Jorge F. Isah
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"2- Sob o nome de Sagradas Escrituras ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho Testamento e Novo Testamento, que são os seguintes:
O VELHO TESTAMENTO
Gênesis
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1 Reis
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Eclesiastes
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Obadias
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Êxodo
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2 Reis
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Cantares
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Jonas
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Levítico
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1 Crônicas
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Isaías
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Miquéias
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Números
|
2 Crônicas
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Jeremias
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Naum
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Deuteronômio
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Esdras
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Lamentações
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Habacuque
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Josué
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Neemias
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Ezequiel
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Sofonias
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Juizes
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Ester
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Daniel
|
Ageu
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Rute
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Jó
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Oséias
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Zacarias
|
1 Samuel
|
Salmos
|
Joel
|
Malaquias
|
2 Samuel
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Provérbios
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Amós
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O NOVO TESTAMENTO
Mateus
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Efésios
|
Hebreus
|
Marcos
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Filipenses
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Tiago
|
Lucas
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Colossenses
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1 Pedro
|
João
|
1
Tessalonissenses
|
2 Pedro
|
Atos
|
2
Tessalonissenses
|
1 João
|
Romanos
|
1 Timóteo
|
2 João
|
1 Coríntios
|
2 Timóteo
|
3 João
|
2 Coríntios
|
Tito
|
Judas
|
Gálatas
|
Filemom
|
Apocalipse
|
Todos os quais foram dados por inspiração de Deus, para serem a regra de fé e vida prática.
[2Tm 3.16; Ef 2.20; Ap 22.18-19; Mt 11.27]
Os 39 livros do AT e os 27 livros do NT são a expressa e verdadeira revelação de Deus ao homem, os quais compõem a Bíblia Sagrada, ou a Palavra de Deus, ou Escritura Sagrada. A Igreja reconhece-a como o registro divinamente inspirado daquilo que Deus quis revelar ao homem."
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A palavra Bíblia, feminino singular, tem origem no latim, e é derivada do grego Biblos, que quer dizer "livro".
Outro termo aplicado à Bíblia é a palavra Cânon, que é a transliteração da palavra grega kanón, que é derivada do termo hebraico kaneh que significa régua ou vara reta de medir, dando-nos a ideia de regra, norma, pela qual se mede outras coisas. Para nós o sentido é mais do que claro, a Bíblia é o livro ou conjunto de livros escritos por homens inspirados por Deus, e, como tal, ela tem a mesma autoridade de Deus, pois Deus lhe conferiu essa autoridade sagrada.
Os livros do AT foram escritos originalmente em hebraico, com exceção de alguns trechos escritos em aramaico. Por volta do ano de 250 e 150 A.C. os textos em hebraico foram traduzidos para o grego por 70 tradutores, por isso essa tradução é chamada de Septuaginta ou LXX.
Os livros do NT foram escritos na linguagem vernacular comum do primeiro século, o grego Koiné.
Há de se entender que Deus não somente inspirou homens santos a registrarem a sua revelação de forma infalível e inerrante, mas também, pelo poder do Espírito Santo, Deus preservou sua santa palavra da corrupção e perversão dos homens, de forma que, hoje, temos acesso a toda a verdade revelada por Deus [Dt 4.2; Jr 1.12; Sl 119.160; Mt 24.35; 1Pe 1.23-25]. Portanto, é-nos assegurada a fidelidade e incorruptibilidade da palavra uma vez dada aos santos.
Uma pergunta: ouve-se muito falar de contextualização, hoje em dia, especialmente entre os cristãos. Os irmãos acreditam que a mensagem da Bíblia permanece a mesma para todos os tempos, ou ela deve se ater à cultura e lugar onde foi escrita?
Minha opinião é de que este é outro engano que muitos acabam por não perceber no estudo da Escritura. Quando se diz que a Bíblia deve ser contextualizada, o que se está dizendo é que ela é válida para a época e cultura em que foi escrita, e de que pode não valer para os tempos atuais ou futuros. Com isso, está-se afirmando a sua temporalidade, limitação e até mesmo irrelevância para o atual e os futuros séculos. O fato de a sociedade estar cada vez mais distante dos princípios bíblicos ordenados por Deus não é argumento suficiente para estes princípios tornarem-se em meras referências morais ultrapassadas, perdidas no tempo. O fato de a sociedade estar cada vez mais rebelde, cada vez mais insubmissa em relação aos preceitos bíblicos, apenas nos mostra o profundo abismo em que estamos nos lançando, e, em muitos casos, já se vê o fundo. Os graves problemas sociais: vícios, imoralidade, destruição da família, da autoridade, etc, são provas de que a desobediência e os métodos humanos de interpretação do texto bíblico são falsos, resultam na inadequação da mensagem [sua corrupção] e estimula o homem a permanecer moldado segundo a sua própria natureza iníqua e pecaminosa. Criou-se um sistema de ideias em que o homem tem de se assumir como homem e de aceitar-se como é, mesmo que seja cultivando o mal como a única forma de se permanecer fiel e íntegro a si mesmo.
De certa forma, é como se Deus nos desse a sua palavra, mas essa palavra seria de maneira diferente e dispare para homens em épocas diferentes; como se a mensagem divino pudesse se adequar ou simplesmente ser anulada por novos hábitos e normas estabelecidas socialmente. Por exemplo, a leitura de determinada parte da Escritura teria uma relevância para o homem do séc. V a.C., outra para o homem do séc. IV d.c, outra para o homem do séc. XV, e assim por diante, até chegar a nós. Agora, pensem comigo: a mensagem de Deus é mutável? Ela muda conforme o homem vai transformando os seus hábitos e regras sociais e morais? Se a Escritura é mutável, Deus também o é. Mas sabemos que Deus não muda, pois é o que a sua palavra afirma [Sl 102.27; Ml 3.6; Hb 1.12, 13.8; Tg 1.17]. Logo, sua palavra também é imutável [Sl 119.89, 160; Is 40.8; Mt 24.35; Jô 10.35; 1Pe 1.25]. Ou seja, a Escritura, como afirma a C.F.B. 1689, não pode ser medida pelas ciências sociais, seus métodos e teorias, como se houvesse uma transição entre a mensagem divina e o homem de tal forma que elementos culturais e históricos específicos é que determinam o teor e o sentido da mensagem.
Para nós, cristãos bíblicos, a Escritura é perene, sua mensagem é a própria voz de Deus para todos os tempos e para todos os homens, ainda que apenas aqueles que sejam guiados pelo Espírito Santo possam entendê-la, respeitá-la, e deixar-se guiar por ela. Por quê? Porque não há nenhuma autoridade superior à Bíblia, além do próprio Deus que lhe conferiu autoridade; de forma que qualquer tentativa humana de restringir, limitar, conter, ou simplesmente impedir que a voz de Deus seja ouvida em alto e bom som através do texto bíblico é uma afronta e blasfêmia contra Deus, o seu autor.
3. Os livros comumente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte do cânon ou compêndio das Escrituras. Portanto, nenhuma autoridade têm para a Igreja de Deus, e nem podem ser de modo algum aprovados ou utilizados, senão como quaisquer outros escritos humanos.
[Lucas 24:27,44; Romanos 3:2]
Devemos entender que o cânon do A.T. foi definitivamente concluído no Concílio de Jamnia em 90 a.c. e é exatamente igual ao cânon protestante, constando de 39 livros. A diferença está apenas na ordem dos livros que entre os hebreus é a seguinte:
O Pentateuco ou Tora: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
Os Profetas [Neviim]: Anteriores: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis. Posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Profetas menores.
Os Escritos [Kêtuvim]: Poesia e Sabedoria: Salmos, Provérbios e Jó. Rolos ou Megilloth [lidos no ano litúrgico]: Cantares [na páscoa], Rute [no pentecostes], Lamentações [no quinto mês], Eclesiastes [na festa dos tabernáculos] e Ester [na festa de purim].
Históricos: Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.
Portanto, não há nenhuma referência aos livros apócrifos [Apócrifo vem do grego apokrypha cujo significado quer dizer oculto, misterioso, escondido], que foram incluídos na Septuaginta e na Vulgata de Jerônimo [que não considerava os apócrifos como livros canônicos, livros inspirados, e que foram canonizados em 1546 pelo Concílio de Trento], o qual originou a Bíblia Católica.
Os livros apócrifos foram aqueles que os tradutores gregos, da Biblioteca de Alexandria, incluíram como escritos judaicos, provavelmente redigidos no período de 400 anos em que Deus silenciou-se a Israel, conhecido com período Interbíblico. Eles também são chamados de pseudo-canônicos e, pelo católicos, designados como deuterocanônicos. São eles: os livros de 1 e 2 Macabeus, Judite, Baruque, Eclesiástico ou Sirácida, Tobias, Sabedoria e as adições aos livros de Ester e Daniel. Há, contudo, uma dezena ou mais de livros apócrifos escritos em hebraico além dos pertencentes ao cânon Católico.
O Novo Testamento protestante e católico é o mesmo, não havendo nenhum acréscimo. Há, porém, um grande número de escritos como o Evangelho de Judas e Madalena, por exemplo, que, em sua maioria, foram escritos por autores gnósticos [gnóstico vem do grego gnosis, que quer dizer, conhecimento. Foi um movimento religioso-filosófico que surgiu nos séc. I e II, cujos apóstolos e pais da Igreja combateram veementemente como hereges, e, suas doutrinas, heréticas] nos primórdios da Igreja Primitiva, mas que não têm nenhuma canonicidade, pelo contrário, estão repletos de elementos que conflitam com a verdade, com o texto bíblico.
O exemplo de um texto bíblico que combate o gnosticismo encontra-se na Carta do Apóstolo João: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo” [1Jo 4.1-3].
Os gnósticos eram dualistas, acreditavam em dois deuses, duas divindades antagônicas, que se digladiavam pelo poder no universo. Para eles, a matéria era má, a carne era má, pois criada pelo “Deus mal” do Antigo Testamento, o Demiurgo. Portanto, Cristo sendo bom, não poderia ter matéria. O que o Senhor fazia crer é que tinha um corpo, quando na verdade esse corpo não passava de uma “miragem”, uma ilusão, uma imagem criada com o intuito de enganar as pessoas fazendo-as crer que ele possuía carne e ossos. Isto é um erro gravíssimo, pois depõe contra muitas afirmações presentes no texto sagrado, o qual nega-as peremptoriamente. Por exemplo, a de que o Verbo encarnou e habitou entre nós [Jo 1.1,14]; de que o Cristo nasceria de uma mulher, uma virgem [Gn 3.15, Mt 1.18-23, Gl 4.4, Hb 2.14].
Temos nesse esquema, ao qual João combateu veementemente, sérios problemas soteriológicos, de forma que, se Cristo não é o Deus-homem, a salvação dos eleitos estaria irremediavelmente comprometida, ou melhor, perdida. Para que o povo de Deus fosse salvo era necessário que o Messias não apenas representasse a raça humana, no sentido de ser parecido mas não ser verdadeiro; era necessário que ele fosse igual a nós, contudo, sem pecado. Então, João diz:
a) “Não creiais a todo o espírito”, remetendo-nos a várias passagens na Escritura que alerta e exorta a provarmos se determinado ensino provém da palavra de Deus, ou não passa de outra artimanha maligna de levar incautos ao engano, à mentira, e à perdição da alma.
b) “Porque já muitos falsos profetas se têm levantando no mundo”, igualmente, os profetas, Cristo e os apóstolos revelam que, desde sempre houve aqueles servos de satanás operando entre o povo de Deus, de maneira que assim pudessem dispersar o rebanho do Senhor; as quais ficariam sem pastor. E sabemos que ovelhas sem pastor são presas fáceis nas mãos do inimigo.
c) João alerta para a maneira como se conhecerá se o Espírito é de Deus: confessar que Jesus Cristo veio em carne.
d) O que não confessa que Cristo veio em carne é o espírito do anticristo, da mentira, do engano, o qual já estava no mundo, e ainda está operando.
Com isso, o apóstolo intentou derrubar, e derrubou o falso argumento gnóstico, provando que a carne pode ser boa, pois Cristo veio em carne e era bom; assim como, no glorioso dia do Senhor, quando da ressurreição, também teremos corpos [matéria], e não mais haverá o pecado nem o mal em nossa carne, pois seremos como o nosso Senhor é, santos.
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Notas:
1- Este é o resumo da aula que ocorreu em 02.10.2011 na E.B.D. do Tabernáculo Batista Bíblico
EXCELENTE MAIS UMA VEZ MEU QUERIDO IRMÃO!
ResponderExcluirTem que ser em caixa alta mesmo! Elogios a quem os merece devem ser assim! A Bíblia diz honra a quem honra e é o seu caso meu irmão. Espero que em época certa ( o tempo de Deus ) esteja a dar aulas em algum seminário.
Há excelentes professores e outros nem rtanto nos seminários. Há com diferentes opiniões...há calvinistas e arminianos,pentecostais e até neopentecostais ( conheço bons exemplos de todos, eles discordam mas levam seus alunos a se apaixonarem por Deus e Sua Palavra e não decairem na fé e se entediarem com o seu estudo ) mas os úteis a obra de Deus são os somente crentes de pescoço roxo. Além de dominarem alguma área específica ( história da igreja, hermeneutica, geografia bíblica, história bíblica, linguas da bíblia, etc, o que for ) os únicos que levamn seus alunos a dadem frutos são os convertidos e apaixonados o suficiente por Deus e por Sua Santa e perfeita Palavra.
Chega de professores de teologia incrédulos! Cheios de informação mas incrédulos, descomnhecedores do Deus real da Bíblia.
Isso eu vejo em suas palavras e em suas ações.
O Senhor Te abençoe e Te guarde, o Nosso Senhor esplandeça o Seu rosto sobre Ti, meu irmão.
Um abraço!
Olá, Jorge.
ResponderExcluirGostei muito.
Quando você falou na mensagem contextualizada, eu pensei em "pregação contextualizada". Você vê diferença? Isto é, uma pregação que contextualize, explique, faça a ligação, a aplicação de acordo com a cultura-alvo. Enfim, eu acho que eu fiquei confuso. Estou tentando entender se há diferença entre a mensagem contextualizada e a pregação contextualizada. Você podia desenvolver mais isso?
Abraços sempre afetuosos.
Fábio.
Helvécio,
ResponderExcluirobrigado pelos elogios, mas tenho de dívidi-los com tanta gente, desde o meu pastor, muitos irmãos, e outros tantos em todos os tempos que li e que muito me auxiliaram a firmar a minha fé; mas, sobretudo, ao bom Deus, por sua palavra e seu Santo Espírito a agir em nossos corações e mentes, a nos dar o entendimento correto do que ele quis nos revelar; de forma que não há mérito pessoal nenhum, com certeza.
Sei que muitos irmãos torcerão o nariz, especialmente neste estudo do capítulo 1, pois o que os seminários e muitas igrejas têm declarado, ainda que veladamente, é o fato da Bíblia conter e não ser a verdade. Para a minha tristeza, em especial, conheço alguns que já estão nos púlpitos ou a caminho deles com essa visão distorcida e incrédula, pretensamente intelectual e sofisticada, mas que em nada é diferente do ceticismo secular. Realmente fico triste com um rebanho que será mal alimentado, e que terá de conviver com a incredulidade ou a ignorância de muitos pastores.
Sei também que muitos me chamarão de obtuso, ultrapassado, tosco, primitivo [e já fui chamado disso algumas vezes], mas minha consciência é cativa ao Senhor, e não estou nem aí para o que venham a dizer ou pensar, bastando-me o apoio da minha igreja e do meu pastor. É a eles que eu sirvo, e é a eles que Deus me deu servir.
Quanto ao estudo na EBD do TBB, ele não é exaustivo nem tem o objetivo de abordar todos os pontos da confissão [históricos, p. ex], mas aqueles que podem fortalecer a fé bíblica e precaver os irmãos quanto aos desvios e erros.
E faço coro consigo: há incrédulos demais nas faculdades e seminários cristãos. Por isso, acredito que o ensino deve partir da igreja, para edificação do corpo local, ao invés de a buscar ser apenas por um diploma ou reconhecimento acadêmico.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
PS: Saudade de você, da Rose e dos meninos.
Fábio,
ResponderExcluirobrigado por estar acompanhando a série de estudos, e por sua colocação. Tentarei explicar o conceito de "contextualização", pelo meu viés:
1) O texto bíblico ter sempre de falar dentro do contexto em que o leitor está e a sua experiência vivida. Isso não é em si mesmo o problema, se o ponto de partida fosse o texto bíblico e não a experiência do leitor. Ou seja, parte-se da experiência do leitor, daquilo que ele está vivendo, dos valores em que vive, da cultura, dos costumes, das normas sociais para se interpretar o texto bíblico. O pressuposto não é a verdade do texto, mas uma verdade que o leitor considera e pelo qual contextualizará o texto. De forma que, na maioria das vezes, o que se tem é a distorção ou rejeição daquilo que o texto está dizendo, e o que se faz é reescrevê-lo, dando-lhe outro significado, alheio ao que Deus quis revelar. O que se tem é uma intervenção direta do leitor de maneira que há a corrupção do sentido do texto, e ele passa a ser um "outro" texto.
2) Outro problema é quando a mensagem do texto bíblico é entendida mas se reconhece que ela está limitada apenas àquele momento histórico e cultural em que foi escrita, de forma que ela não se aplicaria aos tempos atuais, pois somos regidos e guiados por outra cultura e por novas regras sociais.
Em ambos os casos, o que temos é a rejeição da mensagem, seja através da reinterpretação, seja através da sua limitação a um período histórico específico. Com isso se dá a ideia de que a Bíblia é um livro temporal e imediático, onde muitos dos seus escritos têm apenas um caráter histórico a nos revelar uma "evolução" cultural.
Quanto ao que entendi sobre o que você quis dizer com "mensagem contextualizada", se ela se basear nos eventos históricos e na cultura em que o texto foi escrito sem a desaplicação da mensagem para todos os tempos, não há problema algum. Utilizar-se de exemplos, analogias, figuras de linguagem, etc, para explicar a mensagem do texto, também é válido; desde que a mensagem permaneça intacta.
Outro grande problema é quando as pessoas, à moda gnóstica, tentam distinguir o AT do NT, como se o Deus de um não fosse o mesmo do outro. E isso, infelizmente, e ainda travestido de sofisticação e piedade, é nada mais, nada menos do que a mais pura incredulidade pagã, que já existia à época do Senhor Jesus e dos apóstolos.
Mais uma vez, muito obrigado, meu irmão!
Cristo o abençoe!
Querido irmão Jorge,
ResponderExcluirNão sei se será uma contribuição, coloquei ( disse ) em uma de minhas postagens no meu blog que de uma certa forma, igrejas de mesmo nome, mesma denominação, no mundo não crêem de fato da mesma maneira, algo bastante comum e reincidente que escapa ao leigo, ao membro da igreja local e até ao visitante. Não se trata apenas de reformados e pentecostais, algo mais visível, mas de reformados e reformados e pentecostais e pentecostais.
Li há algum tempo ( mais de uma vez ) que parte de igrejas batistas no mundo ( e nós dois ambos somos batistas ) só adotam o Novo Testamento como regra de fé ( não se trata regra de fé para igreja ) e dessa forma se vêm autorizados a fazer qualquer tipo de juízo de valor ao Velho Testamento, usando e abusando do lado escuro da tal contextualização.
Claro que nós, ambos batistas, você reformado e eu digamos renovado ( definição que se usa rs...rs...rs... ), não partilhamos dessa posição.
Um abraço mais uma vez.
Helvécio,
ResponderExcluiré, há uma falta de unidade entre as doutrinas das igrejas e o texto bíblico, mas reputo isso como parte da própria incapacidade humana de buscar essa unidade. Cristo é quem nos une através do seu sacrifício; e fico pensando que se houvesse um maior empenho das igrejas no estudo da Palavra de Deus, as coisas caminhariam bem mais próximas da unidade a que me referi. O que não quer dizer que ela existiria completamente, mas muito próxima de se completar.
A questão sobre juízo de valores dos homens caídos sobre a Escritura Sagrada, falarei na próxima aula, mas já dá para dizer que estou consigo nessa também; afinal, o que é o homem? Se somos alguma coisa, somos pelo poder, graça e misericórdia de Deus.
Abração!
Caro irmão, já que se propôs a esclarecer muito apropriadamente esse assunto, vai um link ( pode acultá-lo se não refletir a sua opinião, é só para exame seu, pessoal ). Afinal é dado histórico real e algo a ser abordado em aulas destinadas a uem se interessar. Não interfere, de modo nenhum, na área da espiritualidade.
ResponderExcluirPor mim, sou menos denominacional, o máximo que puder ( aconselho não como verdade mas como opinião e vivência ) e ser crente, cristão, fazer a vontade do Pai de forma masi crescente, pura e clara, graças ao aprendizado constante.
O link é:
http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/BatistasNaoSaoReformadoresEReformadoresNaoSaoBatistas-LJustice.htm
Um abraço mais uma vez.
Helvécio,
ResponderExcluirlogo após a minha conversão, eu fui um assíduo leitor deste site onde consta o texto que você indicou. Mas o sectarismo e, posteriormente, um certo exclusivismo denominação [no sentido de haver indícios de que acreditam que somente haveria salvação entre eles, e de que eles são a única igreja verdadeira], fez-me desistir de lê-los.
Normalmente, esses pensamentos são originários de seitas, de que somente há salvação em determinada denominação [vide os católicos, os TJ's, Discípulos de Cristo, etc]. Como creio na multiforma graça de Deus, não posso crer que apenas nós, os batistas, somos a igreja verdadeira, assim como não são os presbiterianos, os metodistas, os congregacionais, etc. em todas estas denominações haverá salvos e não salvos, eleitos e reprovados.
A disputa denominacional, que nos faz defender uma "bandeira" e não o Evangelho, cheira-me a carnalidade, ainda que travestido de piedade. Em todos os tempos, houve homens usados por Deus, sejam entre os pais, na igreja primitiva, seja na idade média... e assim até os nossos dias.
Homens erram porque são pecadores e falíveis. Denominações erram pelo mesmo motivo, visto serem constituídas por humanos. Entre ficar apontando o erro alheio, preocupo-me com o tanto que eu mesmo erro, e o tanto que não deveria errar. Mas, infelizmente, tentamos esconder o nosso telhado de vidro com uma película de plástico transparente, e achamos que jogar pedras no telhado alheio implicará que não seremos alvos fáceis também.
Com isso, não estou dizendo que aceito ou faço vistas grossas aos erros e heresias. Não! Combato-os na medida da necessidade, na medida em que irmãos queridos e amados estão sob a influência danosa e maligna de falsas doutrinas. Mas mais do que combater o erro, se não falarmos da verdade, principalmente, e vive-la, especialmente, de nada adiantará. Pareceremos apenas com os hipócritas que denunciamos.
Este tipo de artigo em nada edifica, em nada traz crescimento para a igreja, apenas abre nova trincheira onde cristãos e irmãos se engalfinharão até o ponto de se odiarem mutuamente. Além de ser um erro, pois, ao que me consta [e alguém pode me desmentir se eu estiver errado] eles creem na sucessão apostólica e exclusividade apostólica, como a única e verdadeira igreja de Cristo. E isso, para mim, é a maior demonstração de soberba e orgulho que alguém pode ter; em outras palavras, é pecado, e dos grandes!
Abraços.
Helvécio,
ResponderExcluirmais uma coisa, o meu objetivo com o estudo da CFB [e nem foi ideia minha, mas do meu pastor] é mostrar que há diretrizes para qualquer irmão e igreja permanecer fiel às Escrituras.
Não é fazer proselitismo batista, nem revelar o quanto somos bons e melhores do que outras denominações, porque não somos.
É revelar a verdade e combater a mentira. Se eu fosse presbiteriano, faria o estudo da CFW, que por sinal, é praticamente a mesma CFB, com diferenças nos pontos quanto ao governo da igreja e as ordenanças. No mais, são quase irmãs gêmeas.
Sei que muitos presbiterianos não concordarão comigo, exatamente pelo mesmo motivo que o autor do texto que você indicou não concorda que existam batistas-reformados. É esse exclusivismo que considero pernicioso e pecaminoso.
Sabe que gosto de me definir bem, por isso, no meu perfil disponível no blogger e aqui mesmo, digo com todas as letras no que creio e o que sou. Não me utilizei do termo "reformado", se prestar atenção, não porque o considero irrelevante, mas para evitar irar irmãos que estrebuchariam somente por ler que eu utilizei-o, e me autonomeei, com o termo que tanto prezam [rsrs]. Prefiro os detalhamentos ao invés do geral. Se no geral, ficaria apenas com cristão-bíblico. Estaria de bom tamanho.
No mais, somos todos irmãos, unido pelo amor, graça e misericórdia do nosso Senhor Jesus Cristo, e é ele quem importa servir.
Abraços.
Jorge, muito obrigado pelo esclarecimento das minhas dúvidas. No mais, eu não sou batista, mas há muito me identifico com seu blog e o acompanho e tenho sido abençoado por ti, meu irmão.
ResponderExcluirEstou amando a oportunidade de me ter como aluno dessa sua sala de aula virtual.
Abraços sempre afetuosos.
Fábio.
Caro irmão,
ResponderExcluiré isso mesmo. O texto do blog foi só para reafirmar que infelizmente, alguns irmãos se desviam do foco principal, o qual todos nós devemos ter e permanecer.
Concordo com tudo o que você disse na aula e acima. Concordo e reafirmo que o uso das informações, ainda que historicamente verdadeiras devem ser usadas com sabedoria , passar pelo crivo da sabedoria para somente edificar, esclarecer, apontar para a melhor maneira de fazer a boa e perfeita vontade de Deus.
Um abraço e que venham outras boas aulas.
Fábio,
ResponderExcluirtambém não sou presbiteriano, mas fui e sou edificado por muitos irmãos presbiterianos. Mais do que a questão denominacional, porque há batistas e "batistas", assim como há presbiterianos e "presbiterianos", o que importa é aquilo que a C.F.B. tem de bíblico e verdadeiro.
Temos diferenças quanto ao governo da igreja? Sim. Temos diferenças quanto aos sacramentos? Sim. Mas o fantástico é que aprouve a Deus dar dons diferentes e nos fazer diferentes, de forma que, em nossas diferenças haja unidade no Corpo. Assim como o braço não é igual à perna, e cada um exerce uma função diferente, de forma que, ambos são fundamentais para todo o corpo, assim também somos nós, membros do mesmo Corpo.
O estudo não é somente para os batistas, mas para todos os cristãos, assim como o estudo da C.F.W. não é apenas para os presbiterianos, mas para todos os cristãos, também.
Seja sempre bem-vindo, e no que precisar, estou à sua disposição. Assim como sei que você também está para todos nós. Isto é o que nos distingue, não é!
Quanto as dúvidas, acho que eu as tenho mais do que qualquer um [rsrs]; e este estudo tem sido ótimo, uma bênção, para o meu próprio aprendizado. Na verdade, acho que Deus o preparou mais para mim mesmo, para minha edificação e crescimento, do que para os irmãos.
Muito bom tê-lo como colega de sala virtual!
Abraços.
Estimado Jorge,
ResponderExcluirBom trabalho. Notei algumas imprecisões somente no que diz respeito à LXX. Em um momento vocÊ diz que foi feita por 70 sábios. Essa afirmação é oriunda de uma narrativa lendária (as fontes mais antigas da mesma são a Carta de Aristeas - pseudo-Aristeas - e Fílon de Alexandria). Os sábios tradutores seriam todos judeus, que teriam vindo da Judeia junto com o sacerdote Eleazar, a pedido do Ptolomeu. Bem, depois, leio o seguinte: "Os livros apócrifos foram aqueles que os tradutores gregos, da Biblioteca de Alexandria, incluíram como escritos judaicos, provavelmente redigidos no período de 400 anos em que Deus silenciou-se a Israel, conhecido com período Interbíblico." Isso também não é certo. Não se sabe se a Bíblia Grega (que é diferente da LXX, mas que contém esta. A LXX, estritamente falando, é somente a tradução dos 5 livros de Moisés) foi produzida na Biblioteca. Muito provavelmente não. Provavelmente ela foi compilada por judeus alexandrinos. E isso não foi trabalho de um grupo de "tradutores". Alguns dos "apócrifos", como o Eclesiástico, foram compostos em língua semita e traduzidos individualmente ao grego, pretensamente pelo neto do autor no caso do Eclesiástico. Já outros, como a Sabedoria de Salomão, parecem ter sido compostos já em grego e, neste caso, possivelmente em Alexandria.
Enfim, chatice de quem se interessa especificamente pelo assunto. No mais, apesar de concordar, tenho um incômodo que aproveito para confessar... Acho engraçado como costumamos criticar (e o NT faz isso também) os Judeus pesadamente por sua rejeição ao Messias, mas logo acolhemos a decisão deles quanto ao CÂnon do A.T., decisão tomada justamente em um tempo no qual eles perseguiam os Cristãos! É incômodo ou não?
Abraço,
Cesar
Oi, César!
ResponderExcluirAndava sumido, rapaz! Bom vê-lo de volta ao "minifúndio".
Olha, sou o típico marinheiro de primeira viagem. Nunca lecionei, portanto, sei que poderá haver "furos" em minhas aulas, e necessitarei da ajuda dos irmãos nas correções. Quem sabe, aulas em quatro, seis mãos? [rsrs].
Como o meu tempo é escasso, as pesquisas são resumidas a alguns detalhes necessários à compreensão; e fio-me mais naquilo que já li no decorrer dos últimos sete anos de convertido. Busco um dado aqui e ali, mas não dá para ser exaustivo e detalhista em tudo. É uma EBD.
Por isso, agradeço a sua contribuição, e sinta-se a vontade, assim como os demais irmãos, para corrigir eventuais erros que eu cometa [e, certamente, cometerei].
Não é chatice, informações são sempre necessárias para o melhor entendimento de qualquer tema ou assunto. Tendo-as, de-no-as!
Ao que parece, não há uniformidade e concordância quanto à formação da LXX...
Sobre os judeus, penso que eles foram usados por Deus assim como os pais da igreja, os reformadores, nós, etc. Não sou dos que os criticam pesadamente por rejeitar o Senhor Jesus, pois a maioria dos chamados "cristãos" também o fazem de diversas maneiras [então, se há uma crítica pesada a fazer ela vai para todos os incrédulos]. Deus os usou para escrever e preservar o AT, formá-lo e difundi-lo. Não foi um trabalho isolado de um ou de um grupo, mas de todo um povo em todos os tempos. Jesus era judeu. Os apóstolos eram judeus. Milhares de discípulos que levaram o Evangelho para o mundo conhecido de então eram judeus. Essa ideia "inquisitória" me parece algo mais católica do que evangélica, ainda que persista um sentimento anti-semita em muitos de nossos irmãos. Também por conta da ideologização marxista, que vê o povo judeu [e Israel] como imperialista e opressor. Mas isso são "outros quinhentos"...
Obrigado pelas correções e, se puder, dê-nos fontes que possam enriquecer o estudo, levando os leitores a pesquisá-las.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Caro irmão Jorge,
ResponderExcluirpermita uma defesa: todos nós "comemos e bebemos pelas mãos dos outros" significando que em se tratando de dados históricos somos no máximo repetidores do que ouvimos, ivestindo em alguma busca de maior coerência e menor furo.
Não há como lecionar história ou algo relacionado á história sem algum "furo".
É claro que há incoerências mais patentes, mais claras e outras menos perceptíveis. No caso da Bíblia não podemos perder o foco de seus objetivos,
as suas mensagens, é sem dúvidqa o mais importante.
O pior é que atentar para esses detalhes legítimos ocupa o tempo, a mente, e faz com que o crente não atente para os temas mais relevantes.
Um abraço meu irmão.
Jorge,
ResponderExcluirÉ por aí mesmo. Seus alunos são uns privilegiados.
O que eu indico com segurança sobre a LXX é o seguinte: "DORIVAL, Gilles ; MUNNICH, Oliver. La Bible Grecque des Septante: du judaïsme hellénistique au christianisme ancien. Paris: Éditions du CERF; Éditions du CNRS, 1988." Em português não tenho notícia de um trabalho amplo e bem embasado. Mas as introduções da Bíblia de Jerusalém já podem ajudar.
Vou voltar só um pouquinho ao caso dos judeus... No concílio de Jamnia, no qual se teria definido o cânone do A.T., uma preocupação dos rabinos, a maioria deles de formação farisaica, era definir fronteiras para não permitir contágios oriundos do cristianismo... Isso me incomoda sim. Não sou nada anti-semita. Até tenho amigos judeus. Mas os fariseus, que tão duramente enfrentaram os cristãos e o próprio Cristo, agora decidem o cânone que iríamos seguir. Não estou argumentando nada. Só demonstrando incômodo. Até porque, como luterano, eu estaria, no fundo, contestando o fundador do movimento de que participo. É um incômodo, nada mais.
Abraço,
Cesar
Voltei...
ResponderExcluirSobre os judeus, eles são sim o povo de Deus hoje, queiramos ou não, gostemos ou não. Claro as divagações acerca disso são muitas.
E mais: os árabes descendentes de Ismael tem uma benção especial sim gostwemos também, entendamos também ou não. As economis do planeta dependem em muito doconhecimento de judeus e ainda o petróleo depende do árabes ( e dependeria muito mais se fosse mais unidos ). Quem rejeitou a Jesus foram os poderosos judeus de seu tempo que respoderam por seu povo pobre, ignorante e oprimido, mas inúmeros foram os que creram e como crentes e cristãos, como disse o irmão Jorge, tornaram essa mensagem uma mensagem e testemunho que chegasse até nós dois mil anos depois.
Um grande abraço meu irmão mais uma vez e continue a fazer o que Deus lhe colocou as mãos para fazê-lo bem e da melhor maneira.
Sobre o "incômodo ou não"...
ResponderExcluirA meu ver não aceitamos o cânon dos judeus por causa dos judeus, mas por causa de Jesus que chamou as Escrituras disponíveis (o cânon dos judeus) de Palavra de Deus e disse que cada uma delas testificava sobre a sua pessoa.
Ou seja, eu pessoalmente considero a VT como inerrante, inspirado etc... muito mais pela autenticação que Jesus lhe deu.
João 10.34 "Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? 10.35 Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar.
Ou seja, no texto acima para não citar outros, Jesus chama a lei, outros textos ele fala dos profetas também, como sendo Palavra de Deus que não pode falhar.
Assim, respondendo ao desafio "incômodo ou não", não é por causa dos judeus e seu cânon, mas por causa da chancela que Jesus dá às Escrituras, e ele estava falando do cânon judeu.
Abraço!
Gostei do desafio.
Prezado irmão Jorge,
ResponderExcluirmuito bom seu comentário sobre a confissão. Realmente os centros formadores do pensamento cristão estão abandonando a Palavra. Gostaria de comentar o que o irmão Helvério escreveu sobre os batistas terem o Novo Testamento como Regra de Fé. Os batistas têm no Novo Testamento o modelo para formação de sua liturgia e doutrina. Nós os batistas não formamos doutrinas ou práticas eclesiásticas senão do Novo Testamento. Nunca passa pela cabeça de um batista desprezar o Antigo Testamento. A Bíblia para nós batistas é um todo e como bem disse Agostinho o Novo Testamento está latente no Antigo e o Antigo está patente no Novo. Assim sendo, toda eclesiologia batista está calcada no Novo Testamento, bem como a eclesiologia dos presbiterianos que praticam o Princípio Regulador do Culto.
Parabens.
Um forte abraço
No aguardo daquele saboro almoço.
Pr. Luiz Fernando
anônimo que todo mundo sabe quem é menos eu,
ResponderExcluirQuando Jesus proferia aquelas palavras, o concílio de Jamnia ainda não havia acontecido. Assim, não havia definição clara de um Cânone Hebraico...
permanece o incômodo.
Helvécio, companheiro de algumas opiniões,
O Jorge não precisa de defesa, pois não foi acusado de nada. Eu não esperava precisão em tudo numa aula de EBD. Como o Jorge disse, o tempo é pouco, tanto para a preparação quanto para a exposição. Só escrevi aquilo sobre a LXX porque esse é um campo de interesse meu e julguei por bem contribuir.
abraços!
Cesar
Ah, Helvécio, os judeus que definiram o Cânone no ano 90 d.C. não foram os pobres e oprimidos, mas os fariseus. Só pra constar.
ResponderExcluirAbraço,
Cesar
Irmão César, me referi a horda que condenou a Jesus e não aos Judeus do Cânone. E realmente o irmão Jorge não é passível de defesa pois não cometeu nem por inferência nenhum deslize. O desencontro de informações históricas é algo mais que natural dentro dos limites de investigação e opinião.
ResponderExcluirQuerido Pr. Luiz Fernando, quando me referi ao desprezo pelo AT estava pensando em não poucas igrejas e ministros batistas americanos de congregações de 40 membros a milhares e justamente pela independência das igrejas batistas locais, por sua peculiariedade de governo.
Há sim igrejas batistas no mundo, que não só como senhor esclareceu muito bem, constituem sua doutrina como disse, mas há os que atribuem ao VT ou AT um relativismo total face ao humanismo e o cientismo atual.
Só para exemplificar: Adão e Eva não existiram de fato ( para eles ) e a serpente é apenas alegórica. O rei Salomão também não existiu, nem existiram Jó, Jonas, e mais um monte. Imaginem em que se restringem os seus sermões dominicais e seus estudos bíblicos?
Mas uma coisa devemos reconhecer: tudo o que aconteceu para que a Palavra de Deus chegasse a nossas mãos hoje, feito por quem foi feito, foi designo único de Deus. Não foram os rabinos que decidiram o que estaria a nossa disposição hoje, mas Deus,por amor aos que haveriam de crer. Não acham?
Um abraço.
Helvécio,
ResponderExcluirVocê diz: "O desencontro de informações históricas é algo mais que natural dentro dos limites de investigação e opinião." Nem tudo é desencontro. A história não é ciência exata, mas há sim possibilidade de afirmar erros e acertos em alguns casos. Eu disse que há imprecisões em algumas afirmações que o Jorge escreveu ou transcreveu sobre a LXX. Disse e reafirmo; não é questão de opinião! A questão pode ser mais de acesso a informação, talvez pela falta de tempo. O interessante é que, pelo que percebi, o Jorge mesmo recebeu a crítica de uma maneira bem tranquila e apropriada. Você ficou mais incomodado. Ah, comentando seu comentário anterior, o da defesa: Nem todo mundo só conta o que ouviu. Tem gente que tem tempo para acessar as fontes e verificar as coisas com calma. Talvez eu ocupe a minha mente com algo que não é tão importante para você. Fazer o quê? Tem gente que gosta de música, tem gente que gosta de informática.... eu gosto de estudar o judaísmo helenístico.
Abraço fraterno,
Cesar
Natan, o anônimo,
ResponderExcluirconcordo com você. O testemunho de Cristo e dos apóstolos é fundamental para ratificar a inspiração, infalibilidade e inerrância do AT. Porém, se não houver a ação do Espírito no pecador, ele questionará as fontes do N.T., o qual é o "atestador" do verotestamento.
E, no final das contas, o que importa é isso: o homem regenerado reconhecerá como proveniente do Espírito aquilo que o homem comum pode até reconhecer como sendo, mas dificilmente a Bíblia será a sua regra de fé e vida.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Pr. Luiz Fernando,
ResponderExcluirobrigado pela visita e comentário.
Penso que foi isso o que o Helvécio quis dizer, que há batistas que desprezam o AT, o que é tolice e incredulidade.
Desprezar o A.T. é desprezar o sábio e perfeito conselho de Deus. Como o irmão tão bem disse, a Bíblia é um livro único, de uma unidade sobrenatural, que não pode ser esfacelado ou fatiada ao bel-prazer do leitor.
Quanto ao nosso almoço, os últimos dias foram corridos demais, mas na próxima semana as coisas estarão mais tranquilas, e ligarei para marcar o encontro, bater um ótimo papo e saborear uma boa refeição.
Grande abraço!
Cristo o abençoe!
Cesar,
ResponderExcluirsobre a formação do Cânon, formalmente, acredito que ele não se deu aleatório, mas firmado na tradição judaica que já tinha aqueles livros como sagrados. A própria LXX parece indicar isso. Como no caso da formação do Cãnon do NT, penso que houve uma forte inclinação a se adotar como sagrados os livros usados para a edificação da igreja, no caso de Israel, os livros lidos nas sinagogas e no templo.
O rigor na confecção das cópias no decorrer das centenas de anos é evidência da reverência ao texto, e uma "protocanonicidade" estabelecida, ainda que não formalizada.
De qualquer forma, eu reconheço o Espírito Santo como o formador do Cânon, de maneira que, quer os judeus quisessem ou não, ele aconteceria segundo a soberana vontade de Deus, sem chances de não ser assim. Por isso, não me incomoda o fato dos fariseus em Jamnia terem definido-o. Eram apenas instrumentos de Deus.
Abraços.
Helvécio e César,
ResponderExcluiracredito que toda ajuda é bem-vinda, ainda mais de pessoas interessadas e zelosas pela palavra de Deus como vocês e os demais leitores.
Sei das minhas limitações melhor do que qualquer um [intelectuais, físicas, temporais, didáticas, etc] e, por que não assumi-las? Desde o início eu pedi por ajuda, sabendo que ela implicaria em críticas a algo que eu disse. A crítica em si mesma não é anormal, pelo contrário, vejo-a como um fator importante para o crescimento e amadurecimento. É claro que há críticas e "críticas", e com objetivos variados. No caso do Cesar, não há porque não me render ao conhecimento que ele tem e que eu não tenho. A EBD não é um seminário ou faculdade. Lá, eu tenho de garimpar os pontos e ser o mais objetivo possível, no sentido de evitar as polêmicas gratuitas e dados que não edificarão o corpo. O objetivo principal é definir a posição batista, tão vilipendiada e corrompida nas últimas décadas. O objetivo é crescimento espiritual, e levá-los a compreender que o muito dito hoje não é verdade, nem nunca foi.
Há ainda a necessidade de que a aula não seja maçante, nem cheia de detalhes que levará mais à confusão do que ao esclarecimento. Então, tenho de me ater ao foco principal e abandonar os secundários, ainda que eu vez ou outra utilize de elementos históricos, geográficos e linguísticos, mas somente para trazer o entendimento, não como uma forma de exibição.
Ressalto ainda que, eu mesmo, sou o que mais tem aprendido com tudo isso, mas nem tudo o que eu aprendi é relevante para a aula, logo, descarto-o de apresentar.
Como a minha pesquisa não é exaustiva [por falta de tempo, meios e capacidade] é possível que minhas fontes não sejam as melhores e mais seguras até mesmo por divergências entre elas, o que me torna em "juiz" do que deve ser informado ou não. Por isso toda ajuda é importante, mesmo que não sirva diretamente para as aulas, mas servirá para a edificação minha e dos irmãos aqui no Kálamos. E isso será sempre alvo da minha gratidão.
Abraços
Caro Cesar
ResponderExcluirNão sou um entendido no assunto como você parece ser, todavia entendo que não existe espaço para dúvida de que a lei, estava falando de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, mesmo antes de Jamnia (O que é isto? risos...) ou depois, sempre foi a lei.
Logo pelo menos quanto a estes 5, acredito que podes te sentir menos incomodado.
Lembro que o texto em questão, se refere a Salmos 82.6, logo Jesus fazia como nós (eu) uma aplicação mais ampla do que seria a lei de Deus, como na realidade não sendo apenas os 5 livros, mas toda a lei e os profetas, então...
Diminua seu incômodo quanto aos 5 livros, quanto a Salmos, e quanto aos profetas quanto aos quais não há implicação.
Logo a implicação se são inerrantes ou não restaria apenas aos apócrifos (uma vez que aceites que inclusão dos Profetas não tenha sido polêmica e aceita por "aclamação"), e assim sendo, se há dúvidas, retiramos os apócrifos (como eles fizeram).
Conclusão, não há espaço para o incômodo no VT que usamos.
Os cinco livros literalmente chancelados por Jesus, Salmos idem, e os profetas (uma vez que não cito os demais textos aqui) por inferência.
Grande abraço!
Vou ver se encontro os demais textos de Jesus e lhe envio, mas é só uma promessa... Talvez eu a cumpra, tenho que consultar minha cola (risos...)
Quem disse que eu sou o Natan?
Eu sou o anônimo... risos...
Aqui no blog do Jorge, para se identificar, o sistema troca de tela e é meio chato, então vou de anônimo mesmo, até porque quem eu sou não faz a mínima diferença.
Irmão César , nada contra o que você disse ou seu interesse particular, por favor. Quando dei a minha opinião dei-a de modo mais genérico, pensando em uma multidão de casos e não no irmão especificamente.
ResponderExcluirNenhum de nós tem condição de ir a fonte primária de quase nenhuma informação e isso é fato e pronto. A gente julga as informações que dispomos e devido a aparentem inconsistência delas nos inclinamos a repeti-las a outros e confessar a nossa crença nela. Tem a tal da legitimidade devida a autoridade de fulano ou de ciclano que é um fato. Determinados autores, ministros, teólogos são aparentemente mais ouvidos do que outros, fazer o que? é assim que as coisas funcionam, mesmo que digam algumas asneiras aqui e ali.
Eu também me interesso opor coisas que tem menos ibope, é normal. O que eu disse é que guardadas as proporções, algumas coisas e detalhes não são tão importantes considerando o que é principal.
Para nós uma ou outra tradução da Bíblia como a King Jones, entre outras, que traz um erro como jantar dos discípulos pela manhã é relevante, mas apresentar essa questão a um novo convertido trará que benefício? Se paulo caiu do cavalo ou estava a pé tem que utilidade? Por que Paulo era cidadão romano ( ou como herdou essa cidadania ) e hebreu edifica a quem e como ?
Para nós é interessante e por que não relevante mas será de fato?
É isso. Um abraço e não leve a mal, por favor.
Sobre os objetivos da EBD, preparação, exposição, cooperação no blog, eu concordo plenamente com você, Jorge.
ResponderExcluirSobre o cânone, concordo com a ação do Espírito Santo. Na verdade, a vejo como única possível saída para o meu incômodo. Mas os outros argumentos incomodam muito. E o fato é que sempre os usamos, como os usaram os Reformadores. Concordo que Jesus ratificou a inspiração das Escrituras.
Só julgo difícil definir o que as pessoas, nos tempos de Jesus, antes do concílio de Jamnia (90d.C. - templo destruído e contenda com cristãos), entendiam como "Escrituras".
O Eclesiástico, por exemplo, circulava em hebraico e era copiado e divulgado, até em língua estrangeira. Sem a definição do concílio, muitos o poderiam ter como escritura. Depois do concílio, a maioria das sinagogas se submeteu ao cânone e abandonou o uso cerimonial dos outros textos. E, como o pensamento dos sábios do rabinismo só foi registrado por escrito tardiamente, não temos como saber claramente o que acontecia nas sinagogas antes de Jamnia. Mas vamos deixar essa conversa pra lá, orque parece que tem trazido mais incômodo que edificação. Haverá ocasião melhor. Aliás, isso são coisas que converso com meus pastores e com vocês, mas que eu nunca diria na minha comunidade ou em nenhuma outra. É que aqui me sinto à vontade e entre adultos.
Abraço do Cesar.
"King Jones" é terrível, é um novo super macaco...rs...rs...rs... ( ká,ká,ká,ká...) king James, Rei Tiago, rs...rs..., todo mundo entendeu. Escrevia enquanto a minha esposa falava o que lia em um livro...minha cabeça deu um nó... deu curto circuito...também na minha idade...ká...ká...ká...
ResponderExcluirConcordo com o irmão César, há coisas que só abordamos entre nós... ainda bem!
Relerei meus comentários umas dez vezes antes de enviá-los...rs...rs...rs...
É que nessa caixinha do blogger, você escreve sem poder ler o que está mais a cima...é terrível...tem o tal do editar num box comprimido...mas não é desculpa.
Um abraço a todos...
Natan,
ResponderExcluirtu estás ficando "marrento"!
De nada adiantas a tua anonimidade para os que o conhecem, como eu!... E ser o Natan é importante para mim, pois como poderia ser amigo e irmão de um anônimo?
Podes tentar esconder-te o quanto quiseres, mas adianto que será infrutífero [rsrs].
Abração!
Ah lembrei... talvez seja importante para o assunto:
ResponderExcluirAs implicâncias dos fariseus com Jesus e os seus discípulos se dava não porque o Senhor Jesus descumpria a lei ( as Escrituras, os livros escritos por Moisés, os Salmos de Davi e os profetas ) mas por uma maracutaia ocorrida um pouco antes: a elevação e a opção da tradição oral em detrimento das Escrituras ( citadas acima como Palavra de Deus ).
Essa "segunda lei" teria sido algo que Deus revelara a Moisés secretamente e só agora seria de conhecimento dos líderes religiosos da época der Jesus e seus contemporâneos.
Ou seja para muitos, até aquela época não estava claro ainda o que eram as Escrituras, com a tempos hoje como AT. Tratou-se de um processo mais ou menos demorado que para as pessoas daqueles dias não tinha de todo uma exatidão, o que era e o que não era as Escrituras, embora o Senhor Jesus, por Suas palavras deixara finalmente claro ( contra o que eles aceitava e para nossa clareza hoje ).
Um abraço mais uma vez.
Seria um exercício meio trabalhoso, mas a meu ver uma forma de ir eliminando um a um, para determinar o que seriam as "escrituras" antes do ano 90, serio o exercício de comparar cada citação do NT quando tido como Palavra de Deus, com o texto que ela referencia no VT, e assim por inferência autenticar como Escritura o texto citado.
ResponderExcluirExemplo: Aquele texto que diz que ele seria morto e contado com os ricos na sua morte, acaba por dar a chancela para Isaias. Aquele outro texto que diz que o Messias seria retirado no meio da última das 70 semanas, autenticaria Daniel... E assim por diante.
Mas na realidade seria uma forma de provar o que para nós já está provado pelo novo nascimento, então meio que seria uma apologética que partiria de um pressuposto errado.
Mas é um daqueles assuntos que estão reservados na minha mente para fazê-lo.
Não que eu duvide do cânon, mas quer ter sempre sfiado na ponta da língua argumentos para emudecer os que argumentam contra a razão da minha fé.
Deste nosso debate, se o Cézar (que não sei quem é), concluir que os 5 livros, mais Salmos, mais Isaías, mais Daniel fazem parte das Escrituras inerrantes, então já foi um ganho e mostra o caminho das pedras.
Se usarmos a mesma técnica para ir eliminando cada um dos outros livros, acredito que a lista vai se tornando cada vez mais próxima à lista que temos.
Abraço!
Eu, o anônimo marrento (o que é ser marrento?)
Natan, o anônimo mais nomeado de todos,
ResponderExcluirDe fato, se no N.T. se lê a palavra lei (nómos), é certo que o referente é, o mais das vezes, a Torah (os cinco livros de Moisés). Quanto a esses a dúvida nunca existiu entre os judeus do Segundo Templo. Os salmos também aparecem com autoridade bastante clara. VocÊ fala dos "Profetas" a que Jesus se refere. Mas não se sabe se o conjunto dos "profetas" incluía todos (e somente) os que hoje temos compilados. Ele nunca diz: "Os profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel...".
Se nos voltamos para os Escritos (ketuvim) a questão é também complicada (vc se esqueceu deles?). E os profetas anteriores (que nós, cristãos, costumamos chamar de livros históricos: Josué, Reis, Juízes, Samuel, Esdras-Neemias etc)?. O problema não é somente "os apócrifos"!
Helvécio,
Eu nunca confio nos historiadores, teólogos, articulistas etc completamente. Sempre verifico as fontes antigas. Na verdade, esse é meu trabalho hoje.
hehe, não se preocupe, King Jones ficou bem bacana!
Sobre a Lei Oral, boa lembrança. É uma questão importante, mas lembramos que a Lei Escrita eram os 5 livros de Moisés, não toda a TANAKH, a Bíblia Hebraica. O embate dos Fariseus com Jesus era motivado (e aqui vem mais uma polêmica) também por alguma semelhança do ensino de Jesus com o deles.
Abraços,
Cesar
Uau! Que esta sala de aula está crescendo!
ResponderExcluirCésar, você por aqui? Você é luterano? Olha, hoje, moro numa cidade fundada por famílias luteranas que sairam do sul do Brasil e fizeram um trablaho lindo: uma cidade planejada cravada no coração do Brasil!
Abraços sempre afetuosos a todos.
Casal,
ResponderExcluirÀs vezes venho aqui na escola do Jorge. É claro que prefiro ficar lá na cozinha, que é o lugar que me cabe.
Essas conversas daqui acabam ficando sérias demais. hehehe E eu acabo parecendo um herege, ainda que não o seja. Por falar nisso, sou Luterano sim, mas não espalha. Que história bacana a dessa cidade em que vc mora! Depois me conta onde é isso.
Abraço,
Cesar
César, há três décadas, quando eu era adolescente ainda, por ocasião da minha conversão, eu vasculhava tudo o que pudesse fortalecer a minha fé.
ResponderExcluirHavia um programa semanal ( passava aos sábados ou domingos pela manhã, acho que era sábado...) que se chamava "cinco minutos com Jesus" produzido e patrocinado pela Igreja Luterana do Brasil e esses cinco minutos por semana eram aguardados e absorvidos com muita atenção.
Aqui em Belo Horizonte era veiculado na rádio Itatiaia. Como nunca conheci um Luterano para agradecer, agradeço a você em nome dos demais luteranos que ofertaram dinheiro para que esse simples programa fosse ao ar por tantos e tantos anos. Outros frutos, e muitos ocorreram por apenas cinco minutos semanais.
Naquele tempo não tinha tanta coisa para se ouvir que fosse relacionada a fé bíblica.
Um abraço.
Que bom saber disso, Helvécio. Fico muito satisfeito com esse testemunho. Na época eu não era luterano (opa... trÊs décadas? Eu nem era nascido), mas comunicarei com felicidade o agradecimento aos outros membros de minha comunidade.
ResponderExcluirUm abraço fraterno!
Cesar
Caro Cesar
ResponderExcluirNeste caso me alio a você quanto ao incõmodo.
Afirmamos, e os textos que lemos afirmam também, o pressuposto de que a Bíblia é a Palavra de Deus, mas defato são poucos os que se atrevem a explicar o porquê do pressuposto.
O caso mais grave a meu ver é citar aquele texto de Pedro que fala que toda escritura etc... sem precisar exatamente de que escritura Pedro está falando.
É realmente um incômodo para qual cabe estudo e resposta.
Mas fique tranquilo, não o considero um herege.
Abraço!
Quando eu tiver a resposta eu lhe digo.
Irmãos, no caso da declaração de Pedro, é bem observado que "toda a Escritura" não se tratava do Novo Testamento que ainda seria todo escrito e nem Pedro nem Paulo ou outro autor teria a idéia mais próxima do que se tornaria no futuro.
ResponderExcluirMas é claro que assim como eles viam a "Escrituras" até então exitentes nós por extensão vemos o resto dela, 2000 anos de história depois, dessa forma não esstá errado o pregador que assim prega. Na verdade não é exatamete um verso isolado que irá justificar alguma coisa nas Escrituras ainda que o que nele declarado seja bastante relevante nunca é uma declaração isolada e autossuficiente.
A cruz só tem sentido porque os fatos do Éden a contragosto foram o que foram.
Há outras coisas: Paulo não estava a cavalo ou estava? era uma mula ou jumento? como judeu lhe era negado ter e usar um cavalo mas como cidadão romano talvez, e dai?
O escritor da carta de Hebreus era mesmo Paulo ou não? O evangelho de João era ou não um evangelho escrito pelo João do Apocalipse ou teria sido outro anônimo?
Detalhes que podem ser ( talvez ) mais esclarecidos por uma mente investigativa e dai? servirá na prática para quê?
Vamos "desconverter" a maioria dos crentes por que ouviram pregações que lhes trasnsformaram as vidas por causa de detalhes erráticos como esses?
Queremos professores ou testemunhas de Cristo? religiosos exigentes por serem exigentes apenas? teológos ( nada contra alguns e muito, muito contra outros )?
Ou que façam o melhor que puderem, zelosos, cuidados ams testemunhas inquestionáveis e crentes que façam acontecer?
O que é as vezes desaminador e incomoda é que o critianismo pode ser tão inspiradoramente insipto quanto quanto uma boa ficção, produzindo bons sentimentos, boas emoções, bons sonhos mas que não vença nunca a realidade, ainda que saib asmos que na eternidade tudo se mostrará como nos foi dito e muito mais. Mas esse cristianismo inspirador, belamente ficcional não se parece com o cristianismo da igreja primitiva. Não nos enganemos: após a igreja primitiva o que se instaurou mesmo com os ventos de avivamento extemporâneos da Reforma com grandes pregadores, evangelistas, líderes, teólogos, etc, etc, é uma sombra dos seus primeiros dias e nâo se parece com o caminhar de Jesus nessa terra.
O crente doente confia no seu plano de saúde, no seu médico que seu empregeo capitalista pode pagar. Confia nos seus freio ABS EBD e nos seus air bags. Que bom que há vacinas e air bags,planos de saúde. A Bíblia apenas ouvida não serve se não tiver uma grande biblioteca e a possibilidade de queimar a cuca com toda a história da igreja e com todos os pensadores cristãos. Não sou contra isso, acho até uma fortuna, uma sorte para quem possa ter tudo isso.
Mas sem tudo isso, se a própria Bílbia não se bastar, ela é patética, inútil, impotente, uma piada. E ela ( a Palavra de Deus ) não é uma piada.
Que coisa não temos Pedro dizendo "o que tenho te dou" e tenho uma turba de classe média adaptada ao melhor estilo ocidental de viver ( nada contra ) mas eu não tem o que Pedro tinha, e não pode fazer o que Pedro podia ( e nem quero discutir o aqui o porquê, espaço inapropriado ) mas a cara não queima...! ) e toda lucidez que poderia de alguma forma perceber a diferença não existe. Claro a semelhança de um cego que não pode dizer a diferença entre o céu do amanhecer e do enterdecer, a diferença entre a igreja primitiva pintada com todas as cores no NT e a de de todos os séculos depois dela parece não existir. Claro muitos a essa altura podem justificar e explicar essa diferença de diversas formas, mas negar não podem.
Deveriamos desejar, pelo menos, não voltar a 500 anos atrás, mas a 2000 anos atrás. Conhelo as justificativas, e não são elas que vem ao caso.
Um abraço atodos.
P.S. não é briga contra nada que foi falado, nem contra igreja alguma, nem uma negação de tudo o que foi feito de belo e a custa de muita luta pela verdade e até onde se pode chegar.
ResponderExcluirNão se trata de destruir o que até aí está posto, nem de propor algum tipo de arremedo. Vai além disso.
Trata-se apenas de algo a se pensar, argumentar, refletir. Afinal a aula do irmão não é para um simples registro saudosista e enciclopédico, mas presumo que para acordar alguém de algum sono letárgico.
Um abraço a todos mais uma vez.