05 março 2018

Insight 2: A injustiça na justiça social





Jorge F. Isah


Andei lendo, por aí, que a “esquerda” tem muito a dizer sobre injustiça social. Realmente, ela tem mesmo: justificar porque, em nome da "justiça social", comete-se cada vez mais injustiça, ao invés de minimizá-la. Na verdade, eles precisam abandonar o "dizer", o discurso ideológico, e ver se fazem algo na prática, de fato.

Quanto ao argumento de que a “direita” não se preocupa com a "injustiça social" e deveria fazê-lo politicamente, saliento que o objetivo do Estado não é paparicar grupo(s) ou indivíduo(s) mas sustentar a ordem institucional e legal de maneira que todos possam alcançar, pelo esforço e mérito próprio, seus objetivos, ao invés de distribuir privilégios aqui e acolá (normalmente aos alinhados ideologicamente com o governo), criando uma geração de preguiçosos, indolentes, e, porque não, de desocupados, especialmente aqueles contaminados com o vírus do vitimismo, de que devem ser tratados a "pão-de-ló" sem precisar fazer nenhum esforço, além de engolir. 

Na verdade, boa parte dos recursos estatais são pulverizados em ações nada sociais, como a defesa de ideologia de gênero, o movimento gay (ou lgbt..., como queiram), cotas para negros, índios, deficientes físicos, mentais, etc, na ilusão de que a promulgação de leis de exceção (sim, essas leis privilegiam "minorias", dando-lhes vantagens, um tipo de imunidade em relação aos demais cidadãos) torne a injustiça em um tipo de justiça sem justiça. Afinal, pelo "direito" destes, outros tantos estarão alijados do direito. Logo, a ideia de justiça passa a ser, ainda mais, injusta. 

Apenas mais um detalhe: biblicamente, a responsabilidade de cuidar do próximo, dada pelo Senhor, é à igreja e não as forças seculares, de maneira que há um desvirtuamento de propósitos quando a igreja transfere a sua prerrogativa bíblica para um Estado não-bíblico. Ou seja, a terceirização do mandato da igreja para o Estado, ong's, fundações, e seus pares, é ilegítima, e quem as pratica pode ser incluído na categoria de incrédulo, não somente em relação à vontade de Deus e a sua realização, mas incrédulo em relação ao próprio Deus. 

Ah, para não haver confusão, assim como na parábola do Bom Samaritano, há um dever individual de cada cristão no auxílio ao próximo, realizando-se concomitantemente com a sua participação na obra eclesial. Uma coisa não exclui a outra; e deixar-se levar pela onda "secularista", a avançar sobre a igreja, é prova de leviandade, para dizer o mínimo, e traição, para fugir dos eufemismos, e dar nome aos bois. 


Nota: Como “esquerda”, eu quis englobar os marxistas de forma geral, progressistas e socialistas em particular. E, por "direita", grupos conservadores em geral, e cristãos em particular.


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