21 novembro 2017

When Calls the Heart: Encontre os valores perdidos neste mundo.




Jorge F. Isah


Há algumas semanas, descobri "When Calls the Heart" no NetFlix, quase por acaso. Como não assisto TV aberta há uma década, mais ou menos, e a TV a cabo tem-se tornado insistentemente repetitiva e banal, vou direto à plataforma de Streaming em busca de alguma diversão, diga-se, nem tão frequente assim. Então, meio que "tropecei" na série.

Em princípio, ela me lembrou, já nos créditos iniciais, "Os Pioneiros", porque o produtor, idealizador e diretor é o filho do Michael Landon (O “Little Joe”, de Bonanza; e idealizador, produtor, diretor e ator principal de Os Pioneiros), além de uma série dos anos 1970 que marcou a minha adolescência, "Os Waltons". Mas a semelhança não para por aí. Não sei dizer se o Landon, pai, era cristão, muito menos se o Landon Jr. o é, mas a temática das histórias centra-se exatamente nos valores e princípios emanados do Cristianismo: fraternidade, amor, solidariedade, fidelidade, coragem, hombridade, etc. 

É claro que nenhuma série refletiria a realidade se não tivesse as suas porções de egoísmo, inveja, orgulho, ciúmes, cobiça, traição, e outros pecados comumente manifestados pelos homens. O diferencial é que nela não existe nenhuma exaltação dos erros, nem a contemporização com eles, antes são tratados como devidamente são: falhas, equívocos; há o chamado ao arrependimento, o estímulo às virtudes, e a uma vida permeada pelo favor divino (mesmo nas tragédias). Sim, você encontrará orações, pregações, diálogos e um sem número de referências a Deus e à Bíblia. É pouco? Para mim, não é de se desprezar. 

Bem, não farei uma resenha da série, nem entrarei em seus pormenores, porque o meu objetivo é indica-la para os desconhecidos que, como eu, talvez viessem a conhecê-la por um “acaso”, fortuitamente. Sei que muitos torcerão os narizes, pela simplicidade da narrativa e dos personagens, mas exatamente por isso, por serem comuns mortais, gente como a maioria de nós, está o seu encanto, quando nos vemos em muitas das situações narradas, criando uma empatia, até mesmo pela nostalgia de tempos vividos, e que estão muito distante das misérias que cercam as relações pessoais em nossos dias.  Para mim, tem sido um “oásis” em meio às programações e noticiários hodiernos, a toda a psicopatia reinante nas várias mídias.

Gostaria, sinceramente, que houvessem mais “Landons” na televisão e no cinema, e que as pessoas não se entregassem às distrações que as conservam em um quase estado de paralelismo existencial.

É o olhar do mundo imperfeito, mas descansando na esperança de que, Aquele que é perfeito, o transformará e o restaurará.


Nota: 1-A série pode ser assistida no NetFlix, que já teve quatro temporadas concluídas. A quinta temporada será lançada em breve. É uma produção do estúdio Hallmark Movies, pródigo em fornecer ficção baseada em livros autobiográficos, e que estão completamente "fora da curva" do que o cinema e tv andam realizando atualmente, com raras e providenciais exceções. 

2-Pesquisando, na Web, encontrei a apresentação do Allan dos Santos à série, disponível no Youtube no link abaixo. Aos interessados, mais um depoimento de quão boa, e surpreendente,  é essa novela: 

"Dica de seriado", no Terça Livre

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