12 setembro 2017

Cristo: o Verbo comunicando-nos com Deus




Jorge F. Isah


Paulo já alertava para aqueles que aprendem sempre, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade (2Tm 3.7). Se esforçam, mas são incapazes de reconhecer o erro, e insuflados pelo orgulho, persistem tenazmente em transitar pelos caminhos de morte. O apóstolo chega a dizer que eles têm aparência de piedade, mas negam-a com as suas ações (2Tm 3.5). Têm uma palavra açucarada, parecem se preocupar com as pessoas e suas necessidades, acolhem-nas como protetores, zelosos tutores, amigos fraternos, entretanto, utilizam-se destes artifícios para o engano, a corrupção, e a destruição de suas vidas. Querem afastá-las do Deus verdadeiro, impedindo-as de ouvir a verdade, enlaçando-as em suas teias, atando-as em seus palavratórios, tirando-as da consciência de que Deus somente pode ser encontrado em seu Filho, e revelado pela sua palavra. 

Não é interessante como João se refere a Cristo como o Logos? A Palavra? O Verbo? De que apenas ele pode comunicar o Pai? E de que aprouve ao Pai fazer-se ver no Filho? A nós que tivemos os ouvidos silenciados pelo pecado? E as vistas escurecidas pelas transgressões? Cristo é quem faz Deus ser inteligível a nós, quando estávamos perdidos em um labirinto de truques, baratinados pelos enganos a nos rodear, seduzidos pelos desejos ilusórios, na barafunda caótica que ele veio desfazer. Pelo seu poder e graça, somos retirados do dédalo para a ordem; das trevas para a luz; de nós mesmos para sermos como ele; abandonando a vida estéril para uma vida frutífera; aniquilando o eu corrompido para existir nele em santidade (Gl 2.20).

Nota: Fragmento de um texto sobre a dupla natureza de Cristo.  


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