Por Jorge Fernandes Isah
Há coisas na apologética que não consegui ainda entender; estou-me esforçando, mas parece ir muito além do que eu mesmo seja capaz de compreender. Uma das questões é o fato de Cheung estabelecer que um incrédulo ou seja, um não-cristão, pode ser demolido em sua cosmovisão, racionalmente, pelo Cristianismo.
Ao meu ver, um não-cristão somente pode ser convencido racionalmente pela verdade, o Cristianismo, se for regenerado. Não consigo imaginar um não-cristão crendo nos princípios cristãos sem o novo-nascimento, sem que os seus pressupostos sejam ordenados pelo Espírito Santo.
Por isso, fiz algumas perguntas a um irmão [cujo nome manterei em sigilo, pois não lhe pedi autorização para transcrever a sua resposta], as quais me respondeu:
Eu: O Cristianismo é superior às outras cosmovisões. Ponto. Agora, um cristão tem de reconhecer isso naturalmente, pelo pressuposto de que a Bíblia é a palavra de Deus.
Ele: Não meramente por crer que a Bíblia é a Palavra de Deus. Isto, por si só, não leva à conclusão lógica que o cristianismo é superior às outras cosmovisões. A Bíblia diz ser a Palavra de Deus, e o cristão defende a superioridade (ou melhor, exclusividade, monopólio da verdade) do cristianismo porque o próprio cristianismo ensina isso: Ef 4.4-6; Is 37.20; 42.8; 43.10-13; 44.6,8,24; 45.5-6,18,20-24; 46.5,9; 1 Ts 1.9-10; 1 Tm 1.17; 2.5; Jr 10.10-13; Dn 3.29; Jd 1.24-25; Jl 2.27; Gn 28.13-14; Ex 34.14 etc.
- 'Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus' (1 Tm 2.5);
- 'Não há absolutamente ninguém comparável a ti, ó Senhor; tu és grande, e grande é o poder do teu nome' (Jr 10.6);
- 'Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir' (Tg 4.12);
- 'Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas?' (Ex 15.11; tbém 34.10)
- Moisés disse a Deus: 'Como se saberá que eu e o teu povo podemos contar com o teu favor, se não nos acompanhares? Que mais poderá distinguir a mim e a teu povo de todos os demais povos da face da terra?' (Ex 33.16)
- 'Não há outro Deus além de mim, um Deus justo e salvador; não há outro além de mim' (Is 45.21)
- 'Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai' (1 Jo 2.23);
- 'Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está
- 'Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho' (2 Jo 1.9);
- 'Ninguém conhece o Filho a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho o quiser revelar' (Mt 11.27);
- 'Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha' (Mt 12.30)
- 'Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro,
- 'Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem e tremem!' (Tg 2.19).
Eu: Mas e no caso de um incrédulo que não crê na veracidade da Escritura?
Ele: O cristão deve mostrar:
(1) que o sistema filosófico do incrédulo é irracional, e;
(2) que o sistema filosófico do cristão é logicamente sustentável, consistente.Também, o incrédulo deve entender que as reivindicações da Bíblia não podem ser tomadas isoladamente de tudo o mais que está pressuposto na metafísica cristã (por ex., o fato de a Bíblia ser fidedigna no conteúdo porque é revelação de um Deus soberano). O sistema filosófico cristão, como qualquer cosmovisão, é um esquema conceitual com partes mutuamente dependentes, e assim devemos analisar a cosmovisão de maneira sistemática.
Da mesma forma, tendo demonstrado (1), o cristão terá mostrado ao incrédulo que este não tem qualquer garantia ou critério racional para rejeitar de antemão o cristianismo.
Eu: O ateu, por exemplo, não reconhecerá a Bíblia. Então, pergunto: por que seria mais racional para um incrédulo crer em Deus do que não crer em Deus?
Ele: A menos que o ateu mostre e justifique um critério infalível não-bíblico para reconhecer ou não a autoridade de Deus (cf. a Bíblia), sua rejeição desse Deus será arbitrária. Agora, como ele não tem a opção racional de rejeitar Deus a priori, o cristão só precisará mostrar a consistência interna do sistema cristão (cf. ensino bíblico), sempre lembrando que a mesma Bíblia que nos fala de Deus, também fala que esse Deus (1) revelou a Bíblia para nós e (2) preservou seu conteúdo porque é um Deus soberano.
No fim das contas, o Deus cristão não ficará demonstrado apenas por expor que não há base racional para efetivamente rejeitá-lo. Mas aí é que entram a fé e o testemunho interno do Espírito Santo.O ateu não pode racionalmente rejeitar o Deus cristão, nem pode rejeitar a racionalidade do sistema cristão. Mas só aceitará a fé cristã por ação sobrenatural de Deus. [Fim do diálogo].
No frigir dos ovos, pude entender que a Bíblia autentica o Cristianismo e vice-versa [o que ainda me parece um esquema circular para um não-cristão, mas a própria descrença do não-cristão é um movimento circular em que ele sempre partirá da descrença e sempre voltará a ela]; e de que somente pelo poder regenerador de Deus o homem se convencerá e reconhecerá a verdade, operada através da revelação especial, a Escritura. E fico pensando, o que adiantaria convencer um incrédulo da lógica e validade do Cristianismo sem que ele se convertesse? Bem, entendo que ela poderá levá-lo ao entendimento, e o Espírito agindo em conformidade com a Palavra operará a regeneração, suficiente para transformar-lhe a vida. Do contrário, ele poderá até mesmo entender e validar o Cristianismo como a única verdade, mas o fará segundo outros propósitos de Deus [p.ex., servir de instrumento para a conversão de outros], sem que, contudo, ele se beneficie da verdade além da vida terrena.
Espero que os esclarecimentos daquele irmão sejam de auxílio.
Olá,
ResponderExcluirum artigo muito didático sobre a abordagem cristã genuinamente pressuposicional e também sobre o procedimento do cristão ao abordar o incrédulo encontra-se em
http://monergismo.com/wp-content/uploads/review-299-escrituralismo-cosmovisao_crampton.pdf
Abs!
marcelo h.
Pôxa...eu não vi primeiro...
ResponderExcluirIrmão, o tema é excelente e necessário. Curiosamente nessa madrugada meditei em algo relacionado, e devo publicar algo nos próximos dias ( hoje ou nos dias seguintes em meu blog ).
Li apenas rapidamente pois vi que um "furão" comentou antes de mim ( rs...rs...rs...) Abraços irmão Marcelo H...é apenas brincadeira....
Eu convivi com pessoas de outra crença que não era cristã. Mais exatamente com um muçulmano do qual fui padrinho de casamento na mesquita em BH.
Para manter o diálogo sem ser ecumênico, ouvia e era ouvido ( eu desejava que ele me ouvisse ele o mesmo: no fundo ambos queríamos converter o outro mas sem ofensas, sem levantar muros e sem expressar oque se cria de fato, foi um excelente exercício ).
Disse isso porque em síntese o cristão não tem nenhuma prova de que está mais certo. Dentro das possibilidades por mais absurdas que sejam as demais cosmovisões seriam até certo ponto passíveis de serem verdadeiras ( até certo ponto notem bem, partindo-se do pressuposto que ao Criador tudo é possível até o sem nexo, se fosse o caso, mas felizmente não é ).
A prova será no final da história. Sentimentos não constituem prova final, explicações abrangentes não são prova final, nem sinais visíveis são de fato provas finais. Todas essas podem ser indicativos mas não provas finais.
Nós apenas sabemos eu estamos certos, mas não podemos provar a ninguém. Nem mesmo se agirmos como Elias contra os profetas de Baal, ou Moisés diante de Faraó.
Há de se distinguir entender de aceitar. Há pessoas eu não entendem mas crêem. Há por outro lado as que entendem e não crêem.
Quanto a incoerência de uma cosmovisão essa pode ser demolida até mesmo dentro do cristianismo que se autoexplica racionalmente não poucas vezes ( para não dizer sempre que pode ).
O certo que a cosmovisão materialista não alcança problemas e situações só vindas a tona pelo cristianismo. Trata-se de um terreno único e que só é contemplado por um dos dois lados. Da mesma forma a tecnologia aeronáutica não é objeto do cristianismo, tratando-se de um outro conhecimento.
Vencer o incrédulo seria demonstrar o que lhe falta como perguntas e também, claro como respostas. Mas um crente presunçoso pode se vir em maus lençóis de falar do que não conhece.
Um abraço meu irmão. Mais um excelente "start".
CORREÇÃO:
ResponderExcluir"sem deixar de expressar o que cria de fato", com relação ao muçulmano, o Daniel.
De fato ele pode me dizer com clareza absoluta a sua cosmovisão e eu a minha. Eu entendi a dele ele a minha. Ou seja, na minha opinião, isso comprova que "compreensão" é diferente de "crença".
A nossa crença, o cristianismo pode ser inteligível a quem não creia nele e que não o conheça. Também que "convertido" não é necessariamente o que expressa assentimento a uma crença e consequentemente uma cosmovisão.
Um abraço novamente meu irmão.
Voltei...é que me lembrei de algo relevante ( acho ):
ResponderExcluirMateus foi um evangelho ( um relato jornalístico )escrito para os judeus.
Marcos para os romanos ( quer mais incrédulos e ignorantes acerca do Deus bíblico que eles?)
Lucas para os gregos ( tão ou mais incrédulos que o romanos e cuja cultura antecedeu aquela ).
João para todos os demais ( todos heterodoxamente incrédulos e de cosmovisão variada, daí talvez o singular joão 3:16 )
Logo Deus providenciou em Sua Santa, Perfeita e suficiente Palavra, exemplo e material para convencimento e destruição da cosmovisão extra-bíblica.
É isso aí.
Um abraço de novo, meu irmão.
Graça e paz Jorge.
ResponderExcluirRealmente se uma pessoa não nascer de novo, ainda que seja convencida de que está errada isso não fará mudança em sua vida. Isso ocorreu comigo há alguns anos atrás, quando eu estive com uma pessoa de uma determinada religião. Ela me fez várias perguntas das quais eu respondi a todas elas à luz da Bíblia, ela saiu convencida de que estava no caminho errado, mas não se decidiu por Jesus até hoje.
Entenda bem, não quero dizer com isso que não devamos debater a Palavra com outras pessoas não cristãs, pois quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo é o Espírito Santo. O apóstolo Paulo fazia exatamente isso e muitos se converteram, pois a fé vem pela pregação, e como crerão se não há quem pregue.
Vamos anunciar as boas-novas e deixar o Espírito Santo fazer a parte dele.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira
Só um addendum ao que o Helvécio disse acerca dos Evangelhos.
ResponderExcluirApesar deles terem sido escritos para um publico específico, é importante salientar que não eram como revistas expostas em bancas de jornal, mas documentos da Igreja para Igreja. ;)
A propósito, uma coisa "sem nexo" que Deus poderia criar, seria uma esfera cúbica??? Só chateando...
Depois desse último comentário, joguei a toalha.
Irmão Jorge,
ResponderExcluirexcelente texto. A abordagem apologética do referido irmão aproxima-se bastante do filósofo cristão Willian Craig. Vale lembrar que Lucas registra em Atos que o apóstolo Paulo passou anos debatendo o cristianismo com outras religões em Éfeso. A palavra no grego aponta para um debate mesmo em termos de argumentação. Isso também faz parte do anúncio do Evangelho. No início da igreja os primeiros pais, varios deles, vieram da filosofia e abriam escolas filosóficas para expor a fé cristã. E o grande exemplo do dilema apologético encontramos em Agostinho de Hipona que se viu frustrado com os sistemas filosóficos por ele estuda e vivido e foi ter uma experiência com Cristo ouvindo o grande expositor da Palavra Ambrósio de Milão. Recentemente tivemos um grande expoente cristão Francis Shaffer que tinha um centro especializado em defender a fé cristã em Labri na Suissa. Creio a igreja tem entregado as áreas de formação de conceitos e tendências nas mãos daqueles que nada podem acrescentar, ou seja, tem abandonado as universidades que por excelência são locais de formadores de opinião.
Parabéns pela abordagem de um tema muito relevante.
Um abraço
Em Cristo
Pr. Luiz Fernando
Usando as palavras que você diz que Cheung disse, entendo que ele falou de DEMOLIR no sentido de convencer o incrédulo que sua cosmovisão é uma falácia.
ResponderExcluirMas isto não quer dizer que ele vai se converter ao mesmo tempo, nisto concordo com você, é necessário o novo nascimento (Cheung também pensa assim).
E vou além, entendo que uma pessoa pode ser convencida racionalmente que o cristianismo é lógico e mais coerente e mesmo assim não ser convertido, pois para isto é necessário uma vivificação sobrenatural no seu coração (novo nascimento) que não depende dele.
O exemplo sou eu mesmo... Muitos anos eu estava absolutamente convencido de que o Evangelho era a verdade, e mesmo assim novo nascimento de verdade só depois dos 30 e poucos anos.
E não fala mal do Cheung não, que eu gosto muito dele, viu?
No mais assino em baixo do que o outro colega disse que achei MUITO IMPORTANTE e que acertou na mosca e replico
"Creio a igreja tem entregado as áreas de formação de conceitos e tendências nas mãos daqueles que nada podem acrescentar, ou seja, tem abandonado as universidades que por excelência são locais de formadores de opinião."
A meu ver, acertou na mosca.
Abraço!
eu.
Desculpem-me a demora em responder... Sem enrolação, vamos lá!
ResponderExcluirMarcelo h. [seria o Marcelo Heberts?],
imprimi o texto que você me indicou e vou lê-lo. O Crampton, como discípulo do Clark, deve entender muito bem sobre apologética pressuposicionalista.
Obrigado pela dica.
Abraços.
Cristo o abençoe!
Helvécio,
ResponderExcluirvocê não foi o primeiro, mas o Senhor Jesus diz que os primeiros serão os últimos, e os últimos, os primeiros. Acho que seria melhor ficarmos na "rabeira", para não sermos esquecidos por lá [rsrs].
Bem, você erra ao dizer que o cristão não tem "provas" de que está certo em sua cosmovisão. Então, pergunto: de que lhe serve a Bíblia? Ela não é a verdade? E sendo verdade, não podemos apreendê-la e assim saber que todos os que não reconhecem o Cristianismo como a verdadeira religião estão errados? Pense nisso. Não simplesmente uma questão de fé irracional, mas de fé racional, baseada na Revelação divina.
Abraços.
Cristo o abençoe!
Pr. Silas,
ResponderExcluirpenso como o irmão, mas entendo que Cheung apresenta um sistema apologético em que é possível demonstrar a irracionalidade do incrédulo frente ao Cristianismo, mesmo que ele não se converta.
É isso que venho quebrando a cabeça e ainda não compreendi corretamente, pois o importante é também saber aplicá-lo, sem o que, não passará de mera teoria. Meu esforço tem sido em saber como fazer isso, e, até agora, não compreendi como.
Abraços.
Cristo o abençoe!
Ednaldo,
ResponderExcluirnão desista, homem!
Aplique o método do Cheung!... Mas o Helvécio não é incrédulo, graças a Deus! Tem lá os seus erros, como todos nós temos; apenas os nossos são diferentes dos dele, e, creio, não se aplicam à Escritura [os nossos].
Quem sabe, o Helvécio não se torne, num futuro próximo, um calvinista radical?
Abraços.
Cristo o abençoe!
Pr. Luiz Fernando,
ResponderExcluiracredito que o método do irmão não seja evidencialista, como o de W.L.Craig, que se baseia em "provas" para confirmar e testificar a fé cristã.
E, exatamente, por eu não acreditar que a fé possa ser provada, que tenho me esforçado em entender o método de apologética pressuposicionalista [sem muito sucesso, não por causa do método, mas por ineficiência minha mesmo].
Schaeffer, pressuposionalista, foi um grande apologeta, seguindo a linha de Van Til, por exemplo. Mas tenho muito ainda a ler e entender sobre eles, e nem mesmo sei se saberei.
Abraços.
Cristo o abençoe!
Natan,
ResponderExcluirnão falei mal do Cheung, pelo contrário, estou tentando entendê-lo [rsrs].
Sobre universidade, entendo que é um campo como qualquer outro. Incrédulos são incrédulos, sejam onde estiver. E, infelizmente, o meio acadêmico tem refletido o restante da sociedade, sendo intelectualmente tão pobre como os demais. A prova é a forma irracional e a-crítica com a qual rejeitam o Cristianismo e defendem o materialismo. Há uma repetição quase que osmótica entre os acadêmicos, com raríssimas exceções, mesmo entre cristãos; onde princípios são aceitos sem qualquer avaliação.
Cada vez mais estou consciente de que o ensino no país tem emburrecido e lançado mais as pessoas na obscuridade e trevas do que levá-las à luz.
Talvez, por isso, seja necessário um empenho maior e mais dedicado dos cristãos nesses ambientes, e, por isso, o método pressuposicionalista seja fundamental para a defesa da fé.
Abraços.
Cristo o abençoe!
Caro irmão Jorge,
ResponderExcluirAcho que você entendeu mal...o que eu disse é que o cristão não tem provas ( e não tem mesmo, para os outros, mas somente para si mesmo ) se refere ao que muitos crentes ou cristãos ( numa definição mais elástica ) têm como atitude em uma discussão com incrédulos absolutos ( não pessoas desinformadas acerca do cristianismo, o que é outra coisa ) ficam bravos de não terem "convencido" esses incrédulos, como se algo experimentado por nós pudesse de alguma maneira sem ser vivenciado, compreendido imediatamente pelo outro.
Nem todo incrédulo é "burro" completo, pode ser ignorante, confuso, ter ( e tem de fato ) um monte de informações errôneas ( Ets, energia cósmica, etc ) que devem ser abandonadas ( por ele ou ela ).
Disse isso porque muitos irmãos não agem com amor ao expor a Bíblia para uma pessoa que não a conheça e assim possa compreender a sua mensagem.
Aliás o rico da parábola do Lázaro pediu que fosse dada uma "prova" aos que ainda perdidos estavam vivos para que cressem, e não fossem para aquele lugar de tormento, lembra?. Nós da mesma maneira não podemos dar provas do céu e nem do inferno para um ateu. do mesmo modo o ateu não tem provas factuais de que Deus não exista, entende?
Provas, protanto, não podemos dar de fato, quem ouve a Palavra de Deus deve fazer o que ela ( Palavra de Deus ) diz para ser feito: crer e arrepender-se.
Muitas vezes somos ansiosos em dar uma prova de que fato não podemos. Agora uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa: DEUS PROVA O SEU AMOR PARA CONOSCO DANDO-NOS JESUS CRISTO QUENDO AINDA ÉRAMOS PECADORES".
Porém essa prova é individual cada um deve provar por si mesmo ( quem ouve deve experimentar ). O que de fato acontece é que as pessoas ouvem, as vezes entendem e deixam pra lá. Não falam com Cdeus em secreto, não vão a uma igreja onde a Palavra de Deus é pregada, não deixam o seu modo antigo de viver, não lêem a Biblia, etc, etc.
Um abraço.
P.S.: Os centros universitarios como defesa da fé, não vale como regra, é de muitos desses centos que emergem as piores heresias, pois muitos desses mestres e doutores nem conhecem a Deus de fato( o Deus bíblico ) cultuam uma idéia acerca de Deus e todos os dias criam novidadees elitistas acerca de Deus, da Bíblia, verdadeiros guetos de insanidade teológica. Mostre-me uma dezena de teólogos medalhões cuja vida de oração ou de algo estritamente espiritual seja pública. Só se conece deles seus posicionamentos e suas idéias, nada além disso. Claro que deve haver exceções, senão estaríamos "no sal rs...rs...rs...rs...
No meu blog coloquei algo acerca ede um teólogo cristão que afirmou que robôs poderão "crêr" em Deus no futuro e aí irão para o céu? ele pergunta. É mole?
Bem foi isso que eu quis dizer, espero ter esclarecido.
Um abraço.
Não é propaganda, mas como está de certo modo dentro do assunto, se quiserem rir um pouco...
ResponderExcluirO link é:
http://contandoosnossosdias.blogspot.com/2011/07/depois-acham-ruim-o-fato-de-eu.html
Sobre a defesa da mais genuina fé cristã, republiquei texto importante e obrigatório do Rev Augustus Nicodemos em:
ResponderExcluirhttp://mensagemdopregador.blogspot.com/2011/07/euanggelion-ou-boas-novas-um-genero.html#
Um grande abraço a todos!
Ainda contruibuindo com informações sobre o debate desse importante tema ( sem abusar da bondade do irmão Jorge em seu minifundio, como sempre diz, ) como leio toda a literatura sempre que possível sujerida pelos irmãos nesse blog, e como parte da defesa das traduções mais fiéis aos textos originais das Escrituras, uma informação ao menos curiosa e que deveria ser levada em conta por aqueles editores que ainda que com o objetivo de tornar traduções das Escrituras mais "palatáveis" prestam um desserviço à apologética e por que não a defesa e propagação da verdadeira mensagem das Escrituras. Espero que leiam, trata-se de uma republicação para que mais e mais pessoas tomem conciência desse perigo.
ResponderExcluirEm:
http://mensagemdopregador.blogspot.com/2011/07/ate-ateus-convictos-reconehcem-o-valor.html#
Afinal defender a fé só é de fato possível diante de opositores incrédulos, se nos basearmos pelo menos, em uma Escritura confiável, do ponto de vista linguístico ( algo defendido com argumentos bem próprios e muito bem articulados em postagem do irmão Jorge aqui no Kálamos e que eu pediria a ele para recolocar o link da referida postagem de sua preciosa lavra, com essa abordagem - as diversas traduções da Bíblia- para uma revisitação dos leitores).
Mais uma vez um abraço. Vou dar um refresco senão o irmão me expulsa...rs...rs...rs...rs...
Até depois...
Jorge,
ResponderExcluirPara mim a crítica filosófica é derivada da Bíblia. Creio que o ser humano tem consciência da verdade de Deus, e uma delas é a lógica. Primeiro, como a maioria das pessoas aceita que devem ser lógicas, é possível questioná-las para abalar a fé delas. [São argumentos sobre a coerência interna do incrédulo.]
Segundo, como Deus as obriga a serem lógicas, podemos constrangê-las a isso também.
Uma definição de lógica é método de conhecer a verdade para além de toda a dúvida. O não-cristão pode ser ilógico por ser incoerente consigo mesmo. Ou ser ilógico por negar diretamente o Logos, embora seja coerente com aquilo que ela professa.
Nós dois casos ela nega o Logos. O problema do primeiro tipo de argumento é que ele nunca é suficente para fazer alguém cristão -- até porque só podemos crer em Cristo de verdade quando acreditamos que ele é a verdade da Revelação sobrenatural. Não basta acreditar que a doutrina da expiação ou existência de Jesus seja coerente, é necessário tomá-las como verdades absolutas.
Mesmo para criticar a coerência interna do não cristão, nós temos de acreditar que a Bíblia nos tem dado essa liberdade. Portanto sempre partimos da Escritura. Aceitamos a idéia de que o homem deve regir sua vida de acordo com os princípios que ele professa -- e questionamos se o incrédulo faz isso. Coerência interna é um elemento da revelação natural, assim como não mentir, matar etc.
Daí somos pressuposicionalistas -- todos sempre pressupõem algo e partem disso.
Se não me engano, é em Apologética no Diálogo que ele trata disso. Demolimos a crença do incrédulo racionalmente por que não há razão fora de Deus e sua Revelação, seja por ele não acreditar coerentemente no que diz, seja por ele negar Cristo.
Embora o não-cristão tenha preferido ser irracional de uma forma ou de outra. Em todo caso, o cristianismo acaba sendo: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça."
(Falei demais dessa vez. Abraços)
Matheus,
ResponderExcluirQue nada, rapaz! Você demora tanto a vir aqui comentar, que não somente pode como deve escrever muito.
Sobre o assunto em questão, estou ruminando, e sua exposição ajudou-me mais um pouco. Talvez, até o fim-do-ano eu entenda verdadeiramente o que vem a ser "demolir um incrédulo" em um debate.
Volte sempre! É uma honra!
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
"E fico pensando, o que adiantaria convencer um incrédulo da lógica e validade do Cristianismo sem que ele se convertesse?" Compartilho do mesmo pensamento que você, Jorge.
ResponderExcluirDe fato, embora eu aprecie os grandes debatedores lógicos e apologéticos que temos hoje, temo que eles tenham essa ideia errônea de que podem converter alguém pela mera racionalidade. Sim, é justo que apresentemos que o Evangelho não é contraditório, que existe um Deus, que o livre-arbítrio é uma mentira e tudo mais, mas o "querer e realizar" pertence a Cristo.
Um abraço!
Caro irmão Jorge,
ResponderExcluirapós me debriuçar sobre o seu texto, prodzi uma postagem relacionada a alguma das implicações reais do debate entre um crente que defenda o Deus bíblico e portanto a Bíblia e o que ela efetivamente revela, não só a nós mas a todos os homens, citando você e o seu blog que gostaria que visse ( caso não o tenha visto ainda ) e que serve na prática de informação a ser dada em um debate com ateus, gnósticos, etc.
O link é:
http://contandoosnossosdias.blogspot.com/2011/07/o-significado-de-genesis-11-e-o-que.html
Um abraço. Se puder e tiver tempo opine.Ficando estendido convite aos demais.
Olá, Jorge
ResponderExcluirPelo que sei do Cheung ele não tenta converter ninguém pela razão. Ele usa sua apologética para rebater as afirmações não cristãs, mostrando o quão tola é a tal afirmação. Ou seja, ele numa discussão não fica na defesa, concordando com os não-cristãos para ser legal; ele vai para o ataque, mostrando o raciocínio falacioso deles e afirmando que até mesmo para pensar em argumentar esta pessoa necessita do cristianismo. Então, ele utiliza sua apologética para uma possível discussão, não para conversão. Ele acredita que é o Espírito Santo quem regenera, porém ele também acredita que não podemos ficar somente na defesa argumentativa e sim, partir para o ataque, mostrando como nossos pressupostos bíblicos são verdadeiros e racionais.
Um abraço,
Filipe,
ResponderExcluiré vero!
O que me intriga, e ainda não entendo, é que se a apologética tem o objetivo de defender a fé cristã, de expô-la aos incrédulos, e provar que é a cosmovisão perfeita e completa para vida do indivíduo, isso implicará, necessariamente, para que todos os fins sejam objetivados, no desejo de conversão do nosso interlocutor.
Por isso, penso que apenas destruir o pensamento dele, mostrando-lhe a sua irracionalidade, não pode ser o intento, e de nada mesmo servirá como testemunho da fé.
Mas posso estar enganado; e espero, realmente, que venha a compreender a necessidade desse ponto.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Eric,
ResponderExcluirfazer "vistas-grossas" não é ser legal mesmo, é ser cruel com o incrédulo! Concordo com você.
Quanto ao restante do seu comentário, entendo tudo isso, com o qual aceito, só não sei ainda como fazer.
A questão de aplicar esse instrumento apologético do Cheung é que me está "travando". Como ainda não li o texto indicado pelo Marcelo h [está impresso, mas não tive tempo], vou esperar mais um pouco. Talvez o pensamento do Clark seja mais fácil para eu entender... [rsrs]; apesar do texto ser escrito pelo Crampton [do qual gosto muito]. É esperar para ver, ou não ver...
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Jorge,
ResponderExcluira aplicação disto dá-se somente com a prática (eu ainda estou aprendendo). Já tentei aplicá-lo e as pessoas se tornaram agressivas (gritando e falando “não quero saber”, “você está errado e pronto”), pois não tinham mais como contra-argumentar. Então, o assunto acaba (mas, acredito que algo fica para ser trabalhado pelo Espírito Santo). É orar para que Deus te mostre o momento certo de aplicá-lo. Ah! Todos eles continuam sendo meus amigos rsrsrs, mas sabem que defenderei o Evangelho como a única verdade.
Um abraço, meu irmão.
Eric,
ResponderExcluirpreciso tomar umas aulas consigo... Não dá para escrever um pequeno manual para ajudar-me? [rsrs]
Falando sério, gostaria de ler algo mais bem detalhado do que o Cheung escreveu. Talvez esteja precisando reler alguns livros dele, lidos meio rapidamente e numa época em que não estava muito familiarizado com o seu método [estou mais familiarizado, mas sinto-me tão ignorante quanto antes].
Abraços.
Confesso que jamais vi tantas pessoas juntas fazerem uso do raciocínio preconceituoso e seletivo para defender uma "cosmovisão". Vocês assumiram uma posição perigosa em relação a "verdade" para não dizer irresponsável. Será que ninguém enxerga que estão apenas ouvindo e "entendendo" apenas oque querem ouvir e entender? O evangelho sobreviveu durante muito tempo, apesar do "cristianismo", para que supostos pensadores tratem de acontecimentos históricos como pseudo-verdades. Se a bíblia é infalível e deveríamos segui-la por que ela é a verdade e então deveríamos acreditar que a terra é quadrada. Que o sol parou (agora pensem em toda a produção do conhecimentos a respeito desse assunto heliocêntrico que foi descoberto nos últimos cem anos). Deveríamos acreditar que o homem foi feito do barro em um dia e que não houve dinossauros na terra. A teoria do Big-bang é menos importante que a teoria da Criação (levando em consideração que ambas são teorias e que não havia ninguém lá em nenhum dos eventos). As evidências do evolucionismo deveriam ser encaradas como ficção e que deveríamos deixar tudo nas mãos dos crentes.
ResponderExcluirBom, já que vocês são os detentores da verdade. Os possuidores do conhecimento que mais ninguém tem, pois só foi revelado à vocês pela "infalível bíblia". Isso é excludente, deprimente e estúpido. Isso não é inteligência.
Charles Knophler,
ResponderExcluiro que você está fazendo aqui, não é o mesmo que reprova em nós? Você não está sendo autocontraditório em seu próprio julgamento, com isso?
Usando de suas próprias palavras, devolvo-lhas: ainda que esteja sózinho, não está fazendo "uso do raciocínio preconceituoso e seletivo para defender uma 'cosmovisão'"? Não está a assumir "uma posição perigosa em relação a 'verdade' para não dizer irresponsável"? Será que você não enxerga que está apenas ouvindo e "entendendo" apenas o que quer ouvir e entender?
Mas, além de ser autocontraditório, você é muito mal-informado em relação à Bíblia, do tipo que ouve a cantiga mas não sabe onde está sendo cantada. Isso é normal entre os que, como você, querem a todo custo justificar a sua rebeldia com uma pretensa sofisticação intelectual, mas com um falatório como que saído de uma assembléia de grevistas da construção civil, com o intuito de camuflar sua ignorância [no caso, bíblica].
Você fala de evidências do evolucionismo, então, pergunto: onde elas podem ser observadas? Você consegue ver o processo evolutivo se realizando? Ao que eu saiba, ninguém, nem o maior defensor do darwinismo é capaz de afirmar isso. O que existem são suposições, falsas premissas e uma filosofia materialista por trás de cada "conclusão" dita científica, tudo para inutilmente "matar" Deus.
Agora, por que devo reconhecer a sua "autoridade" no assunto discutido sendo que você sequer argumentou ou teceu um argumento para refutar o texto? Simplesmente veio aqui, vomitou suas crenças, sem acrescentar nada ao debate. E ainda quer se fazer de autoridade? Pois bem, entre a sua autoridade, que é nenhuma, e a autoridade divina, evidente na Escritura, e que é total, fico com a verdadeira, e descarto a falsa.
Interessante que não podemos ser donos da verdade, mas você pode. Não podemos alegar a infalibilidade da Bíblia, mas você pode alegar a sua autoinfalibilidade. Nós somos estúpidos, e você é a inteligência em pessoa. São tantas as autocontradições em um único texto que acredito possível o autoengano estar evoluindo para uma forma aprimorada de insanidade, ou seja, o processo evolutivo ao contrário, a involução.
Charles, um conselho: antes de acusar os outros, veja se não está em você mesmo o objeto da sua acusação, para não ficar parecendo que está atirando no próprio pé.
Cristo o abençoe!
Para quem dizia não saber como aplicar a perspectiva apologética do Cheung, fiquei assustado!!!
ResponderExcluirImagina se soubesse!!!
Ednaldo,
ResponderExcluiré isso?! Se for, "foi meio sem querer querendo!" [rsrs].
Abraços.
Que refutação heim? Escondendo o jogo rsrsrs...
ResponderExcluirUm abraço meu irmão.
Eric,
ResponderExcluirna verdade, não! Eu nem sabia que estava jogando! [rsrs]
Abraços.