20 março 2013

Feito à imagem do homem
















Por Jorge Fernandes Isah

       Há a falsa premissa de que todos os caminhos levam a Deus; e de que Deus pode ser tocado e alcançado pelo esforço humano, seja qual for, desde que haja sinceridade e empenho e alguma dose de sacrifício no homem para se achegar, pois ele ama a diversidade e os esforços de união da humanidade [ecumenismo]. Ainda outro diz ser Deus amor, a tal ponto que nenhuma das suas criaturas, mesmo o diabo e seus anjos, perecerá, pois Deus não pode negar a si mesmo, logo, todos, sem exceção, serão salvos [universalismo]. Temos outra mentira: a de que Deus amou o homem a tal ponto que se colocou em seu próprio nível, descendo de sua condição de Deus para a de um "deus", de tal forma que não pode intervir em nada na criação, estando tão impotente como um espectador diante de um filme [teísmo aberto].
    Não citarei outras premissas equivocadas e falsas, pois estas são suficientes para exemplificar o meu argumento. Vejamos o que elas têm em comum: um "Deus" amoroso mas permissivo com o pecado e o erro.
       Aos que são pais, ficará claro que os argumentos das três doutrinas são um absurdo [e não é necessário sê-lo para perceber o equívoco]. Por exemplo, qual de nós, em sã consciência, não puniria o filho que, furtiva e sorrateiramente, tomou dinheiro da nossa carteira? Alguns, talvez, não fizessem nada na primeira vez, seja lá o temor que tivessem para não puni-lo. Acontece que o filho, livre do castigo, iria uma segunda, terceira, quarta, quinta vez até a carteira, sempre surrupiando valores maiores, num crescente grau de delinquência. Por mais negligentes que sejam os pais, chegará um momento que o abuso passará de todos os limites, e ele dará um basta à situação [ainda que os motivos não sejam morais, mas meramente financeiros]. Portanto, mesmo que o pai seja irresponsável e não ame o filho, chegará um momento em que tomará a atitude de não sofrer mais o dano, denunciá-lo e puni-lo. Ainda que a pena seja a própria impossibilidade do filho continuar o seu crime [por exemplo, colocando o dinheiro em um cofre-forte]. Em certo sentido, não permitir que ele continue a praticá-lo é, em si mesmo, uma atitude ativa de penalizar-lhe a não desenvolver e satisfazer o seu desejo perverso.
       E no caso de Deus?
      Há de se considerar alguns pontos: primeiro, não se pode tirar nada de Deus. Segundo, Deus é autoridade, e por ele todas as coisas foram criadas e sustentadas. Logo, alegar passividade ou omissão da sua parte é ilegítimo e uma injúria. Terceiro, Deus é santo, e convir com o pecado ou o mal afetaria a sua santidade, o que faria dele um ser mutável. Se um pai, por mais relapso e fraco, chegaria ao ponto de não permitir mais os abusos do filho, o que levaria os adeptos dessas três doutrinas [entre outras] a acreditar que o Deus Todo-Poderoso o permitiria?
     Mas alguém pode dizer: "O pai pode, simplesmente,  conviver com os furtos do filho sem se importar ou tomar alguma providência que o impeça de continuá-los. Sendo conivente com eles...". Realmente, seria uma hipótese, que o tornaria no homem frouxo, amoral, omisso, negligente e cúmplice do filho. Ele seria o co-autor da subtração, o estranho caso de alguém colaborar e participar do crime contra si mesmo. E aí está a questão: alguém, que se diz cristão, e em sã consciência, pode alegar que Deus agiria assim?
     Este é o ponto: para Deus ser o que os ecumênicos, universalistas e teístas-abertos reivindicam, teria de ser imoral, fraco, negligente, permissivo, participante do pecado e do mal; a transgredir sua própria lei; a infringir danos a si mesmo. O problema é fazer de Deus um formador de quadrilhas, a se associar ao crime. Por não punir o infrator, ele se tornaria em partícipe, que colaboraria de alguma forma na conduta típica do filho, o furto. Isso o faria ainda mais criminoso do que este; um criminoso qualificado, visto ter uma atuação pessoal e própria na qualificação do delito, ou seja, ele seria o fator estimulador, que incitaria os homens a cometê-lo, visto não puni-los, tendo o poder de fazê-lo. Assim Deus violaria sua própria lei, fazendo-se réu de si mesmo. É claro que o juiz não pode ser réu no mesmo processo, então, quem o seria?
       Além de quebrar a sua própria lei, ele criaria um código moral inútil, que seria rasgado a cada delito cometido, ao ponto do pecado ser um delírio, uma divagação, uma intolerável e inadmissível possibilidade dentro da impossibilidade. Fazendo de "Deus" um artesão imperfeito, injusto, cínico... mas além disso o mantenedor do caos, ao se aproximar dele sem impedi-lo, ou ao se aproximar dele sem os meios suficientes para impedi-lo. No primeiro caso, ele seria dissoluto, no segundo, incapaz.
       Quando ecumênicos, universalistas, teístas-abertos e outros, mesmo que se digam cristãos, dizem que o Cristianismo bíblico faz de Deus o autor do pecado, podemos replicar-lhes que os seus conceitos tornam-no o praticante do pecado. A Bíblia diz que Deus é o criador de todas as coisas, materiais e imateriais, boas e más, de sorte que nada, absolutamente nada, escapa-lhe do controle e da criação. Deus idealizou o pecado e o mal dentro de um plano perfeito, sábio e santo: o decreto eterno. Porém, ele não faz o mal, por simplesmente não poder fazê-lo, sendo bom. Ele não pode criar o caos, porque é o Deus ordeiro. Nem cometer o pecado, porque é santo. Em sua perfeição, não há imperfeição. Em sua imutabilidade, não há sombra de variação. Em seu poder, não há fraqueza. Em sua sabedoria, não há tolice. Quem pratica o mal e o pecado são suas criaturas, anjos e homens, segundo o seu poder e autoridade, mas não por sua ação direta. O fato de Deus ser efetivo e atuante em tudo não o torna no sujeito ativo de tudo [com isso não quero dizer que Deus seja passivo, mas ele não é o agente ativo do acontecimento, ainda que esteja a agir ativamente para que ele ocorra segundo o seu plano]. Com isso, estou a dizer que o homem nunca é passivo em seu pecado. Mesmo quando negligente ou omisso, o homem é ativo em pecar ou em concordar com o pecado. O grau de culpabilidade não o exime do dano. Dependerá sempre de sua decisão. E sua escolha o tornará réu do crime ou não.
      Porém as doutrinas não-bíblicas fazem de Deus, em algum aspecto, o autor do crime, ainda que seja na condição de um espectador, uma testemunha de vista, um voyeur sádico.
      Assim, só há duas religiões: a divina e a humana. Uma se contrapõe à outra. Infelizmente, alguns crentes e denominações cristãs têm se apegado a parte da verdade e não à sua totalidade, unindo-a ao paganismo e ao sincretismo para construir uma cosmovisão demoníaca e anticristã, onde Deus é um mero espectador, um observador lânguido a dar longos bocejos, ou a assentir tacitamente os desvios das suas criaturas.
       Esse padrão é muito parecido com o da mitologia geral, em que deuses se misturam entre os homens como se fossem iguais, igualmente errando sem que possam mudar em nada o seu destino ou das suas criaturas. Em suas fraquezas, incertezas e confusões como poderiam julgar ou punir? Esse conjunto de ideias é como erguer casas no pântano ou na areia... desmoronarão irrevogáveis à menor investida, sem qualquer resistência.
     Dentro da cosmovisão bíblica é impossível conservarem-se harmoniosas, racionais e lógicas. Pois elas partem do pressuposto de que o mundo pode ser entendido a partir dele mesmo, como se fosse auto-explicável, e de que não é necessário Deus para torná-lo inteligível e aplicável, mas de que o seu significado está muito além dele... de maneira que nem mesmo ele pode compreendê-lo.
       O objetivo é um só: criar um conjunto uniforme de ideais que se oponha ao Cristianismo bíblico; operando a partir do ponto de vista relativista, pragmático e imanentista, colocando o homem como o ser supremo, o centro do universo; ou quando não, ele se encarregará de colocar outro em seu "trono", de forma que será escravo de si pelos meios mais sórdidos e nefastos de se auto-subjugar: a rebeldia contra Deus e o amor pelo pecado.
         Desta forma, a religião humanista [e nela, de certa forma, está contido o arminianismo] subverte algo do Cristianismo para moldar a síntese de que todas as concepções são legítimas, de que todos os caminhos são aceitáveis, vistos que eles ensinam e se preocupam apenas com o bem-estar do homem ou a liberdade de desejar e operar a autodestruição sem as consequências advindas dela: a condenação e o sofrimento eternos.
       A cosmovisão que declara o verdadeiro estado de depravação e iniquidade do homem tem de ser combatida a fim de se resguardar a integridade humana e a sua absolvição diante de um tribunal que não julga e de um juiz comprometido com a injustiça. A cosmovisão a declarar que somente Cristo é a única possibilidade de reconciliação do homem com Deus, sendo ele o Verbo encarnado, pelo qual os pecados não nos são imputados, é exclusivista, e tem de ser erradicada. Um deus desobrigado consigo mesmo; ainda mais irresponsável que suas criaturas, as quais abusam da sua tolerância de consentir com aquilo que deveria impedir, é o arquétipo correspondente às muitas formas de auto-idolatria humana.
         Não há lugar para a biblicidade, nem para Deus como o ser supremo, justo e santo, que irá julgar esse mesmo homem. Por isso, criou-se a imagem de um "Deus" paspalhão, um sentimentalóide tosco e tolo, que acaba por se sujeitar ao padrão estabelecido pelo homem e que o próprio homem desconhece quais serão as suas consequências. Esse "Deus" não é reconhecido na Escritura, nem em momento algum é visto ou descrito por ela; o que os levará, primeiramente,  à necessidade de relativizar e desqualificar o texto bíblico como a fiel palavra de Deus; colocando-o somente como mais um manual ético-moral entre tantos outros criados pela mente humana, e que nem mesmo deve ser observado, tendo-se em vista a sua contextualização cultural e temporal; cujo prazo de validade expirou.
       Com isso, estão a dizer que a Escritura está ultrapassada, de que não há mais contato entre a verdade e o mundo atual... a verdade não tem mais lugar no presente século; tornou-se obsoleta, em um código que não exprime nenhuma sintonia com os nossos dias, não sendo mais do que a alternativa pífia para as mentes mais conservadoras, tacanhas e sub-desenvolvidas. E inclui-se também e, urgentemente, a necessidade de se destruir qualquer aspecto sobrenatural e histórico em suas páginas.
     Num mundo subjetivo, onde as "verdades" são mutáveis e adaptáveis a todas as formas de corrupção, qualquer defesa da Bíblia, como a palavra fiel e inspirada de Deus, deve ser combatida. E o Estado, com a falsa premissa de ser laico, acaba por ser antireligioso, mas não o suficiente para impedir que "técnicas religiosas" se convertam em métodos "científicos" aplicados à satisfação humana. A prova está na aceitação pacífica do yoga, da acupultura e da ecologia [o culto secular da deusa "Gaia"... olha a mitologia aí, novamente] como o padrão aceitável de espiritualidade e civilidade humana. Qualquer referência ao Absoluto deve ser substituído por conceitos paliativos, que, quando muito, entretêm e prolongam os desejos e esperanças inalcansáveis. Eles sustentam a expectativa de que são possíveis, quando sua realização é improvável, e não passam de vãs promessas.
      Assim todas as formas que possam se fundir ao humanismo são aceitas, exceto o Cristianismo Bíblico, ortodoxo e histórico, o qual não é antropocêntrico, mas teocêntrico, e por isso, tem de ser destruído.
      Presenciamos a união entre o secular e o religioso com o único objetivo de erradicar o Deus biblico; e, para isso, têm de criar uma forma diluída ou descaracterizada da verdade; iludindo os incautos de que a mentira pode, em último caso, substituí-la eficientemente. Formas aparentemente cristãs são criadas como sabotadores, intrusos que invadirão a seara do Senhor e disseminarão o veneno da incredulidade e da dúvida; ou da incerteza como única convicção a se defender.
     Custe o que custar, a esperança tem de morrer. Nem que para isso tenha-se de criar um "Deus" covarde. Feito à imagem e semelhança do homem.

Nota: Texto originalmente publicado em 29.03.2011, aqui mesmo no Kálamos

21 comentários:

  1. Olá Jorge!!

    Como vai? Fico muito feliz em ver que se animou, e voltou a escrever! :)
    Gostei muito do seu texto, título muito sugestivo, com abordagem clara e objetiva.
    Realmente, não podemos cair neste erro: primeiro estabelecermos os próprios conceitos sobre Deus ignorando o que Ele mesmo revela em sua Palavra, depois encaixarmos,e o moldarmos aos nossos padrões, fazendo sempre as devidas podas até que Ele se enquadre e "vista o seu número", é o caminho inverso.

    Parabéns pelo post!

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  2. Oi, Joelma!

    Mais que legal ter a irmã por aqui!

    Interessante que comentei com você que iria postar o "Livro do mês", como sempre tenho feito na última semana dos últimos meses. Mas comecei a escrever quase que por impulso, e deu nisto aí [rsrs].

    Pensando nos casos das doutrinas citadas, cheguei à conclusão de que elas tornam Deus um criminoso passivo, ao absolver todos os delinquentes, mesmo os que jamais se arrependerão, por que o "Deus" deles está eivado de amor. Interesante que o padrão amoroso ao qual se reportam não é o revelado na Escritura. Pelo contrário, eles negam o amor de Deus pelo seu povo, tornando o sacrifício de Cristo em um show exibicionista-masoquista.
    Esse "Deus" seria um tonto por amar dessa forma? Sim. Mas o fato é de que ele estaria associado a bandidos, sendo permissivo com eles, infringido a sua própria lei e santidade, tornando-se em cúmplice de todos os criminosos.
    É exatamente como você disse, retiram de Deus todos os seus atributos e o que sobra é o velho homem em seu lugar. Podam-no tanto que resta apenas um galho seco sem folhas e raiz.
    E isso é algo que nós, cristãos bíblicos, devemos resistir, preservando o que ele nos disse de si mesmo, o que ele nos revelou através da Escritura.
    E ela é o ponto mais atacado, porque ao fazê-lo, desacreditando-a, pode-se "moldar" Deus ao bel-prazer do homem, tornando-o em qualquer coisa, menos o que ele realmente é.
    Obrigado por seu comentário e o incentivo para continuar escrevendo; é nessas horas que os verdadeiros amigos se revelam, pela graça de Deus.

    Grande abraço, minha irmã!

    Cristo a abençoe!

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  3. Apenas hoje, percebi que faltou um grande trecho no parágrafo 9, que começa assim: "Quando ecumênicos, universalistas, teístas-abertos e outros, mesmo que se digam cristãos..."; então, inclui a parte que faltava [e que é fundamental para o entendimento de todo o trecho] e republiquei a postagem.
    Quem o leu anteriormente, pode fazê-lo agora, pois o mesmo encontra-se na íntegra, tal qual o concebi.
    Desculpem-me a falha.
    Abraços

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  4. parabens jorge,gostei do testo penso em torna-lo ou transforma-lo em uma mensagem na igreja onde congrego em uma oprtunidade se vc me der este direito e claro com sua permissao.ok? abraços e fique na prezença e graça de DEUS!

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  5. Gostei do texto, gostei da clareza da exposição das idéias, do que está explícito e do que está implícito, dependendo do que a pessoa conheça além do texto. Infelizmente muita gente respeitável não pode assinar "embaixo", mas deveriam. Trata-se de uma posição que é de fato um divisor de águas.Discordo de ti em um detalhe e você comigo, mas isso não depõe contra o seu texto, contra a sua reflexão primorosa e documental, Ou seja, fica registrado nesse mar da web que há os que crêem e compreendem que só o Senhor é Deus, com "D" maiúsculo. Congratulações querido irmão. P.S. Obrigado por visitar o meu novo blog, a minha língua estava coçando para falar de assunto que você, se não me engano, abordou ainda que ligeiramente em uma de suas postagens mais antigas.

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  6. Ah! falei muito e esqueci de fazer um elogio que é mais uma vez pertinente: a escolha da foto, da imagem relacionada ao texto.

    Mais uma coisa: em minha última postagem referente ao encontro e à experiência pessoal com Deus, prazeirosamente e para a glória de nosso Deus e Senhor linkei mais uma vez o seu testemunho, como o melhor exemplo para levar as pessoas a comprenderem e terem a sua experiência com o Senhor. Um abraço mais uma vez e parabéns.

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  7. Nobre amigo,

    Texto maravilhoso!

    Percebamos como pressupostos forjados no laboratório do humanismo adentraram em nosso arraial de tal maneira, que existe hoje um cristianismo baseado em alegações ateístas. É isso que é o teísmo aberto e as demais "doutrinas" são, doutrinas que se satisfazem com premissas sentimentalmente articuladas, distantes das Escrituras; homens distantes da verdade, insatisfeitos com o martelo da objetividade bíblica que nada mais faz, senão traduzir Aquele cuja natureza é absoluta e invariável; tentando recriar uma verdade pela senda de sua própria incredulidade, banindo Deus de sua própria história, de sua própria lei, de sua própria criação. Nos - é oportuna a máxima de Pascal:

    "Deus fez o homem a sua imagem, e em retribuição o homem fez Deus à sua semelhança"

    Somos gratos pela produção deste texto mui esclarecedor e comprometido com a verdade, a qualquer custo, mesmo sob a teimosa do gigante que resiste cair, e pelo "andar da carruagem" permanecerá disseminando essa semente estragada entre nós, arrebatando os fracos e inconstantes. Dê-nos força o Senhor para combatermos, essa praga anti-bíblica.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  8. Marcelo,

    muito legal você ter criado um blog. Oro para que Deus o abençoe, edificando-o na proclamação do Evangelho de Cristo.

    Em relação a este texto ou qualquer outro, sinta-se a vontade para usá-los como quiser, republicando em seu blog, usando-o como esboço para presgações, distribuindo-o entre os seus contatos, ou seja, o objetivo é glorificar a Deus e proclamar o seu reino e palavra. Portanto, está previamente autorizado, sem a necessidade de pedir de novo.

    Grande e forte abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

    PS: Espero-o mais vezes por aqui.

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  9. Helvécio,

    O que dizer além de obrigado?

    Sei qual é o detalhe, ao menos, penso que sei [rsrs]. Não seria sobre a citação aos arminianos? Mas fique tranquilo, não os incluí na lista dos heréticos ecumênicos, universalistas e teístas-abertos. Considero-os irmãos, errados em alguns aspectos, mas irmãos [os arminianos]. Se Deus quer chamá-los para a sua glória e reino, quem sou eu para impedir? Antes, comungarei com eles naquilo em que glorificam a Deus, sabendo que o Senhor não nos chamou a todos da mesma forma e com o mesmo entendimento.

    Quanto ao seu novo blog, de músicas cristãs, espero que inclua um ou dois hinos do C.C. ou Harpa, e um pouco mais de Salmodia [salmos cantados], mensalmente.

    Parabéns por mais essa iniciativa, para a glória de Deus.

    Li sua postagem e vi que incluiu o meu testemunho de conversão. Mais uma vez sou-lhe grato, e oro para que o meu testemunho seja usado por Deus para a sua glória e para a edificação de muitos irmãos. E como forma de evangelismo para os que ainda não o conhecem.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  10. Mizael,

    Rapaz, você consegue mesmo tirar água de pedra! [rsrs]. Que comentário!

    Só me resta dizer, amém!

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

    PS: Eu é que sou grato por sua amizade, e por sempre estar por aqui.

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  11. Caro irmão Jorge, não foi pelos arminianos ( rs...rs...rs... Na verdade os que professam descrença na Soberania do Senhor não o são por serem nem calvinistas e arminianos. Ao contrário uma grande parte são calvinistas históricos eq ou arminianos por tradição. Na verdade a única distinção que faço entre todos os crentes são os que se encontraram de fato com o Senhor e os que apenas assimilaram uma cultura religiosa protestante. Quanto ao texto, reiterando a sua qualidade e clareza não convém nenhuma reparação. A você e aos demais irmãos, "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor". O que nos liga e deve continuar a ligar-nos a Ele cada dia mais é amor. Não precisamos entender tudo se não conseguirmos, mas como Pedro dizer-Lhe: "sabes que o amamos Senhor". Um abraço. Deus abençoe e a todos os seus.

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  12. Helvécio,

    não me preocupei mesmo em detectar a origem dos hereges... sei que eles partem de excluir a verdade e em seu lugar colocar a mentira como se verdade fosse, e porque não têm a direção do Espírito para guiá-los na interpretação correta e verdadeira.

    Ainda bem que não dei certeza da minha suspeita [rsrs]. Mas vá lá, homem! Conta o quê essa tal diferença! Estou curioso...

    Abraços.

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  13. Excelente texto! Sem retoques. Gostei, principalmente, do trecho: "...O problema é fazer de Deus um formador de quadrilhas, a se associar ao crime. Por não punir o infrator, ele se tornaria em partícipe, que colaboraria de alguma forma na conduta típica do filho, o furto. Isso o faria ainda mais criminoso do que este; um criminoso qualificado, visto ter uma atuação pessoal e própria na qualificação do delito, ou seja, ele seria o fator estimulador, que incitaria os homens a cometê-lo, visto não puni-los, tendo o poder de fazê-lo. Assim Deus violaria sua própria lei, fazendo-se réu de si mesmo. É claro que o juiz não pode ser réu no mesmo processo, então, quem o seria?" Esta parte foi muito explicativa. Parabéns pela forma com que expõe suas idéias por todo o texto.
    Que o SENHOR continue abençoando-o.
    Um abraço, meu irmão.

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  14. Eric,

    a heterodoxia ou apostasia sempre tenta fazer de Deus o que ele não é, e o que não revelou de si mesmo. Essa turma citada no texto tem-no tornado em bandido... como se fosse possível ele ser a nossa imagem e semelhança... O que os torna [esses religiosos] em blasfemadores, injuriadores e profanos diante do Senhor, além de serem idolatras, claro, pois estão a adorar outro deus.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  15. Graça e paz Jorge.
    Parabéns pelo excelente texto.
    Muitas vezes nós encontramos pessoas que querem interpretar a Bíblia segundo os seus conceitos, não admitindo o que está escrito dizendo que o Deus que pregamos é injusto se agir como nós citamos. Essa é a idéia geral que eu tenho visto por aí e que você abordou muito bem. No entanto, não adianta tentar tapara o sol com a peneira dizendo meias verdades as pessoas em relação a punição do pecador, pois como disse Jesus a Verdade Liberta, e se só através da Verdade que o homem será livre não podemos ocultá-la de ninguém. Deus é amor, por isso nos fala a Verdade.
    Fique na Paz!
    Pr. Silas

    PS: Ainda não lhe enviei os dvd's porque a pessoa que grava o nosso programa teve problemas no seu computador, mas assim que tudo estiver resolvido lhe enviarei alguns.
    Caso queira nos assistir ao vivo pode acessar pela internet em:http://www.teresopolisjornal.com.br/, no link TerêTV todos os sábados as 10:00 da noite e nos domingos as 7:00 da manhã.

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  16. Pr. Silas,

    é vero!

    Um dos objetivos do texto é exatamente mostrar que, por mais que o homem esperneie e queira fazer um "Deus" bonzinho, subserviente e irresponsável, ele não passará de uma imagem humana distorcida, uma criação com base na criatura, tão tola, frágil e insegura como o seu próprio "criador".

    E esse "Deus" nada mais é do que a resposta aos anseios do homem de se colocar no centro do universo. Como a mentira não existe como fato [ela não reflete uma realidade, mas um conceito que se quer real], o "Deus" criado não pode fazer nada a não ser pelas mãos do seu "criador", pois até mesmo ele somente pode viver através do homem. O que nada tem a ver em relação ao Deus vivo, verdadeiro e Todo-Poderoso, que é o "Eu Sou", e por meio dele todas as coisas vieram a existência, e realmente existem pelo seu poder.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

    PS: Estou aguardando os dvd's e assistirei os programas no link indicado; orando para que o bom Deus o abençoe ainda mais no seu ministério.

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  17. Caro Jorge,

    não justificando pela origem da afirmação, mas por ser um fato, Karl Marx afirmara que cada "classe econômica" pensa como tal, isso dito simplificadamente. Digo isso significando que a parte dos cristãos que dizem que Deus seria bonzinho e não puniria ninguém é exatamente a parte dos cristãos comum acesso a cultura e conforto social somados. Os crentes e cristãos mais pobres e com educação menos elevada tendem a aceitar ou até conceber um "deus" extremamente exigente e punitivo. Ambos,os grupos seguindo suas inclinações, afastando-se do que a Bíblia realmente diz, gostemos ou não, comentem esse patético erro, espalhando entre os demais crentes a ladainha original "não foi assim que Deus disse". Cabe ao crente, rico ou pobre, culto ou inculto permanecer junto ao Senhor e nada mais e nada menos que isso. Curiosamente atualmente, ambos os grupos estão sendo pródigos em afastar-se da mais simples verdade dando ouvidos a não poucos "canto de sereias". Um abraço.

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  18. O deus do ecumenismo, do universalismo e do teísmo aberto é, na verdade, mais um ídolo criado por homens de mente corrompida e réprobos na fé -- ainda que não mais representado em imagens esculpidas, mas sim no imaginário popular. O clássico trecho de Rm 1.18-32 aplica-se tanto aos idólatras da Antiguidade quanto ao da pós-modernidade, mas pelo menos os antigos pagãos tinham a desculpa de desconhecerem a revelação bíblica.

    Por outro lado, muito feliz essa sua observação: "As doutrinas não-bíblicas fazem de Deus, em algum aspecto, o autor do crime, ainda que seja na condição de um espectador, uma testemunha de vista, um voyeur sádico".

    Parabéns por nos brindar com mais esse artigo, Irmão Jorge. Deus o abençoe!

    Vanderson M. da Silva.

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  19. Helvécio,

    tenho para mim que, independente da classe social, o homem está em flagrante rebeldia contra Deus, até o momento em que o Espírito Santo o regenera, tornando possível a obediência e a sujeição ao senhorio de Cristo.

    Como está escrito: "sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso" [Rm 3.4]. E o homem somente pode sair do abismo da mentira pelas mãos do bom, verdadeiro e único Deus.

    Abraços.

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  20. Vanderson,

    Pensando sobre estes e outros movimentos anticristãos, cheguei à conclusão de que em todos eles há o apelo ao amor não-bíblico, de tal forma que tornam Deus em cúmplice dos pecados.
    O simples fato de não reconhecerem a punição pelo pecado faz de Cristo um fantoche e de sua morte um espetáculo deprimente; e assim lançam por terra toda a revelação especial, abraçando uma revelação extra-bíblica, humanista e permissiva para com o pecado, de tal forma que Deus passa a ser um criminoso passivo e agente direto dos crimes ao não condená-los e aos seus autores, como supremo juiz que é.

    E nós que conhecemos a verdade não podemos nos unir a esses tais, antes devemos denunciá-los em suas propostas de fazer Deus o autor do crime.

    E, como você disse, estamos na era em que os ídolos se materializam nos próprios homens.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  21. Voltei...

    O que diz dizer vai de encontro ao seu texto e ao que um irmão afirmou logo acima: os ´idolos internos, mentais, sempre um deus bíblico adaptado a nossa experiência, numa tentativa de torná-lo melhor do que Ele mesmo se revelou.

    Se a justiça dos homens é complexa, imaginemos a de Deus. Se como homens nos esforçamos em produzir leis que sejam ( nem sempre são ) eficazes em punir os erros ( uns mais que outros ), pensemos em Deus que detém toda a informação e é o único capaz de comparar coisa com coisa fielmente... A imutabilidade de Deus passa por não ser possivel torná-Lo melhor...Ele é o que Ele é. Amor mas justiça, ambos perfeitos. aqueles que não se adequam a Sua graça sem medida sofrerão sim punição também sem medida. O pior é enganar o perdido, o que não conhece e ainda não crê, tornando-o um desafizado, um néscio.

    Um abraço.

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