Algo evidente, e por demais evidente no evangelicalismo atual, são os sinais, ou melhor, a necessidade deles para se crer, para se ter fé. O pragmatismo tem-se difundido tanto em nosso meio que tudo o que não se pode ver, tocar, apropriar-se e exibir não funciona, logo deve ser descartado. Vivemos a época em que o material dita o espiritual, de tal forma que a vida neste mundo tem de ser uma prévia do sucesso a ser alcançado na eternidade. O imediato vira infinito; o temporal, eterno; o carnal, espiritual; assim como a dúvida se torna certeza; a tolice, sabedoria; o não-bíblico ganha contornos bíblicos, nem que seja na marra! Porém, fica a pergunta: isso é o Evangelho ou não passa de uma distorção do Evangelho, o contra-evangelho? A mensagem cristã travestida, corrompida, distorcida e rotulada pela mente humanista e seus valores decaídos?
Um rápido "passeio" pelas igrejas e ficará evidenciado o culto utilitarista; cuja motivação está fincada, estabelecida, nas ações, ou melhor, na eficácia delas, no sentido prático em que a fé resultará em benefícios objetivos, em ações visíveis pelas quais se conhecerá a verdade. Em outras palavras, a verdade é conhecida somente se for útil naquele momento ao indivíduo; a verdade somente pode ser conhecida pela experiência, sem a qual, não há o menor sentido [empirismo]. A coisa funciona mais ou menos assim: o indivíduo vai à igreja para buscar duas coisas: a primeira, que Deus satisfaça os seus desejos; a segunda, que seja rápido em satisfazê-los. O seu valor supremo resume-se na capacidade de Deus suprir e proporcionar prazer ao homem, e de evitar que ele sofra. Sempre tendo como ponto de partida a fé do homem, aquela em que o vitorioso a exibirá como um troféu, uma medalha pendurada no pescoço, a refletir os seus feitos. Nada a ver com a fé que nos foi entregue por Deus [Ef 2.8], e que foi uma vez dada aos santos [Jd 3].
Mas, o que vem a ser fé?
Segundo o Priberam: (latim fides, -ei) s. f. 1. Adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro. 2. Fidelidade 3. Prova. 4. Crença.
Segundo o Michaelis: sf (lat fide) 1 Crença, crédito; convicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma asserção. 2 Crença nas doutrinas da religião cristã. 3 A primeira das três virtudes teologais. 4 Fidelidade a compromissos e promessas; confiança.
E, segundo a Bíblia? "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem" [Hb 11.1].
As três definições não parecem harmônicas entre si? Paulo não está, de certa forma, corroborando a definição semântica que os lingüistas atribuem à palavra fé? E de que ela tem um valor pragmático-utilitarista? Implicando na legitimidade dos cultos e da vida cristã praticados atualmente pelos evangélicos? Será? O mesmo Paulo diz: "Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" [2Co 4.18]. E agora, o que lhe parece? Ele continua: "(Porque andamos por fé, e não por vista)" [2Co 5.7].
A questão é que muitos usam "e a prova das coisas que se não vêem" como a necessidade da fé produzir resultados, de tal forma que se eles não aparecem, não há fé. Mas, o que Paulo está a dizer é: a fé é a prova das coisas que não se vêem, porque andamos pela fé, não por vista. A fé é a prova, o testemunho da vida cristã, e a vida cristã é a prova da nossa fé; porque "todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as, abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra... em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos" [Hb 11.13; Rm 8.24-25].
Pois bem, o ponto é: tenho fé para ver, ou tenho fé para não ver? Se não ver, não tenho fé, ou mesmo não vendo, mantenho intacta a minha fé? Há uma velha onda que diz: posso tudo naquele que me fortalece, distorcendo a mensagem bíblica a fim de atender aos interesses escusos do coração. Com isso, querem dizer que, se tenho fé suficiente, posso tudo [e há de se definir o que venha a ser fé suficiente; e muitos dirão que ela será suficiente dependendo daquilo que se quer e se alcança, ou seja, o tamanho do objeto e consegui-lo é que definirá o tamanho da fé]. Mas vejamos o verso em que se baseiam: "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" [Fp 4.13]. Parece uma carta-branca dada por Deus para se ter o que quiser. Bastando escrever o que mais for aprazível, agradável. Porém, o que nos fala Paulo um pouco antes? "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade... todavia fizestes bem, em tomar parte na minha aflição" [Fp 4.12, 14]. Alguém se candidata a subir no púlpito e defender que posso todas as coisas em Cristo, mesmo que seja na fome e a padecer necessidade? Ou a estar abatido? Ou a participar da aflição alheia? Se pode-se todas as coisas, elas não estarão restritas apenas ao que se considera benéfico dentro do padrão humano. Riqueza, posses, poder... a solução de todos os problemas imediáticos [1] não são os únicos itens abarcados por "todas as coisas", mas também o sofrimento, a tristeza, a dor, a injustiça, a pobreza e tantos outros males. Paulo afirma claramente que Deus o sustentará em todas as situações, e de que ele viverá a fé cristã mesmo nas vissicitudes e reveses da vida.
Mais do que isso, ele chega a se gloriar em suas fraquezas, porque o poder de Deus se aperfeiçoa nela, a fim de que habite nele o poder de Cristo [2Co 12.9]. O que para muitos é sinal de fracasso, para Paulo é êxito, e assim deve ser para nós também. Devemos banir de nossas mentes o falso ensino de que a fé está atrelada ao sucesso, à riqueza, à cura, à prosperidade. Com isso, não quero dizer que pessoas de sucesso, ricas, saudáveis e prósperas não têm fé; mas de que o padrão bíblico de fé está muito além daquilo que temos, tocamos ou somos. Ele está no próprio Deus, o qual nos capacita a ter a fé verdadeira; não uma crença tola; não uma certeza no que é tangível apenas; não em reverter materialmente, numa contrapartida, o que cremos. Isso faz de Deus um negociante, e da fé uma mercadoria. Ao contrário, a fé sempre será uma relação de confiança em Deus por intermédio de Cristo, mas, sobretudo, uma relação de dependência, de submissão, de reverência, de temor a Deus; de reconhecimento da nossa frágil condição, de nossa miserabilidade e pecaminosidade diante dEle, o Deus santo e perfeito; da necessidade da sua graça e misericórdia, sem a qual sequer viveríamos, mas seríamos consumidos [Lm 3.22].
Portanto, não estou falando da fé como um conjunto de crenças; nem no assentimento intelectual puramente, como uma idéia ou conceito decorrente do estudo ou cultura; nem como a possibilidade do conhecimento divino a partir de evidências ou experiências emocionais e místicas; muito menos como a causa de resultados, ainda que proveitosos. A fé bíblica é a única capaz de fazer com que o homem reconheça o testemunho de Deus através das Escrituras, como o auto-testamento divino; nas certezas que somente podem ser vistas e entendidas por aqueles a quem Deus abrir os olhos para verem, e os ouvidos para ouvirem, e a dar-lhes entendimento para que creiam, se convertam e sejam salvos [Jo 12.40]. A fé é autenticada pelo próprio Deus, reveladas pelo seu Espírito, que no-la-deu para que pudéssemos conhecer o que nos é entregue gratuitamente por Ele [1Co 2.10-13]. Logo Cristo é o autor e consumador da nossa fé [Hb 12.2].
Alguém pode dizer: Precisamos dos sinais para crer, assim como Cristo deu sinais para que o povo cresse. Sim. Isso é verdade, o Senhor fez muitos sinais para que acreditassem ser ele o Cristo; "porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" [Jo 20.31]. Sem que houvesse sinais, o Evangelho não seria escrito. Sem o Evangelho, como crer? Sem a palavra, seria possível conhecer a Deus e ter vida? Há de se entender que a nossa dispensação é outra. Não mais Deus fala diretamente com o povo através dos profetas. Nem os milagres são necessários para que creiamos. O Espírito é que nos ensina, instrui e convence a partir do que está escrito: a Bíblia; porque "nós temos a mente de Cristo" [1Co 2.16]. Nada mais é preciso, ainda que Deus esteja agindo, curando, santificando, salvando, segundo a sua providência, como sempre agiu na história, governando o universo. Precisamos da Palavra, do Espírito e da mente de Cristo. Mais nada, para que a nossa fé seja autêntica.
Após a ressurreição, Cristo apareceu aos apóstolos, menos um, Tomé. Diante do relato dos demais, que viram o Senhor, ele proferiu: "Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei" [Jo 20.25]. Novamente, o Senhor encontrou os seus, e Tomé estava entre eles. Cristo lhe disse: "Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé, respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram" [Jo 20.27-29]. Esse relato não está na Bíblia atoa, mas para que creiamos, mesmo sem os sinais, mesmo sem os milagres estrepitosos; por que a nossa própria vida já é um milagre, ainda mais se significar a eternidade ao lado do nosso Senhor. Mas nada disso acontecerá se não formos resgatados das trevas pelo seu poder.
Cristo fez inúmeros milagres, tais como ninguém mais fez e viu, mesmo assim eles foram insuficientes para salvar uma multidão de incrédulos. Mesmo vendo-os, seus corações permaneceram duros, inflexíveis, diante de tão gloriosa salvação. Por que? Primeiro, os milagres não salvam. Segundo, os milagres não nos faz crer em Cristo. Terceiro, os milagres tornam-nos inescusáveis diante de Deus. Quarto, em muitos casos, o homem busca neles a sua glória, não a de Deus. Como Paulo escreveu: "Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos" [1Co 1.22-23].
De nada adiantam os milagres e o conhecimento, sem fé. Da mesma forma, de nada adianta pregar a Cristo crucificado, sem fé. Pois ele continuará indignando os que pedem milagres e os vêem mas não foram regenerados; e continuará insensato e extravagante para os que buscam conhecimento sem serem regenerados. Porém, aos que foram, bastará a pregação do Evangelho para, crendo, mesmo não vendo, amar o Senhor, "alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas" [1Pe 1.9].
Nota: [1] imediático: aquele que é partidário do imediatismo; que cuida absorventemente do que dá vantagem imediata.
Amado Isah,
ResponderExcluirirretocável.
Em Cristo
Paulo,
ResponderExcluirobrigado pela visita, e pela gentileza.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Caríssimo irmão Jorge,
ResponderExcluirVocê conhece mais ou menos a minha opinião e eu conheço a sua também mais ou menos, ambos em linhas gerais conhecemos as posições um do outro. Não vim postar a minha opinião só para dizer que você está errado ( não está errado ). As considerações são pertinentes levando-se em conta o que estamos pensando ( eu na minha posição e você na sua ) e em quem estamos pensando. A minha posição tem endereço e nomes e a sua também. Ambos temos razões para ficarmos meio "brabos" ( rs...rs...rs...), Bem se não é para disedizer o que você disse e forçá-lo a mudar de opinião e concordar comigo ( o que não significaria nada ) proponho não um debate, mas a propostas de correções possíveis em ambas as correntes do evangelho que tem linhas de ação tão diversas.
Não basta achar que está errado e ruim de um jeito e aplaudir o outro lado. Ambos os lados da igreja falham no propósito que o Senhor teria. Se de um lado falta ensino, bom senso, do outro lado a prioridade está errada. Se um desliza no conhecimento e no ensino bíblico e age com pouca crítica nas coisas mais simples, outro fala para si mesmo e não tem nada para oferecer. Quanto aos milagres Jesus os fez por compaixão em primeiro lugar e em segundo ao implantar o Reino de Deus e desalojando Satanas, desescravizando literalmente as pessoas de seu domínio. Nuca aprovei ( embora não esteja em posição de julgar, mas de evitar os erros dos outros o que é outra coisa ) muito do que há nas igrejas hoje ( pentecostais e neopentecostais ) mas eu conheço pastores tradicionais, bons cidadãos, bons na convivência, na erudição, que como anjos de uma igreja, nada têm de especial a oferecer, por mais que aparentemente, preguem com exatidão, presidam as suas igrejas. Desculpe a comparação, são como bons padres católicos ( que eu também conheci ). Com certeza há uma terceira via. Quem maneja bem a Palavra da verdade tem que apresentar sinais sim, não de si mesmo, mas de Deus conforme a Bíblia declara. Agora se a teologia desse o impede de crer certas coisas, aí é outra coisa. Esse está com as mãos e os pés tão atados quanto o incrédulo.
Finalmente, um cristão pode ser salvo, ter uma vida recomendável como cidadão e cristão, e não abalar em nada o reino das trevas.
A sua reflexão é importante, não para referendar o que já pensamos para orarmos por uma saída.Deus o abençoe rica e abundantemente.
P.S. Você sabe eu tenho um milagre aqui em casa e você é testemunha.
Um abraço!
Helvécio,
ResponderExcluireu estava esperando por você [rsrs].
Então, aproveito para fazer alguns esclarecimentos:
1)Eu creio em milagres; a própria vida é um milagre, como disse no texto.
2)Os milagres são bíblicos;
3)Devem ser compreendidos dentro do seu contexto;
4)Não vejo necessidade de milagres para se crer em Cristo; como disse no texto, muitos viram os milagres e não creram.
5)Não estou mandando recado para ninguém. Fiz uma análise do que vem a ser fé bíblica, e de que os sinais nada têm a ver com ela.
6)Escrevi o texto a partir de Jo 20.27-29; foi ele que me fez refletir na questão fé e sinais, pois as palavra do Senhor são por demais duras com Tomé. Cristo o chama de incrédulo.
7)Realmente, posso estar na contra-mão do nosso tempo, mas não acredito em nenhum método ou tática de conversão eficiente que não seja a proclamação do Evangelho e ação do Espírito Santo [a Bíblia não aponta nenhum outro].
8)Há muitos conceitos de "fé" pregados e vividos por aí, mas poucos se referem à fé bíblica.
Bem, não vou entrar em questões alheias ao objetivo do texto, e que já discutimos algumas vezes. Vou ater-me a uma questão: o pragmatismo que você defende [em algum nível você o defende] torna importante o resultado. Um cristão que não seja capaz de dar frutos visíveis é uma nulidade, certo? Para mim, não! Qualquer cristão dará frutos; essa é a promessa de Deus, pois se não der, será arrancado e lançado no fogo. Falo de cristãos regenerados, não de falsos cristãos, não de cristãos nominais. Agora, os frutos têm de fazer parte de estatísticas, pesquisas, relatórios? Têm de ser transmitidos via satélite para todo o país? Um irmão que no seu quarto ora a Deus por outro irmão, produz ou não frutos? Uma igreja tem a sua fidelidade ao Senhor provada pelo número de membros ou de sinais?
Pois bem, seguindo o seu raciocínio, o Brasil era para ser um país completamente diferente, pois o reino das trevas está sendo abalado diariamente pelos sinais e milagres, mas é essa a realidade?
Nunca os evangélicos foram tantos no país, é quase impossível não se ver um evangélico, e o que temos? Uma nação imoral, pervertida, criminosa, que rejeita os princípios bíblicos. Por que? Porque a maioria das igrejas, e a maioria dos evangélicos são os primeiros a desrespeitá-los, e a ofender a Deus com suas vidas.
Há muito que a igreja deixou de ser sal e luz por aqui, mais preocupada com o individualismo, com o egoísmo, com os seus próprios interesses. Uma das características do amor é a de ser sofredor, não se ensobebecer, não se portar com indecência, não buscar os seus interesses. O que mais vemos são cristãos buscando os interesses pessoais, o dinheiro, o conforto, o prazer. Não falo de uma igreja, de uma denominação específica, mas quase todas estão contaminadas por essas pragas, que mais do que isso são pecados explícitos. Sem falar do maior de todos os pecados: não pregar Cristo crucificado, nem se sujeitar a Ele.
O que se tem, hoje, é uma legião de religiosos a ditar normas, a querer colocar Deus na parede, a exigir que seus caprichos sejam atendidos, buscando exclusivamente os seus interesses, como se Deus fosse um gênio da lâmpada.
Sei que você não pensa desta forma, mas o que o pragmatismo e o utilitarismo têm proporcionado são cristãos que não seguem a Cristo, nem querem segui-lo. Antes, estão preocupados em que Cristo possa servi-los, e qual a rapidez com que isso pode acontecer. Afinal, são supercrentes, eles têm o poder, e aí de Deus se não realizá-los.
Olha, o pragmatismo/utilitarismo faz com que tudo seja justificável, desde que dê resultado. Mas a Bíblia diz que um planta, outro rega, mas Deus é quem dá o crescimento [1Co 3.6]. O problema é que querem tirar o crescimento das mãos de Deus, e fazê-los por si mesmos. O que infalivelmente acarretará em templos cheios, corações vazios, e um terreno estéril.
Cristo o abençoe!
Forte abraço!
Nobre amigo,
ResponderExcluirQue texto maravilhoso. Tal como fora dito pelo Paulo, digo-lhe, texto irretocável. Resta-me, ao ler esse texto, dar Glória ao Senhor nosso Deus, que mantêm, a cada um de nós, por meio de sua graça, na senda do evangelho, na suficiência de sua Palavra.
Graça e Paz amado
Mizael Reis
Caro irmão,
ResponderExcluirEu o ouço e compreendo mas as nossas opiniões tem endereço e nomes sim, o que não convém citar aqui por questão de censo, não é? Nós conhecemos e observamos os dois lados e os vemos com muita clareza. Não se trata de medir a qualidade cristã de ninguém. Embora fosse até provável. A igreja nunca foi melhor, sempre teve as suas contradições e os escândalos que sempre existiram ficavam contidos ao seu arraial. Não se falava mal de "crentes", pois pouco eram notados. Bem... não é essa a questão.
A questão é prática ( olha eu de novo...) Conheço boa parte das igrejas tradicionais ( que jamais aderiram a chamada renovação carismática, ou seja lá o nome que se queira dar ), seus membros e muitos de seus pastores, as suas pregações, a sua atitude como crentes e pregadores. Não há o que se falar deles até como cristãos. Mas essa igreja tradicional, que já foi cheia de ardor na pregação e no testemunho, é incapaz de pregar hoje. Não por que o mundo mundou. Ela não é a mesma dos primeiros metodistas, calvinistas, luteranos ( vide a história ). Os herdeiros históricos da reforma não tem ousadia, parecem não crer de fato no que repetem. Não é estatística que importa, é atitude. Os dois lados tem erros e eu proponho uma terceira via. O avivamento só vem pela oração daqueles que estão incomodados com a condição da igreja atual. Como a postagem de irmão em seu blog "Guerra pela Verdade", "Uma Igreja Ladeira Abaixo", não é a primeira vez que a igreja desce a ladeira de algum modo e depois sobe, corrigindo-se, e representando uma nova chama e um sal renovado. Proponho que os irmãos listem nos próximos comentários atitudes praticas a serem tomadas, correções a serem feitas e metas a serem vislumbradas.
Um abraço mais uma vez.
Mizael,
ResponderExcluirobrigado pela visita, e, sobretudo, por sua ligação semana passada. Foi uma surpresa agradabilíssima, e uma ótima conversa.
Oro também para que nossas vidas glorifique a Deus, e que, mesmo sendo inúteis, o sirvamos em amor, buscando os seus interesses, não o nosso.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Bem como ninguém fez uma proposta inicial eu a farei:
ResponderExcluir1)Que as igrejas históricas tradicionais e reformadas fiquem abertas todos os dias de domingo a domingo. o dia inteiro, e um pastor esteja presente para receber quem for a sua igreja pelos mais variados motivos ( conheço as objeções a essa "nova prática") que os membros da igreja, a sua denominação apoiem-nos nessa decisão sustentando-o financeiramente.
2) Que haja reuniões e vigílias como nos "bons tempos ", pessoas , crentes orando, para que Deus conserte essa situação extirpando os erros temidos e constatados no seio da atual igreja evangélica no Brasil ( primeiro aqui, depois em outro lugar )
3) Que crentes testemunhem qualquer coisa ocorrida em suas vidas (se não é financeiro, o que eu acho legítimo não estar em primeiro lugar, mas algum outro deve haver. Mostrem diariamente que o seu deus é atuante, que fala ao seu coração , que lhe ilumina, seja o que for.
4)Que se produzam canções teológicamente corretas então, mas deve haver um cântico novo na igreja. Eu particularmente gosto muito de "Castelo Forte" de Lutero, quase com ou possui cinco séculos de sucesso. Só hinário histórico, por melhor que seja não dá. Trata-se de um fenômeno humano. Tem hora que enche e não tem jeito.
5) Volta dos "ar-livres", pregações públicas, mostrando a cara de quem está pregando, convidando as pessoas para a igreja local.Fervor, ousadia!
6) Pregadores, cultos, com formação teológica, mas pregadores. Pregadores tímidos, professorais, tiradores de dúvidas não dá.
7) Líderes. Liderança é algo legítimo e usado por Deus. Sem alguém que se disponha a ser líder não dá. E não é lider para protesto, passeata. Liderança que pregue ( vide neocalvinistas nos Estados Unidos ) com os quais nem concordo tanto, mas apoio a sua iniciativa, no contexto particular de lá.
8) Se crêem em milagres quem irá crer e orar por eles? Conheço pastores que ensinam, aconselham, palpitam, mas na hora do "vamo ver" dá dó, é patético. Sua fé na oração que fazem não corresponde a fundamentação que trabalhosamente demonstram.
Então quem irá se mexer?
P.S. Outra hora farei observação prática aos neopentecostais.
Um abraço a todos.
Um abraço.
Helvécio,
ResponderExcluiragradeço sua visita e comentário.
Sabe, verdadeiramente, o meu texto tem endereço, não àquele crente ou àquela igreja, especificamente, mas a todos que não se firmam na Escritura, não tendo Cristo por fundamento. Mesmo entre os reformados, a peste do pragmatismo/utilitarismo está presente, numa espécie de ânsia competitiva, uma antítese da Igreja neo-testamentária.
Suas críticas aos tradicionais podem até ter fundamento, mas, lanço-lhe um desafio: para quem busca resultados, e por uma igreja de resultados, qual o fim que o atual estado da igreja tem levado e levará? Ou, em outras palavras, que resultados, objetivos e práticos, temos visto? Que frutos têm sido produzidos?
Ao meu ver, os crentes atuais não têm que ser mais ousados, eles já são, ao ponto em que confrontam, desobedecem, murmuram, resistem e desafiam a Deus. O que se precisa não é de ousadia, mas de temor e tremor diante do Senhor; reverência e obediência.
Qual atitude o cristão precisa ter? A coragem de proclamar o Evangelho e vivê-lo, para que o seu testemunho seja verdadeiro.
Concordo que a oração é fundamental, inclusive no avivamento. Mas não há avivamento sem arrependimento, sem quebrantamento, sem que eu diminua e Cristo cresça; sem reconhecer a santidade e perfeição divinas.
Acho legal que sejam listadas atitudes práticas, desde que bíblicas.
Posso até ser acusado de reducionista ou simplista, de querer ser mais realista do que o rei, mas acredito que as "invencionices" humanas são criadas e adotadas pelo fato de que é mais difícil cumprir o que Deus estabeleceu como santo do que acreditar revestir de santidade o profano.
Quanto as correções a serem apontadas, esse é um exercício árduo, mas que deve ser feito por cada um que se considera filho de Deus, a começar por nós mesmo. Não adianta ficar apontado os erros alheios se os praticamos em maior ou menor grau.
Quanto às metas, acho que temos uma: ser como Cristo.
Estamos fugindo um pouco da proposta do texto, mas só um pouquinho [rsrs].
Abraços.
Graça e paz Jorge,
ResponderExcluireu creio em milagres pois o Deus que servimos nos diz que “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13.8). No entanto, o que temos visto hoje em muitas igrejas é que as pessoas não vão mais ao culto adorar ao Senhor, mas vão somente buscar bênçãos, Deus fica em segundo plano, aliás, deus é o pastor, o apóstolo o bispo, esses sim é que retém todo o poder e manda em Deus. Como você já disse em outro texto Jesus é tratado como um gênio da lâmpada que tem por obrigação de satisfazer todas as nossas vontades. Mas se o povo pensa assim, a culpa é da liderança que se não apresenta o Deus da Bíblia, mas um deus pessoal e imediatista. E muitos desses líderes erram também porque foram doutrinados assim. É um abismo chamando outro abismo. Que o Senhor salve essa geração.
A fé gera milagre, milagre não gera fé.
Fique na Paz!
Pr. Silas
Prezado irmão Jorge,
ResponderExcluirexcelente texto. Creio que seu alvo foi em primeiro lugar atingir o pragmatismo reinante em nosso meio e isso você o fez com maestria. Essa mensagem triunfalista pregadas pelos tele-evangelistas é uma negação das Escrituras que apontam para sérias crises na vida. O equilíbrio sempre é bem vindo. Creio que o Espírito Santo distribui dons para o benefício da igreja e que a cura hoje em dia advém sim destes dons e não somente pela providência de Deus. No fundo é obra de Deus do mesmo jeito. Sei que você crê que Paulo escreveu Hebreus, mas em assim fazendo existe o perigo de tentar encontrar a autoria desta carta no século XXI, sendo que em mais de 2000 anos a posição prevalecente é que esta definição seja oculta.
No mais parabéns novamente pela clareza e biblicidade. São textos assim que forçam uma virada de mesa nesta arena gospel.
Um abraço
Em Cristo
Caro Jorge, não dá para recontar a história da igreja brasileira, particularmente a batista, a primiera fundada dentro de uma loja maçônica e cujo maior tradutor de hinos do cantor cristão,Salomão Gisburg era também maçom.\\nem por isso negarei a eficácia da igreja batista e toda a sua história.
ResponderExcluirContudo, contudo, milhões de pessoas conheceram as Escrituras, o Deus da Escrituras e esenvolveram uma cristã não católica. Não é pouca coisa. A igreja evangélica, protestante já foi perfeita algum sia em sua história Nunca. Por isso não é hoje e continua cheia de contradições, aparentemente novas, mas com muitas contradições.
Tenho um poco de boa nostalgia dos cultos e reuniões de trinta anos atrás, das pregações que atingiram os milhares de corações de crentes à época, mas nem tudo eram flôres ainda naquele tempo.
continua...
Continuando...
ResponderExcluirSobre o milagre gerar fé, não radicalizar como na vez que afirmei ( eu sabia em que estava pensando ) que alguém não poderia converter a partir do conhecimento bíblico ou teológico. Nos evangelhos mais de uma vez, cidades e outras pessoas distantes, creram pelo testemunho de um milagre. Cada caso é um caso.
Sobre o que fazer de prático, ninguém respondeu. Concordo que devemos cada um olhar por nós mesmos e não necessáriamente para os outros, mas repito, o que fazer, por onde começar? Se não ficaremos dado volta em torno do mesmo ponto. Se não querem que as pessoas vão a essas igrejas convide-as para a suas igrejas, pregue a elas e as discipule. Abram as igrejas em tempo integral. Que os membros decidam sustentar os seus pastores que assim se deciderem dara o máximo de si para a obra de Deus. Tá vendo, na hora de fazer ninguém quer realmente fazer nada.
Prossiga na sua parte, foentando o debate e a tempestade cerebral, na cabeçaç das pessoas.
Um abraço, mais uma vez.
Pr Silas,
ResponderExcluireu também creio em milagres! A minha conversão foi um milagre, possível apenas pelo poder, graça e misericórdia de Deus. Da mesma forma, vemos milagres diariamente, Deus nos poupando, nos livrando, nos sustentando, etc.
O problema não é o milagre, mas o uso escuso que muitos fazem dele como o resultado da fé. Aí é que entra a idéia do pragmatismo e utilitarismo, como se o cristianismo fosse fruto de um resultado produzido pela vontade humana. E não é. O Cristianismo é fruto da vontade e da ação de Deus, como a Bíblia afirma. Nada mais simples.
Quanto ao falso evangelho, Paulo nos alertou sobre a "operação do erro", a qual Deus enviou para os que perecem, para que creiam na mentira" [2Ts 2.10-11]. Os falsos líderes e falsos crentes seguiram-na, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Pr. Luiz Fernando,
ResponderExcluirobrigado por seu comentário e concordância. Realmente, o irmão resumiu os meus objetivos ao escrever o texto.
Quanto a Paulo, minha Bíblia ACF indica que a Carta aos Hebreus foi escrita por ele, assim como a tradição da igreja também reconhece-a como escrita pelo apóstolo dos gentios [tanto pais da Igreja como concílios], especialmente a igreja oriental.
"Diz também que a Carta aos Hebreus é certamente de Paulo, mas que foi escrita em língua hebraica para os hebreus, sendo que Lucas a traduziu cuidadosamente e a editou para os gregos; daí que se encontre o mesmo colorido no estilo desta carta e nos Atos. E acrescenta que é natural que a expressão "Paulo apóstolo" não esteja escrita no cabeçalho, "porque - diz - como escrevia aos hebreus, que tinham prevenção contra ele e dele suspeitavam, com absoluta prudência não quis espantá-los já no início pondo seu nome". E um pouco abaixo acrescenta: "Pois bem, como dizia o bem-aventurado presbítero, posto que o Senhor, apóstolo do Todo-Poderoso, foi enviado aos hebreus, Paulo, que o havia sido dos gentios, por modéstia não se intitulou apóstolo dos hebreus, e ao mesmo tempo por deferência para com o Senhor e porque, apesar de ser arauto e apóstolo dos gentios, escreve em anexo também uma carta aos hebreus." (Eusébio de Cesaréia - História Eclesiástica, Livro 6, XIV, 2-4).
De qualquer forma, como os demais livros da Bíblia, Hebreus é de autoria divina, o que importa. Do mesmo jeito que a maioria dos cristãos hoje dizem "o autor de Hebreus", como alguém indeterminado, eu cito Paulo, o autor dos Hebreus. Pouco ou nada isso interfere na canonicidade e inspiração do texto. Logo, não sou eu a determinar a autoria de Hebreus, apenas sigo, como outros seguem, o que a história e a minha consciência mandam. E não vejo em que pode haver perigo em estabelecer a autoria da carta a Paulo.
No mais, grande abraço, meu irmão! E obrigado por sua gentileza.
Cristo o abençoe!
Helvécio,
ResponderExcluirnão estou falando de nostalgia, ou de algo que eu goste e daquilo que desgoste, simplesmente.
Estou falando do que considero bíblico e não-bíblico. Daquilo que a Escritura diz que devemos fazer, e daquilo que ela diz que não devemos.
Isso implica na negligência que a igreja tem com os fundamentos da fé; implica mesmo no desprezo a esses fundamentos; implica em uma religião à margem da Escritura; implica na desobediência e não sujeição a Deus; implica numa relação não verdadeira com o Senhor; na propagação do engano; na aliança com o mundo; na contemporização do pecado... em suma, estão reescrevendo os fundamentos; e em lugar da Rocha, Cristo, querem construir sobre a lama e a areia: sobre si mesmos.
E uso como contra-ataque a própria resposta que dão para os métodos empregados atualmente: os resultados. Quais a igreja tem colhido? Compare-os com os descritos no Evangelho, e verá que estão longe do que proclamam como verdade.
Também, não estou abordando todos os erros da igreja. Não há espaço para isso. Ative-me nesta questão especificamente. A igreja não é perfeita, ainda. Mas será, na eternidade. E não acho prudente nem benéfico justificar os atuais erros com os erros cometidos no passado. Sei que essa não é a sua intenção, mas alguém pode entender como sendo, então, olhemos para os exemplos que glorificam a Deus; e eles existem, e são muitos.
Não sei se você está tecendo um elogio ou uma crítica, mas, como disse a um amigo recentemente, não escrevo o que não acredito, nem o que não considero bíblico. Com isso não quero dizer que sou infalível, mas que tenho convicção do que penso. As vezes não dá para conciliar tudo com a prática, pois sou ainda mais imperfeito em fazer do que pensar. Mas oro para que Deus me capacite tanto a uma como a outra coisa, segundo a sua vontade.
Outro grande abraço, meu amigo.
Cristo o abençoe!
O texto focaliza um tema muito pertinente, mas muito debate ainda precisa ser produzido, muita experiência ainda precisa ser vivenciada para chegarmos a um equilíbrio sólido entre o ativismo pragmático e o passivismo dogmático. A meu ver, o Helvécio tem razão em algumas de suas colocações. Por exemplo, concordo que nossas igrejas deveriam estar de plantão 7 dias por semana, 24 horas por dia, para todo tipo de socorro, para a alma e para o corpo. Outras me parecem apenas saudosismo, como os antigos cultos ao ar livre. Nossa época é de investimento em meios de comunicação de massa, rádio, TV, internet. Mas cada igreja deve trabalhar sempre pensando no reino de Deus, não nos seus resultados locais. Uma igreja local colhe o fruto do trabalho de outros e outros colhem o fruto do trabalho dessa mesma igreja. O problema desse ativismo de resultados é que geralmente ele é aplicado visando apenas frutos locais.
ResponderExcluirHelvécio,
ResponderExcluirPermita-se participar das reflexões.
O texto acima, fala-nos sobre o que deve ser feito, e a legitimidade do que deve ser feito, não é auferida pela pontuação negativa do que ilegitimamente tem sido feito.
A menos que você tenha pontos discordantes, do que foi dito no texto, tal como, sobre o famigerado pragmatismo, ainda não entendi aonde quer chegar.
O Evangelho, a despeito das inúmeras desconstruções, motivadas pelo que é errado, em toda a história da igreja, bem como nas denominações, não podem nublar nossa visão sobre o que deva ser nossa postura.
Tudo que busque um fim (em nossa discussão, o evangelismo), sem se preocupar por quais caminhos serão trilhados os meios, é pragmatismo.
O Deus da porta estreita é o Deus do caminho estreito.
A palavra de Deus, já foi dita, várias às vezes, em vários lugares e por diversas pessoas, mas a repetição excessiva dessa verdade, jamais diminuirá sua grandeza. Estamos falando da Palavra de Deus.
Graça e Paz
Mizael Reis
Um comentário meu foi perdido por problemas nunca aciontecidos no blogger ( rs...rs...rs... ) aí dá um apreguiça de refazê-los.
ResponderExcluirEm ordem:
1) Não critiquei o seu texto e nem me opus a sua posição e opiniões legítimas;
2)O saudosismo foi proposital a títuo de brincadeira. de fato só para afastar o erro colocando ocerto no lugar, senão o erro fica lá.
3) Proponho ações concretas: pastores que tem, a seu próprio ver, a teologia correta, se proponham a ser ministros 7 dias por senama e todos os dias ( e a lei trabalhista? você trabalha para o céu ou para a terra decida-se!)
4) se o sujeito vai penar e urrar num esforço sobrehumano quase, a membresia o sustente. Membresia mão de vaca não fai fazer melhor que os neopentecostais.
Afinal o se imposto vai construir quase uma dezena de estádios, incluindo o do "curingão" a um custo indireto social de 200 milhões cada em média, do dia para a noite. A universal gastará 340 milhões para fazer o seu templo de Salomão.reformado pão duro, vai ficar só no bla-bla-blá, mesmo que pastores calvinistas ardam nos corações tal qual o próprio João Calvino, os Wesleys ou Lutero.
5)Eu sou professor, aula é aula, pregação é pregação, ainda que correta tem que ser com autoridade. ( ou não temos autoridade?) Pregador dando aula não vai ser mais eficiente que pregador vendedor.
6)Diante da pessoa em trevas querendo ser salva, aí é que veremos quem é quem, ensiando-a, orando por ela, recebendo-a na igreja, aos montes e por que não?
Para anão monopolizar o assuntoem torno ada minh afala paro por aqui, mas se der tempo, partirei da sua reflexão, e falarei algo sobre o assunto em meu blog, não combatendo e opondo ao que disse, mas buscando alternativas.
Um abraço a todos, mais uma vez...no Nosso Senhor.
Marcos Antônio,
ResponderExcluirnão sei se é o pr. Marcos Antônio Ferreira; se não for, seja bem-vindo por aqui, pela primeira vez.
Concordo com parte do que o Helvécio disse também, assim como concordo com parte do que disse.
A fé cristã parte dos fundamentos dados por Cristo e os apóstolos. O meu texto entra apenas na questão do pragmatismo/utilitarismo, que ao meu ver, falha exatamente em desviar a igreja desses fundamentos, os quais nos foi dado por Deus.
É mais ou menos como substituir o certo pelo duvidoso, no caso do P/U, pelo que não dará certo.
Mas não vou me repetir, o que disse já está posto. Ao meu ver, a questão é muito mais do que uma disputa entre o ativo e o passivo, mas entre o obediente e o rebelde. O rebelde pode ser ativo e passivo, dependendo do momento. Assim como o obediente pode ser ativo ou passivo, dependendo do momento. Mas a obediência sempre será a prova definitiva do amor por Cristo, assim como Ele mesmo disse: aquele que me ama, obedece os meus mandamentos. O rebelde, mesmo cheio de boas intenções, mesmo achando que está fazendo o certo, no fundo, não há nele amor.
Obrigado pela visita e comentário.
Cristo o abençoe!
Abraços.
Helvécio,
ResponderExcluirvocê não está monopolizando o debate; estamos todos refletindo, e mesmo os que não participam diretamente dos comentários, estão também refletindo sobre o que dizemos. Se tem algo a dizer, faça-o, e não se cale [rsrs].
Quanto às críticas, não tenho problemas, se não são absurdas e despropositadas. No seu caso, não foram, e o fato de pensarmos diferente não nos torna inimigos, criticos sim da opinião adversária, mas colocar os pontos que consideramos importantes e que são fundamentais para a reflexão não nos torna em adversários. E como já disse, sua voz discordante da maioria dos calvinistas por aqui, é salutar, pois você sabe ser "oposição" sem querer matar o opositor [rsrs].
Portanto, será sempre bem-vindo, ainda mais por seu meu amigo e irmão.
Abraços, mais uma vez.
Texto corretíssimo. Pragmatismo não encontra base na Bíblia. Não somos cristãos porque "dá certo", mas porque "é certo"!
ResponderExcluirEssa praga tem invadido a igreja de uma maneira que até reformados tem se tornado pragmáticos. A busca pelo resultado não pode ser o que nos move, mas o senso de responsabilidade, independente do que acontecerá.
"Ainda que ele me mate, nele esperarei"
Jó 13:15a
Abraços aos irmãos.
Mizael,
ResponderExcluirque bom seria se todos valorizassem a Palavra, reverenciassem-na, obedecessem-na. Certa vez, um padre aqui de BH, em um programa de tv, disse que os evangélicos idolatram a Escritura. Comecei a rir, pois, Deus não pode ser idolatrado; adorar a Deus não é idolatria, assim como reverenciar a Escritura não pode ser idolatria, vista ser a palavra de Deus.
Mas aí, depois de algum tempo, entendi o que ele queria dizer: já que não considerava a Escritura a palavra de Deus, não era possível reverenciá-la, e quem o fizesse, estava em estado de idolatria. Acabou também por dar uma resposta a quem questionasse o caráter idólatra da ICAR a respeito das imagens de santos e do próprio Cristo.
Então, de certa forma, ao se levantar, percebi que mancava um pouco, e entendi que havia atirado no próprio pé [rsrs].
Assim fazem muitos de nós; dizem que a Bíblia é a nossa regra de fé, mas de alguma forma acabam criando regras que se opõem à Regra, e assim, anulam-na em suas mentes. Como o padre para justificar seus erros teve de atacar o inatacável, muitos querem justificar seus erros desqualificando o que é indesqualificável, anulando o que não pode ser anulado, como aqueles fariseus aos quais Cristo se referiu: tentam impedir de entrar no Reino aqueles que estão entrando.
Abraços.
Tiago,
ResponderExcluirobrigado pela visita, e objetividade.
O irmão acertou na mosca... mais uma vez.
Abraços.
Cristo o abençoe!
Caro irmão Jorge,
ResponderExcluircoforme dito em um de mus comentários sobre o assunto, de que argumentaria e teceria alguma considerçaão sobre o tema e assunto. Você a essa altura deve já tê-la recebido, como rascunho, espero que a considere,pelo menos para vê-la ( eu sei ue as lê todas ) mesmo não concordando. Acho ue prestamos um serviço as ormãos de fé se atiçamos-lhe a imaginação para essas questões. Olhe que há os insatisfeitos, os constrangidos mas os alienados, que acho bem pior.
Esse comentário se deve também a uma correção: o texto "Igreja ladeira abaixo" foi citado por mim sem o crédito ao seu autor, do qual recebo sempre avisos de novas postagens, o Pr LUiz Fernando.
Você conhece a minha posição. Torço apenas para que milhões de pessoas conheçam o evangelho, o ue não pode ser impedido por alguma restrição pessoal. O inferno não restringe por nenhum motivo e todos nós algumas vezes por ano, perdemos conhecidos,parentes, amigos e desafetos, por inoportunidade de crerem. Isso não tem nenhuma graça. A coisa é tão séria que não nos daos conta disso, imagine no mundo. A seara é grande e faltam obreiros. Os que temos bridam entre si.
Abraços a todos.
Jorge, a minha objetividade se deveu ao fato de seu texto ser completo. Não havia mais o que dizer, minhas considerações seriam chover no molhado.
ResponderExcluirPorém, depois de refletir mais no assunto, lembrei de dois sistemas que também são pragmáticos em suas argumentações, ao menos por parte de alguns de seus defensores: o arminianismo e o pós-milenismo.
O pragmatismo é a religião do "pra quê?". Para os pragmáticos, tudo tem que ter um resultado claro e visível, ou então não faz sentido.
Por parte dos arminianos, o ataque é: "se Deus já escolheu quem vai ser salvo, PRA QUE pregar o Evangelho?"
Por parte dos pós-milenistas, o ataque é no mesmo sentido: "se Jesus vai voltar a qualquer momento, PRA QUE construir uma sociedade cristã?"
Ambos não se satisfazem com o senso de responsabilidade moral diante de Deus, eles querem resultados práticos.
De fato a fé cristã tem resultados práticos, mas geralmente esses resultados não podem ser medidos em números, e na maioria das vezes não são visíveis e materiais. Nosso trabalho e nossa pregação sempre terá frutos, aqueles que Deus decretou. Mas esses frutos não são e não devem ser a nossa motivação.
Tiago,
ResponderExcluirconcordo em número, gênero e grau. Na mosca, de novo [srsrs]
Grande abraço!
Voltei...
ResponderExcluir"Eu vos escolhi para que vades de deis frutos..." disse o nosso Senhor Jesus. Toda vara que estando em mim, não der frutos será cortada..." Como os frutos não devem ser esperados e como eles não são importantes? E a parábola contada pelo Senhor Jesus para convidar a todos e forçá-o a entrar para as bodas na casa do Senhor?
Sabe 1uantas pessoas morem de fome e perdem as suas almas por segundo no mundo? SEIS POR SEGUNDO e sem salvação, pois os países em que estão não tem nem um calvinista e nem um arminiano. (69 milhões de pessoas morrerão de fome só esse ano no mundo. Desculpe-me, mas alguns de vocês passam toda a vida olhando somente para a sua congregação, ouvindo o seu líder ( como todos os demais ) lendo autores e crendo mais em suas opiniões teológicas do que na Bíblia. O problema não o texto do irmão Jorge que sempre discorre sobre um tema com talento e de forma instigante...
continua...
continuando...
ResponderExcluirEu por exemplo,a exemplo de vocês o parabenizo pela escolha do tema e pela forma como colocou o seu ponto de vista, mas creio que a despeito de seu talento e sinceridade, não foi para simplesmente receber elogios e tapinhas nas costas.
Após ler a sua postagem me debrucei em ver se a sua posição refletia toda a verdade bíblica. Li notícias e revi facetas reais relacionadas a igreja evangélica brasileira, mais particularmente os neopentecostais, reli coisas sobre a historia do protestantismo no Brasil, opiniões de não crentes, da mia sobre o impacto do protestantismo no Brasil, no presente e nas próximas duas décadas ( revista Época em duas edições ). Reli textos bíblicos relacionados a milagres. O texto do irmão Jorge me fez repisar o tema. É para isso que ele escreve e esse é o resultado prático de sua doação nesse espaço da web.
continua...
continuando...
ResponderExcluirCheguei a conclusão que contrariamente ao que ele afirma, e a sua opinião é legítima, o milagre nos evangelhos antecede a fé em Cristo sim. Que por falta de formação teológica, autocrítica, sabedoria, alguns discursos são tão vexatórios. Por outro lado é igualmente vexatório, embora não pareça, quando todo o ministério de um pastor, décadas a frente de um púlpito, foram medíocres, toando apenas na boa convivência de sua membresia, coisa que padres, monges budistas, shakes islâmicos, rabinos também fazem muto bem.
continua...
Bem o último comentário foi para o espaço...refaço-o depois...estou no trabalho...
ResponderExcluirDesculpem qualquer coisa, um abraço a todos.
Helvécio,
ResponderExcluirobrigado pelos elogios, e por se debruçar sobre o tema. Realmente o objetivo é esse, que as pessoas busquem, através do que escrevo, o entendimento e a verdade bíblicas; é claro, considero que a minha exposição é bíblica, e de que vão concordar comigo [rsrs]. Mas não tenho problemas com as críticas, sinceramente, desde que sejam embasadas e fundamentadas, pois certamente errarei, não sou infalível, mas me darei satisfeito se as pessoas refletirem sobre a questão.
O importante... importante não, essencial, é que a nossa regra de fé seja a Escritura, e de que a interpretação seja buscada nela, assim como as explicações. Fundamentei o meu texto na Bíblia, e considero-o bíblico, até que se prove o contrário.
Dentro do que você escreveu, não entendi uma coisa: em momento algum, nem eu, nem os meus "pares" calvinistas reivindicamos uma vida sem frutos. Eu mesmo citei o trecho que você referencia-o no início do seu comentário. A vida cristã é uma vida que tem necessariamente de dar frutos, o problema é quando esses frutos têm de ser visíveis e fundamentais para se ter fé. O milagre antecede a fé no tempo, podem acontecer muitos deles na vida de uma pessoa [e citei vários deles que acontecem diariamente], mas por si só ele não produz conversão nem a fé; e muitos, mesmo diante dos milagres, se endurecerão ainda mais em seus erros, convictos de ser por eles que os milagres aconteceram; pois têm olhos mas não vêem, e ouvidos mas não ouvem, porque não são das ovelhas do Senhor.
Ou seja, sem a regeneração, o novo-nascimento, os milagres em nada auxiliam ou ajudam o homem a ter fé, a fé bíblica e verdadeira, de que Cristo é o Filho de Deus, Senhor e Salvador de nossas almas.
Abraços.
Caro
ResponderExcluirTexto edificante.
Muito bom.
De minha parte, entendo que Deus ainda pode falar diretamente por profetas, se Ele assim o desejar.
Entendo também que o maior milagre ou sinal é o novo nascimento. Se o cara ainda é escravo da lei do pecado e este não deixou de ser hábito na sua vida... então esquece, nem vivificado foi, precisa nascer de novo antes.
Todavia... risos... a ausência total de sinais (não falo do novo nascimento), também não é bom sinal para a igreja invisível. Não falo da igreja pega individualmente, mas pega como um todo. A ausência total de sinais é um sintoma de alguma coisa.
Abraço!
PS: Depois eu volto para comentar a crítica que o Tiago fez ao pós-milenismo... risos...
Natan,
ResponderExcluiro negócio é que muitos querem colocar a carroça na frente dos cavalos, e não ver o óbvio [do ponto de vista bíblico, claro], que sem o novo-nascimento, o homem continua morto em seus pecados, e é impossível se ter a fé bíblica.
Como disse, o crentes têm de dar frutos, porém esses frutos não precisam ser transmitidos via satélite, nem escritos em revistas, nem fotografados, muito menos classificados em uma escala de importância. Como citei, lá em cima, um irmão que ora piedosamente horas a fio em secreto no seu quarto pode ser reportado como um irmão frio, infrutífero, estagnado?
Quanto ao pós-milenismo, acho que o Tiago não só esperava a sua participação, mas quis provocá-la [rsrs].
Cristo o abençoe!
Abraços.
Pessoal,
ResponderExcluirAssim como corrupção não é feita pela farda, mas sim a farda torna-se existencial e subjetivamente corrupta pelo caráter inescrupuloso daquele que a veste, da mesma forma O calvinista não é conivente com o evangelismo pelo fato de ser calvinista. Em todos os meios e vertentes Denominacionais, serão reprovadas, não pelo fato de ser quem, não são classificados pela placa e CNPJ que as identifica, mas sim por não se enquadrarem na Escritura.
Não importa a "quizumba" que esteja à vida dos que se dizem evangélicos, A verdade bíblica é inamovível, irredutível, irrevogável e não sofre nuanças no âmbito de sua legitimidade por conta da ilegitimidade dos que se dizem cristãos.
Confesso, ainda não entendi aonde o Helvécio quer chegar, porque verdade é uma coisa, errado é outra. O Texto do Jorge é uma coisa, as alfinetadas de Helvécio são outra coisa. O Texto do Jorge deflagra os erros que o Helvécio está pontuando, daí não entendo porque por a doença contra o remédio.
Graça e Paz
Mizael Reis
Eu estou com um problema de vista ( sério embora não pareça ) estou comendo letras adoidado, simplesmete não as vejo. Preciso de um milagre E e mesmo ).
ResponderExcluircorreção 1) 925 milhoes de pessoas mortas pela fome em um ano- só pela fome.
correção 2) consegui ser ouvido por dois irmãos em dois pontos: outras igrejas devem pensar em estar ativas 7 dias por semana e vai doer no bolso de alguém. Bolsos reformados senão é só blá-blá-blá.
Obrigado irmão Marcos Antônio!!!
E se todos cremos em milagres hoje, se não é esse oproblema, obrigado irmão Oliveira, concordo com vocẽ se NADA, nadinha acontece algo está errado.
Duas reparações: querido Jorge sobre o exemplo do irmão intercessor secreto. "Não se põe uma vela debaixo da cama e sem no candieiro para que ilumine toda a casa". Essa sua "saída" não é sólidamente bíblica ( rs...rs...rs...)
Pr. Luiz Fernando sobre "líderes": o hmemé um ser social, que segue um líder sempre, seja um líder para o bem ou para o mal. O senhor mesmo certamente é um líder. OPode se questionar a legimidade de umaliderança mas não o fato de existirem líderes.
Um abraço a todos mais uma vez.
Querido irmão Jorge,
ResponderExcluirsua abordagem sem dúvida foi bíblica, e não há dúvida disso, apenas ( e aí é apenas uma opinião minha, e estritamente ao nível da opinião, nada mais do que isso ) não foi completa.
Parti do ponto abordado pelo irmão e vi outros textos. Mas a minha também não é completa. Embora pendamos para pontos opostos sem negar as mesmas evidências e aceitar os sinais e milagres como fatos.
A divergẽncia se dá no que se refere a prática atual quem nem é a minha pratica e nem a dos irmãos.E a minha colocação ( um irmão reclamou que não fui claro e não ficou claro onde eu queria chegar ) é que se essa prática os incomoda, cada igreja em que os irmãos congregue deve fazer o que acredita com mais ímpeto. Trocando em miúdos: o esforço da igreja reformada hoje é pifio, se considerarmos o ardor de João Calvino, sua pregação e organização da igreja em seu tempo, e outros no passado. Pregava durante quatro horas mesmo depois de doente!!! sabem o que é isso?
Um General foi quem disse ao Lula e seus companheiros: "Vocês são taão organizados, fundem um partido!" e eles fundaram. Os irmãos se setem legítimamente mais corretos ( sem demérito a nenhum de vocês ) Preguem, trabalhem, se esforçem, façam mais opdo que aparentemte têm feito.
É só isso.
Um abraço.
Estou falando demais daqui a pouco vou ser expulso...
ResponderExcluirIrmão Jorge, querido, acho demasiadamente ansiosa a sua preocupação com "qualidade" da conversão. Se deopis do milagre o sujeito não se converter não é problema nosso, nem foi o de Jesus. Só é lamentável. Ainda mais não soa bem a espectativa calvinista. Se o sujeito nãoteve a experiência bendita da regeneração, não era eleito,e qual será o problema? Nenhum.
Segundo a lógica calvinista, os eleitos estão por aí. Como não sabemos quem são, prega-se a todos ( os Neocalvinistas dos EUA enchem os estádios com dezenas de milhares de pessoas no sul dos Estados Unidos. Tem belas e espirituais canções nas paradas seculares, etc, etc. Dão testemunho de sua experiência com Deus. Usam e abusam da mídia ( no bom sentido ). Se depois disso tudo alguém permanecer indifetente a Deus, não era leito e fim do problema. Sacode-se o pó das sandálias e continua o evangelismo.
Não fazer isso ou aqeilo porque não vai redundar num bom crente, etc, etc, não parece ser de bom alvitre.
Um abraço mais uma vez.
Irmão Tiago,
ResponderExcluirum abraço.
Ouso discordar do que afirmou especialmente sobre "se há os eleitos para que pregar o evangelho?" contra argumentação arminiana. Essa pergunta é objetiva e não é suficientemente respondida a luz da realidade ( Calvino não era onisciente e não sabia muita coisa e portanto em sua época muita coisa que poderia se pergunar a ele não foi, e essa é uma delas ).
Pessoas morrem não salvas em países árabes, na Índia e na África, não por não serem "eleitas",( seria mais fácil se o motivo fosse só esse ) mas por não terem acesso a Palavra de Deus.
Tais pessoas não tem opção como nós aparentente temos. Por que seriam brasileiros mais eleitos que
aborígenes australianos, por exemplo?
A outra é "se Jesus vai voltar breve, para que construir uma sociedade cristã". Não se sabe o dia, mas com certeza não é hoje. Sinais bastante específicos serão cada vez mais claros e embora sem saber o dia, saber-se-á finalmente a legítima proximidade.
Trinta anos atrás alguns crents já sabiam da união européia e sua moeda única. Pelo andar da carruagem teremos algumas décadas ou mais, o que significa duas ou mais gerações. Afinal cristãos se casam e tem filhos, e fazem faculdades e trabalham, senão pararaiam tudo, todos os seus empreendimentos pessoais e não o fazem.
Helvécio,
ResponderExcluirduas reparações ao que você falou que eu disse:
1)Não falei nada sobre "qualidade" de conversão, nem em ser um bom ou mau crente. Aponte isso em meus textos e comentários; falei em conversão, novo-nascimento, sem o qual ninguém verá a Deus. Trocando em miúdos, sem o agir do Espírito Santo, não há crente.
2)Jesus não se importava com as conversões? Ah, é? Então o que Ele veio fazer aqui neste mundo, pregando e ensinando; morrendo e ressuscitando? Se Cristo não se preocupava com conversões, sua missão é a coisa mais sem sentido, porque Ele mesmo disse que veio para os que eram seus, para que nenhum deles se perdesse.
3)Em momento algum foi falado em não-evangelismo, de se defender a omissão e o desprezo ao Evangelho que você citou como algo defendido por aqui; para ser sincero, você está distorcendo não somente o meu texto como os vários comentários, acrescentando o que não há neles, e fugindo do foco da questão debatida. A questão é fé e sinais; mais especificamente o pragmatismo/utilitarismo, não se o calvinismo está morto ou avivado.
Quanto a questão do Tiago, você também interpretou erradamente o que ele disse. Ele falou de obediência a Deus, e de agir por obediência, sabendo que os mandamentos do Senhor [inclusive o ide e pregai o Evangelho] são ordens que não precisamos praticar com nenhuma outra justificativa a não ser obedecer a quem nos ordenou que assim fizéssemos. Portanto, o único resultado que o crente pode querer é, no final de tudo, ser um servo inútil porque fez o que devia fazer. Apenas, e nada mais.
Abraços.
"Irmão Jorge, querido, acho demasiadamente ansiosa a sua preocupação com "qualidade" da conversão. Se depois do milagre o sujeito não se converter não é problema nosso, nem foi o de Jesus."
ResponderExcluirAfirmação contraditória, devido sua inconsistência bíblica.
Depois do milagre da conversão, existe a possibilidade de Cristo não tê-la concluído de fato na vida de quem foi regenerado?
Graça e Paz
Mizael Reis
Helvécio,
ResponderExcluiria me esquecendo: o trecho que você citou de Mt 5.14, sobre o candeeiro, em nada se opõe ou confirma a não-biblicidade do meu exemplo. Repito: estamos falando do pragmatismo, de uma fé de resultados, ou de resultados da fé. E, prove-me, em que a oração em secreto não pode ser luz entre as trevas? Ou estamos a falar com nada ou ninguém? Antes, falamos com o Senhor de todas as coisas; Ele sim a luz, pela qual somos resplandecentes.
Quando disse acima: "são ordens que não precisamos praticar com nenhuma outra justificativa a não ser obedecer a quem nos ordenou que assim fizéssemos", quis referir-me a motivações extras, prêmios extras, argumentação extra, para fazer o que somos chamados a fazer. É essa a mensagem pragmática/utilitarista: parecer que o que Deus nos deu é pouco, por isso, precisamos de mais; senão, para que fazer?
Abraços.
Bem eu disse antes da conversão e não depois. Se converteu Deus terminará a obra iniciada em nós.
ResponderExcluirSe fiz alguma confusão com as declarações dos irmãos desculpem-me.
Sobre a oração em secreto se todos nós orarmos em secreto e ficarmos só nisso ( não que não seja essencial ) e ninguém pregar e liderar, e fizer as demais coisas como será?
Bem concordo que o tema é só a fé e os milagres, o que vem primeiro e o que é secundário, então desculpem-me mais uma vez.
Helvécio,
ResponderExcluirnão é necessário desculpas, apenas quis mostrar-lhe que estamos saindo do foco do texto, mas tudo bem, se é para ser assim, que seja.
O problema é que, para deixar evidenciado o que considera "erros" em nós [calvinistas e tradicionais], você hiperboliza nossas declarações, como no último caso. Você disse: "Sobre a oração em secreto se todos nós orarmos em secreto e ficarmos só nisso ( não que não seja essencial ) e ninguém pregar e liderar, e fizer as demais coisas como será?".
Quando eu falei que todos deviam apenas orar em secreto? E quando disse que ninguém deveria pregar ou liderar? Você pega um exemplo e usá-o desproporcionalmente para defender o seu argumento e atacar. E num debate isso é perigoso, pois ao invés de se buscar o entendimento tende-se a polarizar, e os monólogos se estabelecem, ainda que aparentando diálogo.
E ninguém, na verdade, gosta de ver suas idéias e opiniões "transformadas", por que fica parecendo que não foi claro o suficiente em expô-las, ou que há má-vontade em entendê-las.
Portanto, não quis ser indelicado com você, grande amigo que é, mas apenas para que as coisas não caminhem por trilhas desnecessárias e, muitas vezes, minadas.
Grande abraço!
Caro Tiago
ResponderExcluirSobre sua "provocação" para com o pós-milenismo... risos...
Concordo com você que a obediência deveria ser suficiente para o fazer e se algum pós-milenista não pensa assim ele está errado.
Mas como sabes, geralmente os pós-milenistas defendem a idéia de que a implementação do Reino se dá de forma lenta, gradativa e imperceptível, LOGO, se eu for hoje olhar para o tempo presente, nada de prático ou pragmático vou ver como que dando resultado a olhos vistos... muito pelo contrário, quando olho o dia-a-dia me sinto pessimista.
Mas quando olho em perspectiva, vejo que o Reino começou com 12, depois 70, depois 400, depois milhares, hoje milhões e no futuro tantos quanto seja possível afirmar que como as águas cobrem o mar, o conhecimento do Reino cobrirá toda a terra.
É certo que a fidelidade deve ser motivo suficiente para a ação.
Mas porque os frutos e resultados não devem também contribuir?
É certo que Abraão e Noé creram quando não havia motivo para crer e isto é notável.
Mas também é certo que Moisés creu "porque tinha em vista a recompensa"... e o texto não está falando somente da recompensa na eternidade, mas está falando também do livramento bem presente dos Egípcios no seu tempo.
Você como amilenista, e todas as correntes escatológicas pensam igual, está certo da vitória espiritual no mundo do porvir.
Eu como pós-milenista estou certo da vitória tanto no porvir quanto no mundo presente, na minha perspectiva seremos vitoriosos tanto no mundo atual quanto na eternidade e isto me alegra.
Grande abraço!
PS: Ainda tenho interesse na resposta que fiz num outro comentário mais abaixo sobre corpo, alma e estado intermediário, e que você não leu ou ignorou. Quero saber a resposta não para teimar com você, mas entender de fato a proposição de que alma seria corpo + espírito. Mas depois você disse que alma e corpo seriam a mesma coisa... então fiquei na dúvida. Neste aspecto eu sou dicotômico, mas gostei da sua proposição e gostaria de pensar mais a respeito.
Repito ela aqui:
Tiago,
... se o corpo e alma são a mesma coisa, como você explica o estado do homem durante o período intermediário (depois da morte e antes da ressurreição)?
Só uma última coisa, pelo menos ao que respeita a esse tema. Aguardo o próximo ( rs...rs...rs...).
ResponderExcluirNão aponto erros nos irmãos calvinistas ou reformados. Gostaria imensamente que todos os seus leitores soubessem disso e tivessem isso bastante claro. A minha posição é clara nesse aspecto: não quero mudar a posição de vocês e nem desejo apontar "erros".O que importaa é amarmos ao Senhor de todo o nosso coração. O que faço é o seguinte: provocá-los no bom sentido. Se vocês não forem as pessoas outros irão e vão. desejar que outros não tentem fazer o que acreditam sincera ou não sinceramente, certo ou erradamente não é de bom alvitre. Não creio ter dito nada ofensivo e que depreciasse o ponto de vista de ninguém. Fiz colocações que ninguém fez por ter um ponto de vista ligeiraamente diferente. Mas não é mais legal vocês terem em quem dar umas boas bordoadas ao invés de ( sem desmerecimento ) só parabéns, parabéns? Você merece mas fica monónoto não é? a propósito por culpa sua dei uma estudada no assunto. Valeu não é. Grande abraço irmão. Aliás nós nunca discutimos nada nem futebol, lembra? Você sempre foida paz da conciliação, de ouvir e esprar para falar a sua opinião, pelo menos comigo (rs...rs...rs...)
Oi mano, graça e paz, sempre!
ResponderExcluirPassei por aqui para dar uma olhada em seu blog.
Estou divulgando lá e você divulgando O Reino em nós aqui.
Estou te seguindo e ficaria muito feliz em me seguir lá.
Abraço em Cristo,
Sandro
http://oreinoemnos.blogspot.com/
Pergunta do Natan:
ResponderExcluir"... se o corpo e alma são a mesma coisa, como você explica o estado do homem durante o período intermediário (depois da morte e antes da ressurreição)?"
Resposta:
Olá irmão.
A minha resposta vai ser breve e objetiva:
A alma é o corpo vivificado pelo espírito.
"Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra (CORPO) e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (ESPÍRITO), e o homem passou a ser alma vivente."
Gênesis 2:7
A equação é muito simples: CORPO + ESPÍRITO = ALMA VIVENTE
A alma não é uma parte do homem, mas o próprio homem. O homem como um ser vivente, isto é, um corpo vivificado pelo espírito.
Obs: espírito não é uma entidade consciente, mas o poder vivificador que Deus concede a todos os seres vivos, inclusive aos animais.
Na morte, o processo é inverso:
CORPO - ESPÍRITO = MORTE
"Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios."
Salmos 146:4
Portanto, o estado intermediário é um período de incosciência, onde os mortos aguardam a ressurreição. A Bíblia chama isso de sono:
"Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno."
Daniel 12:2
Esse assunto é extenso demais para ser tratado aqui. Se quiser, podemos desenvolvê-lo com profundidade no fórum, pois há textos e mais textos que precisam ser analisados em detalhes.
Abraços a todos.
Caro Tiago
ResponderExcluirObrigado pela resposta e pela atenção dispensada.
Eu conhecia a fórmula de outra contribuição sua, e confesso que gostei dela e estou pensando na mesma até hoje.
Ela é interessante... risos... claro que já fiz alguma adaptações heréticas de minha parte.
Mas agora que esclareces sobre o estado intermediário... sou obrigado a discordar fraternalmente, pelos seguintes pontos:
- Não creio no tal "sono";
- Entendo que no estado intermediário, estaremos conscientes;
- Entendo que o espírito não é somente um poder vivificador, mas também que é sim uma entidade consciente e nele estão localizados as emoções, razão, e vontades do ser.
Mas veja... não precisamos entrar em debate por isto.
Se me permites vou continuar fazendo elocubrações sobre a sua fórmula, que de fato é interessante, mas já com adaptações para abranger os meus entendimentos acima.
Grande abraço!
Fica na Paz!
Como disse, esse é um assunto extenso demais, principalmente pelo fato das palavras "alma" e "espírito" serem polissêmicas, elas adquirem vários significados na Escritura.
ResponderExcluirEntão, no sentido próprio do termo, espírito é apenas um poder vivificador (Eclesiates 3:19), mas num sentido metafórico e poético ele pode carregar as emoções, razão, e vontades do ser, assim como acontece com outros termos como coração, rins, mente e alma, por exemplo.
Não vou me alongar. Se quiser alguns conselhos "heréticos" nesse assunto, pode me procurar.
Abraço.
Jorge, mais um texto esclarecedor que muito tem me edificado. Concordo com os exemplos textuais, muito bem contextualizados. Continuem escrevendo esses textos e sendo usado por Deus.
ResponderExcluirUm abraço,
Eric
Eric,
ResponderExcluirobrigado pela visita, comentário, e pelo estímulo.
Abraços.
Cristo o abençoe!