"O NÃO-DOGMÁTISMO DOGMÁTICO!"
Por Jorge Fernandes Isah
Abordarei um assunto que não agradará talvez a muitos. Sou acusado, as vezes, de dogmatismo. Na verdade, para mim, não é uma acusação, é mesmo um elogio, pois me considero realmente um dogmático. E por que gosto tanto do rótulo? Simples, porque, para se ter um princípio, ele tem de ser estabelecido dogmaticamente. Por exemplo, o "Sola Scriptura" é um princípio estabelecido pelo axioma de que a Escritura é a verdade, e nada mais além da verdade. Quando alguém defende este princípio, não pode defendê-lo sem aplicá-lo. Se o faz, ele está demolindo o princípio, não o princípio em si mesmo, mas a sua certeza nele. Ainda que um ou dois digam que a Escritura é a verdade, mas ao se deparar com o texto bíblico considera-o com falhas, incongruências ou contradições, ele não tem o princípio do "Sola Scriptura" como absoluto. O que ele diz defender não está em harmonia com o seu pensamento. E ele então tem dois dogmas: o primeiro, diz crer que a Escritura é a verdade; o segundo, reconhece e defende intelectualmente que a Escritura não é infalível e santa. Na prática, ele se contradiz. Mas a qual tipo de verdade ele crê, então? Ele não crê na verdade, mas numa possibilidade de verdade, de que, como leitor ou ouvinte, pode ou não perceber algum aspecto da verdade, e de que a verdade não é objetiva. É algo intuitivo, experiencial, sensitivo, e que guarda em si um grande problema: como o indivíduo poderá se aperceber de que o que leu ou ouviu é verdadeiro ou não?
Quem diz que a Escritura é a verdade, mas crê que há nela paradoxos ou antinomias [1], desenvolve um conflito de interesses, pois acreditará em um dos pontos, jamais em ambos, visto serem antagônicos. Para se afirmar que a Bíblia é a verdade, terá também de afirmar que nela não há paradoxos. Para se acreditar em paradoxos, não se poderá acreditar que a Bíblia é a verdade. Ou seja, uma das afirmações tem de ser verdadeira e a outra falsa. Ambas não podem ser verdadeiras e falsas ao mesmo tempo. O Senhor Jesus aplicou muito bem este conceito quando do Sermão do Monte: "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna" [Mt 5.37].
O paradoxo ou a antinomia confunde, ainda que muitos utilizem-no com o intuito de se elucidar determinado problema, que consideram insolúvel, incompreensivo. De fato, ele não traz esclarecimento algum, antes permite que as dúvidas se estabeleçam e, através delas, o engano seja alçado ao mesmo nível da verdade, e veja mesmo a superá-la. Não foi o que a serpente fez com Eva? Fazendo-a acreditar que a verdade era mentira, e de que a mentira era a verdade? Eva considerou inapropriadamente que Deus não era santo, perfeito e infalível. Para a perdição dela, e a nossa, cogitou que a ordem divina era incoerente com a afirmação da serpente, o que era de fato, mas descartou o primeiro princípio pelo qual deveria se nortear: de que Deus é verdadeiro e não pode mentir [Tt 1.2], para se fiar no princípio de que a serpente era verdadeira e não poderia mentir. Num dado momento, ela ficou talvez em dúvida; ela pensou na contradição entre as duas afirmações; considerou que as duas poderiam estar certas, mas o fato é que, em seguida, seu pensamento se direcionou e desviou-se da verdade para a opção errada, a mentira, e ela escolheu o que não deveria escolher, porque creu no que não deveria crer.
Assim também acontece com o homem que se diz a-dogmático; ele simplesmente escolhe defender um princípio falso e descartar o princípio verdadeiro. Ele permanece um dogmático; contudo, seus fundamentos partem de princípios não verdadeiros, já que a negação de um princípio é um princípio em si mesmo. O que vale dizer que ninguém pode recusar um dogma sem ser dogmático. A negação parte da afirmação de se negar, de dizer não, de não reconhecer ou admitir aquilo que se nega. Logo a negação está fundada no enunciado de que o objeto negado deve ser renunciado voluntariamente.
O dogmatismo, historicamente, se contrapôs ao ceticismo, que afirmava ser impossível se conhecer a verdade. O dogmático reconhece a capacidade humana de se conhecer a verdade absoluta, insofismável, indiscutível. Mas quando um cético [seria um pós-moderno, um relativista, ou mesmo um liberal, nos termos de hoje] afirma que a verdade não pode ser conhecida, ele está a afirmar uma verdade. O que o torna em um dogmático, dentro de um conceito falacioso e contraditório, pois ele mesmo diz haver algo que não acredita existir. Então, chego à conclusão de que todos são dogmáticos, no sentido de que a ideia de alguém não-dogmático é uma contradição, algo incompreensível e irracional.
Assistindo aos Três Patetas [The Three Stooges], em dado momento, Moe e Larry conversavam à mesa:
Moe: Só imbecis têm certeza absoluta!
Larry, curioso: Tem certeza?
Moe respondeu, convicto: Claro!
É impossível não rir... A piada da dupla [genial, ao meu ver], delineia perfeitamente o erro daqueles que afirmam categoricamente não haver "verdade", mas consideram a afirmação uma verdade absoluta. Moe confirmou, ao mesmo tempo, duas coisas:
1) De que estava a afirmar algo quando a sua afirmação dizia não haver algo afirmável ou conhecível. Ao se sustentar a impossibilidade de se ter uma certeza absoluta, a própria declaração contradiz o teor do que se é afirmado. Há uma contradição que inviabiliza completamente todo o fundamento da afirmação, reconhecendo a sua própria ininteligibilidade, como um conceito autoinsustentável.
2) Quando diz ter certeza de que somente imbecis têm certeza, Moe se considera ao mesmo tempo imbecil e contraditório, visto ser impossível ele manter a sua declaração "absoluta" sem dar um tiro no próprio pé.
Esse é princípio autocontraditório, que destrói a si mesmo ao sustentar e reconhecer algo que não crê possível, que considera falso. Uma afirmação pode ser falsa, mas será uma afirmação, baseada em uma certeza, ainda que essa certeza seja enganosa e falha.
Da mesma forma, quando se diz que a Bíblia é a verdade e de que ela contém paradoxos, temos uma afirmação contraditória [não aparentemente contraditória como querem alguns; mas, como já disse, essa expressão é ilógica e não quer dizer absolutamente nada]; pois ou há de se crer em uma ou em outra coisa; ambas são simplesmente impossíveis e irreconciliáveis, ao impugnarem-se mutuamente, por contrastarem-se como antíteses; duas proposições inteiramente contrárias.
Então se chegará facilmente à conclusão de que não é a Escritura que tem paradoxos, mas o homem é quem os cria ao não reconhecer os claros e definitivos objetivos de Deus em proclamar a verdade absoluta na revelação, pois Deus não pode não revela-los, já que os revelou.
De certa forma, todos somos meio burros diante da grandeza da revelação divina. Algo evidente é a sua perfeição, possível de se reconhecer até mesmo por seres imperfeitos como nós. Porém, como a palavra fiel de Deus, ela é santa e perfeita, e em si mesmo garante-nos a sua santidade e perfeição porque proveniente do Deus santo e perfeito; logo, objetivamente, não é uma questão subjetiva, ainda que seja de fé. Nesse caso, é a fé objetiva na palavra objetiva que garante a objetiva perfeição e santidade do texto sagrado. Não há espaço para antinomias, e é isso o que ela diz.
Quando sou acusado de ser dogmático e de estar à caça de "chifres em cabeça de cavalo", poderia facilmente responder com a acusação de que o acusador não passa de um cético, pois a forma de não se ser dogmático é sendo cético. Mas até mesmo o cético crê em alguma coisa, ainda que essa coisa não seja verdadeira, seja um embuste intelectual no qual ele se aprisiona a si mesmo para não crer na verdade. Mas ele a conhece, ainda que não seja nos termos corretos de conhecê-la, e por isso, e somente por isso, ele a rejeita. É interessante como a negação da verdade nada mais é do que o reconhecimento de que ela existe, visto não ser possível negá-la sem antes admiti-la como legítima. A negação se baseia em algum conceito de verdade, sem o qual não haveria a possibilidade de negação. E quem se autodenomina a-dogmático, nada mais é do que um dogmático que não se aceita com tal; ele rejeita a ideia de ser dogmático, considerando-se não dogmático, mas sem deixar de sê-lo.
O que muitos estão fazendo é negando a realidade como se vivessem num mundo de faz-de-contas; contudo, o que está à sua volta, definido e conceituado muito antes de gerações de seus antepassados existirem, e que ele aceita como sendo verdade, não lhe é inconveniente vivê-lo como algo real, sendo ele mesmo parte da realidade, do mundo real que é impossível negar efetivamente. O que há é um delírio intelectual a negar o que seus olhos vêem, o tato sente e os ouvidos ouvem. Com isso não estou dizendo que toda experiência sensorial é real e verdadeira. Os sentidos podem nos enganar. Mas, por exemplo, quando toco uma mesa, na maioria das vezes estarei tocando um objeto cuja superfície é plana e horizontal, sustentada por um ou mais pés, confeccionada em madeira, metal, pedra, plástico, etc. É impossível que todas as mesas não sejam mesas. E a própria concepção de mesa, mesmo para alguém que nunca viu uma [como o cego, p. ex.] é um conceito tão claro que não se tem como fugir dele. Portanto, quando alguém alega que dogmas não existem, ou que a verdade não existe, do ponto de vista real terá de negar a si mesmo. E, negar a si mesmo, representa negar o próprio ato de pensar e aquilo que se está pensando. Logo, é melhor dar as costas e deixar o tolo com a sua tolice.
Por isso, custa-me tanto compreender porque os cristãos empenham-se em sustentar que existem contradições e antinomias na Bíblia, já que ao fazê-lo, questiona-se aquilo que ela é, a inferir-se como sendo aquilo que nunca foi.
Mas, e quanto ao mistério? A Bíblia possui mistérios?
[Continua...]
Querido irmão,
ResponderExcluirDe fato havia decidido não tecer nenhum comentário no seu blog, pois conhecendo as minhas posições me materializo como um brigão na casa dos outros e talvez me torne realmente chato.
Mas não posso me furtar a elogiar oseu texto ( aliás mais do que o texto ) elogiar o texto pura e simplesmente seria o mesmo que elogiar a vidraça ao invés de ver a paisagem além da jenela... Portanto o texto é perfeito no que aponta um tipo de contradição bastante recorrente ao se formular uma posição qualquer que seja. Umas vezes por paixão e falta de conhecimento e muitas outras vezes por conveniência, ou seja considera-se o que se perderia admitindo o erro perante um grupo, comunidade, ou o quanto siginifica tal posição em estritos termos de segurança, digamos profissional religiosa.
Afinal só há uma maneira de se estar preso a Jesus, sem sujeição aos homens e a sua maneira de pensar.
Parabéns a sua maneira de escrever é de fato um primor.
Aguardo a conclusão, já que essa é a segunda parte.
Um abraço.
P.S. Fui o primeiro de novo?
Ah...ia esquecendo e era isso que gosstaria de ter dito antes de tudo:
ResponderExcluirAs Escrituras são inerrantes! qualquer erro ( teológico, apologético, etc ) é por nossa conta. "Queixemos cada um de nossos próprios pecados". Se não entendemos as Escrituras, se algo não nos fica claro, o tempo, a eternidade se manifestará, sabendo que está lá, nela , tudo o que Deus julgara ser de fato relevante.
É isso aí irmão.
Helvécio,
ResponderExcluirprimeiro, não há porque você não comentar aqui. É sempre um prazer recebê-lo; já que sabe que a casa é sua também, como de todos os comentaristas, aos quais tenho por irmãos e amigos.
Contudo, entendo que o debate tem um limite de objetividade, e o que passar disso será mera repetição. Creio que tanto eu, como você e os demais irmãos deveriam se contentar em expor o seu pensamento, discutir o pensamento contrário, argumentar e refutar, mas com o cuidado para a gente não fazer uma "guerra dos cem anos", ou melhor, uma "guerra dos cem comentários" [rsrs].
Por vezes, andamos em círculos, sem sair do lugar, e o que fica é o gosto de "comida requentada". Mas não impedirei que alguém a coma, apenas não participarei do "banquete" [rsrs].
Há também de se entender que somos irmãos em Cristo, ainda que divergentes em muitas posições, mas como já disse, é ele quem nos une, e foi por nós que ele morreu.
Segundo, o ponto principal dessa série de postagens é revelar exatamente isso, que a Bíblia é a palavra autêntica e suficiente de Deus para os homens, e de que o meu não-entendimento jamais poderá servir de acusação para com ela, ao afirmar que Deus nos revelou a sua verdade por meio de antinomias e contradições. Este é o ponto, o qual você pegou muito bem.
Volte sempre!
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Meu caro Irmão Jorge,
ResponderExcluircreio que os paradoxos existem porque a verdade absoluta é impossível de ser apreendida pelo ser humano. Nós vemos flasches da mesma e tentammos montar o todo. Como o que de Deus se sabe é o que Ele revelou então abrem-se margens para paradoxos, pois, não estamos equidistantes da verdade absoluta, mas a muitos quilômetros de distância. Assim sendo, exercemos nossos esforços para alcançarmos tal verdade absoluta e no caminho esbarramos com limitações próprias dos humanos e isto pode desembocar em paradoxos. Cremos que a Palavra é a verdade e ela nos foi revelada, cabe a nós esforçarmos para compreendê-la e aplicá-la em nossas vidas e igrejas, mas se surgir algum paradoxo no percurso seria normal e razoável. Assim, creio eu, continuaremos na busca pela verdade em amor o que nos proporcionará uma oportunidade de exercitarmos a longanimidade com aqueles que divergem de nós.
Seu texto, mais uma vez, provoca um exercício mental sensacional e nos impulsiona ao crescimento. Demonstra seu crescimento mental e espiritual. Parabéns.
Um forte abraço
Em Cristo
Pr. Luiz Fernando
Pr. Luiz Fernando,
ResponderExcluirnão concordo com a argumentação do irmão, pois se a verdade absoluta não pode ser apreendida, então não apreendemos verdade alguma.
Se tenho a Escritura como verdade, ela não pode ser relativa, nem uma meia-verdade.
O que acontece é uma incapacidade humana de apreender todos os pontos [creio que demandariam anos e anos, e séculos e séculos de estudos; como a própria história da igreja nos mostra], mas nem por isso ela deixará de ser verdade, e absoluta, pois proveniente do Deus verdadeiro e absoluto.
Ao invés de se afirmar os paradoxos ou antinomias, por que o crente não diz simplesmente: não sei? Por exemplo, quando me perguntam: o que você tem a me dizer sobre física quântica? Respondo: nada! Pois não sei nada de física quântica. Da mesma forma, deveríamos agir assim quando não somos capazes de compreender determinado ensinamento bíblico [que está lá; e é-nos ensinado], reconhecendo humildemente minha limitação em entendê-lo [o que não quer dizer que outro irmão não o possa fazê-lo, usado por Deus]. Mas preferimos repetir o que não tem fundamento e lógica ao silêncio.
Penso que o que tem faltado é mesmo a humildade de se reconhecer a autoincapacidade; e uma necessidade de dar respostas, mesmo que não se responda nada e, pelo contrário, confunda-se.
Quando alego haver paradoxos na Bíblia estou-me voltando contra ela e, por conseguinte, contra Deus, isentando-me da responsabilidade que tenho de não somente compreender a Escritura, mas de também reconhecer que nem tudo posso compreender, pelas limitações físicas e espirituais que tenho. Porém, isso não me dá o direito de afirmar que a Bíblia tem paradoxos, ou de que a verdade escriturística não é absoluta. Senão, por que Deus a revelaria? Usando uma analogia ao que Paulo disse em relação à ordem no culto, digo: Deus não é Deus de confusão!
E nem pode passar por nossas cabeças não ser piedosos e longânimos com os irmãos que divergem de nós. Como disse ao Helvécio, é Cristo quem nos une! Sem precisar abrir mão da verdade. Pois ela subsiste por si mesma.
Obrigado mais uma vez por seu comentário.
Um grande e forte abraço, também!
Cristo o abençoe!
Irmão Jorge,
ResponderExcluirEsse seu último exclarecimento deveria ( deve, na minha opinião ), ser incorporado definitivamente ao texto em questão. Perfeito!
Parabéns!
Quanto ao recorde de comentários em uma postagem anterior, revolvendo detalhes em torno do mesmo assunto, o que concordo ser desgastante, faz parte de uma certa falta de humildade, de cada um de nós eventualmente em dizer : " verificarei mais uma vez a Palavra de Deus". Pois a resposta a qualquer questão espiritual está lá, sem dúvida como eu e o irmão concordamos. Não será uma leitura apressada ou a opinião de um medalhão teológico que deve ser a última explicação. Aliás a verdadeira revelação eswcriturística se dará inevitavelmente por confirmação somente no âmbito secreto e individual, tanto quanto a conversão. Calavino, Lutero e tantos, constataram a salvação pela graça unicamente em seus corações, memso que eles e nós depois tenhamos construído ( e de fato o fazemos todos os dias ) explicações a partir de nós mesmos. Eu creio que ( se deixássemos ) o Espíritio nos guiaria em toda a verdade, em todas as coisas.
Concordo com o irmão: é possível entender tudo ( pelo menos em tese ) o que Deus tem revelado a nós através de Sua Palavra.
Os inimigos de Deus são obstinados em achar "erros" que mesmo se existirem em tese ( como no caso dos dois relatos da conversão de Saulo, da unção na casa de Simão feita possivelmente por duas mulheres e nao a mesma, etc ) para se verem livres da passível sujeição
à Soberana vontade de Deus.
Um abraço, meu irmão, espero vẽ-lo em breve ( a você e a todos os seus )
PS> Diga-me: tem se divertido com a minha conversa com o irmão Ednaldo ou não?
Um abraço para ele também, para o irmão Mizael, Natam e todos os demais.
Ah mais uma coisa:
ResponderExcluirSei qque aas vezes algumas traduções são consideradas problemáticas por alguns irmãos e em algumas situações ( fato abordado por você em uma ou outra postagem há muito tempo atrás - deveria repetí-la para ser vista novamete por alguns irmãos ) mas isso tem sido combustível para incrédulos descredenciarem a Palavra de Deus.
Não digo que não seja relevante em certas situações. Eu por exemplo só pude ler todo o Velho Testamento ( no tempo das vacas magras e bem magras quando me converti ) em uma Bíblia das Testemunhas de Jeová ( uma verdinha de palpel bem branco e liso e colunas bem próximas )... E você acha que não apreendi a mesma revelão da Palavra de Deus por causa da tradução intencionalmente modificada?
Não, os fatos, as personagens, as histórias, estavam e estão lá todas intactas. É o mesmo Deus, a mesma revelação. Leio a Palavra de Deus em qualquer tradução, o nascimento de Jesus, seus milagres, seu amor, morte e ressureição estarão sempre lá incontestáveis. Também o céu, o inferno, a eternidade, o alto trono Branco e Aquele que só Ele está assentado soberanamente sobre ele.
Amém.
As postagens estranhamente mais acessadas no meu blog são as que abordam a veracidade do Gênesis e a epopéia de Jonas, ambos colocados em dúvida pelos modernos crentes de hoje... Parece, para muitos absolutamente normal crerem no que é palável diante do mundo incrédulo ou obstinadamente inimigo de Deus. Muitos não negam a Sua existência: negam a Sua legítima ingerência na vida e nos destinos do homem. Para esses, Deus existindo, que fique nos céus dos céus e nos deixem ( a eles, a esses ) fazerem o que lhes parece bem, mesmo que seja fatal e certamente um caminho de morte.
Um abraço mais uma vez.
Onde você achou essa placa?
ResponderExcluirMuito boa...rs...rs..rs...
A verdade está lá fora ( dos pensamentos do mundo- Arqueivo X... ) e nos revelada pela inerrante e única Plavra de Deus registrada na Bíblia Sagrada para terror de alguns.
Jorge, ótimo artigo, concordo plenamente, não só com ele, mas com também com sua réplica ao pr. Luiz Fernando. Logo também concordo com o Helvécio (aleluia! aleluia! rsrs), que este comentário deve ser agregado ao texto original de alguma forma, pois completa o artigo de forma magistral.
ResponderExcluirê grande irmão Ednaldo...
ResponderExcluirTá vendo, não śo de divergências sinceras ( válido para você e para mim ) é que convivemos. Acima de tudo: a Bíblia, como Palavra única de Deus para nós é inerrante, irreprensível e totalmente verdadeira. As nossas diferenças ( legítimas ddiga-se de passagem ) se dão pela compreensão do que ela diz e não pela negação do Ela ( Palavra de Deus ) nos diz sempre. Concordo contigo!
Um abraço, meu irmão!
Caro
ResponderExcluirNão li os comentários, apenas passei o dedo e os vi superficialmente.
O seu texto eu li:
- Até os três patetas sabem refutar o ceticismo... risos...
- Toda proposta filosófica e científica se inicia num "dogma", o nosso é pressuposicionalista (a Bíblia é a Palavra de Deus);
Todavia não vejo grandes dificuldades em ouvir de irmãos a palavra paradoxo ou antinomias, poias eles a usam, ou eu as interpreto, como se estivessem falando de "aparentes" paradoxos" e "aparentes" antinomias, sobre as quais a nossa mente finita não dá conta de entender...
... Mas naquele Dia, tudo se esclarecerá e o que é visto por sombras será visto claramente e entenderemos que as "aparentes" contradições, se encaixavam perfeitamente na lógica e justiça do Plano de Deus.
Grande abraço!
Graças e paz Jorge.
ResponderExcluirParabéns pelo excelente texto que, como já disse, é para pessoas pensantes, pelo menos me leva a pensar e repensar a minha teologia.
Que o Senhor continue lhe abençoando cada dia mais.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira
PS: Deus para mim sempre será um paradoxo, apesar de não o ser (rs).
Ednaldo,
ResponderExcluirobrigado pela força!
Sei que pensamos de maneira muito parecida, mas a aceitação do meu texto, pelo irmão, é algo tranquilizador.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Helvécio,
ResponderExcluirnunca li uma Tradução do Novo Mundo, mas já li a NTLH que não considero uma Bíblia, a qual é um arremedo de Bíblia. Se a NTLH já revolve-me o espírito, imagino uma T.N.M. Prefiro ler uma tradução na qual o tradutor não alterou o texto sagrado, para que adaptá-lo à doutrina espúria dos T.J's.
Entendo o que disse; Deus, naquele momento, proporcionou-lhe aquela "Bíblia", privando-o da falsa doutrina dos TJ's, mesmo nos trechos que foram corrompidos. Porém, não considero prudente dizer que tudo é válido e tudo pode ser proveitoso, a fim de não levarmos outras pessoas ao erro.
Abraços.
Natan,
ResponderExcluiracho que é você mesmo, pois não assinou o comentário... se não for, desculpe-me!
Como já disse, não jogarei "pedras" nos irmãos que defendem a ideia de "paradoxos" ou "antinomias", mesmo que aparentes. Discuto é a ideia em si, de que é ilógica e irracional, e, mesmo não sendo intencional, acaba por tornar a revelação especial algo incompreendido e incompreensível.
Como apontei, seria muito mais humilde e correto dizer que não se sabe ou se desconhece certo princípio[s]. Isso depõe contra o próprio Deus, que nos revelou algo para o nosso conhecimento e edificação sem que pudêssemos entendê-lo. No fundo, o que se está dizendo é que Deus nos deu uma[s] "pegadinha[s]", e de que a Bíblia, mais do que a revelação é um enigma.
Posso não compreender tudo [como disse, séculos e séculos ainda são insuficientes para se estabelecer todos os pontos da Escritura, por sua riqueza imensurável], e tenho de reconhecer que não compreenderei, mas afirmar que há paradoxos e antinomias na Bíblia, mesmo que aparentes, é uma detratação que merece uma retratação [rsrs].
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Pr. Silas,
ResponderExcluirobrigado pela visita.
Bem, se Deus não é paradoxal, por que insistimos em dizer que ele é? [rsrs]
Se a Bíblia não é paradoxal, por que insistimos em dizer que ela é?
Se sabemos que não é, não digamos que é. Essas coisas é que me incomodam. Afirmar pela fé que a Bíblia não é paradoxal, mas dizer que ela é paradoxal me parece uma incoerência grande demais. Se a fé não pode prescindir da razão, e não se pode contrapor a ela, por que afirmamos uma coisa e negamos essa mesma coisa?
Esse artificio [não falo apenas do irmão, mas da maioria dos ortodoxos; e eu mesmo pensei por um bom tempo assim] é que me levam a pensar em uma sabedoria e piedade nem tanto sábia e piedosa. Espero que os irmãos pensem na implicação dessa questão, e de como ela pode afetar o nosso testemunho neste mundo.
Que o bom Deus o abençoe também, cada dia mais em sua vida e ministério!
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Caro irmão Jorge,
ResponderExcluirDeixe-me esclarecer: ( embora tenho entendido o que disse com muita propriedade ) Há traduções que possibilitam uma melhor comprensãode um versículo por exemplo, ou de uma porçao das Escrituras como, só por exemplo, Salmo 23, O Pai Nosso, etc, que já estejamos acostumados.
É que algum tempo tenho colocado em prática e recomendado ( sem presunção ) a leitura e meomoriazção dos fatos, relatos, como era praticado pelos crentes Velhotestamentários. Alguém pode dizer que não, mas não é o momento para essa discussão. Na prática é como as crianças que tem o privilégio de ocnhe er a Bíblia na infãncia conhecem as diversas porções da Escritura.
Conhecendo-se todos os fatos das Escrituras, não há tradução que a corrompa. Tomemos o homossexualismo, se esqu3cermos osversículos específicos sobre esse fenômeno pecaminoso, a história de Sodoma e Gomorra está lá ( embora curiosamente há um "irmão" na web que defende que o pecaddo de sodoma e Gomorra não tenha sido o homossexualismo (?!?).
Sob esse aspecto, TUDO o que precisamos saber está lá.
As vezes procuramos um verso que diga exatamente que desejamos confirmado ou demolido. Uma espécie de legalismo, no sentido de tomar toda a Bíblia como um livro de Levítico. É verdae que a Bìblia, as Escrituras são por si só proclamadas como "Sua Lei", mas nem sempre tem esse aspecto legal da divisão artificial de capítulos e versículos.
Um abraço.
Continua?
ResponderExcluirNão sei,se você irá ler essa mensagem mas estou lendo seus artigos de um jeito descomunal.
Estou sendo muito agraciado por tais escritos.
Como poderia me aprofundar mais nessas questões?
Nota já li muito Vincent Cheung.
Primeiramente,
ResponderExcluirGostaria de dizer o quão maravilhado fiquei em descobrir esse blog(sei que não foi por acaso,e sim por um decreto de Deus).
Irmão mas sendo direto,gostaria de saber como faço pra me aprofundar mais nessa questão.
Você colocou continua,mas em qual artigo você continuou a falar sobre o assunto?
Até hoje você mantém a mesma posição?
Desde já muito obrigado.
Abraços!
Cláudio, como vai?
ResponderExcluirUm prazer e uma honra tê-lo por aqui!
Olha, para ser sincero, além dos livros do Clark e do Cheung, não me lembro de uma obra específica que trate do tema. Tenho lido muito mas de maneira esparsa, onde o assunto acaba sendo tocado ou exposto dentro de outro tema, não sendo aquele o objeto primeiro da análise do autor, mas não podendo, contudo, desprezá-lo; entendendo que você está a perguntar sobre a questão da antinomia, paradoxo ou mistério.
Não posso lhe dar certeza, mas acho que não continuei a série. No topo da página você encontrará uma caixa onde se "Textos Selecionados". Pode ser que haja uma continuação, mas creio que não dei continuidade ao assunto.
Se mantenho a mesma opinião? Em parte, sim. Mas não subscrevo o todo, como há alguns anos. Acredito que há revelações na Escritura que nos são suficientes entender pela fé, porque Deus assim nos diz, sem nos explicar como se dá ou se desenvolve tal revelação. Por exemplo, a questão das duas naturezas de Cristo. Ainda que a igreja tenha se empenhado, por milênios, a desvendar como se dão a atuação das duas naturezas, no Senhor, penso que estamos somente a arranhar a questão, sem compreendê-la e entendê-la em sua totalidade. Mas a revelação nos mostra e prova que Cristo é 100% homem e 100% Deus, o que é suficiente para mim. Então, creio, a despeito de algumas dúvidas.
Outro ponto é que Cheung e Clark (mais aquele do que este) querem explicar tudo a partir da razão, e isso é perigoso. Ainda que tenhamos a mente de Cristo e sejamos templo do Espírito Santo, nossa razão, como tudo o mais em nós, ainda está contaminada pelo pecado, logo, sujeito a falhas, quedas e imperfeições. Acreditar que tudo na Bíblia pode me ser inteligível, e de eu ser capaz de explicar tudo, em seus mínimos detalhes, me parece um arroubo de pretensão, e uma boa dose de tolice. A prova é de que aspectos da Trindade ainda não são explicados, a contento, mas é suficiente para mim saber que há um único Deus que subsiste na forma de três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. E as três são um.
Vou deixar os meus emails e, caso queira interagir, podemos trocar ideias. Mas tenha paciência, pois nem sempre poderei responder rapidamente, como aconteceu agora, com a minha resposta ao seu comentário: dosty@monergismo.com e jorgefisah@gmail.com
Mais uma vez, muito obrigado, por sua visita e comentário.
Um grande abraço!
Cristo o abençoe!
Cláudio, estou também no facebook, é só procurar pelo meu nome; não será difícil em achar-me.
ResponderExcluirPrezado Jorge
ResponderExcluirGostaria de uma opinião sua, pegando "gancho" no "Sola Scriptura".
Tenho visto um sem número de relatos de protestantes retornando ao catolicismo. Um dos argumentos preferidos é que o protestantismo é subjetivo, pois embora declare "somente a Bíblia", inexiste unicidade de interpretação em questões e de que o Sola Scriptura não dá a medida por si em saber quais são os livros inspirados. Ou seja, o protestante "cospe no prato que comeu", pois depois de ter recebido a Bíblia da Igreja, sem o qual não teria, agora usa o livro apenas, sendo que pontos de fé existiram de uma tradição anterior. O que pode dizer a respeito?
Meu irmão,
ResponderExcluirdesculpe-me por respondê-lo somente agora. Não sei porquê não recebi o aviso da sua mensagem antes. Mas vamos lá:
1) Posso fazer suposições do porquê protestantes estão voltando ao catolicismo, alegando "modismo", "conservadorismo", "descrença", "inconversão", "o cão voltando ao vômito", por exemplo. Talvez um pouco de tudo isso. Não sei explicar o fato, sinceramente.
2) Quanto ao subjetivismo da fé cristã bíblica, isso é de uma bobagem sem tamanho. A própria igreja Católica é um "balaio de gatos" danado: lá tem tradicionais, gente que reza a missa em latim (os tridentinos), carismáticos, adeptos da teologia da libertação (movimento social e nada religioso), ateus e correntes diversas dentro de cada um desses movimentos. Então, falar em unidade católica é, no mínimo, falácia das falácias, ou ignorância quanto à própria igreja.
3) Vivemos em uma fase de apostasia, em que, cada vez mais, os cristãos se perdem entre o hedonismo, consumismo, egoísmo, racionalismo, misticismo, sincretismo, sem saber ao certo qual é a sua fé, além da fé em si mesmo. A falta de leitura bíblica, de oração, de comunhão, de estudo, de amor, fé e zelo com aquilo que Deus nos entregou, a sua palavra, e vontade alguma em servir a Deus e ao próximo, têm transformado cristãos em zumbis ou marionetes do pecado (sendo esse pessoal ou comunitário). Não é nada novo, mas algo que tem transformado igrejas e cultos em casas de espetáculos e shows motivacionais. Tudo porque o conhecimento de Deus foi e está sendo negligenciado, substituídos por estereótipos, criados pela homem à sua imagem e semelhança.
Sem o evangelho e o Espírito Santo os homens não são membros do Corpo de Cristo, mas participantes de uma confraria qualquer. Para um momento de diversão, distração, ou cumprir uma formalidade sem gratidão, temor e reverência.
Espero tê-lo respondido, ainda que depois de um mais de um ano.
Qualquer outra dúvida, ou se quiser conversar sobre outro tema, escreva para jorgefisah@gmail.com ou dosty@monergismo.com
Cristo o abençoe!