21 setembro 2013

Estudo sobre a Confissão de Fé Batista de 1689 - Aula 52: Dízimos e ofertas


Por Jorge Fernandes Isah


Sabemos que a vida cristã é, sobretudo, uma vida na qual devotamo-nos a servir, servir a Deus, à igreja, ao irmão, e ao próximo. O servir está ligado diretamente à humilhação e sujeição do crente, tanto a Deus, como à igreja, como ao irmão e ao próximo. Muitos pensam que o servir está limitado a algumas questões, mas quase sempre não incluímos em seu rol o auxílio ou ajuda financeira. O ponto em que estudaremos agora parece-me estar diretamente ligado ao conceito cristão de servir, humilhar-se e sujeitar-se: o dizimar e o ofertar, o tem toda a relação com submissão e, não somente a Deus, mas ao próximo também. Porém, antes de entrarmos nessa questão, vamos caminhar um pouco, do ponto de vista bíblico e histórico, sobre a questão do dízimo.

1) Primeiramente, o que é o Dízimo? E, o porquê do Dízimo?
Bem, a palavra dízimo, originária do hebraico "asar", deriva da palavra "dez" e também significa "ser rico". O princípio básico do dízimo está em se reconhecer que Deus é o Senhor de todas as coisas, inclusive dos nossos bens, sejam quais forem as posses, das quais somos mordomos, guardiões e beneficiários diretos. De forma que, ao dizimar, testemunhamos em reconhecimento, honra e louvor a Deus, a quem tudo pertence.

Era destinado ao sustento dos sacerdotes e levitas que tinham uma função religiosa, mas também social [cuidavam da educação e eram responsáveis pela distribuição do bens aos necessitados].

2) Onde aparece, pela primeira vez, a prática do Dízimo?
Em Gn 14.20 cf Hb 7.4-10: Abrãao dá a Melquisedeque, sacerdote do Senhor, o dízimo de todos os bens conquistados em Quedolaomer. 

[Penso que uma das coisas que desagradou a Deus foi o fato da oferta de Caim não ter sido proporcional aos 10%, no que Abel fez corretamente. Mas isso é uma inferência, apenas uma especulação, mas que bem pode ser verdadeira].

“Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã. E dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e os seus bens, e também as mulheres, e o povo. E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) até ao Vale de Savé, que é o vale do rei. E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo” [Gn 14:14-20].

Abraão deu o dízimo ao sacerdote em agradecimento a este ou a Deus? Em honra deste ou de Deus? Claro que Melquisedeque era merecedor de honra, mas, primeiramente, Abraão o fez como agradecimento e reconhecimento por Deus ter-lhe dado vitória sobre os seus inimigos e resgatado a Ló e seus bens.

3) O dízimo não era somente dos frutos da terra? Se era, por que temos de dar dinheiro em espécie?

Em Deuteronômio 14:22-29, Deus estabelece a forma de como será recolhido o dízimo:

“Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E, perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao SENHOR teu Deus todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR teu Deus te tiver abençoado; Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR teu Deus; E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa; Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem”. 

Um dos argumentos mais usuais, atualmente, de que o dízimo foi prescrito para a igreja, é afirmar que ele era recolhido apenas na forma de grãos, carne, leite e outros frutos da terra. Acima, temos que a prática de vender o que se havia produzido e entregá-lo ao lugar escolhido por Deus [um local distante que impossibilitasse o transporte de gado e dos frutos da terra, p. ex.] na forma de dinheiro, foi estabelecido na própria palavra. Então, a bobagem de que você deve dar o dízimo na forma de frutos ou gado não é verdade. Pois, qual de nós vive da terra? Qual de nós planta e vive apenas daquilo que se planta? Ou cria-se gado e subsiste-se apenas dessa fonte? Ninguém! Por que? Não vivemos em uma sociedade rural, como os judeus viviam no período veterotestamentário. A sociedade israelense era basicamente rural. Mesmo nas cidades, havia a prática de se trocar um produto pelo outro: trigo por carne, azeite por roupas, etc. Quase tudo era produzido artesanalmente e, por isso os produtos eram a moeda corrente da época. No contexto geral, se tirava a décima parte de tudo e entregava-a, anualmente, no Templo.

Hoje, como a maior parte dos produtos são industrializados e produzidos em larga escala, o dinheiro é a melhor forma utilizada para se vender ou adquirir algo; o sistema de trocas não é funcional, por vários motivos [a distância, por exemplo]. Vivemos em uma sociedade cosmopolita, e todos nós trabalhamos e recebemos em dinheiro, por isso, aventar a hipótese de que teremos de pegar esse dinheiro, ir a um supermercado ou armazém, comprar abóboras, trigo e toucinho para levar à igreja, é simplesmente estúpida. Agora, se alguém vive exclusivamente da terra, sem negociar, comprar ou vender, se ela produz tudo o que precisa para viver, roupas, alimento, etc, produzindo para si própria, sem utilizar-se do comércio para manter suas necessidades, ela pode pegar parte do que ela produz e entregar como forma de dízimo. Acontece que ninguém vive assim; nós não produzimos o calçado que usamos, nem as roupas que vestimos, nem mesmo o arroz e a carne que comemos, tudo o que dispomos para a nossa subsistência, para suprir as necessidades, e, até mesmo para o nosso conforto, origina-se do dinheiro que ganhamos e desembolsamos para custear esse dispêndio. A própria obrigatoriedade de se pagar os impostos [sem os quais o ruralista perderá a sua terra e os seus bens] implica na necessidade de comercialização, venda de produtos e o recebimento respectivo do seu valor em espécie. 

A Escritura, então, encarrega-se, em sua sabedoria, de destruir esse falso argumento, malignamente colocado como prática bíblica. 

4) O verso mais famoso sobre o dízimo é Ml 3.8-11. Mas ele fala apenas do dízimo?

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos”.

Não! Fala também de ofertas. Ou seja, fala que o servo de Deus deve dizimar e ofertar. Não é uma questão de escolha entre um e outro; ou uma questão terminológica, de que um substitui o outro como sinônimos ou aplicados em épocas diferentes, sendo pactos diferentes, dispensações diferentes ou alianças diferentes, mas uma questão de reconhecer a ambas. A Bíblia trata das duas formas, onde elas não se excluem. As ofertas não são um conceito neotestamentário, mas verotestamentário. Elas não surgiram como substitutas do dízimo na nova aliança, implicando na extinção daquele, mas ambos caminham lado a lado, dentro daquele padrão de sujeição, louvor e glória a Deus por tudo o que ele é, mas também nos dá. 

5) A ideia da extinção do dízimo não remete a uma descontinuidade entre o AT e o NT?

Não há descontinuidade do AT e NT [a Bíblia é um livro só, não dá para dizer que a Igreja deve seguir apenas o NT, pois o que está revelado no AT apenas se faz mais claro no NT. Se dizemos que apenas o NT é a revelação, desprezamos o próprio Deus que se revelou primeiramente no AT. Para mim, a melhor forma de interpretação, se um princípio válido no AT prevalece no NT, é a sua expressa anulação ou renúncia; caso contrário, o princípio subsiste e não foi revogado.

Então, penso que o dízimo, ao não ser abolido expressamente no NT, é atual. Por exemplo, a circuncisão estabelecida por Deus em Gn 17.23-27 [logo, antes da Lei Mosaica] é combatida veementemente por Paulo em várias passagens, em suas epístolas. Temos então uma grande diferença, pois, enquanto a circuncisão é combatida e mesmo proibida, como algo ineficiente, já que Deus fez de judeus e gentios um só povo [e o próprio Paulo diz que judeu não é todo o que é de Israel, os circuncidado na carne, mas os da descendência de Isaque, os circuncidados no coração - Rm 9.6-7]. 

Como não há nenhum versículo no NT que expressamente abrogue o dízimo, e este me parece o melhor método para interpretar as Escrituras, de que aquilo que não foi explicitamente anulado no texto continua prevalecendo, ele conserva-se intacto como revelação e prática para toda a igreja. 

6) Por que Jesus, Paulo e os demais apóstolos não falaram ou confirmaram o princípio do dízimo e sim das ofertas?

Penso que o princípio do dízimo não oferecia problemas de entendimento para a igreja. Ele era claramente delineado em sua forma e essência, além de ser de conhecimento geral. Já as ofertas não são claramente especificadas no AT. Talvez, por isso, especialmente Paulo se preocupou em dar contornos objetivos ao ato de ofertar, e não se deteve nos dízimos que eram praticados de maneira corrente e sem dubiedade.

Veja bem, não temos aqui uma nova regra, que impõe à igreja a oferta e exclui o dízimo. A questão é muito mais de foco, de ajustar e colocar em seu devido lugar aquilo que não está claro e pode ser incluído entre as “sombras” que se dissipam diante da luz. O ensino à igreja é de que as ofertas são tão importantes quanto ao dízimo. Mas alguém, dirá: “isso é colocar um fardo ainda maior sobre os nossos ombros!”. Bem, o Senhor nos diz que não nos será dado carregar o que não podemos suportar. E se entendemos que o dízimo e ofertas é um fardo, não o fazemos segundo o princípio estabelecido por Paulo, de tê-lo como medida do amor e de nossa prosperidade.

No Sermão do Monte, o Senhor Jesus eleva a um nível ainda mais superior os princípios estabelecidos na Lei, de forma que a nossa incapacidade de cumpri-la se torna mais patente e evidente. Então, não basta matar, mas até mesmo o odiar é pecado. Não basta adulterar, mas cobiçar na mente a mulher alheia é pecado. Parece que a Escritura também estabelece um nível superior ao cristão? No sentido de dizimar e ofertar? Não. Creio que a prática de ofertas era negligenciado entre os judeus, e o que temos é a sua afirmação, assim como descrito no AT, como prática para todos os santos em todos os tempos.

Se atentarmos para toda a Escritura e não apenas em algumas de suas partes, veremos que a exigência da igreja se torna ainda maior do que aquela aplicada à nação de Israel. Somos chamados, após a doutrina da oferta ser explicada em seus pormenores, a não somente dizimar, mas a também ofertar, como prova do amor e da gratidão que devemos a Deus. Muitos se especializaram em distorcer o ensino bíblico e afirmar que a nova aliança ou o pacto da graça [e não vou entrar no mérito da questão, mas deixar claro que não há um pacto de obras, pois a salvação é somente pela graça de Deus, através da obra salvadora e redentora do Senhor Jesus, tanto no AT, desde Adão, como no NT, e até hoje] aboliu qualquer exigência em relação ao dízimo, e muitos chegam ao extremo de dizer que nem mesmo as ofertas fazem parte do novo acordo pactual. Chega-se mesmo a dizer que a obra de Deus deve ser custeada com o suor de uns poucos, no sentido de que devem se conformar em trabalhar sem qualquer expectativa de retorno financeiro, fazendo-o por abnegação e sacrifício, inclusive, se necessário, com a privação de refeições e um teto para morar. Afinal, Cristo disse que não tinha onde inclinar a cabeça, e qualquer um que se "aventure" ao trabalho pastoral ou missionário deve se convencer de que também está no mesmo nível. Acontece que essa é uma inverdade, pois como vimos no estudo sobre o sustento pastoral, há uma advertência direta para que a igreja sustente aqueles que laboram na palavra e no evangelismo. O mais interessante é perceber que os defensores desse argumento demoníaco não se dispõem a doar, nem a abrir mão do seu conforto e se integrar ao rol daqueles que devem viver apenas da fé, na esperança de que o Senhor mande cair do céu o maná e as codornizes que os alimentarão. Na verdade, eles defendem um discurso que nada tem de bíblico, e de prático, pois não se dispuseram a experimentá-lo a fim de que ficasse comprovada a sua eficácia. 

Não podemos nos esquecer também de que, na igreja primitiva, vendia-se tudo e depositava o total do valor aos pés dos apóstolos; e de que todos tinham tudo em comum [At 2.42-47; 3.32-37].

E é aqui, neste exato ponto, que voltarei à introdução sobre este assunto. Não seria essa atitude, a dos primeiros cristãos, um caso de sujeição, de se humilhar, preferindo-se ao outro ao invés de si mesmo? Para que serviram aquelas ofertas, que representavam o todo do que os nossos irmãos tinham? Para o sustento dos necessitados. Para o sustento da igreja. Para que os apóstolos e discípulos pudessem espalhar a mensagem do Evangelho, o "ide!" ordenado pelo Senhor. Isso não é sujeição, em amor? Isso não é preferir o outro ao invés de si mesmo? E, também, confiar na providência divina? O que você pensa a respeito? O que tem a dizer sobre o assunto?

Lembremo-nos daquela senhora que, no templo, deu tudo o que tinha, duas moedas. Ela simplesmente não tirou duas moedas de muitas, mas colocou ali todo o seu sustento. Enquanto os outros deram do que lhes sobravam [mesmo sendo muito dinheiro], ela abriu mão de tudo o que tinha [Mc 12:41-44].

E de Zaqueu, que deu metade dos seus bens aos pobres [Lc 19:1-10].

Pense nisto...

Notas: 1- Pontos não abordados no texto são discutidos na aula, e, outros aqui expostos são melhor explicados.
2- Aula realizada na EBD do Tabernáculo Batista Bíblico
3- Baixe o áudio desta aula em Aula 63 Dizimo.MP3

13 comentários:

  1. Caro

    Achei que a resposta 2 e 3 tem textos idênticos em algumas partes o que poderia ser melhorado, caso a ênfase e repetição dos argumentos seja desejada, que seja por meio de outras palavras.

    Mas é isto que você escreveu é o que eu creio sobre os dízimos e ofertas.

    São vigentes.

    E quanto ao fato de no NT eles darem tudo o que tinham, isto a meu ver não é mandamento, mas sim fruto de um impulso piedoso da época e teve seu registro histórico feito em Atos.

    Hoje quem desejar dar tudo, que o faça, todavia não existe mandamento para isto.

    Se quiserem legislar a partir de fatos históricos de Atos, então que passem também a escolher pastores pelo sorteio de dados (Só para citar um exemplo).

    Grande abraço!

    Não recebi seu e-mail, talvez tenha falhado em vir por endereço errado.

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  2. Prezado irmão Jorge,
    bem abordado o tema. Tenho para mim que essa discussão tem como base aqueles que de maneira alguma contribuem na obra do Senhor. Criticam e procuram justificativa porque não são generosos e disprentenciosos quanto dar e receber. Para os tais receber é mais importante e vital. Para fugirem das acusações de suas mentes querem fracionar a Bíblia porque assim fazendo não se sentem obrigados a contribuir. Creio que o Senhor Jesus sancionou o dízimo sim em Mt. 23:23 "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas." Muitos acham que neste texto Jesus está censurando os fariseus e por isso não fala sobre o dízimo em si. Mesmo sendo uma censura os verbos estão no imperatívo, o que não deixa dúvidas sobre o ato de dizimar. Se Cristo fosse contrário ao dízimo, esta seria uma boa oportunidade para descartá-lo, mas não o fez. Se Cristo cumpriu a lei então foi dizimista automaticamente. As primeiras comunidades cristãs eram compostas por judeus e gentios, o que leva à conclusão óbvia que a maneira de ofertar era o dízimo. De onde os gentios adquiriram o modo certo de ofertas senão pelo exemplo de seus irmãos judeus que compunham com eles as comunidades fé?
    Parabéns pela abordagem. Simples e factível.
    Um forte abraço.
    Em Cristo
    Pr. Luiz Fernando

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  3. Natan,

    obrigado, pela advertência. Ao publicar o texto, copiei indevidamente a resposta do ponto 3 no ponto 2, também, o que acabou ficando uma repetição fora de lugar e despropositada. Fiz a correção, e agora o texto está enxuto e sem enrolação ou repetição desnecessária. Valeu pela exortação.

    Sobre a questão dos cristãos primitivos depositarem tudo aos pés dos apóstolos, concordo com você, não é mandamento, mas bem poderia servir de exemplo para aqueles que não dão nada ao menos darem o mínimo, o dízimo e as ofertas.

    Sobre a vigência do dízimo e ofertas, estou consigo, elas não prescreveram nem foram abrogadas, então, prevalecem ainda hoje.

    Ainda não respondi aquele email por conta de problemas na coluna, que têm me impedido de ficar muito tempo sentado e no teclado. Como a resposta demanda "muitas letras", e estou melhorando gradativamente das hérnias de disco, ainda esta semana lhe escreverei, ou, então, responderei com "poucas letras", o que sabe ser difícil... [rsrs].

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  4. Pr. Luiz Fernando,

    no áudio da aula, eu utilizo o trecho de Mt 23.23 para justificar a biblicidade do dízimo e o fato do Senhor confirmá-lo, assim como o pastor explica em seu comentário. Parece-me ser um texto irrefutável, especialmente quando Cristo afirma "não omitir aquelas", deixando claramente expresso que os dízimos não deveriam ser desprezados nem relegados, pois encontram-se em pé de igualdade à lei, o juízo, a misericórdia e a fé, não estando abaixo deles, mas sendo consequência direta deles.

    Ótima lembrança, para quem não se dispuser a ouvir o áudio da aula.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  5. Caros

    O texto de Mateus 23.23 é perfeito e irrefutável para irmãos que entendem que os antigos mandamentos da lei e dos profetas são vigentes naquilo que não foram alterados por Jesus ou pelos apóstolos.

    TODAVIA, para irmãos antinomianos que entendem que vivem no tempo da graça e que a lei e os profetas em todos os seus aspectos foram somente até João Batista, para estes, o texto em questão não é nem perfeito nem irrefutável, mas somente conveniente aos seus interesses.

    E eu repudio a “conveniência” de rejeitar o VT como regra de fé, e quando lhes interessa ou é conveniente vão lá buscar base bíblica, como eles fazem com o dízimo.

    Percebam que no texto em questão, Jesus está falando para judeus, e não para a igreja.

    Se a antiga lei não é mais vigente, é importante notar que Ele está falando de mandamentos para judeus e não de mandamentos para a igreja, logo, não é texto que valida o dízimo para a igreja, mas sim para judeus.

    Jesus também disse em outro lugar que as pessoas (judeus) deveriam seguir os ensinamentos dos escribas e fariseus, mas não deveriam seguir seus exemplos.

    Estes senhores ensinavam, literalmente segundo a lei, que as pessoas deveriam levar partes da escritura em costuras nas suas roupas.

    Sejam então coerentes os atuais irmãos antinomianos e mandem costurar caixinhas de promessa nos seus ternos....

    Agora caso se trate de um irmão que acha que a antiga lei ainda é vigente naquilo que Jesus e os apóstolos não alteraram o texto, então é irrelevante para quem Jesus se dirigia, pois a lei é eterna, e Mateus 23.23 é de fato confirmativo em relação ao dízimo, válido e irrefutável.

    Abraço!

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  6. Natan,

    o foco da postagem são irmãos que, apesar de equivocados, continuam irmãos, mesmo se não considerarem o dízimo como um mandamento para a igreja, e o queiram fazer na forma de ofertas [auxílio eclesiástico]. Por isso, penso que, dizer que um antinominiano seja um irmão, humm... bem, não sei se conhece algum que possa rotulá-lo como tal, eu não conheço, graças a Deus, mas não sei se eu o chamaria de irmão, pois penso que ele está equivocado em muitos aspectos e em aspectos fundamentais à fé cristã.

    É possível que um irmão seja antinominiano e reconheça o senhorio de Cristo em sua vida, mas, ao menos no padrão que tenho lido e de depoimentos que tenho acompanhado, a maioria deles querem ser crentes livres de tudo, inclusive, do próprio Deus. Não pode segurá-los em sua independência, nem mesmo Deus [ao ver deles]. Muitos são universalistas; e quase todos abusam da graça de Cristo, e a exortação do apóstolo é de que os tais são dignos de morte. E não sou louco de contrariá-lo...

    Aos antinominianos, nenhum texto é bom o suficiente para demovê-los de seus equívocos, então, eles não passarão por aqui, acho.

    No mais, um grande abrarço, meu irmão e amigo!

    Cristo o abençoe!

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  7. O que é mais importante Praticar a justiça, a misericórdia e a fidelidade ou dar dinheiro? Quais são os preceitos mais importantes da lei quais são segundo o texto?

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  8. João Augusto,

    a resposta é: todos! Um não exclui os outros e vice-versa. E vou lhe dizer uma coisa, se faltar um deles, os outros, certamente, não são também importantes para a pessoa; e ela falhará em tudo, pensando estar certa em algo.

    Cristo o abençoe!

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  9. O ARTIGO 5 DESSE TEXTO DIZ QUE O DIZIMO NAO FOI REVOGADO NO NOVO TESTAMENTO. ENTAO TODOS OS PASTORES QUE RECEBEM DIZIMOS ESTAO ROUBANDO OS LEVITAS PORQUE NUM.18:21 DIZ QUE TODOS OS DIZIMOS PERTENCEM AOS LEVITAS E JESUS EM MATEUS 23:23 NAO MUDA A FORMA DE PAGAMENTO NEM QUEM DEVERIA RECEBER.

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  10. Macleito,
    Somente agora vi o seu questionamento.
    Primeiro, levitas eram os sacerdotes e aqueles encarregados de realizar todos os trabalhos no templo ou no tabernáculo (incluindo limpeza, louvor, sacrifícios, etc) . As pessoas se enganam quando imaginam os levitas como bons "vivans" da música.
    Segundo, os dízimos eram para Deus, para o louvor e culto do Senhor. Quem os administravam eram os levitas, mas não eram para eles, ainda que eles fossem sustentados pelo dízimo. Basta ter um conhecimento adequado da Escritura para entender isso.
    Terceiro, como está escrito em Malaquias, o dizimo é do Senhor, e quem o sonega, o faz de Deus

    Abraco.

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  11. Complementando,
    Os pastores não recebem dízimos, que são de Deus. Eles são administrados pela igreja que se encarrega de sustentar o seu pastor, entre outras tantas finalidades.
    Portanto, sua afirmação e colocação são despropositadas e sem fundamento bíblico.

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  12. Complementando,
    Os pastores não recebem dízimos, que são de Deus. Eles são administrados pela igreja que se encarrega de sustentar o seu pastor, entre outras tantas finalidades.
    Portanto, sua afirmação e colocação são despropositadas e sem fundamento bíblico.

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  13. Macleito,
    Somente agora vi o seu questionamento.
    Primeiro, levitas eram os sacerdotes e aqueles encarregados de realizar todos os trabalhos no templo ou no tabernáculo (incluindo limpeza, louvor, sacrifícios, etc) . As pessoas se enganam quando imaginam os levitas como bons "vivans" da música.
    Segundo, os dízimos eram para Deus, para o louvor e culto do Senhor. Quem os administravam eram os levitas, mas não eram para eles, ainda que eles fossem sustentados pelo dízimo. Basta ter um conhecimento adequado da Escritura para entender isso.
    Terceiro, como está escrito em Malaquias, o dizimo é do Senhor, e quem o sonega, o faz de Deus

    Abraco.

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