisa de ruim que fizemos (os judeus atribuíam o sofrimento ao pecado cometido).
- Teologia positivista ou da prosperidade que afirma a vitória do crente ou seja, de que ele não pode e não deve sofrer e, se acontece, é por falta de fé.
- Mas, o que a Escritura nos diz?
. 2 Co 7.4: Paulo afirma conseguir alegrar-se nas suas tribulações dos demais irmãos;
. Rm 12.12: Alerta-nos a ter paciência nas tribulações;
. Mt 5.11-12, Jesus disse que seriamos bem-aventurados se exultássemos e alegrássemos nas injúrias, perseguições e todo o mal que fizessem contra nós.
.1 Pe 4.13, Pedro exorta-nos a alegrar-nos em participar das aflições de Cristo.
Este é um tema a suscitar muitas pregações e estudos, pois se há algo que o crente pode ter certeza é de não somente crer em Cristo, mas de também padecer por ele (Fp 1.29).
Provavelmente não chegaremos à unanimidade quanto a alguns pontos, mas podemos chegar à unidade de clamar a Deus para ele nos fazer alegres sempre.
QUAL É A ALEGRIA?
Há aquele hino no Cantor Cristão, “Sou Feliz”, No. 398, e em sua primeira estrofe diz:
“Se paz a mais doce me deres gozar
Se dor a mais forte sofrer, oh! Seja o que for,
Tu me fazes saber que feliz com Jesus sempre sou!”
- Os autores dizem que em qualquer situação, benéfica ou desfavorável, somos felizes com Jesus.
- Mais do que isto, Cristo é a causa da nossa alegria, o único motivo pelo qual podemos ser verdadeiramente alegres.
- Podemos dizer, convictos, o mesmo que Paulo nos ordena, “Regozijai-vos sempre” (1 Ts 5.16)?
- Paulo está ordenando, exortando-nos ao regozijo, já que o verbo está no imperativo, como uma obrigação, um dever, mas também como um privilégio, uma honra.
- Na Carta aos Filipenses, o Apóstolo faz referência a gozo, a alegria, 14 vezes, em um momento dramático para a igreja e para si mesmo.
- “E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo” (2.17-18).
- Sacrifício = derramamento de vinho ou licores em honra aos deuses. No Brasil, os bebuns têm o hábito de derramar a aguardente no chão em honra ao “santo”. Paulo está-nos dando a ideia de deixar a sua vida esvair-se, gastá-la, em honra dos irmãos.
- É possível o regozijo em meio à dor e o sofrimento?
- O fato da alegria do crente ser diferente da alegria do homem natural.
- A alegria no homem natural se deve, em sua maioria, a fatores externos: conforto, dinheiro, saúde, morar em um duplex com uma bela vista, estar junto das pessoas que amamos, comprando, bebendo, acumulando bens, etc.
- A alegria do incrédulo é dependente de coisas condicionais, tendo-as se satisfaz, não tendo-as entristece-se.
- O homem natural não se alegrará jamais em meio à tristeza, pois falta-lhe os “meios” para alcançar o estado de alegria.
- O mundo exterior não traz segurança, e as coisas que nos trazem alegria podem mudar de uma hora para outra: perde-se a saúde, o dinheiro, a juventude, a paz, pessoas amadas, etc, e, acontecendo a tristeza e o desânimo tomam o seu lugar.
- Há pessoas detentoras de todos esses “meios” e muitos mais, como beleza, eloquência, inteligência, poder, influência, etc, e, ainda assim, não se regozija com o que tem.
- Satanás veio para roubar, matar e destruir.
- No caso do crente, ele tem de se alegrar mesmo nos momentos mais dolorosos e sofridos. A nossa alegria não depende dos “meios” externos para subsistir. Por que? Porque é a comunhão, o relacionamento, a intimidade com Deus, que permite-nos estar e ser alegres todo o tempo.
- E isto se dá independente dos acontecimentos e fatos exteriores.
- O crente é como o mar, na superfície, ele é sacudido pelos ventos, provocando uma inconstância, uma instabilidade, enquanto nas profundezas do mar há um estado permanente de segurança, onde as intempéries da superfície não podem alcançá-la, nem alterá-la.
- Fp 3.1: “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor”.
- Qual o significado de “resta”? Seria a busca em mundo caído de alegria e, não encontrando-a, resta apelar para Cristo com última esperança? Ou ele está demonstrando que, em todo o universo, não há alegria perene a não ser em Cristo, ou seja, somente nele é possível encontrar-se a alegria verdadeira?
- A única fonte segura de regozijo é o Senhor.
COMO BUSCAR A ALEGRIA?
1) Deus ser o centro da nossa vida;
Em 1 Coríntios 29-31, lemos a respeito do cristão: “Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se glória glorie-se no Senhor”.
2) Reconhecer a nossa total dependência de Deus.
É o que o profeta diz:
“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias”. (Is 61.10)
3) Cristo é a própria alegria:
“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.” (1 Jo 1.1-4).
4) Entender que a alegria é um dom divino:
“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo" (Jo.15.11).
5) E de que Deus é aquele que nos enche de alegria e gozo:
“Ora o Deus de esperança vos encha de todo gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo” (Rm 15.13).
O PECADO TIRA-NOS A ALEGRIA
- Porque ele nos afasta do Senhor.
- Arrependimento.
- "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1.9).
- Fugir do pecado.
O ÓDIO E O RANCOR TIRA-NOS A ALEGRIA
- Porque ele tira-nos o amor, e, se não amamos ao próximo que vemos como poderemos amar a Deus que não vemos? Novamente, João escreve:
“Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”. (1 Jo 4.19-21)
- O Senhor disse no Sermão do Monte:
“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.44);
e, ainda, na oração do Pai Nosso:
“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores... Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens a suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6. 12, 14-15).
- Porque o que seria o “não perdão” senão uma forma de se vingar do ofensor? Acontece que o nosso coração fica aprisionado nessa armadilha, cujo objetivo principal é impedir-nos de ter o essencial, de estar em conformidade, em união, com o Espírito do Senhor.
CONCLUSÃO:
Como já disse, a alegria é a estreita, profunda e intrínseca relação com o Senhor. Ele é a nossa alegria, e fora dela não há alegria verdadeira. Devemos ter o entendimento correto de o regozijar-se é uma dádiva, um dom divino, e privilégio concedido a nós. É algo essencial e da natureza do cristão bíblico, portanto, devemos clamar a Deus para nos fazer cada dia mais alegres, cada dia ele se torne mais suficiente em nossas vidas, cada dia queiramos mais e mais a sua presença, ao ponto de nos entristecermos quando isto não acontece. Pois somente assim poderemos, nas benesses e desfavores do dia-a-dia, estarmos alegres, em júbilo, regozijando-nos em Cristo.
Notas: 1 - Pregação realizada no culto dominical do Tabernáculo Batista Bíblico;
2 - Seria ideal a leitura deste resumo e a audição da pregação, disponível acima.
04 fevereiro 2023
Desilução e Morte em "Neve de Primavera", de Yukio Mishima
Jorge F. Isah
Nota: Texto publicado originalmente na Revista Bulunga No. 13
25 janeiro 2023
Objetivo Final
Podemos afirmar que a eleição, o chamado, a regeneração e salvação, e a santificação não são os objetivos finais de Deus, mas partes do processo que culminará no objetivo final: que todos os seus filhos se tornarão como Jesus Cristo; “porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” [Rm 8.29]. Essa foi a resposta que dei naquela ocasião; Deus nos quer e sempre nos quis como a seu Filho Amado, de forma que tudo, desde o seu início, muito antes de fazer os céus e terra, tinha por certo isso: fazer um povo que em tudo fosse semelhante a Cristo, e pudesse reconhecer-se nele, como imagem agora perfeita, santa e imaculada, assim como ele é; assim como desfruta do amor do Pai, também o desfrutamos. Somos participantes em tudo que o Senhor também participa, a fim de que ele seja tudo em todos. Nem menos, porque a perfeição e santidade somente podem ser na medida exata de Cristo; nem mais, porque é impossível qualquer variação naquele que é, e se faz conhecido como o "Eu sou".
E o que ele é, jamais pode não ser.
09 janeiro 2023
Doutor Fausto, de Thomas Mann: tomando o lugar do diabo
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Avaliação: (****)
Título: Doutor Fausto - A Vida Do Compositor Alemão Adrian Leverkühn Narrada Por Um Amigo
Autor: Thomas Mann
Páginas: 624
Editora: Cia das Letras
Sinopse: Último grande romance de Thomas Mann, Doutor Fausto foi publicado em 1947. O escritor fez uma releitura moderna da lenda de Fausto, na qual a Alemanha trava um pacto com o demônio - uma brilhante alegoria à ascensão do Terceiro Reich e à renúncia do país a sua própria humanidade. O protagonista é o compositor Adrian Leverkühn, um gênio isolado da cultura alemã, que cria uma música radicalmente nova e balança as estruturas da cena artística da época. Em troca de 24 anos de verve musical sem paralelo, ele entrega sua alma e a capacidade de amar as pessoas. Mann faz uma meditação profunda sobre a identidade alemã e as terríveis responsabilidades de um artista verdadeiro.
27 dezembro 2022
Teeteto: A imagem de Deus neutralizando o mal
Jorge F. Isah
20 dezembro 2022
Agostinho: a aflição do homem e o descansar em Deus
Agostinho abre a sua alma a Deus; o livro é uma grande oração, onde o seu coração é posto no lugar adequado: em Cristo, sua misericórdia e sacrifício.
Ele tece um longo poema em que as palavras fluem ritmadas; em que busca as mais profundas e límpidas expressões para retratar o que sentia à época em que era incrédulo, e também da sua alegria após a conversão e a reconciliação com Deus. "Confissões" é um fluir e brotar do espírito quebrantado e submisso ao Senhor.
Não há a preocupação em explicitar a teologia, ainda que ele faça teologia no livro. Não há lugar para o debate teológico, ainda que se possa discutir suas idéias. Por exemplo, ao afirmar que a cada dia se afastava mais de Deus, podemos entender que:
1)Havia um distanciamento maior, uma impossibilidade de se aproximar dele; e de que se encontrava cada vez mais afastado, a partir do afastamento inicial.
2)Ou pode-se ter a impressão de que em algum momento o homem esteve próximo de Deus e, com o decorrer dos dias e dos pecados, vai-se afastando naturalmente dele.
Há de se entender que Agostinho acreditava na doutrina da pré-existência da alma, o que pode levá-lo a crer, em algum momento, que essa alma estava com Deus. Ao encarnar-se, assumindo a carne, ela irá afastar-se de Deus, em virtude do pecado original.
De qualquer forma, sem entrar em todos os pormenores que envolvem a questão, a afirmação de que quanto mais o homem peca, mais se afasta de Deus, é bíblica e correta. Apenas esse homem já está afastado, nunca teve comunhão com o Senhor, e labora para ir ainda mais para longe dele em seu estado de rebeldia.
O autor declara o estado em que se encontrava antes da conversão, o estado de impiedade; um aliado do mal; um coração aprisionado e atormentado, antes de Deus retirá-lo, por sua misericórdia, do fundo do abismo.
As declarações que se seguem, e as descrições que as acompanham, indicam uma alma depravada e impossibilitada de se aproximar de Deus; a cada dia mais envolvida com o pecado, desejando-o; e desprezando a Deus; completamente afastada dele.
Agostinho afirma a quase suficiência das obras más na vida do homem caído: "As próprias obras é que prejudicam os malvados" [pg 58]. Mas em qual sentido? Estariam elas independentes da vontade do homem? Seriam maiores que ela? Ou até mesmo do homem? Ou ao se concretizarem, sendo obra consumada [a realização temporal, prática, efetiva do pecado] é que os tornaria em homens perversos?
Agostinho considera o homem que comete tais obras como já sendo mau. Não há bondade nele, e o que acontecerá nada mais é do que a vazão pecaminosa indicando-lhe o caminho de perdição e de pecado, que culminará na condenação daquele que não creu no poder regenerador e salvífico do nosso Senhor Jesus Cristo.
Ao citar o dia em que ele e os amigos invadiram uma propriedade e furtaram pêras, pelo simples prazer do furto, para lançá-las fora, resumiu: "O fato é que não eram os frutos que me atraíam, mas a ação má que eu cometia em companhia de amigos que comigo pecavam" [pg 61].
Claramente, ele notifica não a fome, nem a beleza dos frutos, nem o seu sabor, ou o desejo de ganhar algum dinheiro com eles, nada disso. Agostinho nos fala apenas da ânsia de cumprir na sua carne o mal que habitava nela; a realização do desejo suficiente em si mesmo, e vivendo por si mesmo.
Mas há nele, agora, o arrependimento: "Eu, miserável, que frutos colhi das ações que cometi então e que agora recordo envergonhado, especialmente daquele furto que me satisfez pelo furto em si e nada mais? De fato, ele em si nada valia, e por isso me tornei ainda mais miserável!" [pg 61].
Para em seguida perguntar [sentenciando]: "Quem me pode responder senão aquele que me ilumina o coração e lhe dissipa as trevas?".
Falando da paz pela santidade, conclui: "Quem mergulha em ti, 'entra no gozo do seu Senhor', não terá mais receio, e permanecerá sumamente bem no Bem supremo. Desandei longe de ti, meu Deus, e na minha adolescência andei errante sem teu apoio, tornando-me para mim mesmo um antro de miséria" [pg 62].