10 dezembro 2009

A Incoerência do Livre-Arbítrio






  










Por Jorge Fernandes Isah
 
Primeiro, antes de iniciar as considerações, é necessário definir alguns termos:

a) Livre-arbítrio - crença de que a vontade humana tem um poder inerente de escolha com a mesma facilidade entre alternativas. Ou seja, o poder de escolha contrária ou a liberdade da indiferença. A vontade é livre de qualquer causação necessária.

b) Autonomia - qualidade da vontade ou do intelecto que o capacita a funcionar a favor ou contra qualquer curso particular de ação, por meio disso exibindo uma capacidade inata.

Definições postas, vamos ater-nos aos pontos chaves que levam à incoerência do livre-arbítrio [1]:

A idéia do livre-arbítrio é de que dele depende a responsabilidade humana. Porém, quando se questiona a origem dessa responsabilidade, tem-se como argumento que ela procede do livre-arbítrio. Está formado o argumento circular vicioso.

Para o arminiano, Deus não atropela o livre-arbítrio, logo a vontade humana não tem causação externa. Desta forma, estão asseguradas a integridade e a responsabilidade do homem. Porém, se isso não é tolice, é presunção, porque Deus sempre fará toda a Sua vontade, e nada nem ninguém pode-lhe frustrar a vontade [Is 46.10]; ao passo que o homem é sempre escravo, seja do pecado, seja da justiça [Rm 6.17-18].

A vontade se automove em resposta ao que a mente conhece, e pode causar tanto a ação em resposta às influências como resisti-las. O que me leva à pergunta: se o conhecimento intelectual [aqui incluidas a moral e a ética] será o ponto de partida, o príncipio avaliativo da vontade, como a vontade será livre? Esse conhecimento sempre virá de uma fonte externa e provavelmente virá como um argumento verdadeiro ou falacioso. Se o conhecimento for corrompido, manipulado ou integral, quais são as bases para que ele seja correto? Será possível eu ter esse conhecimento inato do que é certo e errado sem qualquer influência externa? E a vontade não poderá ser "induzida" pelo conhecimento adulterado? Ainda que esse conhecimento seja bíblico, no sentido das informações corretas, o intelecto pode não processá-las legitimamente, e induzir a vontade a uma escolha errada.

Para que o homem pudesse escolher "neutramente", seria necessário que não tivesse nenhum conhecimento, que sua mente fosse vazia, um ponto morto, mas aí entra a questão: como a vontade poderia se decidir sem nenhuma base? Na sorte, deixada a cargo do acaso, seria a opção. Visto a liberdade espontânea do livre-arbítrio somente nos remeter ao acaso. Mas, e como seríamos responsáveis, já que não exercemos nenhuma influência causal na decisão?

Portanto a teoria do livre-arbítrio destrói a responsabilidade em vez de apoiá-la. Como posso ser responsabilizado por ações surgidas de um livre-arbítrio que, pelo fato de ele ser livre, não está também sob o meu controle? [nem sob o controle divino também, ao ver do arminiano].

Se um argumento pode levar a vontade a se decidir, onde está a neutralidade moral? O argumento causou a escolha. A própria Bíblia deveria ser desconsiderada pelo "livrearbitrista", visto ser ela a fonte da Lei Moral, a qual estabelece o significado de bem e mal, e levá-nos a compreensão do que é a santidade e o pecado. Ela nos influenciará decididamente na escolha entre o que é santo e o que é pecaminoso. Logo, onde está a neutralidade? E ficam perguntas: Deus é neutro? As Escrituras são neutras? O mundo é neutro? Em qual aspecto da vida, seja eterna ou temporal, se percebe neutralidade moral? Ou se está sob a influência do bem, ou sob a influência do mal. Não existe nada que seja moralmente neutro, que pratique atos neutros [sem efeito algum]. Portanto é ilógico dizer que a vontade humana seja neutra, visto sê-la influenciada por Deus ou satanás. Senão, porque Davi, Isaías e Paulo diriam que todos pecaram [todos!] e destituídos estão da glória de Deus? [Sl 14.2-3; Is 59.2-11; Rm 3.23, 5.12]. Se todos pecaram, somos todos pecadores, a nossa vontade está corrompida, deteriorada, sob a influência do pecado e sem a menor possibilidade de ser neutra, e poder escolher o bem. Para que o arminiano não concorde com isso, ele terá de rejeitar a Bíblia como a palavra inspirada de Deus.

A questão não é se podemos escolher, mas como e de que forma escolhemos. E se somos pecadores, a nossa escolha será sempre na direção do pecado,"porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser" [Rm 8.7]. Desta forma, a Bíblia afirma que o homem natural é um pecador, o qual é desprovido da capacidade de obedecer a Deus, tornando-o moralmente responsável, tenha ou não capacidade moral. O homem será sempre condenável diante de Deus se não obedecê-lO, ou seja, a desobediência aos princípios morais estabelecidos pelo Criador é que o tornam responsável por seus delitos. A responsabilidade moral não está baseada na capacidade moral [que o homem natural não possui] ou no livre-arbítrio [que nenhuma criatura possui], mas na autoridade e soberania de Deus que determinou a não-obediência aos Seus mandamentos como a causa pela qual o homem será condenado e tornado indesculpável.

Por isso, pode-se afirmar seguramente que o livre-arbítrio é indefensável, ilógico e não-factível. A vontade humana é livre em qual sentido? Por exemplo, um hindu que nasceu no hinduísmo e cuja família se submete ao regime de castas, e crê na divindade de um inseto, qual seria a sua capacidade natural de não escolher adorar ao inseto? Para que isso acontecesse, ele teria de ser confrontado pela verdade, e reconhecer que tanto o sistema de castas como a adoração ao inseto é uma tolice, uma mentira que o quer manter escravizado na ignorância de Deus.

Se ele não for confrotado pela verdade [e a verdade é externa], ele jamais se livrará da mentira. Por que a mentira é o que ele tem por verdade, transmitida por sua família e clã [externamente] e o influenciará a sempre pensar nos seus pressupostos como verdadeiros, quando o que tem são falsas premissas a induzi-lo ao engano.

Onde está a neutralidade para que ele possa escolher livremente? Se o livre-arbítrio é o movimento da mente em certa direção, a neutralidade poderia levá-lo a essa direção? Ou as influências externas à mente, as quais está sujeito, determinarão a sua decisão? Então, está claro que esse movimento da mente não é livre, e de que ninguém toma decisões livres, mas todas elas estão sujeitas à influência, a fatores causais.

Muitos arminianos têm certeza de que possuem o livre-arbítrio, apenas porque presumiram tê-lo; e garantem que não sofrem nenhuma espécie de influência em suas decisões "livres". Porém, fica a pergunta: quem tem a certeza de que não está sujeito, ainda que minimamente, a influências que afetariam a sua vontade? Por exemplo, estar sob o efeito de medicamentos, bactérias e vírus, ou sob a ação de partículas subatômicas ou  cósmicas. Ou seja, para que essa neutralidade fosse "livre" teria que, no mínimo, ser onisciente e conhecer exautivamente tudo afim de se ter certeza de não haver alguma causa a operar sobre a vontade humana; muito antes de ser confrontado pela cosmovisão cristã. Como nenhum ser humano é onisciente e apenas Deus o é, o livre-arbítrio não pode levar jamais o homem a uma escolha neutra, sem influências ou antecedentes, sem que se detenha qualquer pressuposição.

Para que a escolha fosse neutra, era preciso que não houvesse o sentido de bem ou mal [a Lei Moral]. O hindu, sobre a influência do hinduísmo, entenderá o mal como o bem, e o bem como o mal, "fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" [Is 5.20]. Por si só ele jamais poderá compreender e entender [interiormente] o significado verdadeiro e real do que é bem e mal a fim de escolher entre um e outro.

O livre-arbítrio em si mesmo não detém nem o bem nem o mal, como algo neutro manteria o indivíduo numa posição de não-escolha, de não-vontade, onde ele permaneceria num ponto vago, numa posição sem solução, incapaz de se definir, porque nada lhe é indentificado; e assim, se está nesse ponto morto, como será levado a agir? Em que bases? Se é neutra, não é causada, logo, qualquer semelhança com o acaso não é mera coincidência. E se a mente é levada a agir pelo acaso, como poderá ser responsabilizada?

A afirmação, "se nós não temos o livre-arbítrio, não podemos ser responsáveis pelas nossas ações", é verdadeira? Em qual sentido? Quem a provou como verdade? E uma pergunta muito mais explícita ainda: à luz das Escrituras, qual a relação entre responsabilidade e liberdade? Onde elas aparecem, e onde estão especificadas a sua conexão?

São perguntas que o arminiano não se dispõe a responder. Para ele, basta estabelecer o axioma, e pronto. Provar, para quê?

Por essas e outras, o livre-arbítrio é incoerente, e incapaz de levar o homem a lugar algum. Como teoria autonomista não encontra respaldo bíblico, sustentando-se apenas e tão somente pelo seu apelo humanista, ou seja, antibiblicamente; porque nada mais é do que o desejo de se ter um poder para decidir independentemente, chegando à blasfêmia de se cogitar mesmo uma autonomia de Deus. O que não passa de uma estúpida pretensão ou delírio diabólico, cujo único objetivo é tornar o homem num "deus" independente e livre de Deus. O que felizmente é impossível.

Nota: [1] Boa parte destas conclusões se devem ao livro "A Soberania Banida" de R. K. McGregor Wright, publicado pela Cultura Cristã; e diversos livros e textos de Vincent Cheung publicados pela Editora Monergismo.
[2] Leia os meus comentários ao livro em O Que Estou Lendo... Ou Li 
 

33 comentários:

  1. Profundo, lógico e importante raciocínio!

    Tenho ainda aprendido a lidar com a questão da predestinação e ainda não parei para "desaprender" esse conceito de "livre arbítrio" tão profundamente implantado na mente de muitos cristãos.

    Parabéns e obrigado pela perspectiva.
    O Senhor seja contigo!

    ResponderExcluir
  2. Teóphilo,

    A predestinação, eleição, salvação somente pela graça, a rendição completa e total do coração a Cristo e Seu evangelho, são coisas difíceis de lidar, mesmo sendo regenerado. Alguma coisa da nossa natureza caída permanece, como Paulo disse, uma luta constante entre a carne e o espírito.

    Mas sabemos que na eternidade não haverá espaço para o pecado, nem para dúvidas, nem indecisões, pois, pelo poder de Deus, seremos feitos a imagem do Seu Filho Amado.

    Continue a luta. Continue a orar pedindo sabedoria. Continue, não desista. Deus o capacitará a compreender definitivamente o nosso lugar como criaturas, mas também como co-herdeiros de Cristo.
    E, sobretudo, a entender o Seu eterno e infinito poder em sujeitar todas as coisas a Si mesmo.

    Ainda não sei tudo, e sei que não saberei tudo até aquele glorioso Dia, mas sei que nenhum pensamento ou idéia pode limitar ou enfraquecer a soberania divina, desmerecendo-O e exaltando-me. Isso é o que mais desejo, e o objeto de minhas orações: ter a minha mente totalmente cativa a Cristo e Sua palavra.

    Grande abraço ao irmão.

    Cristo o abençoe!

    PS: Obrigado pela visita e comentário.

    ResponderExcluir
  3. Grande Jorge Isah!

    Cara, legal teu comentário lá no velho artigo P.R.O.P.I.N.A..Valeu mesmo a força.
    Tô até pensando em sugerí-lo para publicação lá no MSM.

    Abração!

    ResponderExcluir
  4. Edson,

    Puxa, seria uma honra ter o meu comentário no MSM! Mas não é para tanto. Realmente, a minha preocupação é com essa invasão dos liberais travestidos de ortodoxos na igreja. Eles estão mais sutis, menos incisivos, utilizando-se de uma pretensa piedade para enganar e destruir a sã doutrina.

    Por isso, lendo o seu texto, assimilei-o na hora com a "nova cara" do mal, o novo disfarce para engabelar e levar os néscios a seguir suas baboseiras humanistas.

    E estão espalhados também por dezenas de sites e blogs pretensamente cristãos.

    Grande abraço.

    Cristo o abençoe!

    PS: para quem não está entendendo nada, copie o link abaixo e leia o texto do Edson, o meu e outros comentários.
    http://profetaurbano.blogspot.com/2006/08/propina.html

    ResponderExcluir
  5. Graça e paz Jorge.
    Achei muito interessante o seu artigo, embora muitas pessoas tenham tanta dificuldade de entender esse assunto. Estarei publicando ele em meu blog.
    Fique na paz!
    Pr. Silas

    ResponderExcluir
  6. Pr. Silas,

    É uma honra ter o meu texto publicado em seu blog.

    Realmente a questão do livre-arbítrio é uma "lenda" que vem se disseminando, e cada dia mais ganha corpo na igreja. São os frutos da árvore humanista, com o claro objetivo (ainda que muitos não se apercebam disso) de glorificar o homem e "desglorificar" a Deus.

    Agradeço a gentileza, a sua visita e comentário.

    Abraços.

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  7. Lógico, profundo e um convite à reflexão. Tive que enviar para minha lista, :) . Forte abraço.

    ResponderExcluir
  8. Vinícius Rentz,

    obrigado pela visita e comentário.

    Sinto-me honrado por ter distribuído o texto entre a sua lista.

    Que cada um de nós possa refletir e avaliar tudo à luz das Escrituras, para que assim, a verdade sempre prevaleça.

    Grande abraço ao amigo e irmão.

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  9. Prezado irmão Jorge,
    contra fatos não há argumentos. Você colocou muito bem sobre a escolha. O homem a tem mas ela se de de acordo com sua natureza. o que você quiz dizer com: "A responsabilidade moral não está baseada na capacidade moral [que o homem natural não possui]". Se o homem não possui capacidade moral então não há crime, delito etc? ou entendi mal?
    Parabéns pelas brilhantes colocações e pensamentos equilibrados exarados no texto. Como são alimentos sólidos as doutrinas da graça, muitas vezes tornam-se difíceis de serem digiridas.
    Um abraço
    Em Cristo

    ResponderExcluir
  10. Pr. Luiz Fernando,

    Há duas situações:

    1)O homem fará sempre o que a sua natureza mandar, de acordo com ela, como o irmão frisou bem. O homem natural estará sempre predisposto e inclinado ao pecado. O homem regenerado, ainda que coabitando com a natureza pecaminosa, estará sempre inclinado à santidade, como uma promessa de Deus ao eleito.

    2)Vejo que o princípio da responsabilidade não está ligado à liberdade (autonomia) humana, mas à autoridade divina. Portanto, o homem natural não possui e não tem capacidade moral para escolher o bem, por exemplo. Como está disposto sempre a pecar, ele é incapaz de escolhas morais, e altamente capaz de escolher a imoralidade. De certa forma, o homem natural é moralmente incapaz e imoralmente capaz...
    A questão principal é que a autoridade divina, como disse citando o texto de Ezequiel, é que determinará a responsabilidade humana.
    Quando, no Éden, Deus ordenou que não se comesse do fruto da árvore do bem e do mal, um princípio moral e autoritativo estava posto. Ao quebrá-lo, desrespeitando uma ordem expressa do Criador, Adão e Eva tornaram-se culpados da transgressão.
    A questão é que arminianos, semi-pelagianos, liberais e céticos apontam sempre para a autonomia humana, do homem ser livre para decidir. Mas a pergunta é: em que bases ele é livre? Livre de Deus? Impossível. Logo, não há livre-arbítrio nem o homem é autônomo.

    Espero tê-lo respondido.

    Mais uma vez, obrigado ao irmão e amigo pelo comentário.

    Cristo o abençoe!

    Grande abraço.

    ResponderExcluir
  11. Mais uma pedrada certeira na testa do gigante livre-arbítrio.

    ResponderExcluir
  12. Tiago (I.C.),

    Assim como a história de Davi e Golias, o "gigante" livre-arbítrio não passa de uma "grandeza" humana, fruto da vaidade e da soberba das criaturas. E como Golias, não é preciso mais do que uma simples pedrinha para derrotá-lo.

    A verdade é que, se a Escritura fosse lida com os olhos do espírito, o livre-arbítrio não passaria de uma piadinha sem graça, muito mal contada. Mas o orgulho, mesmo dos eleitos, de certa forma cegou-os, e o que se tem é uma repetição enfadonha de algo sem o menor sentido; e aos olhos de Deus, segundo a Sua palavra, é uma blasfêmia, de onde se originou toda a sorte de heresias em 20 séculos (a pretensa autonomia humana é a fonte de doutrinas satânicas, aplicadas eficientemente por céticos, desde fariseus a antinominianos).

    Continuemos a luta de proclamar a verdadeira, santa e divina palavra de Deus.

    Grande abraço ao amigo e irmão.

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  13. Querido irmão Jorge. Gosto de sua capacidade de articular as idéias. Primeiro porque sempre achei você uma das pessoas mais inteligentes que já conheci ( pessoas mais jovens como nós - rs,rs,rs,rs). Mas temo que você se "encha" da minha intromissão. A partir do que tenho lido no seu blog e nos demais irmãos ( e não só por isso, mas que estou utilizando as minhas férias para pensar na palavra de Deus, tenho ficado o dia inteiro só com essa ocupação- o que é a melhor escolha ). Antes que voc~e me expulse, o livre-arbítreo não existe , como expressão, até como idéia na Bíblia. Pois a real vontade do homem é muito bem explicitada em várias situações. Ou seja não havia dúvida sobre isso. Esse debate não existia. Nós é que estamos complicando e sendo induzidos e forçados a estabelecer novos conceitos. É como a pendenga da alma, como não foi resolvida, aboliu-se o iferno e para abolir o inferno deu-se uma prevalência do amor de Deus sobre a sua justiça, como você muito bem abordou em uma de suas postagens falando da época de sua rebeldia espiritual.

    Um abraço a todos!

    ResponderExcluir
  14. Helvécio,

    puxa, fico feliz mesmo de vê-lo por aqui, e de perceber que finalmente Deus o despertou do "sono" (rsrsrs)...

    Não me leve a mal, mas enquanto muitas pessoas desandam a dizer besteiras por todos os lados, alguns que têm o que dizer se calam por vários motivos. Este é o seu caso. Com a sua vivência cristã (são muitos anos), não dá para você mantê-la apenas entre o seu círculo mais chegado.

    Por isso, folgo realmente em saber que está empenhado não só na construção do seu blog, mas em participar dos debates em outros.

    Sua presença aqui é e sempre será bem-vinda, além de ser uma honra pessoal.

    Quanto à questão do livre-arbítrio, você disse tudo: não há referência nem inferência bíblica, seja explícita ou implícita.

    O livre-arbitrio é invenção humana, porque as Escrituras, claramente, afirmam a impossibilidade total do homem ser, em algum aspecto, livre de Deus (autonomia). Se o homem é livre de Deus, Ele não é soberano, e o homem uma força contraposta a Deus. Se isso não é blasfêmia, nada mais é.

    O meu texto aborda a questão do livre-arbitrio pela sua incoerência e ilogicidade, pois, do ponto de vista bíblico ele simplesmente inexiste.

    A vontade do homem, que muitos confundem com livre-arbítrio, nada mais é do que consequência da natureza desse mesmo homem, natureza essa implementada por Deus, sem a menor escolha humana que a determine. Nós não escolhemos ser pecadores, nem nascer pecadores, somos pecadores em Adão; e como Isaías e Paulo afirmam, não há um justo sequer, todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

    Da mesma forma, não escolhi ser regenerado, mas Deus pelo Seu poder, operou em mim, dando-me uma nova natureza em Cristo, fazendo-me justo e santo como justo e santo é o Senhor.

    Por fim, na eternidade, temos a promessa de que não mais haverá o pecado e a morte, mas não porque temos o livre-arbítrio de escolher não pecar e morrer, mas porque Deus impedirá que pequemos e morramos, uma vez que seremos semelhantes a Cristo.

    Em toda a Bíblia o que lemos é Deus intervindo ativamente no universo e na vida de suas criaturas. Qualquer outro tipo de afirmação é heresia, e procede unicamente da mente caída e corrompida do homem.

    Grande abraço ao amigo e irmão.

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  15. Caro Jorge, não li apenas uma vez a sua postagem sobre esse assunto. Na verdade a li várias e hoje novamente muito tempo depois li novamente. Não li dizendo " já sei o que ele está dizendo de novo" já na defensiva. Li refazendo todo o seu raciocínio e anotando as comparações feitas por você. Percebi que todos os conceitos abordados e sobre eles discorridos nenhum deles se encontra ou foi tirado da velha Bíblia.Tratam-se definições teológicas e filosóficas comparadas entre si. Há versículos citados com certeza, mas predominam idéias lógicas em defesa de um ou outro ponto. Muito apropriadamente você alinhou, muito bem por sinal, o que se diz sobre a questão. Reafirmando o que disse anteriormente, a Bíblia pinta um quadro revelador de toda a situação que nada tem com as comprações lógicas feitas por você, claro a partir de vários autores. Quando entendemos o que a Bíblia revela essa discussão fica completamente sem sentido. Dê uma olhada na minha postagem intitulada " A árvore do conhecimento do bem e do mal". a princípio lhe parecerá algo bastante estranho,mas pegue a Bíblia e refaça todo o caminho do que abordo na postagem.Feito isso poste uma análise detalhada do que expus lá. Um abraço.

    ResponderExcluir
  16. Helvecio,

    para quem crê no livre-arbítrio, e que o homem tem algum tipo de liberdade "livre" de Deus, que o homem é autônomo e pode frustrar os Seus santos desígnios, deixarei alguns versículos que não falam de liberdade, mas mostram claramente o poder soberano de Deus sobre qualquer coisa, inclusive o homem, especialmente, em relação à salvação. Então para não ser especulativo como você insinuou que sou, aí vão:

    "Ele lhes respondeu: a vós outros vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, para que vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se e haja perdão para eles" (Marcos 4:11-12).

    "Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito" (Jo 10.26).

    "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão "(Jo 10.27-28).

    "Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus" (Jo 17.9).

    "Porque todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (Jo 6.37).

    "Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure" (Is 6.10).

    "Ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11.27).

    "Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste" (Jo 17.2)

    "Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra" (Jo 17.6).

    "Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi" (Jo 18.9).

    "Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse" (Jo 17.12).

    Se fosse continuar, teria de transcrever quase toda a Bíblia, e estes são alguns versos, a maioria saídos da boca do nosso Senhor.

    Diante das próprias evidências que Deus "plantou" no Evangelho, o que mais aqueles que resistem à eleição e predestinação divinas querem? Que o próprio Senhor desça e lhes fale pessoalmente? Mas isso Ele já fez! Se a Sua palavra não basta, nenhuma outra forma de convencimento pode demovê-los da obstinação em rejeitar aquilo que Deus estabeleceu claramente.

    Se diante desses versículos, o arminiano não se calar, chego à conclusão de que a questão é rebeldia mesmo, de resistir e se endurecer quanto à verdade escriturística.

    E se não se ouve a Deus, quem sou eu para ser ouvido?

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!
    PS: parte deste comentário foi feito no texto do irmão Ricardo Mamedes em http://ricardomamedes.blogspot.com/2010/02/jesus-e-as-parabolas.html#comments

    ResponderExcluir
  17. Querido Jorge Fernando Isah, Graça e Paz.

    Li o seu texto e fiquei preocupado. Vc fala de livre-arbítrio sob uma perspectiva pelagiana ou semi-pelagiana. Vc não fala do arminiano sob uma perspectiva arminiana. Vc fala do arminiano sob uma perspectiva pelagiana. Vc conhece o pensamento de Arminio sobre esse assunto? Por exemplo, vc escreveu em uma de suas respostas:

    "para quem crê no livre-arbítrio, e que o homem tem algum tipo de liberdade "livre" de Deus, que o homem é autônomo e pode frustrar os Seus santos desígnios".

    Com certeza vc desconhece o pensamento arminiano clássico sobre o assunto. Não há no arminianismo clássico essa ideia de liberdade livre de Deus e nem de autonomia no homem. Após a sua resposta, irei postar alguns pensamentos tanto de Arminio quanto de Arminianos sobre esse assunto.

    Mas só para vc ter uma idéia do que digo, vou deixar um comentário de um calvinista sobre o que Arminio pensava da inabilidade do homem. O estudioso Calvinista R.C. Sproul declara sobre o assunto, “A linguagem de Agostinho, Martinho Lutero ou João Calvino é dificilmente mais forte do que a de Arminius”.

    Sproul naturalmente discorda da solução dada ao problema da depravação total e da inabilidade humana por meio da graça preveniente, que libera os seres humanos da escravidão do pecados deles. Mas, contudo, ele reconhece que Arminio “a destruição da vontade [como todos os Arminianos Clássicos], e não pode aproveitar nada a parte da graça de Deus”.

    Ele (Sproul) ainda declara: “Arminio não somente afirma a escravidão da vontade, mas insiste que o homem natural, morto em pecado, existe em um estado de inabilidade moral ou impotência. O que mais um Agostiniano ou Calvinista espera de um teólogo? Arminio então declara que o único remédio para a condição caída do homem é a graciosa operação do Espírito de Deus. A vontade do homem para fazer qualquer bem a menos que seja livre ou liberada pelo Filho de Deus através do Espírito de Deus”.

    Poderia explicar o motivo dessa confusão? De falar do pensamento Arminiano como se fosse pelagiano? Segue a fonte do livro de Sproul.

    R. C. Sproul, Willing to Believe: The Controversy over Free Will (Grand Rapids: Baker Books, 2006), pp.126, 128.

    Um grande abraço.

    ResponderExcluir
  18. Deixo o pensamento do próprio Arminio sobre a questão do livre-arbítrio e verás, assim os seus leitores, que vc está imensamente equivocado:
    "... Nesse estado [caído], o Livre-Arbítrio do homem em direção ao verdadeiro bem não está somente ferido, mutilado, enfermo, dobrado e enfraquecido, mas também preso, destruído e perdido: e seu poder não está apenas debilitado e inútil a menos que seja assistido pela graça, mas ele não tem nenhum poder exceto quando são animados pela graça ..." by Jacobus Arminius

    Um grande abraço.

    ResponderExcluir
  19. Vasili,
    estou acamado e impossilitado de usar o PC, escrevo do smarthphone. Portanto não poderei lhe dar uma resposta imediata, mas postei dois comentários seus nos quais você não me refuta, mas diz que o fará, então, estou à espera.

    Quanto ao que Armindo diz sobre o LA há uma diferença muito grande, porque eu defini o que é e a frase do Jacob não traz nenhuma definição do que ele pensa ser o LA. Penso que primeiro deve se estabelecer o que você e o teólogo pensam ser o LA, se ele é real ou fantasia para depois discutirmos outras questões relativas à ele.

    Enquanto você não o fizer, nossa conversa para por aqui, pois a questão que discuto não é como o LA ficou ou como se dá, mas primeiramente se ele existe ou não. Infelizmente, pelo meu estado de saúde não sei quando responderei, e, espero que entenda, mas prometo publicar todos os seus comentários que, primeiro refuta o cerne do meu texto, o LA como autorrefutavel em si mesmo.

    Mais uma coisa, antes de me acusar de 'imensamente equivocado' mostre o equívoco. Este argumento de primeiro me desqualificar para desqualificar o argumento é falacioso e você sabe que é, além de não ser educado. Atenha se ao texto e vamos conversando, ok.

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  20. Eu já havia escrito uma resposta enquanto falava com o pessoal da Arminianismo.com.
    Mas posso adiantar que muito do que está escrito está muito longe de ser
    1 - honesto com os libertaristas
    2 - preciso com a filosofia
    3 - claro

    Há desde confusões de caráter epistemológico - como 'exigir que saibamos que nossos cérebros não estão contaminados com bactérias' - até confusões de nomenclatura - tratar influência como sendo idêntico à causação.

    Isso sem falar nos desafios infantis: 'provar pra quê?'.

    Mas prefiro pensar um pouco mais, e te pedir permissão para comentar. O texto e a análise que estou fazendo dele são inevitavelmente longas.

    ResponderExcluir
  21. DB,

    identificar-se seria bom...

    Nem de longe eu disponho de tempo para um debate como vocês gostam, lá no Arminianismo.com, nem me interesso também por eles. Não tenho paciência nem de ler a maioria dos debates, mesmo entre calvinistas. Então, não espere que eu vá entrar em um nesta altura, em que tenho outros focos e objetivos e pouco tempo para realiza-los... Então, se puder ser objetivo e sucinto ficarei grato.

    E não adianta reclamar, pois quem dá as cartas aqui sou eu... Se há tanta baboseira no que escrevi, acho que você não deveria perder o seu tempo em me refutar. Eu não perderia...

    Outra coisa, se escrevo tantas asneiras, por que insistem em vir aqui? Muitas visitas que recebo vêem do Arminianismo.com e, de alguma maneira, meus textos devem, ao menos, chamar-lhes a atenção. Sei que não sou expert em nada e, provavelmente, erro em muita coisa que escrevo ou escrevi. Sei melhor do que ninguém das minhas limitações, mas vocês, na maioria das vezes são apenas arrogantes e presunçosos, como, aliás, alguns calvinistas também o são. Dito isto, não espere uma atenção especial porque você é uma sumidade em debates, se é que é. Lembre-se que aqui não é um fórum mas um blog pessoal. Para isso há as redes sociais, o Monergismo.com, o Arminianismo.com, o Internautas Cristãos e outros.

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  22. Jorge, você definiu o Livre-Abítrio segundo o arminianismo. Mas ao fazer isso comete uma grande falacia. Se você não reconhecer isso, vai ficar difícil. Agente ta cansado de ensinar os calvinistas que o conceito de livre-arbítrio de Arminio (conhecido como o livre arbítrio libertário)é totalmente diferente desse descrito por você.

    Sendo assim, irei lhe passar um artigo, e espero que leia. Vai ajudar um desgaste da nossa parte para tentar explicar o seu equívoco.

    http://estudos.gospelprime.com.br/o-que-e-livre-arbitrio/

    Paz!

    Jean Patrik

    ResponderExcluir
  23. Querido Jorge Isah, Graça e Paz.

    Eu não estou aqui para te “refutar”. Na verdade eu nem gosto muito dessa palavra. o que me chamou a atenção no texto foi a sua ignorância do que significa o LA na teologia Arminiana. Postei o pensamento de Sproul e o de Arminio que por si só já demonstram o seu erro grotesco. Passo a relatar partes do seu texto entre aspas abaixo:

    “Para o arminiano, Deus não atropela o livre-arbítrio, logo a vontade humana não tem causação externa”.

    Fonte Arminiana? Nenhuma. A citação do pensamento de Arminio já desmente a sua acusação:

    "... Nesse estado [caído], o Livre-Arbítrio do homem em direção ao verdadeiro bem não está somente ferido, mutilado, enfermo, dobrado e enfraquecido, mas também preso, destruído e perdido: e seu poder não está apenas debilitado e inútil a menos que seja assistido pela graça, mas ele não tem nenhum poder exceto quando são animados pela graça ..." by Jacobus Arminius

    Estude mais sobre o conceito de graça preveniente. E vc continua:

    “Portanto a teoria do livre-arbítrio destrói a responsabilidade em vez de apoiá-la. Como posso ser responsabilizado por ações surgidas de um livre-arbítrio que, pelo fato de ele ser livre, não está também sob o meu controle? [nem sob o controle divino também, ao ver do arminiano]”.

    Fonte? Nenhuma!!! Aqui vc teria que explicar três coisas, primeiro, porque o livre-arbítrio destruiria a responsabilidade ao invés de apoia-la? Baseado em que o livre-arbítrio não está sob o controle do agente? Terceiro, como estaria fora do controle divino também? Se vc fala isso acusando o arminiano, então vc passa longe meu querido. Vamos em frente, vc escreveu:

    “Se todos pecaram, somos todos pecadores, a nossa vontade está corrompida, deteriorada, sob a influência do pecado e sem a menor possibilidade de ser neutra, e poder escolher o bem. Para que o arminiano não concorde com isso, ele terá de rejeitar a Bíblia como a palavra inspirada de Deus”.

    ResponderExcluir
  24. Descobriu a roda de novo. Vc pediu pra que eu o refutasse. Vê porque eu disse que não precisava? Lembra da citação de Arminio e de Sproul? Vc deve explicações aos seus leitores. É vc quem desafia. Mas, como as citações o desmentem será vc que terá que provar que o arminiano acredita que a vontade do pecador não está destruída. Vê? Até vc aliviou a linguagem. Vc disse que ela está corrompida e deteriorada. Arminio disse que ela estava destruída. Então a palavra do Sproul foi pra vc:

    “A linguagem de Agostinho, Martinho Lutero ou João Calvino é dificilmente mais forte do que a de Arminius”.

    A sua linguagem aqui foi fraquinha também. E vc acusa novamente:

    “Muitos arminianos têm certeza de que possuem o livre-arbítrio, apenas porque presumiram tê-lo; e garantem que não sofrem nenhuma espécie de influência em suas decisões ‘livres’”.

    Quem disse isso? Poderia citar a fonte? O ônus da prova é seu, já que eu mostrei o conceito da vontade de Arminio. Vc prossegue:

    “A afirmação, "se nós não temos o livre-arbítrio, não podemos ser responsáveis pelas nossas ações", é verdadeira? Em qual sentido? Quem a provou como verdade? E uma pergunta muito mais explícita ainda: à luz das Escrituras, qual a relação entre responsabilidade e liberdade? Onde elas aparecem, e onde estão especificadas a sua conexão?
    São perguntas que o arminiano não se dispõe a responder. Para ele, basta estabelecer o axioma, e pronto. Provar, para quê?”

    São perguntas direcionadas a quem? Mas aqui vc pressupõe a Eleição Incondicional. Tem uma pergunta que quero que vc responda: se Deus escolhe salvar ou condenar à parte do que os escolham (se pq creem ou se pq não creem) porque Deus, que é amor, não salva a todos? Deus salva para justificar o seu amor e condena à parte de nada no homem? Apenas para maximizar a sua glória, como afirma o Piper? Mas vc continua:

    “Por essas e outras, o livre-arbítrio é incoerente, e incapaz de levar o homem a lugar algum. Como teoria autonomista não encontra respaldo bíblico, sustentando-se apenas e tão somente pelo seu apelo humanista, ou seja, antibiblicamente; porque nada mais é do que o desejo de se ter um poder para decidir independentemente, chegando à blasfêmia de se cogitar mesmo uma autonomia de Deus. O que não passa de uma estúpida pretensão ou delírio diabólico, cujo único objetivo é tornar o homem num "deus" independente e livre de Deus. O que felizmente é impossível”.

    Aqui vc apenas não colocou o nome, mas se refere ao arminiano. Onde o arminiano se diz autonomista? Onde o arminiano tem vontade de ter uma autonomia de Deus? O arminiano tem um delírio diabólico? Mas quem disse o que os arminianos não acreditam como se acreditassem foi vc. Quando vc diz que é impossível o homem ser independente de Deus o arminiano também acredita nisso. Vc descobriu a roda mais uma vez.
    Eu só quero respostas de sua parte. Quem diz que o arminiano pensa nisso? Poderia citar as fontes? Ou são todas caricaturas calvinistas que se reproduzem como uma mentira diabólica?

    Melhoras na sua saúde e aguardo a sua justificativa quanto a tudo quanto vc disse que o arminiano era quando na verdade não é.

    Se quiser discutir essa questão, poderíamos ir ao arminianismo.com. Aqui é muito desconfortável. Se vc não quiser ir, prepararemos um artigo mostrando todos os seus erros e faremos a divulgação na net em todos os donos de blogs que o elogiaram, sem conhecer também. O seu artigo não só está equivocado, ele está cheio de voluntarismo, supralapsarianismo e determinismo. Será interessante apontá-los.

    Um grande abraço e mais uma vez, melhoras.

    ResponderExcluir
  25. E não adianta reclamar, pois quem dá as cartas aqui sou eu...

    Claro que o dono da casa é você - por isso cheguei a pedir permissão. Você é livre para permitir nossos comentários aqui, afinal é seu blog.

    Se há tanta baboseira no que escrevi, acho que você não deveria perder o seu tempo em me refutar. Eu não perderia...

    É justamente pela quantidade cavalar de baboseiras que perdemos tempo! Ou por acaso Jesus Cristo não repreendia os hipócritas de sua época, 'porque eles falam muita besteira'?

    É claro que, dada a desinformação e o total de inverdades, sejam elas de má fé ou não, somos compelidos a rebater tais 'acusações'. Algum problema se somos 'incapazes de deixar a mentira rolar solta'?

    Além disso, seu blog é utilizado como 'fonte' para outros blogs - teve um que chegou a fazer copy-paste, e dele é que eu vim parar aqui.

    Quanto a identificações, sempre achei desnecessárias. Sou facilmente achável em meus blogs ou mesmo no Arminianismo.com...

    ResponderExcluir
  26. Vasili, DB ou quem que se seja, e os demais, é o seguinte:

    Estes foram os últimos comentários de vocês publicados nesta postagem, porque:

    vocês estão querendo que eu explique o inexplicável, pois, como bons leitores que deviam ser ou ao menos leitores mais atentos, se não perceberam, o meu texto não está discutindo "formas" ou possbilidades de LA, e mesmo se há uma ideal, mas eu estou falando em letras garrafais da impossibilidade do LA, ou seja, ele não existe! O foco é exatamente este, e o restante do texto apenas confirma esta sentença. Portanto, não adianta apresentarem Sproul, Armínio, Agostinho ou qualquer outro teólogo que considera o LA em algum aspecto, porque eu o considero em nenhum. É simples! E foi a isto que me referi anteriormente. Portanto, não tenho nada a discutir em relação ao LA, apenas afirmar que ele é incoerente e autocontraditório em si mesmo; e qualquer posição favorável a ele, seja de quem for [e Calvino o considera, ao menos em Adão] eu a rejeito, por hora. Logo, não há o menor sentido nesta nossa conversa, ao menos da forma como vocês a propõem... Se precisar que eu desenhe...

    Vocês, os debatedores profissionais, usam de uma pretensa defesa da fé e da verdade [e a arrogância e presunção com que proferem isso é de anular qualquer possibilidade real de entendimento piedoso e fraternal, o que deveria acontecer entre irmãos; e, eu mesmo, me vi muitas vezes seduzido por isto, aqui mesmo, no Kálamos, mas graças a Deus, ele me livrou desse pecado] para extravasarem a ânsia por disputas e combates que, no fundo, têm um único fim e objetivo: provar a infalibilidade que não declaram publicamente, mas acreditam ter. O tom dos comentários acima demonstra que, inicialmente, a disposição é de se estabelecer uma querela, uma guerra, mas saibam que não contarão com a minha participação.

    Falar mal de mim na web, Vasili? Do que escrevo? Por acaso eu vivo disto aqui? Ou me considero infalível como vocês? Desde que mantenham o respeito [comparar-se a Cristo, e me chamar de hipócrita não é respeitoso D.B.], podem falar o que quiserem. Não vou nem tomar conhecimento... Rapaz, cresça, amadureça, e perceberá que o Kálamos é um blog tão pessoal que nem postagem de terceiros publico, não faço citações nominais, e, quando as faço procuro manter a decência; não procuro audiência nem me prendo a ela; se gostasse de exibição, certamente aceitaria "debater" com vocês até o "fim-do-mundo", ganharia leitores e até popularidade. Mas o fato é que isto não me interessa, nem me agrada. Portanto, pode fazer o que bem entender, Vasili, mas saiba que todos nós, sem exceção, daremos conta dos nossos atos.

    Por fim, estou com sério problema de saúde, e com pouco tempo para assuntos de segunda monta. Se quiserem espernear, esperneiem, mas não responderei na mesma medida, simplesmente porque seria reconhecer em mim mesmo um tolo maior do que sou.

    Cristo os abençoe!

    Fiquem na paz!



    ResponderExcluir
  27. Olá irmão Jorge, não foi definitivamente com prazer que assisti essa quizumba, eu tenho a minha opinião contrária a sua meu querido irmão, mas mais contrária a esse tipo ( e outros )de embate entre irmãos. Todos nós perdemos.Por acaso nessa semana dialoguei com um irmão acerca de uma pregação de John Piper, avancei um pouquinho, com educação, com tato e um outro irmão ( Bispo alguma coisa ) zombou de mim, avancei mais um poquinho em meus exemplos e fiz a colocação que embora pudesse debater o tal assunto não o faria por considerar que na vida cristã há coisas mais importantes a serem mostradas acima das nossas diferenças. Aí o tal irmão Bispo alguma coisa disse: " O cara diz que não é importante saber soteriologia e depois quer debater" ) mais ou menos isso. Eu era um idiota no início do debate, por ter mostrado telativo conhecimento agora tinha que debater. Finalmente apresentei o seu testemunho, um dos mais lidos nesses anos todos de um dos meus blogs, ela achou impactante, gostou de ocnhecê-lo, mas ainda não compreendeu exatamente por que o fiz. Tento esclarecer agora: Não é tão importante o que pensamos e como entendemos, embora as vezes muitos de nós nos orgulhemos disso. Desculpe decepcionar os irmãos mas mesmo na chamada igreja protestante não há a teologia perfeita, a igreja de liturgia perfeita, a liderança perfeita, os membros de igrejas perfeitos. A nossa única vantagem é que cremos unicamente no Senhor e nEle, só nEle esperamos e amamos ( até brigamos!..rs...rs...rs...)

    O que somos é testemunhas dELE, e nisso devemo-nos concentrar e espero que façamos isso em 2013. Perdemos muito tempo corrigindo uns aos outros, mas em uma situação real, quantos pastores calvinistas e arminianos não tem nada a oferecer, pelo menos como Pedro e Silas, não temos nada, mas o que eu tenho te dou em nome do Senhor Jesus, ande, veja, mude, sare, etc, etc,etc. E cá entre nós, essa é a prova dos nove,como poderíamos dizer, e muitas vezes a teologia faz desses ministros incrédulos bíbicos, dizendo isso não acontece mais, isso não émais possível, isso só se Deus quiser ( como se Ele já tenha dito que não quer ). Pelos frutos é queseremos conhecidos, e cá entre nós todos nós estamos em débito em certa monta com, pelo menos a grande Ordenaça em Marcos 20. É claro que eu acho que alguns de nós estamos masi certos que outros em certos pontos, mas e daí, ganhamos o que com isso? Em que medida isso nos torna mais espirituais, mais poderosos para fazer algo em nome do Senhor? Infelizmente nada! perdemos tempo, os incrédulos já confusos ficam ( se possível ) mais confusos e duvidando não de alguns de nós, mas de todos nós, graças ao farto material explosivo, fartamente jogado na rede para quem quiser ver... Numa coisa concordamos: somos salvos pela graça unicamente, podemos ate saber como ela se processa mas não é o mais importante. dificilmente um piloto de um grande avião conhecerá todas as peças que ofazem viajar no ar. Mas certamente ao pegar o leme ele sabe que o avião voará. Somo salvos pela pessoa e pela obra do Senhor, mas nenhum de nós consegue descrever em minúcias exatamente como ela funciona, só cremos ,só aceitamos, e mouvamos e agradecemos. Um feliz 2013 tanto quanto possível na presença do Senhor de todos nós. Isso não é "panos quentes" no debate, é que aprendi quenão vale perder tempo como que não é essencial. E essa pedenga não é essencial, a não ser que não tenhamos mais nada a dizer.

    ResponderExcluir
  28. Jorge, aprendi muito com os comentarios novos. Vejamos:

    Para o Vasili Tsaisev quando você escreveu “Para o arminiano, Deus não atropela o livre-arbítrio, logo a vontade humana não tem causação externa”, isso não representa o que Arminius e, consequentemente, o arminiano crêem, logo posso concluir que tanto para Arminius quanto para o arminiano "Deus atropela o livre-arbítrio, e que a vontade humana possui uma causação externa"?

    Outro ponto que considero interessante é quando ele cita Arminius que diz "... Nesse estado [caído], o Livre-Arbítrio do homem em direção ao verdadeiro bem não está somente ferido, mutilado, enfermo, dobrado e enfraquecido, mas também preso, destruído e perdido: e seu poder não está apenas debilitado e inútil a menos que seja assistido pela graça, mas ele não tem nenhum poder exceto quando são animados pela graça ...", mas aqui eu confundi tudo, pois eu pensava que o conseito de graça-preveniente universal restaurava o livre-arbítrio humano, mas ao que parece Arminius defendia um conceito de graça(-preveniente?) particular!

    Não sabia que os arminianos eram tão calvinistas no fim das contas! Também não tenho mais paciência para debates intermináveis, no máximo leio alguns apenas para aprender mais sobre alguns pontos do arminianismo. De modo que gostaria que alguns deles fossem tão sucintos quanto você foi em sua definição de livre-arbítrio.

    De fato, creio que o Vasili está correto quando nos diz que você deve (devemos!) estudar mais!

    Fica na paz!

    Ednaldo.

    ResponderExcluir
  29. Tá vendo Jorge Isah? O Ednaldo é o "Divinitatis Doctor" do Monergismo.com que fica expulsando os Arminianos de lá e também não conhecia o conceito de vontade no Arminianismo Clássico. Libera um comentário pra gente dialogar com ele, pode ser? Tendo em vista que ele não irá querer aparecer lá no Arminianismo.com, né?

    Melhoras.

    ResponderExcluir
  30. Vasili,

    fiquem à vontade!

    Mas, com respeito e decência e prudência. Qualquer deslize, censuro o comentário.

    ResponderExcluir
  31. Olá Vasili,

    Não creio que o blog do Jorge seja o lugar ideal para se "lavar roupa suja", porém façamos o seguinte, liberarei seu cadastro no fórum, caso seja de sua vontade, e lhe garanto salvo conduto, ainda que outro moderador ou administrador lhe bloquei, eu retiro o bloqueio. Lá podemos desenvolver outras regras de conduta. E você está certo, eu não irei aparecer no arminianismo.com, por isso dá um abraço no PCA por mim.

    Ednaldo.

    ResponderExcluir
  32. A quem se interessar, postei aqui no Kálamos uma resposta mais detalhada do porquê não debater o assunto. O link é http://kalamo.blogspot.com.br/2013/01/evita-longas-discussoes-ou-como-fugir.html

    ResponderExcluir
  33. Obrigado Ednaldo.

    O Monergismo.com é um péssimo exemplo de comportamento. Os caras se alegram em pegar um "pato morto". Todos os meus amigos já foram expulsos de lá, inclusive o PCA, lembra? O próprio Sabino expulsou o Ebenezer Oliveira de lá. E o Ebenezer é o cara mais calmo que eu já conheci. Incapaz de agredir ninguém.

    Bem, se quiser dialogar em um ambiente neutro, o Jorge Isah já deu o aval. Que seja aqui então.

    Abraços.

    ResponderExcluir