Por Jorge Fernandes Isah
Li, nesta manhã, uma postagem no Facebook, atribuída a John Wenham¹, a qual copiei e colei abaixo. Após, uma pequena reflexão a partir do que o teólogo e pastor Wenham escreveu:
"Hoje em dia, consideramos o adultério como tão natural que deixamos de
perceber quão distorcidos se tornaram os nossos valores. Quando um homem
rouba um bem valioso de uma outra
pessoa, a lei o trata com severidade. Mas quando um homem seduz e rouba a
esposa de um outro homem e rouba dos filhos a mãe, provavelmente
escapará de qualquer punição. Entretanto, em termos do mal
provocado e da destruição da felicidade humana, o primeiro crime é
insignificante em comparação com o segundo." - John Wenham
E, nessa linha de pensamento, incluo também o divórcio, pois
praticamente ninguém se divorcia para ficar solteiro ou sozinha. Todos, em princípio, já têm um ou uma pretendente nova, se é que já não fez a ele ou ela um "juramento" de romper o seu casamento para viverem finalmente juntos e para sempre (a mesma promessa feita e não cumprida ao primeiro(a) cônjuge.
O
divórcio rouba dos filhos o pai e/ou a mãe, e, em muitos casos, até mesmo os dois; e dos maridos e esposas
parte de si mesmo, como afirmou o Senhor Jesus:
"Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher' e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe" [Mc 19.4-6].
O problema é que muitos alegam não terem feito uma
boa escolha, mas, quem garante que não o farão novamente? Se os
critérios de escolha fossem a observância da palavra de Deus, em oração e
prudência, e não meramente a carnalidade (podendo ser simplesmente o
impulso carnal), muita coisa seria diferente; inclusive, o poder para suportarem-se
mutuamente nas várias dificuldades que haveriam de surgir.
De outra maneira, há crentes que se aventuram a um risco desnecessário, como se dispusessem a participar de uma "roleta-russa", ao casarem-se com incrédulos apostando na possibilidade de Deus vir a convertê-los um dia [leia 1 Co 7.16]. Conheço o testemunho de muitos irmãos e irmãs que escolheram esse caminho errado e pagaram um preço alto, as vezes resultando no divórcio e em um lar desfeito, em filhos que rejeitam o Evangelho exatamente pelo mau testemunho dos pais divorciados, entre outros tantos problemas². Eventualmente, Deus pode derramar a sua graça sobre o cônjuge incrédulo, convertendo-o, e pode valer a pena dizem, mas deixará para trás, quase sempre, um rastro de destruição e de incredulidade pelo caminho. Porém, não vale o perigo de ser a causa para o endurecimento ainda maior do coração incrédulo; e nada disso aconteceria se o cristão não se rebelasse contra Deus, não se dispusesse a ser independente ou autônomo, esperando que o Senhor "abençoasse" uma união biblicamente reprovável.
O adultério é
apenas mais um pecado cometido pelo afastamento da vontade divina,
a rebeldia que muitos dizem não ter mas têm-na dissimuladamente, uma forma de se omitir
da responsabilidade, a principal causa e origem das outras péssimas
escolhas que fazemos.
Infelizmente, o padrão vigente em boa parte da igreja e em boa parte dos cristãos atualmente reflete a sua adequação ao "estilo secular e mundano de vida", e o desprezo a Deus e sua vontade expressamente revelada, a qual finge-se não ler, saber ou existir.
Notas: 1- Não duvido da autoria do texto, de que seja realmente de John Wenham, por conhecer e confiar em quem o citou, o Eric N. de Souza, autor do blog "Outdoor Teológico", apenas não a confirmei.
2 - Tratei da questão do casamento misto na postagem "Pode o Cristão se casar com uma incrédula?"
3- É claro que, como calvinista, acredito que tudo, inclusive a rebeldia do homem, está dentro do decreto eterno de Deus, mas isso, de maneira alguma, eximi-nos da responsabilidade pelos nossos atos, logo, a desculpa de que Deus quis assim é apenas "furada", e coloca o seu proponente em mais uma categoria, a dos "infantes na fé", senão, dos cínicos.
Acertou na mosca.
ResponderExcluirDeus odeia o divórcio....!
Existem exceções eu entendo, todavia ninguém seja leviano ao escolher uma delas.