18 agosto 2011

Haraquiri teológico - Parte 1: um reino sem súditos!











Por Jorge Fernandes Isah


Existe um movimento em progressão na igreja, que é a própria negação da igreja, e se resumiria na inadequação e acomodação dos conceitos mundanos a uma suposta vida cristã, não revelada como o sábio e perfeito conselho de Deus, pelo contrário, repudiada e condenada pela Escritura. Infelizmente a maior parte dos ataques que a igreja cristã sofre atualmente provém de suas próprias fileiras; o joio, misturado ao trigo, tem-se levantado para desarraigar o que Deus plantou, e assim fazer da igreja uma extensão do mundo, uma espécie de sanitário aparentemente higienizado e perfumado, mas que se resumiria a um local onde as pessoas defecam pelo chão e se esfregam nas paredes para limparem-se. Seria um local onde alguns poderiam amenizar suas dores, mas que se resume a um paliativo, um anestésico que aplicado sistêmica e subliminarmente, afasta-os do Evangelho, impedindo-os de reconher a verdade, acomodondo-os à má-consciência, à mentira deslavada e vergonhosa, como é toda mentira. O problema é a impossibilidade de se limpar um cômodo enchendo-o de lixo e entulho; da mesma forma a alma humana somente pode ser despoluída pelo puro Evangelho, que trará ao homem doente a cura através do arrependimento pelo qual vem o perdão: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor" [At 3.19] [1].

Os agentes infiltrados têm por objetivo levar a cabo o plano de tornar irrelevante o conselho do próprio Deus para os homens; e é dessa forma que os idealizadores do movimento agem [ainda que muitos adeptos não se aperceberam disso, cegados e iludidos pelos apelos do próprio coração]. Como Paulo nos alertou: "Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho, e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si." [At 20.29-30].

Mas do que estou falando? De uma corrente que se diz evangélica e que trabalha laboriosamente contra o Evangelho chamada “movimento do não-senhorio de Cristo”.

Em linhas gerais, para quem ainda não sabe, este grupo afirma que alguém pode ser salvo sem a necessidade de se apresentar um fruto sequer. A salvação, pela graça, em si mesma não está atrelada à santificação ou ao testemunho que o salvo deveria dar, nem aos frutos que deveria produzir. De tal forma que, contrariamente ao que a Bíblia afirma, o cristão pode ser salvo mesmo sem arrependimento, sem fé, sem testemunho, sem saber que foi salvo, sem mesmo querer sê-lo, bastando-lhe apenas e tão somente a graça de Deus; uma graça que pode passar completamente desapercebida, e pela qual não se terá nenhum sentimento de gratidão. É como se eu usasse uma mesma camisa todos os dias, sem tirá-la do corpo, sem a concepção de que ela exista. Ou comesse atum todos os dias, em todas as refeições, e jamais me apercebesse do que estava comendo, e mesmo da existência do próprio atum. É claro que são fíguras de linguagem precárias, especialmente quando se refere à salvação, mas a ideia de um crente completamente alheio à sua salvação é algo muito mais absurdo ainda.

O que torna essa falsa doutrina algo realmente perigoso é o fato dela conter parte da verdade, de ter em seus princípios algo verdadeiro, mas que somente está ali para facilitar o estratagema enganoso de capturar os incautos para um sistema completamente falacioso, perverso e maligno. Uma mentira, ainda que tenha elementos verdadeiros, continua e permanece uma mentira. Basta uma lida na passagem em que o Senhor Jesus é tentado no deserto pelo diabo [Mt 4.1-11] para se perceber como a astúcia, a habilidade para o mal e para o engano, pode-se confundir com a verdade, camuflando os seus reais intentos. Como alguém já disse alhures: meia-verdade é mentira inteira!

Sabemos que a salvação é dádiva e favor completamente divinos, onde o homem não pode participar de maneira alguma, sendo apenas o alvo de toda a obra redentiva planejada e executada por Deus. Não se pode colaborar em nada com ela[Ef 2.8-9]. Mas ela pressupõe um processo, ainda que tenha sido decretada eternamente. E esse processo também é decretado, de tal forma que o salvo terá fé, arrepender-se-á, será regenerado, santificado, e dará frutos para a glória de Deus [não nesta seqüência, necessariamente]. Portanto, um salvo não precisará das obras para a salvação, mas as obras confirmarão a sua salvação. Portanto, nós, os salvos, somos feitos do alto, "criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas" [Ef 2.10]. Em outras palavras, os frutos não precedem a salvação, mas a sucedem, de tal maneira que por eles é possível se saber a sua procedência. Como o Senhor nos diz: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” [Mt 7.16-20].

Alguém poderá dizer: “mas, nessa passagem, Cristo está a falar dos falsos profetas e mestres”. É verdade, mas ela serve perfeitamente para os cristãos também, porque se é possível distinguir o engano e a mentira através dos maus frutos, é-se possível distinguir a verdade através dos bons. O cristão dará bons frutos que revelem a sua semelhança com Cristo e a sua filiação ao Pai.

O que o movimento do “não-senhorio de Cristo” proclama é que Deus salvará o homem ainda que ele não saiba, não queira, e não seja capacitado a testemunhar a sua eleição. Poderá mesmo continuar tão ímpio que não haja diferença em sua natureza. Mas tudo isso é avesso e alheio à verdade, ao que a Bíblia nos revela, porque o homem, para ver o reino de Deus, terá de nascer de novo. Foi o que Cristo disse a Nicodemus: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” [Jo 3.3]. Da mesma forma, o Senhor também disse que seriamos reconhecidos como seus discípulos se amássemos uns aos outros [Jo 13.35]; ou seja, os frutos são uma espécie de atestado daquilo que somos, do que nos tornamos pelo poder Deus. Se o homem mantém a sua velha natureza e não reconhece a necessidade do arrependimento, do perdão divino, e de se sujeitar ao senhorio de Cristo, esse homem permanece morto em seus delitos e pecados [Ef 2.5], e carece de ser vivificado por Deus.

É estranho que haja entre aqueles que se dizem discípulos de Cristo quem defenda o não discipulado a um salvo. O argumento é autocontraditório, pois se é-se discípulo de Cristo, recebe-se o ensino de Cristo, e com ele aprender-se-á. E se dizem que o discipulado é desnecessário, em si mesma essa afirmativa já é um ensino, um ponto ou princípio definido por um sistema de crenças, que foi ensinado e aprendido. Na verdade, essa é a condição para se proteger de maneira eficaz todo o sistema distorcido e inválido do "não-senhorio de Cristo", de forma que os tolos aprendam necessariamente um único aspecto normativo: o discipulado é supérfluo, pois nada se precisa aprender além dessa falsa premissa ensinada.

Interessante que a doutrina do “não-senhorio” reconhece a parte mais fácil para o homem [a salvação, pela graça de Deus], mas sem as suas implicações diretas [a servidão, a sujeição ao Senhor; que resultará na morte do velho homem e no surgimento do novo homem]. Paulo diz que estamos mortos para o pecado, então como é possível ainda vivermos nele? [Rm 6.3]. "Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor" [Rm 6.11]. Há um claro conflito de interesses entre o que dizem os proponentes do "movimento do não-senhorio" e o que a Bíblia nos revela. Ao ponto deles considerarem irrelevante o ato de se pecar ou não, pois já estão debaixo da graça, logo, quer pequem, quer não pequem, isso em nada afetará as suas condições de salvos. Para eles, qualquer alusão à Lei e à santidade não passa de legalismo, de hipocrisia, visto que ninguém consegue se ver livre totalmente do pecado. Ora, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. O fato do homem regenerado ainda pecar, não é o mesmo que pecar deliberadamente. Por deliberado quero dizer, convicto, decidido, disposto a levar às últimas consequências o ato pecaminoso. O homem regenerado, ainda que conviva com os seus pecados, sente-os como um peso, um fardo duro de carregar; ele titubeia e oscila entre o fazer e o não fazer antes de fazer; feito, arrepende-se e é perdoado por Deus. Mas mesmo depois disso, ele ainda é capaz de experimentar uma certa angústia, de se aborrecer, se entristecer, pois tem a nítida noção de que seu ato ofendeu a Deus. Como está escrito: "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte" [2Co 7.10]. Por isso, alguém que se considera salvo e nunca tenha se arrependido diante de Deus, somente receberá o salário do pecado: a morte! [Rm 6.23]. Porque é impossível ser salvo sem ser servo, ou de receber a redenção sem se sujeitar ao Redentor. O que eles querem é um reino sem súditos, e súditos sem reino.


- Continua -

Leia também "Haraquiri Teológico - Parte 2: a ignorância não protege ninguém

NOTAS: [1] Esta é uma perspectiva do ponto de vista temporal e humana, pois é certo que o perdão de Deus é eterno e imutável, assim como o próprio Deus é etrno e imutável; logo, muito antes de virmos a nos arrepender no tempo, ele já nos perdoou eternamente, pois a obra de Cristo na cruz foi decretada também na eternidade. Leia o texto "Santidade: Temporal ou Eterna?", onde desenvolve melhor este ponto.
[2] Haraquiri - Técnica de suicídio praticada por membros da classe guerreira japonesa. A pessoa que comete haraquiri faz uma incisão em seu abdome, de determinada maneira prefixada, e estripa-se a si mesma. O termo japonês para designar esse ritual é Seppuku.
[3] Este texto é uma ampliação ao que foi publicado no blog "Cotidiano Cristão", cujo título é "Como ser 'salvo' e ainda ir para o Inferno!"
[4] Indico, como complemento, a leitura do texto "O que não é, pode não ser mesmo, se não for. Mas, e se for?", bem como a leitura do livro do pr. John MacArthur Jr. "O Evangelho Segundo dos Apóstolos", publicado pela Editora Fiel.
[5] Se tiver problemas na visualização e leitura do texto, vá até ao "Klone" do Kálamos e leia lá!


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66 comentários:

  1. KKKKKKKK, muito bom Jorge.

    Semana passada, houve culto de missões em nossa congregação, e fui convocado a escrever uma reflexão sobre o assunto. E uma das minhas frases conclusivas foi a de que "é impossível ter Cristo como salvador, sem tê-lo como Senhor. Mas ao tê-lo como Senhor, necessariamente o temos como Salvador".

    Gostei do artigo.

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  2. Ednaldo,

    essa é mais uma ideia diabólica que está sendo impetrada e perpetrada na igreja, como tantas outras foram e permanecem como se fossem "verdades", mas que não passam da mais grosseira empulhação.

    Há doutrinas que se revestem de alguma sofisticação e pretensa espiritualidade, mas que se revelam como são aos olhos atentos: lixo fedorento, nada mais!

    É a mesma artimanha iabólica desde sempre, fazer da verdade, mentira, e da mentira, verdade; e seus métodos, através dos séculos, têm alcançado algum sucesso, visto o homem ser tolo e se comprazer na tolice.

    Vê se publica o seu texto no "Divinitatis Doctor" para a nossa edificação homem.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  3. Graça e paz Jorge.
    Parabéns pelo excelente texto.
    Muitas pessoas querem Jesus como Salvador, mas não como Senhor, pois tê-lo como Senhor implica em se submeter a sua vontade e isso muitos não querem. Salvação implica em santificação e vida irrepreensível na presença do nosso Deus. Salvação implica em testemunho diário, mas como você mesmo escreveu: "O fato do homem regenerado ainda pecar, não é o mesmo que pecar deliberadamente". Devemos viver em santidade de vida, pois o que habita em nós é a divina semente. Somos pecadores regenerados, por isso devemos andar em novidade de vida.
    Que o Senhor nos ajude a termos uma vida santa em todas as áreas de nossa vida.
    Fique na Paz!
    Pr. Silas Figueira

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  4. Pr. Silas,

    essa doutrina é o absurdo dos absurdos, ainda que seja sutil e tenha elementos aparentemente piedosos. Por isso a sua nocividade, por isso é tão letal; pois é capaz de enganar com astúcia. Ela é completa e totalmente antibíblica, e não se sustenta ao menor escrutínio do Evangelho.

    Faço suas as minhas palavras: Que o bom Deus nos capacite a sermos santos assim como ele é santo.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  5. O irmão Ednaldo nãoperde uma agora...é sempre o primeiro...e eu dei uma olhada no kálamos ontem...rs...rs..rs...

    Vamos ao texto, mas antes um pdedio de benção a todos so pais que são leitores ou visitantes do kálamos, incluindo seu nobre tutor, que sejamos todos reis, progetas e sacerdotes em nossas famílias ( ou entao vamos trocar lâmpadas e pneus...rs...rs... ) Parabéns atrazados nobres pais e irmãos...

    Mais um perigo?novo? não e mais uma vez obra de gente presunçosa e sem o que fazer...com certeza...

    Penso que não atinja toda a igreja...há desvios para reformados, pentecostais, neopentecostais, tradicionais, para todos os gostos e tendências...é apenas mais um desvio...

    Em que denominação ou igreja local ela parece ganhar forçqa e espaço? Entre cavbinistas ou "arminianos" ( o resto não-calvinista )?

    Bem a mim sobressai uma questão...a do senhorio de Cristo, de como ele se materializa na nossas vidas. Penso que Cristo é Senhor nas grandes decisões ( grandes no fato de nos exigir uma posição clara e inequívoca ). Ser pastor não significa servir a Cristo, ou fazer dele de fato um Senhor...da mesma forma diácono, membro de igreja, tesoureiro, conselheiro, pregador, etc. Judas nunca reconheceu Jesus como seu Senhor, já o rico José de Arimatéia sim. Apresentar certos atributos louváveis e legítimos não fazem Jesus Senhor de ninguém, alguns crentes perdem feio para alguns incrédulos em muitos quesitos...

    O espaço é pequeno para analizar profundamente a questão...mas quem se submete ao Senhorio do Senhor, não ficará sem produzir algo da parte de Deus pois por Deus será sempre dirigido nas grandes e nas pequenas coisas..já os outros que tocam a ssuas próprias vidas aparte da direção de Deus...esses sim, nunca o conheceram de fato... penso ser esse oponto principal.

    Um abraço irmão Jorge, um pai que dormiu de um jeito e acordou de outro...iso sim é fantástico!

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  6. Quanto ao discipulado,

    trata-se de um método pedagógico antiquissimo e como método trata-se apenas de um meio e não um fim em si mesmo.

    A questão é quem discipula e em que discipula. A base de aprendizado cristão é a Escritura somente,e claro, não sem uma real comunhão com Deus, materializada pela oração feita a Deus e leitura da Sua Palavra.

    Quando o discipulado é com base estritamente bíblica o fruto será autêntico e o desejável por Deus, já quando contaminado com acréscimos outros, o resultado será também outro...

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  7. Helvécio,

    todas as heresias são velhas, no sentido de que partem do mesmo princípio: a rebeldia contra Deus. Começou com a queda de Satanás e seus anjos, passando pelo Éden e chegando até nós. Como disse, no texto, a heresia do "não-senhorio" está diretamente ligada à mentira de que não se é necessário dar bons frutos para se ser salvo. Ela rejeita o grande ensino da Bíblia, de que Deus operará eficazmente realizando em seus filhos a boa obra de Cristo [Fp 1.6], para que demos frutos para a sua glória.

    Não sei de uma igreja específica ou denominação específica que aceite essa loucura. Sei de cristãos que têm difundido-na como uma crença bíblica, assim como um grande número de crentes defende a não existência do corpo-local, do crente individual e solitário, e também da errância e falibilidade e não inspiração da Escritura. Na verdade, toda a base para toda heresia consiste em não se crer completamente na revelação especial de Deus. Quando falsos profetas como Ellen White, Joseph Smith e Charles T. Russell e tantos outros que diziam receber de Deus revelação direta, criaram suas seitas, estavam abandonando o bom e sábio conselho direto de Deus: a Bíblia.

    Mas essa é outra história...

    Quanto ao ponto principal ao qual você resumiu, é isso mesmo. Quem é filho de Deus, regenerado pelo Espírito Santo, produzirá bons frutos [e terá o desejo íntimo de fazê-lo]. Quanto a quem não é, nem mesmo haverá o desejo de glorificar a Deus; e o que muitos fazem é confundir a glória de Deus com a glória pessoal. Estes estarão sempre com suas atenções voltadas para a "segunda glória".

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  8. Caro

    Sem novo nascimento não há como ser salvo...

    Todavia entendo que em casos especiais (nascituro, morto logo depois de nascer, louco, etc...) Deus pode sim salvar o homem ainda que ele não saiba.

    Mas evidente que ninguém pode continuar na impiedade e ainda almejar ser salvo, afinal a santificação é consequência direta do novo nascimento.

    Se não há santificação gradual e crescente, é porque na realidade nem houve novo nascimento.

    Há casos em que não há tempo de a santificação se manifestar (o ladrão da cruz é o exemplo clássico).

    Abraço!

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  9. Natan,

    concordo com os pontos por você anotados, e, em linhas gerais, é essa a minha preocupação. Por isso, decidi-me a escrever sobre o assunto. Biblicamente não há como uma pessoa ser salva sem produzir frutos. Há uma história de um missionário que naufragou no Titanic e através do seu testemunho nas águas geladas do Atlântico Norte, um homem veio a se converter. Sabemos do ocorrido porque esse homem sobreviveu e pode dar o seu testemunho. Certamente, durante a sua vida, se foi realmente um convertido, produziu frutos para a glória de Deus. Se tivesse morrido ali juntamente com o missionário, não haveria esse tempo, mas em nada afetaria a sua salvação.
    O fato é que há pessoas que dizem possível uma "conversão" sem que o "convertido" saiba que se converteu. Ele não se arrepende, não tem mudanças interiores e exteriores, não professa a fé bíblica, nem mesmo se preocupa com a sua salvação, quanto mais as dos outros. Então, isso é uma aberração, uma doutrina maligna que visa manter o pecador em seu estado impassivelmente pecaminoso.
    E, com isso, a obra de Cristo é desprezada, o próprio Senhor é desprezado, e se faz de Deus mentiroso.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  10. Todas as religiões são teóricas ( espero que entendam o que quero dizer ), você crê em um monte de coisas, explica um monte de coisas, defende um monte de pontos e na realidade material e espiritual nada acontece, nada existe. O cristianismo pode como as demais religiões ser apenas teórico e aí reside o perigo.

    Crente é quem foi tocado por Deus, que como Zaqueu, Madalena, o Centurião e tantos no passado e hoje tem algo a dizer sobre um fim de uma velha vida e um início de uma nova. Que fazem de Jesus o dono ( Senhor ) de suas vidas e cuja esperança está na eternidade e na redenção de toda a criação, cuja única regra de fé é a simplicidade e profundidade das Escrituras somente.

    Um abraço a todos.

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  11. Jorge,

    essa (falsa) doutrina foi muito difundida nos anos 80, pelos dispensacionalistas. Sugiro a leitura do livro O Evangelho segundo Jesus, de John MacArthur Jr (Ed. Fiel), no qual ele combate com bastante veemência e consistência tal falácia.

    Abraços!

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  12. E o pior é que o MacAtrhur é dispensacionalista - rsrsrs

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  13. Leo,

    tenho o livro, mas ainda não li. Na introdução ao "Evangelho Segundo os Apóstolos", MacArthur diz que este livro é continuação daquele, e que muito do que trata neste, foi tratado inicialmente por lá.

    Fica a sugestão: leiamos os dois livros.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  14. Ednaldo,

    o pr. MacArthur diz que essa falsa doutrina tem o seu nascedouro entre os dispensacionalistas. Contudo ele alerta que os adeptos do "não-senhorio de Cristo" são invariavelmente dispensacionalistas, mas nem todos os dispensacionalistas são adeptos da doutrina do "não-Senhorio" e, como exemplo, temos o próprio autor.

    Entendo que, como heresia, ela está ganhando a simpatia mesmo de não-dispensacionalistas, e muitos que nem mesmo têm uma "preferência" escatológica.

    Entre várias denominações tem-se disseminado este engano, de forma que mesmo entre correntes mais tradicionais ela tem ganhado adeptos e arrebanhado incautos.

    Estamos às portas de um tempo onde o "crente" não precisará reconhecer nada para se considerar salvo ou seguidor de Cristo. A Bíblia, novo-nascimento/regeneração, bons frutos, Corpo Local [Igreja], obediência, etc serão meros detalhes; e os que se apegam a eles como a verdadeira doutrina, serão considerados fariseus ou legalistas. Uma olhada em sites, blogs e salas de bate-papo é capaz de dar a real dimensão de como essa heresia está-se alastrando entre os cristãos.

    Cada vez mais a mensagem do Evangelho tem sido substituída pelo falso evangelho, mas reconheço que isso não é de hoje, já vem há muito, muito tempo. Quase tão velho quanto a própria criação.

    Abraços.

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  15. Pois é Jorge!! Sinceramente não sei como alguém tão douto como o MacArthur ainda é dispensacionalista, mas tudo bem.

    A heresia do não senhorio, é antiga e se manifestou durante um tempo na igreja sob o nome de "doutrina do crente-carnal", o grande problema é que ela é agradável a natureza da carne. Por isso muitos vão ao encontro dela e a abraçam com tanta força.

    Continuemos fieis ao Evangelho, pregando-o com fidelidade. Quem sabe não podemos salvar alguns.

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  16. Ednaldo,

    amém! Deus nos capacite e fortaleça a permanecermos firmes sobre a Rocha.

    Abs.

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  17. Helvécio,

    Você está certo.

    Li hoje a seguinte frase do pr. Josemar Bessa no Facebook: "Chegará um tempo em nossas vidas que descobriremos que conhecimento não praticado é a pior de todas as possessões".

    Acho que resume bem o que você disse.

    Abraços.

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  18. muito bom, amado jorge, o blog é ótimo. Depois que saber mais sobre o assunto... carteirinha calvinista? Vamos ter um dialogo(risos). Graça e Paz!

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  19. Osmar,

    legal tê-lo por aqui.

    Vamos conversar sim, agora! [rsrs]

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  20. Jorge,
    Seu texto trata de um assunto sério, e na mesma proporção esquecido. O utilitarismo faz com que o Evangelho na visão de muitos, seja uma opção religiosa dentre várias. Ou seja, não se leva em conta a transformação na qual o evangelho nos enxerta, mas uma mera decisão a uma religiosidade para qual só se exige um assentimento intelectual. "Eu quero ser cristão ao invés de budista", dizem alguns, sem que junto a tal declaração venha uma radical compreensão de uma nova vida a luz de tal decisão. Tenho batalhado contra esse problema que está impregnado [em muitos lugares] mui fortemente na Igreja que faço parte. Vemos decisões em demasia, mas não vemos nada a resultar de tal decisão. A conclusão trágica é que essas pessoas frequentam a Igreja como uma terapia, e no decorrer da semana mostram ao mundo quem são, ímpias que se decidiram para um clube social, chamado "igreja". Que Deus nos dê a força necessária para nos opormos [pela pregação] aqueles que julgam ser possível serem salvos por Jesus, distante da via que proclama seu Senhorio sobre todos que lhe pertencem.

    Esse livro ao qual o Leonardo se refere foi um dos meus primeiros contatos com a teologia reformada, junto com Pink. Eu o li ainda com o seu antigo nome, o qual segue "O que significa quando Jesus diz: Segue-me - O Evangelho Segundo Jesus". Um livro bíblico e altamente necessário. Sobre dispensacionalismo de Macarthur, lhes recomendo o livro "A Segunda Vinda", lançado pela CPAD. Ele não é como aqueles dispensacionalistas que procuram dar significado literal para os detalhes da escatologia. Porém, ele se mostra, no livro, claramente pre-tribulacionista, crença suficiente para ser dispensacionalista.
    Mizael

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  21. Mizael,

    essa heresia é muito mais comum do que percebemos. Quando alguém fala de "graça" temos a ideia de que está falando do favor divino em relação aos seus, mas o que não aparece debaixo desta palavra é que muitos consideram desnecessária a frutificação do eleito, e de que ele tem um compromisso com Cristo; como Paulo nos diz, fomos comprados pelo seu sangue. Ora, quem é comprado, é escravo! E tem de obedecer ao seu Senhor, que o comprou.

    Infelizmente, ouço muitas pessoas [ainda que de maneira sutil] defender uma vida pecaminosa com a desculpa esfarrapada de que está na "graça". Aquela ideia diabólica do "crente carnal". E a decisão humana [como uma obra pessoal em favor de si mesmo para a salvação] pressupõe exatamente isso: somos senhores de nós mesmos! Com isso, podemos decidir os rumos que damos à nossa existência, autonomamente, sem qualquer compromisso com "o caminho, a verdade e a vida".

    Faço minha a sua oração!

    Muito bom o esclarecimento sobre a visão dispensacionalista do MacArthur. Eu não conhecia esse livro dele, pela CPAD. Como escatologia não é a minha prioridade no momento, lerei quando Deus quiser. Mas fica a dica para os irmãos que desejarem conhecer melhor o pensamento do pr. John sobre o assunto.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

    PS: Rapaz, estamos sentindo a sua falta. Vê se aparece mais vezes.

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  22. Irmão Jorge, o assunto é sério, conforme citou o irmão Mizael em certo aspecto, coisa bastante comum mas penso ser não o alvo da preocupação de alguém. Já explico: a compreensão distorcida é de fato um problema, a qualidade de vida cristã observada nos outros não é nosso problema.

    Pela ótica calvinista a simples preocupação e interferência nesse assunto contradiz o calvinismo. Os eleitos são salvos de qualquer jeito, segundo o calvinista não eleito "meio-salvo", "quase salvo", salvo mas ainda não renascido", etc . O salvo, renascido segundo essa comrpeensão dará frutos querendo ou não. O não eleito nem desejando dar frutos. Ent~qao a conversa está encerrada.

    Na minha ótica ( arminiana vá lá...) os salvos, renascidos, tem de se esforçar e buscar a Deus, e desejar serem melhores que do que são qa cada dia, ou poderão como Davi, entre outros exemplos, terem períodos de pior qualidade espiritual, algo natural.

    Aí sim cabe a exortação e do irmão Jorge e a preocupação do irmão Mizael. Fora dessa visão todas as abordagens são inúteis pois estaria tudo já determinado.

    Na minha visão (de assemelhado...rs...rs...rs... ) as abordagens feitas no texto e pelos irmãos são todas perfeitamente cabíveis, sérias e a serem pensadas. Se não não.

    Um abraço a todos.

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  23. Houve um erro de digitação:

    [Os eleitos são salvos de qualquer jeito, segundo o calvinista não eleito "meio-salvo", "quase salvo", salvo mas ainda não renascido", etc . O salvo, renascido segundo essa comrpeensão dará frutos querendo ou não. O não eleito nem desejando dar frutos]

    O que deveria ser:

    sugundo o calvinismo, não HÁ ELEITO "MEIO SALVO", "QUASE SALVO", "SALVO MAS AINDA NÃO RESNASCIDO", etc.

    Dessa forma os frutos desejáveis e bons são inevitáveis e naturais e aos outrs ainda que desejassem, para esses seria algo inalcançável sob todos os aspectos.

    E tanto o "eleito" quanto o "não-eleito" nada podem fazer para mudar ou acrescentar algo a sua presente ou futura situação.

    Sob esse aspecto somente o hipercalvinista estaria coerente na sua visão. Logo não haveria o que reclamar ou tentar mudar.

    Mas se por outro lado a nossa percepção da distorção real e perceptível na igreja e entre os crentes pode ser mudada por nós ( por nossa interferência, discurso, exortação, reflexão, etc.) o calvinismo está francamente errado ( e caso esteja certo calvinistas- não só - perdem seu tempo em desejar que algo seja mudado ).

    Repetindo: como eu creio que as coisas podemser mudadas, tanto o texto do irmão Jorge e absrevação do irmão Mizael são perfeitamente pertinentes.

    Um abraço mais uma vez.

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  24. Helvécio que é que é isso?? Dois pesos duas medidas?

    Em um paragrafo você fala de uma coisa, no outro fala de outra? rsrsrs

    Você diz: "Os eleitos são salvos de qualquer jeito, segundo o calvinista não [HÁ] eleito "meio-salvo", "quase salvo", salvo mas ainda não renascido", etc . O salvo, renascido segundo essa compreensão dará frutos querendo ou não. O não eleito nem desejando dar frutos. Então a conversa está encerrada."

    Mais uma vez você demonstra pouco conhecimento do que realmente ensina o calvinismo. Em primeiro lugar, o novo nascimento muda as afeições e desejos do crente, logo não haverá eleito salvo e regenerado que não deseje produzir frutos, muito embora a luta entre a carne e o espírito ainda aconteça dentro dele.
    Segundo, não existe essa de "não eleito" querer produzir frutos, pois se os próprios eleitos regenerados precisam de Deus e de Cristo para alcançar essa graça, que diremos daqueles que não estão em Cristo? Isso é simples humanismo.

    Você diz mais: "Na minha ótica ( arminiana vá lá...) os salvos, renascidos, tem de se esforçar e buscar a Deus, e desejar serem melhores que do que são qa cada dia, ou poderão como Davi, entre outros exemplos, terem períodos de pior qualidade espiritual, algo natural."

    Neste caso, não é uma ótica arminiana, mas os calvinistas defendem exatamente desta forma, e acrescentamos mais o fato de que é necessário o conhecimento da vontade de Deus, para guiar o homem no caminho correto, por isso as exortações neotestamentárias. Quanto a altos e baixos na caminhada, o calvinismo não nega isto. A heresia hiper-calvinista, sim, mas até onde sei ninguém aqui é hiper-calvinista, logo levantar questões tendo esta em mente é perda de tempo.

    Mas usando seu exemplo anterior, na "sua ótica arminiana", existem "meio-salvos", "quase salvos", "salvos não renascidos"?

    Provavelmente você é pré-tribulacionista, não tenho certeza, mas estes "meio-salvos", "quase salvos", salvos não renascidos", quando Cristo voltar para arrebatar a igreja, (do ponto de vista pré-tribulacionista), eles meio-que-vão, quase vão, ou serão abortados?

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  25. Ahh!! Antes para os calvinistas existem apenas eleitos que certamente foram, estão, ou serão salvos, de acordo com o plano traçado por Deus desde a eternidade. E não há ninguém que possa mudar este quadro, "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."

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  26. Caro irmão Ednaldo, não há a meu ver, "meio-salvos", "quase salvos", "salvos não-renascidos", só há portanto "salvos" e "não-salvos ainda". Mas já que tocou no assunto penso terem, existirem, haver, calvinistas não salvos, como qualuer outro que se auto rotule, intitule crente ou evangélico "não-salvo".

    Se predestinados ( segundo a ótica calvinista ) ou não ( arminiana ) há somente salvos pela graça e que tenham se encontrado um dia de fato comno Senhor, os demais ainda que com uma cultura cristã evangélica legítima e visivelmente observável, não são salvos ainda. infelizmente. A esses convém a mais urgente exortação.

    Particularmente não acho o hipercalvinismo por si só uma heresia, trata de uma contatação óbvia da cosmovisão calvinista. Quanto ao novo nascimento não é um processo, mas uma figura de algo, de um acontecimento imediato. Se não fosse assim seria mais correto de chamá-lo de "nova gestação" de um novo homem.

    O Filho de Deus "nasce" tão imediatamente quanto o nascimento biológico. Da escuridão vê de repente a luz e se vê em uma novo mundo, o mundo espiritual. Não há imitação humana que se aproxime dessa obra, desse ato divino, e só e somente isso torna o outrora incrédulo em crente.

    Sobre a marterialidade do céu só ser[a arrebatado os "salvos", "renascidos", os unidos pela comunhão a Cristo. Todos os crentes religiosos ( e são muitos hoje ) sejam arminianos ou calvinistas estarão de fora.

    De fato,m para mim, a doutrina embora legítima e benéfica, não é crença, é apenas opinião enãosão poucos que fazem dela "a rocha" sobre a qual a igreja do Senhor está edificada. Trata-se de um grande risco pessoal.

    Quanto ao conflito interno do homem não é uma constatação originalmente calvinista. Todos os cristãos ou pelo menos a maioria, pelo menos mais sóbria admite isso.

    Um grande abraço meu irmão.

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  27. O que afirmei foi da inutilidade ( segundo a ótica calvinista ou se o preferir apenas hiper calvinista ) de tentar admoestar ou exortar alguém cujo destino já está predefinido e traçado.

    Melhorar um perdido para quê? o pior a lhe acontecer já está traçado...

    Por outro lado melhorar um "salvo" é inrelevante, já que Deus o fará de qualquer jeito. Ele não é autônomo para ter alguma atitude por si mesmo e nem precisará que alguém lhe diga alguma coisa. Até refletuir sobre essas questões não viriam de nós ( ou viriam? )

    Mas se podemos nos esforçar, nos angustiar, lutar contra nós mesmos ( haveria outro dentro de nós? nem a carne poderia desobedecer a Deus...) então a resposta mais coerente está opostamente de um outro lado.

    Aí sim toda uma enorme gama de possiblidadfes poderia ser alterada por vários fatores. Por isso se o calvinismo correspodner a exata cosmovisão bíblica, os hiper calvinistas é que estão certos sem desconto algum.

    "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor" [At 3.19] não faria o menor sentido ( verso bem lembrado pelo irmão Jorge )

    Observem o tempo verbal ( imperativo ) só se ordena algo que psosa ser cumprido, realizado, por um agente diferente e idependente daquele que ordena. A exortaçãodo irmão Jorge, sob forma reflexiva no seu texto e preocupação do imrão Mizael Reis sob essa ótica, como já disse antes, é dessa forma pertinente e urgente.

    Um abraço mais uma vez.

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  28. Outro "pano para manga":

    Há salvos que podem deixar de sê-los, claro que a abrangência maior dessa possibilidade envolve muitos exemplos bíblicos e não pouca discussão ( não pleamente resolvida de forma a convencer todas as partes em dois mil anos de fé cristã ) mas que temn tudo a ver com a reflexão jorgina( rs..rs..rs... ou jorgiana? )

    Salvo pela graça e sem fruto ou característica alguma na sua pretensa "vida cristã"? sem um clara e objetivamente um "antes" e um "depois". Sem testemunho algum visível e claro? Sem história a ser contada que testemunhe um milgre, um toque divino?

    E a apostasia ela de fato existe? alguém que andava com Deus pode deixar de andar com Ele e fica elas por elas?
    A pretexto de dar maior segurança ao crente a igreja omite ou disfarça, contorna a apostasia ou a negação da fé bíblica uma dia defendida e confessada? Ou encontra ( a igreja ) o caminho mais fácil ao afirmar que o "apóstata" nuca creu de fato?

    Não é o barateamento de uma pretensa segurança que existe de fato em Deus, mas que não tem a contragosto somente um lado? São questões sérias, não novas, jamais resolvidas concensuadamente implicitas ou pelo menos relacionadas a reflexão do nosso querido irmaão Jorge e sua preocupação da qual,penso, todos nós indiferentemente compartilhamos em algum grau.

    Um abraço a todos maus uma vez.

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  29. Uma canção cristã contemporânea e regional que tem tudo a ver com reflexão do irmão Jorge ( divertida e séria ) em:

    http://amusicagospelbrasil.blogspot.com/2011/07/abordagem-mais-ampla-do-cancioneiro.html

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  30. Helvécio, isso tudo é para não perder o costume de responder perguntas que não foram feitas e deixar as feitas para lá? rsrs

    Mas vamos lá, o que noto é que você confunde muito as coisas, nós dizemos "determinismo bíblico", você lê "fatalismo". Esse é o ponto, você, a princípio, não para para ler o que escrevemos, antes lê a primeira palavra e já impôe os seus pressupostos.

    É isso que eu vejo e, apesar da minha insistência, por isso considero perda de tempo conversar contigo.

    Quer ver?? Você diz "Particularmente não acho o hipercalvinismo por si só uma heresia, trata de uma contatação óbvia da cosmovisão calvinista.", e se eu disser "particularmente não acho o teísmo-aberto por si só uma heresia, trata de uma constatação óbvia da cosmovisão livre-arbitrista.".

    A questão da admoestação, não é a de levar o homem não eleito a obediência, mas a de guiar o eleito a esta. Como não sabemos quem é eleito e quem não o é não podemos sair escolhendo a quem pregar ou a quem admoestar.

    Você claramente defende um ponto vista aberto no que diz respeito a Deus, pois fala de possibilidades humanas como se isso fosse algo real, como se por exemplo Judas pudesse não ter traído Jesus. Ao afirmar isso você nega piamente a onisciência divina, pois para você Deus não previu Judas traindo Jesus.

    Você concorda comigo??

    Quanto aos "salvos que podem deixar de sê-lo", você poderia me citar um exemplo bíblico disso, por salvo me refiro a algum ser humano que estava no céu e foi expulso de lá.

    Pergunto isso, pois do seu ponto de vista apesar de afirmar existirem "salvos" e "não salvos ainda", pergunto, como alguém pode afirmar ser verdadeira um dos salvos? A principio você não pode, pois você mesmo pode estar salvo hoje e amanhã não estar, concorda?

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  31. Helvécio,

    Sua compreensão do calvinismo é superficial, razão pela qual faz perguntas incosistentes com aquilo que cremos, de maneira tal que as mesmas não se constituem num problema insuperável à ótica reformada.

    Em oposição a pregação para aqueles cuja a sina é perdição decretada você diz:

    "Melhorar um perdido para quê? o pior a lhe acontecer já está traçado..."

    Como alguém pode concluir isso, com base em qual conhecimento exaustivo pelo qual só Deus sabe de antemão quem são, você pode privar-se de pregar àlguem em razão do tal ter sido predestinado ao inferno?

    Em outro momento, você diz:

    "Por outro lado melhorar um "salvo" é inrelevante, já que Deus o fará de qualquer jeito".

    Qual é o meio através do qual Deus salvará os seus de qualquer jeito?

    Mizael

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  32. Parabéns Jorge, muito bom o texto. Gostei mesmo!

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  33. Ednaldo e Mizael,

    faço suas as minhas palavras.

    Mais uma vez, obrigado!

    Abraços.


    Helvécio,

    ouça o Ednaldo e o Mizael; pense detidamente no que eles estão dizendo e faça como os irmãos de Beréia, sobre os quais Paulo citou em Atos.

    Abraços.

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  34. Igor,

    obrigado pela visita! Sinto-me honrado por ter gostado do texto e aprovado-o, o que é ainda melhor.

    Espero que também aprove a parte 2, que já está "no ar".

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  35. Caros Mizael e Ednaldo,

    Não conheço o calvinisno superficialmente, ainda mais pelo fato de nos últimos tempos ter lido mais acerca do mesmo perscrutado as suas afirmações.

    O fato é que fujo objetivamente do teologês e vou ( tento 0 ir direto ao ponto. Determinismo e fatalismo dão ambos no mesmo lugar ( embora seja chique dizer que não ).
    Salvo é quem já está no céu? e se factualmente ninguém estiver nem no céu e nem no inferno ainda? Onde estavam Lázaro antes da ressureição e o ladrão da cruz após a sua morte?

    Quanto ao exemplo, por falta de tempo ( estou na escola ) cito depois com certeza.

    Outra coisa: que coisa horrorosa, pior do que pensar que se pode perder a salvação é não saber quem é eleito ou não...é um desastre!

    Tenho por mim que é muito mais fácil reconhecer um nascido de novo e plena comunhão como Senhor e um apóstata do que advinhar quem é eleito.

    Eu pergunto: há alguma possibilidade ( em tese ) de um eleito não se tornar o que Deus queira que seja ( na visão calvinista )? Então por que essa angústia toda?

    Moisés poderia ter entrado na terra prometida? Se disserem que poderia estarão concordando como a minha visão. Se disserem que não estarão afirmando a inutilidade de qualquer possibilidade e portanto a anulação de qualquer esforço em mudar qualquer coisa, seja por admoestação, exortação, reflexão, etc.

    Se eu não posso mudar de opinião e vocês também não isso é fatalismo.Se ambos podemos mudar, os não -salvos podem se converter, sejam eleitos ou não. Por que valeria para algumas coisas e para outras ( mais importantes ) não?

    Se há um motivo ( implícito ou explícito ) para a eleição onde estaria a tão propalada graça?

    E não é só isso, há inúmeras outras questões. que tenho feito a outros calvinistas menos simpáticos que vocês ( vocês são muito amáveis ) que eles cosmovisão.

    Quem foge das perguntas não sou eu.

    Mas eu os amo...

    Um abraço a todos.

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  36. Irmão Mizael,

    Se Deus desejasse salvar qualquer um independente da, digamos, participação da vontade do sujeito, quem poderia impedi-Lo? Quanto mais salvar os seus de qualquer jeito...

    Pois até ao rico, difícil de entrar no reino dos céus ( não nos céus ), Jesus disse ser possível a Deus...

    O ponto é: se Deus deseja fazê-lo Ele o fará independentemente de qualquer coisa ou qualquer um.

    A salvação é um consórcio cujo componente para que alguém seja salvo é : pregação, aceitação, fé que desencadeiam a operação e o braço de Deus em favor do homem.

    Um abraço querido.

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  37. Helvécio, se tudo o que você escreveu sobre conhecer profundamente o calvinismo, pois se o conhecimento não é superficial, e de uns tempos para cá tem perscrutado nossas afirmações. Posso, indo direto ao ponto, concluir que ou você possui dificuldades cognitivas, ou é desonesto conosco, e com sua própria consciência.

    Por não acreditar, na primeira opção, já que sei qual é o seu trabalho e ninguém com dificuldades cognitivas poderia exercê-lo, concluo que a verdade está na última conclusão.

    Será que o fato de você fugir do "teologuês", não se dá por dificuldades de aplicá-lo corretamente? Vide a sua confusão, proposital, entre determinismo e fatalismo, pois o que está em cheuqe não é se o resultado final é o mesmo, não é isso que diferencia um do outro, mas a forma como este resultado final é alcançado, no determinismo quem coordena os meio até alcançar o fim é o Deus pessoal, que faz tudo para o Louvor da Sua Glória, no outro são forças impessoais.

    Quanto a não saber quem são os eleitos, creio que você no seu amplo e profundo conhecimento acerca do calvinismo, deve ter encontrado algum que afirme possuir a onisciencia, como eu apesar de calvinista, ainda tenho muito o que aprender, não encontrei nenhum que afirmasse isso, mas como para você nem Deus é onisciente, por que os calvinistas deveriam ser? E por que isso seria desesperador? E outra coisa, não adivinhamos, muito menos tentamos adivinhar, pois isso é pecado!!

    A resposta a pergunta sobre Moisés, é não!!! Moisés não poderia ter entrado, Deus disse que ele não entraria!!! Mas pelo fato de você porfiar em confundir Deus com "as forças de Grayskull", vai continuar vendo por este prisma.

    A propósito, você só se considera livre, primeiro por não considerar a Bíblia como Palavra de Deus, e segundo por desconhecer a determinação divina a seu respeito. Mas eu lhe afirmo, que você, apesar de não ser livre, é responsável por cada ato cometido, e de forma análoga eu também.

    Quanto a "ter por [você] ser mais fácil reconhecer um nascido de novo e plena comunhão como Senhor e um apóstata do que advinhar quem é eleito.", eu discordo, é tão difícil quanto. E mais uma coisa, aqui você se contradiz, pois um apóstata pode "nascer de novo" de novo, e um nascido de novo, pode morrer de novo. Já que é uma obra humana, e Deus não tem, ativamente, nada a ver com isso.

    Abração.

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  38. Helvécio,

    A principio vou ignorar algumas coisas que você disse, questões facilmente refutáveis, pois por elas você ainda se detém em questões triviais pelas quais ninguém poderá refutar o determinismo bíblico, com o qual o calvinismo se coaduna. Mas faço isso para que nos voltemos às perguntas com as quais indaguei sua perceptível ignorância para com o determinismo.

    Você diz:

    "Se Deus desejasse salvar qualquer um independente da, digamos, participação da vontade do sujeito, quem poderia impedi-Lo? Quanto mais salvar os seus de qualquer jeito.."
    Isso não pode ser considerado uma defesa plausível, visto que você usa uma reflexão hipotética. Claro, se Deus quisesse teria feito tudo diferente da forma como fez, mas isso não inválida a forma como ele escolheu fazer. Por exemplo, se Deus quisesse, poderia ter criado uma infinidade de mundos habitáveis. Porém, essa possibilidade não executada por Deus não insurge contra a realidade de um único mundo habitável no qual habitamos e concluímos ser o único mundo criado por Deus. Deus poderia ter redimido os seus sem remissão, ou seja, sem satisfação pelos pecados, sem se dar como sacrifício em prol deles. Ele poderia ter desejado não se irmanar em nossa vida e tabernaculado com os homens. Ou seja, para salvar a humanidade, poderia ter escolhido não levar a efeito esse plano revelado a nós desde o Éden e ratificado no curso da história pelos profetas. Porém, essas possibilidades, as quais não ouso fazer [faço-as tão somente para mostrar a inconsistência de sua argumentação] não se opõem àquilo que Deus decidiu fazer. Dessa forma, cogitar as possibilidades daquilo que Deus com seu poder poderia fazer não responde nada. Deus poderia ter feito tudo de outra forma. Mas isso que Deus não escolheu fazer [nem sequer pensou em tais coisas, pois ele é perfeito é não cogita possibilidades, mas sim executa planos infinitamente perfeitos] não pode ser usado para se opor àquilo que ele decidiu fazer.

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  39. Você diz:

    "O ponto é: se Deus deseja fazê-lo Ele o fará independentemente de qualquer coisa ou qualquer um".

    Errado. Tudo quanto Deus faz, Ele O faz se valendo dos seus meios. Não há nada na história dos homens e da redenção na qual Deus não tenha se valido dos seus instrumentos. As Escrituras são a palavra de Deus, escrita em tempos distintos da história, desde homens doutos a não tão letrados, e isso feito num longo tempo da história, embora Deus poderia tê-la feito descer do céu, prontinha sem que se valesse de homens pelos quais pudesse compor sua palavra. Quando enviou o dilúvio sobre a terra, ordenou a um justo que se dedicasse cento e vinte anos de sua vida para criar uma arca na qual Deus haveria de abrigar os que ele salvaria, embora pudesse ter "arqueado uma de suas sobrancelhas” para criar de súbito uma arca sem valer-se de um reles mortal para tal construção. Ele deu a lei ao seu povo por meio de Moisés, muito embora, segundo suas argumentações hipotéticas, ele poderia ter feito sem tal instrumentalidade. Ele deu a terra prometida a Moises ao seu povo, e o fez por meio de Josué, por meio do qual destruiu as nações que na terra habitavam. Deus decidiu tabernacular entre os homens e redimi-los por sua morte, muito embora possua o poder de aniquilar tudo o que é mal e por um fim nesta "guerra espiritual" num segundo. Enfim, sua afirmação de novo não se sustém, visto que não houve tempo no qual Deus tenha agido sem se valer de meios.

    Você diz:

    "A salvação é um consórcio cujo componente para que alguém seja salvo é : pregação, aceitação, fé que desencadeiam a operação e o braço de Deus em favor do homem".

    Ora, não entendo você. Primeiro você hipoteca coisas com as quais Deus não se responsabiliza. Segundo redunda [exceto pela palavra consórcio] naquilo que é verdadeiro, qual seja, que Deus salva por meio da pregação. Creio que seja melhor que você me mostre nas Escrituras qual foi o tempo ou ato em que Deus agiu sem se valer de meios por Ele também controlados.

    Onde está nas Escrituras essa visão de que não há determinismo? Mostre textos.

    Mizael

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  40. Irmão Mizael, compús uma resposta ao irmão Ednaldo ( Hoje a tarde...) mas a perdi, ainda que cuidadoso, copiando e esperando graciosamente pelo desempnho do blogspot ( nada a reclamar, é de graça e mau funcionbamento é normal até em avião...rs...rs...rs...).

    A preguiça me impede de por ora reescrever toda a minha reflexão, embora me lembre dela...o farei a ele ( ao irmão Ednaldo outra hora... Um abraço a ele.

    Li as suas condireações. Vamos a elas portanto...

    Vamos ver se dessa vez vai e não "fáia..."

    Ponto 1! A possibilidade de Deus não ser impedido, não é lucrubação minha a Bíblia o diz, não uma ou duas mas várias vezes, nem vou citá-las pois você conhece cada versículo a isso relacionado. E não é só Deus, curiosamente em menor proporção e alcance pois Deus é Todo-poderoso e o homem não, Deus diz acerca do homem em uma importante ocasião que não haveria restrição acerca das realizações humanas se esse ( o homem ) não fosse impedido. Qual o problema em afirmar que Deus faria o que desejasse se o desejasse?

    Ponto 2! é certo que Deus nas Escrituras faz várias coisas através de pessoas, o que para mim não é nehuma novidade. Salva através da pregação de humanos e não de anjos. Se eu e você não pregarmos a algupem e neinguém mais pregar a essa pessoa ela morrerá nos seus pecados.
    Mas de onde voc|ê tirou essa idéia de que Deus não poderá, pooderia, fazer nada sem a isntrumentalizaçao de uma criatura, seja homem, querubim, serafim, etc? Pois Ele do nada fez todas as coisas...

    Quando Deus não se valeu de meios? Ora quando criou o céus e a terra pela sua palavra. Alías Ele ( Deus é unicamente o princípio e o fim de todas as coisas e o meio ( Jesus, a Palavra, o Verbo, nada do que se fez foi feito sem ser por meio dele -parafraseando ).

    A minha argumentação é simples: se Deus predestinou pessoas "x" para serem salvos, esses não podem em tese deixar não só de serem salvos, como terem características, atributos, apresentarem frutos que não sejam o de eleitos e de salvos. Ou seja não dependem esses de nada e de nenhuma ajuda, empurrão, exortação, reflexão, ensino para atingirem os objetivos de Deus.

    Caso o calvinismo seja a visão verdadeira das coisas é esforço vão todo o pressuposto esforço para qualquer coisa. Nisso para contragosto de muitos somente o hipercalvinista estaria coerente ( não correto! ). Lutero a certas altura era mais radical que Calvino em certos pontos da fé reformada.

    Um não eleito pode ser salvo? sentindo medo da perdição, da morte eminente, perguntando desesperadamente onde está Deus? A minha sogra e o meu padrinho católico se desperaram profundamente e ocuparam a suas mentes diligentemente eu diria a buscarem respostas em Deus. Contudo não havia quem no momebnto lhes pregasse o genuíno evangelho ( ou pelo menos o evangelho pregado por algum evangélico ). Se não se salvaram é porque não eram eleitos ou deram o azar de não buscarem a verdaee mais cedo, se prederem confiadamente ao catolicismo romano e seus desvarios e muito tarde no momento limite ( perigoso e inseguro ) estarem no isolamento natural do leito de morte?

    Desde quando reflexão hipotética não tem validade? de fato coloca a prova qualquer afirmação restrita. Quando se pode confrontá-la razoavelmente há uma chance de um afirmação ser comprovadamente verdadeira. No livro de Jó por exemplo esse tipo de comparação por oposição geralmente é bastante comum ( não só lá, mas em Provérbios também e em muitos outros momentos das Escrituras.

    Um abraço meu irmão.

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  41. Tô tentando postar os meus comentários desde ontem, algo está errado do site...

    TES-TAN-DO...TES-TAN-DO...

    funcionou...FUNFÔ!!!

    Depois eu comento...

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  42. Helvécio

    Você diz:

    "Qual o problema em afirmar que Deus faria o que desejasse se o desejasse?"

    Nenhum, desde que se entenda que aquilo que ele fez foi o que ele sempre e eternamente desejou fazer. Não creio em mundo habitáveis hipotéticos. Não sou molinista. Procure saber a respeito. Ou seja, aquilo que Deus fez não foi uma opção dentre várias, analisadas por ele visando escolher a que melhor lhe conviesse. Deus como perfeito não pode cogitar planos, pois se ele cogitar planos irá preterir um em razão do outro, e de tal coisa poderemos concluir que Deus não planeja perfeitamente, visto que planejou um plano melhor do que outro. Não há nada nas Escrituras que diga que Deus tenha planejado uma coisa em escolha de outra, ou em resposta a uma situação, como um plano B. Dessa forma e biblicamente, há um enorme problema em afirmar o que você disse. Onde está na Escritura, por exemplo, que Deus não determina todas as coisas, e se determina, como planejou levar a efeito aquilo que ele determinou? Você pode provar? Cite textos, Helvécio, textos bíblicos.

    Você diz:

    "Quando Deus não se valeu de meios? Ora quando criou o céu e a terra pela sua palavra. Aliás, Ele (Deus é unicamente o princípio e o fim de todas as coisas e o meio (Jesus, a Palavra, o Verbo, nada do que se fez foi feito sem ser por meio dele-parafraseando)"

    Não se deve valer de exceções e impô-las contra as regras. Que Deus criou o mundo do nada, nós sabemos. Agora, que isso é regra através da qual se possa chegar à conclusão de que ele sempre age sem meios é inconsistente. Ademais, se atente para o que eu disse. Eu disse que "Não há nada na história dos homens e da redenção na qual Deus não tenha se valido dos seus instrumentos". Depois que Deus criou tudo do nada, até para cuidar do seu jardim, ele responsabilizou sua criação.

    Você diz:

    "Mas de onde você tirou essa idéia de que Deus não poderá, poderia, fazer nada sem a instrumentalização de uma criatura, seja homem, querubim, serafim, etc.? Pois Ele do nada fez todas as coisas"...

    Tenha em mente o seguinte: Aquilo que Deus não fez, Ele nunca pensou em fazer. Se não houve tempo no qual Deus não decidiu agir sem meios, então é porque ele nunca pensou em assim agir. Pois se assim houvesse desejado fazer [ele poderia] a história seria diferente daquela registrada. E como eu digo que ele poderia? Porque ele é Deus. Porém, como eu digo que ele não pensou em assim fazer? Porque isso não aconteceu.

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  43. Como sei disso? As Escrituras dizem que "Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos". [Sl 135.6]

    Não há nada acontecendo no mundo que Deus não tenha desejado que estivesse acontecendo, do contrário o texto mente. Como a Escritura não mente, tudo o que está acontecendo agora é do agrado de Deus. Sua hipótese não entra nesse versículo como uma possibilidade real, pois isso é molinismo. Ele teria sido real e efetiva se Deus estivesse escolhido isso. Como não escolheu [pois sequer pensou em escolher tal coisa, uma vez que tal coisa não esteja acontecendo] então nem sequer deve ser considerado como possível agora, senão como algo que Deus poderia ter desejado fazer, mas como não está acontecendo agora, Ele jamais desejou fazer tal coisa.

    Você diz:

    “Caso o calvinismo seja a visão verdadeira das coisas é esforço vão todo o pressuposto esforço para qualquer coisa. Nisso para contragosto de muitos somente o hipercalvinista estaria coerente (não correto!). Lutero a certa altura era mais radical que Calvino em certos pontos da fé reformada”.

    Essa é a razão pela qual eu reafirmo: Sua compreensão do calvinismo é inconsistente. Nem um arminiano clássico busca refutar o calvinismo por esse fraco argumento. Veja o texto:

    “Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade. Que chamo a ave de rapina desde o oriente, e de uma terra remota o homem do meu conselho; porque assim o disse, e assim o farei vir; eu o formei, e também o farei”. [Is 46.10,11]

    Pelo texto sabemos que é impreterivelmente certo de que tudo quanto Deus anuncia, desde o principio será o que de fato acontecerá no futuro. Ou seja, Deus determina todas as coisas. Segundo, o texto diz que Deus fará toda a sua vontade, pois seu conselho, ou seja, sua decisão sobre as coisas baseada em sua sabedoria, é firme. O texto prossegue dizendo que para tanto, ele chama a ave de rapina do oriente, e o homem de uma terra remota para cumprir seu conselho. A fim de cumprir seus planos, Deus usa vários meios como a ave e o homem para que ambos cumpram o seu conselho. O fato de Deus decretar todas as coisas não significa que tais coisas acontecerão misticamente, como você sugere. Tudo quanto Deus determina entre os homens, ora, acontecerá entre os homens. Você priva a Deus de sua infinita sabedoria, argumentando que aquilo que acontecerá, acontecerá sem a participação do homem, ou melhor, quando argumenta que se Deus determinou todas as coisas, não há porque nos movermos, visto que todas as coisas já estão determinadas. O texto lhe refuta, pois diz que Deus fará todas as coisas, chamando de um ponto a outro, o homem e até as aves para cumprir aquilo que ele determinou.

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  44. Jó disse:

    “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido”. [Jó 42.2]

    Ora, a conclusão de Jó estava baseada em tudo quanto em sua vida ocorreu, e ao cabo da provação, ele pôde perceber que não há nada que Deus deseje que possa ser frustrado por terceiros. Mas tudo quanto Deus determinou que acontecesse com Jó, incluía Jó, de modo que sua afirmação inclui tudo quanto ele passou e de tudo concluiu que Deus pode tudo e nenhum de seus planos pode ser frustrado. Ou seja, o propósito de Deus não invalida a participação do homem. Ou ainda, tudo quanto Deus desejou fazer no mundo, incluirá aqueles que habitam no mundo.

    “O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração”. [Sl 33.10]

    A Vontade de Deus permanecerá firme entre as gerações, ou seja, tudo quanto ele determinou que acontecesse entre os homens, acontecerá e tornar vão e trivial a participação dos homens não é bíblico. Pense Helvécio, como a vontade de Deus se manifestará entre os homens? O que as palavras “de geração a geração” significam, senão o plano de Deus executado entre os homens?
    Deus determinou salvar os seus. Mas como ele fará isso, ou, como ele determinou fazer isso? A providência de Deus é um exemplo inequívoco daquilo que estamos falando. O fato de Deus sustentar todas as coisas não exime o homem da responsabilidade para a qual Deus o predestinou.

    A Palavra de Deus disse que o seguinte sobre a brevidade da vida humana:

    “Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles”. [Jó 14.5]

    “O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela”. [1 Sm 2.6]

    O que podemos concluir do texto acima? Que os dias de vida de cada ser humano estão determinados por Deus. Todos viverão o tempo que Deus lhes permitir viver, nem um segundo a mais. Isso o exime de viver? Tira sua responsabilidade de não se atirar a frente de um carro, ou de tomar remédios controlados em demasia privando-se da vida? E mesmo se assim o fizer, poderemos dizer que para o tal chegou o dia determinado por Deus para que morra.

    “Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo”. [Tg 4.13-15]

    Você pode fazer planos para ir e vir, mas só irá e voltará para onde Deus determinou.
    O determinismo nas Escrituras é certo, mas, também é certo que aquilo que Deus determinou acontecerá no mundo que ele criou, no qual nós estamos o que nos inclui no plano do Todo Poderoso.

    Mizael

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  45. Caro irmão Mizael,

    Primeiramente agradecido pela atenção as minhas colocações, mesmo não concordando com as mesmas.

    Fiz algumas colocações para o irmão Ednaldo ( em resposta as dele ) mas perdi por motivos de problemas do blogger, desisti e transformei em parte de uma postagem em meu blog.

    Antes de comentar acerca de seu elaborado e lúcido comentário, gostaria de colocar que de fato no fundo, ainda que de modo salutar estamos fazendo ( cada um de sua parte ) uma defesa aos nossos pontos. Você e demais irmãos defendem o calvinismo e seus pressupostos e eu os refuto, que no fundo no fundo é algo de uma absoluta inutilidade ( sob esse foco o nosso debate ) pois
    cremos sinceramente no nosso mesmo e único Deus e
    no único e potente Salvador o Senhor Jesus Cristo.

    Ontem em conversa com o meu filho citei o pastor
    divulgado na mídia que diz que a terra é quadrada pois o evangelho seria pregado nos "quatro cantos da mesma". Todos rimos deles, mas no Brasil, e o irmão de um colega professor, da área científica e em especial geógrafos e outros especialistas seguem o ET Bilu e defende que a terra é uma bacia com vídeos na web "esclarecendo" a "nova teoria". O pastor da terra quadrada será salvo, pela afé no Senhor Jesus, mas no dia do Arrebatamento o Senhor dirá a ele enquanto sobe:- "- Dê uma olhada para baixo meu filho...".

    No nosso caso é o mesmo.. as novas dúvidas serão sanadas naquele dia diante do Senhor. De fato "nada lhe perguntaremos". Entretanto é salutar o nosso debate. Estamos falando do nosso Deus e de Sua incomensurável grandeza. Discutimos detalhes mas não O negamos, O reconhecemos e a Ele nos submetemos e confiamos sempre.

    continua...

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  46. Continuando...

    Toda a estrutura teológica do calvinismo é centrada e periférica a questão fundamental da eleição ( predestinação dos salvos ). Portanto a Soberania de Deus como é defendida pelo irmão só o é desse modo, senão a eleição, a dupla predestinação cai por terra inexoravelmente. Aliás toda teologia ( não só a calvinista ) funciona assim, tudo gira em torno de um único ponto.

    Embora o querido irmão e o querido irmão Ednaldo me acusem de ignorante acerca do calvinismo de fato não o sou. Vou direto ao ponto e me desvio do muito falatório que no final só tenta justificar um ponto simples e de fácil definição que pode ser a verdade ou um erro classo. Repito: isso não é particularidade da teologia calvinista, é de fato, algo recorrente em várias teologias cristãs no caso.

    Eu acho que vocês não ignoram a razão da eleição na concepção de João Calvino ( não vou repetí-la aqui ). Foi resultado de uma pergunta sincera e de uma resposta tida como a resposta a uma questão prática e que fazia todo o sentido a sua época.

    Por outro lado é salutar as nossas reflexões, não há nada de erado nelas, ou nas reflexões questionadoras e difíceis do nosso teólogo Jorge ( foi o Pr Luiz Fernando, acho, que o disse em certo comentário muito apropriadamente ) e nem precisamos concordar sobre todos os pontos. Aliás de tivéssemos todas as respostas sobre todas as questões na Bíblia, o mais justo seria fundar mais uma igreja e chamar todos para lá.

    continua...

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  47. Continuando...

    Vamos aos pontos aventados pelo irmão:

    1) Essa coisa de Deus não ter opções parece especial e elevado mas de fato não é. A Bíblia diz que Deus é o único ser Todo poderoso o que em tese o faz diferente de todas as criaturas possíveis que tem algum poder ( por Ele dado claro ) mas por maiores que sejam limitados. De fato portanto segundo as Escrituras Deus pode tudo! Ou isso não é ponto pacífico entre nós?

    2) Essa coisa portanto de Deus em algum ponto da eternidade ter definido tudo, numa única vez ( pois não pode ser de outro modo ) e nunca mais em tempo algum ter outra opção é ilógico e o fazer presa de Si mesmo.

    3) O idéia de Deus não ter em sua mente todas as opções possíveis, desde ( em tese ) a menos melhor ou a melhor só pelo fato de ser ( Ele ) Deus parece sábio e uma contastação complexa mas de fato não o é. A Bíblia o revela como conhecedor de todas as coisas, segundo esse raciocínio ( muito humano, antromófico ) só poderia conhecer uma úncia faceta de cada coisa e situação e nunca todas, e muito menos a faceta contrária, o mal. Ele ( Deus ) é conhecedor de todas as coisas e do bem e do mal.

    4) O problema reside a meu ver na concepção, na compreensão de um Deus em que todos os seres inteligentes criados por ele são marionetes, não passando de seres manipulados. Não é essa a descrição que a Biblia faz de anjos e homens ( e de Querubins como Satanás ). Você admite que eu e você e qualquer um fazemos escolhas mas que essas "escolhas" não são de fato escolhas. Nessa perspectiva o que eu escrevo contrariando as idéias e compreensões do irmão são dirigidas por Deus ( e curiosamente as do irmão também ) e eu pergunto para que e por que? Se um de nós fosse não eleito e o outro eleito já seria perda de tempo do ponto de vista prático, pois nenhum dos dois poderia mudar o outro. Nem o leito convencer o não eleito e nem o não eleito dissuadir o eleito. Teríamos um teatro com roteiro pronto.

    5) Portanto é esse o ponto da minha argumentação: a inutilidade da preocupação e do convencimento de alguém em qualquer situação. Daí ( em tese ) a coerência da formulação hipercalvinista. Só isso.

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  48. O ponto central é portanto:

    Há eleitos ou não há eleitos ( para a salvação e perdição ).

    Se os há ( para mim a eleição é para ministério e serviço e não para salvação) não se pode movê-los, nem salvos a perdidos e nem perdidos a salvos. Esse é um ponto central e irremovível do calvinismo. Não importa se como salvos ( e eleitos no caso ) nos reconhecemos, nos encontramos,etc, como agentes secretos em uma missão grandiosa e que em meio a uma guerra se ajudam e se engajem pelos mesmos ideais.

    Se o calvinismo está correto devemos aceitar calados e sem reclamações a perdição irremediavel e automática de um ente próximo e querido, compreendendo que misteriosamente ( e seria mistério mesmo ) o tal não poder ser salvo a despeito da missão morte do Senhor Jesus na cruz
    e sua gloriosa ressureição posterior.

    Se o calvinismo estiver errado e o arminianismo ( como queiram ) acerca especificamente desse assunto, todos os esforços em convencer alguém para que creia, aceite a verdade do Evangelho, fazem então sentido não importa a enorme lenga-a-lenga, o monte de livros, teólogos, desocupados, comentaristas, simpáticos por uma ou outra posição digam ou deixem de dizer, argumentem ou deixem de argumentar.

    Logo temos como consequência de uma ou outra posição, uma ação prática, pragmática, que acontece entre nós e direcionado as outras pessoas, muitas tão próximas e de relações tão íntimas que é inadmissível que possamos sorrir enquanto, biblicamente é verdade, sabemos que não foram salvas, por não entenderem, aceitarem ( dêem o nome que quiserem ) e crerem.

    Essa é em resumo a minha colocação.

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  49. Claro que li e voltei a considerar todos os versos bíblicos citados pelo irmão. Vale considerar que conforme a conveniência, as declarações bíblicas são como são ou merecem reparações e maiores explicações como joão 3:16 e o famigerado "todos" e "mundo'. Portanto nem farei considerações diferentes acerca de cada um deles.

    Mas só para constar ( pode até discordar ) quem são hoje deterministas contemporâneos em certo grau, mais bíblico, mais intuitivo, não importa? católicos romanos, espíritas, testemunhas de Jeová, Mórmons, adventistas,e muitos outros.

    Por exemplo, os Mórmons dizem que a queda de Adão e Eva ( tem eles uma compreensão consensual próxima a dos demais cristãos ) foi uma benção para humanidade, portanto determinada inexoravelmente por Deus. Nenhuma outra igreja cristã, protestante ou paraprotestante diz isso tão assumida e claramente.

    Se levarmos ao máximo a estrutura teológica calvinista chegaremos a algo bem próximo disso ou exatamente isso.

    A próposito: o irmão quis dizer “molonista” ou “molinista” ( apesar de não necessitar ser “molinista” para explicitar que Deus saiba de todas as coisas. Já “molonista” tem a ver com a origem do mal, Deus como autor do mal e do pecado, etc, etc.

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  50. Olhem só, não é perseguição daminha parte, mas essa geração de "eruditos" googleanos e wikipedianos atrapalha mais que ajuda.

    E isso só demonstra que a leitura é feita de modo desatento, e desrespeitoso, pois a pergunta feita foi sobre molInismo, e não sobre um inexistente molOnismo.

    Como nunca havia ouvido falar neste molonismo, até então, fui pesquisar no google. E só encontrei duas respostyas relevantes sobre o "assunto", a primeira é um artigo de autoria do nosso nobre amigo sobre o assunto. E a segunda é uma participação do Samuel (Sammoo) no fórum do nosso amigo PCA, o Arminianismo.com. Interessante notar que ao aplicar um molonismo a Plantinga, o Samuel simplesmente comete um erro de digitação, como sei disso, primeiro, porque sei que o Plantinga é molInista, e segundo, porque sei que o Samuel também o é.

    Mas infelizmente, o nosso irmão toma as palavras equivocadas do Samuel, e as transforma numa verdade inexistente, por isso afirmo e continuo afirmando, irmão Helvécio, você não conhece nem o calvinismo, e agora nem mesmo o que seja o molinismo.

    Mas me diverti, muito na sua prolixa resposta, sobre algo que não existe.

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  51. Helvécio,

    Direi o que penso, sem rodeios: Você quer filosofar demais sobre o cristianismo, e isso só é "possível" aos teólogos que se abdicam dos absolutos da fé cristã. Seus questionamentos estão em concordes com teólogos da estirpe do teísmo aberto, por exemplo. Homens como Richard Rice, Sanders, Boyd, Pinnock e Gondim articulam argumentos iguais aos seus por teimosamente não se renderem ao Deus Soberano, visto que um Deus Soberano lhes priva da tão desejada, porém, utópica liberdade que almejam.

    Você diz:

    "Essa coisa, portanto de Deus em algum ponto da eternidade ter definido tudo, numa única vez ( pois não pode ser de outro modo ) e nunca mais em tempo algum ter outra opção é ilógico e o fazer presa de Si mesmo".

    Isso é teísmo aberto sem rodeios. Gondim concorda com o que você disse:

    “A única maneira que podemos imaginar é aquela sugerida pela nossa situação efetiva. Deus precisa colocar o homem à distância de si mesmo, de onde ele então pode vir voluntariamente a Deus. Mas como algo pode ser colocado à distância de alguém que é infinito e onipresente? É óbvio que a distância espacial não significa nada nesse caso. O tipo de distância entre Deus e o homem que criaria certo espaço para certo grau de autonomia humana é a distância epistêmica. Em outras palavras, a realidade e a presença de Deus não devem se impor ao homem de forma coercitiva como o ambiente natural se impõe à atenção deles. O mundo deve ser para os homens, pelo menos até certo ponto, etsi deus non daretur, ‘como se Deus não existisse".
    [http://www.ricardogondim.com.br/estudos/teologia-relacional-que-bicho-e-esse/]

    "Ao criar seres com o objetivo relacional, Deus se expôs ao que jamais experimentaria caso nunca tivesse criado: dor e frustração. A liberdade humana é o limite (também o preço) que Deus se auto-impôs para concretizar seu amor nas mulheres e nos homens. Por isso, prefiro crer na fragilidade de um Deus que é amor. Prefiro aceitar que o mal não fez parte de seu projeto inicial e que Deus sofreu, e ainda sofre, com a morte de inocentes, com a injustiça econômica global e com as guerras mais estúpidas".
    [http://www.ricardogondim.com.br/estudos/para-que-insistir-na-fragilidade-de-deus/]

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  52. Com essa afirmação, você poderá menear positivamente sua cabeça, e dizer "esse é o cara":

    "Não creio que ele tenha uma “vontade permissiva” que deixa que horrores se alastrarem para [...] cumprir uma ”vontade soberana”. Não o percebo com começo, meio e fim da história prontos; ou que no presente esteja contente em administrar cada nano evento preordenado em sua providência". [http://www.ricardogondim.com.br/estudos/para-que-insistir-na-fragilidade-de-deus/]

    “Acredito que vivemos em um mundo contingente. Aceito que liberdade só é possível quando há acaso. Assim, não atribuo os acontecimentos que me rodeiam à vontade de Deus. Não acho que Deus, lá de cima, micro-gerencie a terra, semelhante a um títere onipotente. Discordo que Ele diga: “Isso eu deixo acontecer, porque me interessa” (vontade permissiva, no teologuês); ou: “Isso eu quero – ou não quero – que aconteça porque será importante para os meus planos – (vontade ativa)”. [http://www.ricardogondim.com.br/estudos/futebol-contingencia-e-o-divino/]

    Você diz:

    “Mas só para constar (pode até discordar) quem são hoje deterministas contemporâneos em certo grau, mais bíblico, mais intuitivo, não importa? católicos romanos, espíritas, testemunhas de Jeová, Mórmons, adventistas,e muitos outros”.

    O determinismo é indiscutivelmente bíblico. Arminianos acreditam em certo grau de determinismo. Teólogos “liberais” como teólogos do teísmo aberto são os que se demoveram por completo de um determinismo a fim de dar as “asas de Ícaro” para os homens no afã de voarem rumo ao Sol da liberdade. Mostre-me, com base nas Escrituras qual é sua visão sobre o determinismo. Se não responder da forma como estou lhe pedindo, creio que não será possível continuarmos discutindo. O meu desejo é adequar-me ao que As Escrituras dizem, e, se esse também corresponder ao seu desejo, meu pedido não lhe será nada de mais, senão maravilhosa e agradavelmente palatável.

    Gostaria que você baseasse seus argumentos nas Escrituras. Defina-me sua crença num Deus Soberano sobre tudo e todos, mostrando o quanto você discorda do calvinismo, sem resvalar no teísmo aberto ou em qualquer teologia que ousou desertar a Deus do controle do Mundo. Só continuarei conversando com você, amado, se reportares as Escrituras.

    Mizael

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  53. Irmão Ednaldo, querido... ponto para você...

    Não tem problema, dou a mão a palmatória...é mais ou menos como você relatou...o editor de textos possivelmente completou o texto do irmão do mogernismo.com, daí o meu depoinmento no meu blog e a minha pergunta ao irmão Mizael.

    Pronto terei que fazer uma reparação no meu blog. Mas existe a palavra "molonismo" sim, só que se refere a outro assunto.

    Mas convenhamos, o meu erro, não tem nada a ver com conhecer ou não o calvinismo, você sabe disso. Nem a questão é conhecer o calvinismo ou outro "ismo". Não se trata de uma guerra por qual "ismo" se iguala a verdade bíblica, pois de fato não há...felizmente! Eu acho. Aliás todos esses "ismos" enchem mesmo muito o saco.

    Mas um apergunta que se faz é a seguinte: não dá para chegar a essas compreensões ( origem do mal, a obra da salvação, o alcance da salvação, a regeneração, santidade, justificação, e tantas outras importantes se entendidas na sua exatidão bíblica...) só pela Bíblia?

    Eu acho que sim. E mais: se pode até ter comunhão mais íntima com o Senhor e serví-lo como veradeiro servo sem entendê-las profudamente ( a um nível acadêmico por exemplo ).

    Das duas uma: os as pessoas afortunadas com acesso a informação formam um grupo elitista na igreja e tratam os mais simples com falsidade, mentidno-lhes ou acoultando-lhes o que não podem de fato alcançar ou esses ( os mais simples ) sempre serão incapazes de agradar a Deus de forma plena.

    Sobre o "Uncle Google" há erros na rede, mas nos livros também há, incluindo os teológicos. E até em traduções das Escrituras... pequei pela pressa e repercuti um erro que devo reparar senão vira "lenda urbana".

    Mas já que leu o meu texto, concorda ou discorda que, perdemos relativamente a relação de respeito, de temor bíblico, ao falarmos do Senhor ( não sempre mas eventualmente ) pois no ocidente mais contemporâneo, palavras como "Senhor", 'servo", "Deus", "santo" nada ou pouco significa ainda mais entre crentes, tirando Deus do seu lugar exaltado e transformando_o em objeto de simples análise?

    Isso é bastante visível na web quando crentes ( evangélicos ) não tratam o sagrado mais como sagrado, e as igrejas e determinadas lideranças promovem ações e movimentos que o elemento sagrado não mais existe de fato.

    A visão de Isaias, todas as elas ( achoq eu por três vezes tenho que rever ) e postei uma, para reflexão, nos lembra de um Senhor sobre um alto e sublime trono. Precisamos todos nos lembrar disso.

    Como diz o irmão Jorge, não somos inerrantes. Erramos aos montes. Mas o irmão do morgenismo errou primeiro...( rs...rs...rs...)

    Um abraço.

    Deus o abençoe.

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  54. Irmão Ednaldo,

    reparo feito, se se der ao trabalho de verificar...

    Mas a minha resposta não foi sobre algo inexistente, usei como ponto de partida a uma outra reflexão, e um ponto de partida irônico, se vocẽ não entendeu... só isso. E nessa você não me pega, pois sabe disso. A minha postagem não foi sobre o "molinismo" e nem tão pouco sobre o "molonismo".

    Um abraço!

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  55. Irmão Mizael,

    O que eu disse não é nem de longe a mesma coisa que Ricardo Gondim pomposamente escreveu e repete todos as vezes em que pode fazê-lo. Godim quer agradar e o consegue as vezes pelo seu tom atencioso com o sofrimento e injustiça "redescoberto" por exemplo pela teoligia da libertação com base na crítica do capitalismo a partir de uma visão materialista marxsista.

    Se reler com atenção coloquei em algum lugar que: " reformados, tradicionais, protestantes ( batistas não são protestantes ) pentecostais, neopentecostais e paraprotestantes, juntamente com grande parte de católicos romanos não questionam a onipotência divina. Ou seja para mim, para você e para bilhões, Deus pode tudo, não sofrendo de nehuma limitação.

    Ricardo Godim entretanto afirmara que Deus não pode evitar tragédias ( declaração feita a eṕoca do Tsunami no Japão ), como então é a mesma coisa? só porque você quer colocar essas palavras em minha boca.

    Concordo que o debate deve se pautar nas Escrituras somente, que ela ( a Bíblia completa, as Escrituras ) é inerrante com a revelação não dúbia de Deus acerca do que necesitamos saber sobre o nosso destino ( vida e morte ) e sobre Si mesmo.

    continua...

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  56. Continuando...

    Há de si determinar a que "determinismo" ambos nos referimos e conferí-los se falamos do mesmo determinismo.

    No meu exemplo, direto é o seguinte: a mior parte das pessoas ( incluindo comprovadamente as do crendo supracitados, teístas portanto ) aceita boa parte ou se não a totalidade dos eventos como já previamente determinados em algum momento antes do tempo ou no mundo e esferae espirituais. Não sou eu que digo, pergunte as pessoas. O materialismo igualmente se alimenta desse pensamento: o unviveso se encolherá em algummomento do futuro e novamente se expandirá em um novo e recorrente "big-bang" e isso indefinidamente sem um Deus por estar determinado por uma mecãncia fixa. Do mesmo modo a evolução seja biologica ou "espiritual ".

    Claro você pode não só concordar mas esquecer esse importante detalhe. A excessão portanto é confessar diferentemente de Gondim e de tantos que possam ser citados que Deus pode intervir no presente rompendo uma cadeia natural de acontecimentos seja quais forem, incluindo uma leitura teológica bĩblica como a Marta afirmando perante o Senhor que Lázaro ressucitaria sim na ressureição do último dia( releia a ressureição de Lázaro atentamente )ou Pedro cuja salvação se destinaria aos gentios igualmente.

    Ou ainda a Biblia revelando através das próprias palavras do Senhor Jesus que o Filho Pródigo ( rico ) decidiu gastar a sua herança conforme a sua própria vontade e que depois caindo em si resolve voltar e pedir perdão a seu pai.

    A equação ( a adequação, a igualdade entre elementos aparentemente conflitantes) bíblica vai a além de qualquer conveniência teológica, errática, incoscientemente ou mal intencionada, como geralmente acontece.

    O problema não é nem o calvinismo ou o arminianismo, ou o pentecostalismo, etc. Sempre estar-se-á optando por um ou outro e perdendo a revelação mais completa da verdade Bíblica. É como escolher um time, um partido, uma ideologia, um filósofo, um teólogo, etc.

    Só por hipótese, em tese, se deixar de ser calvinista escolherá ser o que? nada? pentecostal? neopentecostal?

    Eu e você somos crentes, o irmão Jorge, o irmão Ednaldo e tantos outros e que mérito há em ser isso ou aquilo? Acha que tenho o objetivo de convencê-los a deixarem de ser calvinistas? Acha que considero isso importante, ou o mais importante? Se dissessem "sim" queremos nãomais ser calvinistas, acham que eu me alegraria com isso, só com isso?

    continua...

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  57. Continuando...

    O Renato Suhett ( o ex-bispo da IURD ) é agora um pastor reformado, uma pessoa culta, que passou por várias experiências, e numa fase longe do declarado veementemente nas Escrituras. O bom nessa história é estar crendo no Senhor e na Sua Palavra. Claro é a históra e a experiência dele. Algumas vezes orei e torci por ele não se diatanciar tanto das verdades Escriturísticas. Tanto se afastam ( não da igreja somente qualquer que ela seja ) mas do próprio cristianismo. Logo ser ou deixar de ser calvinista é bastante irrelevante mesmo porque a questão da salvação em sí está individualmente assegurada para cada um que sinceramente crê no Senhor.

    Tenho reservas sérias acerca do calvinismo? sim, obviamente sim e me parecem ser todas bastante sérias.
    AH mas apra apontá-las tenho que ser um apologético competente, um teólogo de profunda formação acadêmica irretocável? Acho que não tenho tempo para isso mesmo que quizesse, além de não ser por várias razões a minha prioridade.

    Ademais não é isso que me transformaria nem eventual perseguidor e convertedor de calvinsitas em ex-calvinistas ( como há de ex-TJ, ex-Adventistas, ex-Mórmons, ex-isso, ex aquilo ).

    A minha participação mesmo sendo do contra, no blog do irmão Jorge, é porque o admiro ( no momento que ele me pedir apra nçao fazê-lo o farei sem problemas ).

    Aí vocês todos podem perguntar: por que então falar alguma coisa se não é para convertẽ-los em ex-calvinistas? A resposta é simples: todos nós por vários motivos estamos perdendo oportunidades de fazer o melhor para o Senhor, de testemunharmos e pregarmos as outras pessoas ( e isso não importa se somos calvinistas ou outra coisa ) e todos nós sentimos isso, de que a nossa ação tanto individual como parte da igreja possui furos. As razões são culturais ( da igreja e dos crentes ) teológicas ( pois essas limitam a nossa ação como crentes embora a teologia seja algo legítimo e espirituais pessoais ( proximidade com Deus, fidelidade, etc, etc).

    O olhar particular dos irmãos calvinistas que só olham duas coisas - o próprio calvinismo e o seu aparentemente inimigo, o arminianismo - é restritivo, limitador e contrutor de guetos que excluem de fato a todos os demais com sérias reservas. A enorme lista de não afirmações é bem maior que a de afirmações. Sobre isso tive uma conversa, há alguns meses, sem ataques, preconceitos e de olho na realidade, uma conversa muito proveitosa com o pastor do irmão Jorge, conversamos durante quase duas horas mais ou menos.

    Desse modo a preocupação com a espiritualidade e a ação concreta de nós todos como crentes é que nos une, penso.
    Mas podemos falar sobre exatamente o que propõe e dentro das Escrituras. Se uma mudança houver ( de qualuer um de nós ), não será simplesmente de igreja, de posição teológica, de opinião, mas de ação na igreja e no mundo mais relacionada ao testemunho e a pregação do evangelho.

    Um abraço meu irmão.

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  58. Irmão Ednaldo,

    O irmão não foi justo comigo. O irmão Mizael Reis não me perguntou sobre o "molinismo" ele afirmou que não era e mandou ver o que era. Como não me lembrava e sabia que existia a palavra "molonismo", fui no "tio Google" e digitei "molonismo" e aí entre outras, a única em português foi a do morgenismo.com.

    No meu post no meu blog, parti da nossa conversa e desenvolvi algo sobre o "Trono de Deus" e a transformação de Deus, de ser exaltado em simples objeto de análise, a partir do limitado e orgulhoso intelecto humano, justamente pelos que nEle crêm e curiosamente, não pelos não crentes. Ponderei com ironia, que os crentes tratam a Deus com a mesma falta de reverência real como os que dEle ( Deus ) blasfemam.

    Só isso.

    Um abraço.

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  59. Helvécio,

    Como não disse a mesma coisa? Talvez você não afirme tudo quanto o teísmo aberto defende, porém argumentou algo da mesma forma que o teísmo aberto. Você disse:

    "Essa coisa, portanto de Deus em algum ponto da eternidade ter definido tudo, numa única vez ( pois não pode ser de outro modo ) e nunca mais em tempo algum ter outra opção é ilógico e o fazer presa de Si mesmo".

    Você diz que é ilógico Deus ter determinado todas as coisas de uma vez, crendo ser possível Deus resvalar para outras opções. Isso é teísmo aberto. Ou Deus decreta e determina tudo, ou ele determina coisas lá na frente. Porém, se ele determina lá na frente, é porque sofre privações em razão das quais não pode determinar tudo antes da eternidade.

    Você diz:

    "Se reler com atenção coloquei em algum lugar que: " reformados, tradicionais, protestantes ( batistas não são protestantes ) pentecostais, neopentecostais e paraprotestantes, juntamente com grande parte de católicos romanos não questionam a onipotência divina. Ou seja, para mim, para você e para bilhões, Deus pode tudo, não sofrendo de nenhuma limitação".

    Essa é a razão pela qual você se contradiz. Se Deus é Todo-Onipotente porque diz que é ilógico determinar todas as coisas baseando-se em sua perfeita onipotência? Se ele é Eterno e perfeito, como pode lhe ser ilógico decidir todas as coisas na eternidade?

    "Concordo que o debate deve se pautar nas Escrituras somente, que ela (a Bíblia completa, as Escrituras) é inerrante com a revelação não dúbia de Deus acerca do que necessitamos saber sobre o nosso destino (vida e morte) e sobre Si mesmo".

    Então cite as Escrituras, por favor. Você, de novo, comenta sem citá-las.

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  60. Você diz:

    "Há de si determinar a que "determinismo" ambos nos referimos e conferí-los se falamos do mesmo determinismo.

    No meu exemplo, direto é o seguinte: a mior [maior] parte das pessoas (incluindo comprovadamente as do crendo supracitados, teístas, portanto) aceita boa parte ou se não a totalidade dos eventos como já previamente determinados em algum momento antes do tempo ou no mundo e esferae [esfera] espirituais. Não sou eu que digo, pergunte as pessoas. O materialismo igualmente se alimenta desse pensamento: o unviveso [universo] se encolherá em algummomento [algum momento] do futuro e novamente se expandirá em um novo e recorrente "big-bang" e isso indefinidamente sem um Deus por estar determinado por uma mecãncia [mecânica] fixa. Do mesmo modo a evolução seja biológica ou "espiritual".

    Helvécio,

    Prove pelas Escrituras o que você acabou de dizer. Se continuar resistindo, chegarei à conclusão de que você tira suas conclusões de seus pensamentos. De tudo que falou você não prova nada, não sustentou nada. É muito vago e distancia-se do cristianismo, pois filosofa demais sem sequer conceituar um fundamento escriturístico. Ademais, isso é fatalismo. Em sua, nada direta, explicação, você não define um ser inteligente por trás de todas as coisas, mais descreve coisas que são fadadas a acontecerem. Mostre-me suas bases Escriturísticas. O determinismo bíblico não é fatalismo [pois quem determina todas as coisas é Deus de modo que as coisas não são porque estão fadadas a serem, mas sim porque Deus determinou que assim sejam; não é materialismo, pois o materialismo à qual você se refere é o filosófico e o tal, é ateísta, pois diz não haver [provar] nada, senão a matéria, negando o metafísico ou transcendental.

    Acredito que Já lhe dei este conselho, mas o farei novamente. Use o Word ou qualquer editor e corrija suas palavras. Não publique seus pensamentos sem antes revisá-los.

    Você diz:

    "Só por hipótese, em tese, se deixar de ser calvinista escolherá ser o que? nada? pentecostal? neopentecostal"?

    Defendo o calvinismo porque ele é inteiramente bíblico, pois prega as doutrinas da graça com fiel comprometimento. Mostre-me pelas Escrituras que o calvinismo é errado. Só pra constar sou da Assembleia desde que nasci, e pretendo permanecer nela até morrer. Leio a Palavra com arminianos, oro com arminianos, evangelizo com arminianos.

    Essa é minha última participação nesse artigo, caso você não inclua em sua próxima participação, sobejas bases bíblicas. Não estou irritado.

    Mizael

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  61. Helvécio, só me desculpo por uma coisa, realmente não foi uma "pergunta feita", mas li primariamente o seu comentário, e depois o seu artigo onde você escreveu "Fui interpelado por um querido irmão, não por mal é verdade, ( o conheço através de nossos interveros na web ) se sabia o que era molonista", e logo supus que havia sido uma pergunta feita a você, pois não li na integra o comentário do Mizael, apenas fiz uma busca pela palavra "molonista" e só a encontrei nos seus comentários. E como por algumas vezes em nossas conversas anteriores, mesmo neste artigo, algumas colocações suas pareceram molinistas. Então me desculpe por isso, mas não foi injustiça da minha parte, mas apenas um equivoco.

    Quanto ao "molonismo" que você insite em dizer que existe, meu irmão, isso não existe. Se você se der ao trabalho de ler todas as ocorrências da pesquisa, mesmo em inglês "molonism", verá que isso é um erro de digitação, e que grande parte dos resultados são de sites que perguntam "você quis dizer MOLINISMO?", o próprio Google, quando se escreve "molonismo", pergunta se não desejamos dizer "molinismo", e apresenta primariamente resultados para esta palavra, e não para aquela, sendo necessário confirmar "molonismo" para que o Google busque por ela.

    E quanto ao seu artigo, eu entendi o que você quis dizer, mas não expressei bem, na verdade deveria ter escrito 'onde o assunto é citado', pois vi que seu intuito é o de menosprezar o estudo teologico, já que ataca o uso de termos teológicos, como algo válido para a praxis cristã, como se saber o significado do que seja um molinista, molonista, milenista, ou malinista, não melhora em nada nossa vida, fazendo uma "velada" acusação contra aqueles que as usam, como se estes não produzissem "frutos dignos de arrependimento", em suas participações você "adora" transformar regras em excessões, e excessões em regras. Olha só calvinistas evangelizam, fazem caridade, ajudam os necessitados, tanto quanto qualquer outra corrente teológica, faça uma pesquisa (mais cuidadosa desta vez) e verá. Logo são acusações infundadas, pois são destituídas de qualquer base objetiva, aquilo que você escreve.

    Evidentemente discordo do pensamento exposado em seu artigo, mas é sua opinião, existe uma máxima entre os hackers de que "conhecimento é poder", e ignorância nunca foi uma virtude, antes os ignorantes são dominados por aqueles que detem o saber. Evidentemente não busco conhecimento tendo em mente dominar ninguém, mas para evitar ser dominado por homens desonestos que fazem do evangelho motivo de ganho, se para isso no caminho adquiro conhecimento de diversos termos teológicos e se converso com irmãos que sabem o que estes significam, não há porque não usá-los.

    Claro que saber o significado de determinados termos teológicos, não vai tornar uma pessoa mais salva que outra, mas a fará mais sábia que outra, ou mais capaz em determinadas situações, e é justamente aqui que o irmão parece "trocar as bolas".


    Me abstenho de continuar nossa conversa, fique a vontade para ter a ultima palavra.

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  62. Ednaldo,

    Fui traído pela memória...como sou professor de arte, a palavra "molonismo" está ligada a essa área e diga-se de passagem não chega a ser algo tão importante como impressionismo, surrelalismo, etc. Só que "molonism" em inglês não é a mesma coisa de monolismo que não aparece nunca traduzido em outra língua ( é como "samba" e "bossanova". Bem de uma forma ou de outra isso já foi longe demais e se tornou algo inútil de fato.

    Um abraço.

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  63. Irmão Ednaldo,

    Em tempo: poderia, com muita razão, atacar pastores e certos seminários teológicos, pois conheço alguns que no acumulo de títulos acadêmicos ( que a bem da verdade, até injusta e tristemente só valem no mundo eclesiástico, portanto entre os pares ) são hoje incrédulos travestidos de religiosos e só não fazem outra coisa pois não teriam como sobreviver mantendo o status de classe média ( com casa própria , automóvel, e filhos em boas escolas, plano de saúde, etc.) Esses merecem esse tipo de ataque!

    Ou você não entendeu ou não quis entender. O foco é: Deus não é objeto de estudo, por mais que seja legítima a organização da fé vide a materialização de algo como a teologia. Na conversão nenhum de nós organizou nada e definiu acercas de Deus, só nos relacionamos com Ele,humildemente e pronto. Talvez esse tenha sido o nosso melhor momento de toda a nossa vida cristã ( infelizmente ou felizmente).

    A vasta possibilidade de posicionamentos teológicos é que fazem o crente naufragar na fé.
    Ricardo Gondim era conhecido como o Jimmy Swaggart brasileiro, na sua defesa de Deus, e agora?

    O ideal era ser como Paulo, unir o melhor dos dois mundos ( conhecimento secular, religioso/ teológico e experiência com Deus ), mas quem o pode experimentar em sua plenitude?

    Quem tira Deus do trono e o coloca numa bancada de laboratório, perdeu o foco, como os amigos de Jó. Já pensou porque de fato foram eles reprovados pro Deus? Não disseram bobagens, o foco estava o tempo todo errado. Releia o livro de Jó atentamente.

    Um abraço.

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  64. Irmão Mizael,

    Você não quer ser convencido e nem eu estou me propondo a convencê-lo. Trata-se de uma experiência sua e algo que você decidirá ou não.

    Mas não seja desonesto: o espaço dos comentários nos blogs ( em qualquer um ) é insuficiente para o que propõe pois inumeráveis livros são escritos
    recorrentemente sobre os mesmos pontos, são lidos e relidos e fala-se sobre eles, seus autores e pontos continuadamente e as diferentes partes não são demovidas de suas posições.

    Você precisa ( ou sente uma necessidade ) provar que está certo. Eu não preciso provar que está errado ( ou a ninguém, deixei isso claro ou não entendeu?). Mesmo porque não é aí que reside a qualidade da vida cristã.

    As Escrituras são claras e pródigas em demonstrar isso, a justiça do justo ( espiritualidade, proximidade de Deus, como se entenda ) não reside nesses elementos. Ser ou deixar de ser calvinista ( pentecostal ) é absolutamente irrelevante, ou não concordamos nisso?

    Quanto a ser da Assembléia de Deus até morrer, meu irmão, bobagem, desejo sinceramente que seja de Cristo sempre e cada vez melhor. Entretanto você sabe que não crê como eles e que não prega o mesmo evangelho que eles, embora o mesmo Jesus Cristo, claro. Mas isso é uma questão pessoal sua.

    Agora uma reclamação que acho justa: você não precisa argumentar que erro na digitação para descredenciar-me no debate. As razões são duas: primeiro a um ano ou pouco mais, estou com suspeita de glaucoma, ou seja enquanto leio e digito, alguns pontos do que está diante de mim não são de fato vistos, e só os vejo quando de uma segunda ou terceira vezes. Outro ponto é que não disponho de mito tempo livre para preparar algo com bastante antecedência, revisar, e postar. Por causa disso tenho muita impaciência para digitar não conseguindo fluir os pensamentos e a escrita no mesmo ritmo.

    Claro você não teria obrigação de saber disso.

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  65. Eu ia finalizar, mas não resisti a tentação de responder, fazer o que?

    Caro irmão Helvécio, porque você faz uso de termos como "impressionismo", "surrealismo". "modernismo", "cubismo", etc. em suas aulas? Não seria mais interessante colocar o "artês" de lado, e explicar a essência, já que o conhecimento desses termos não ajuda em nada aquele que contempla um quadro ou uma escultura em um museu, já que estes termos não conseguem expor e muito menos tornam mais belas as obras dos artistas.

    Outra coisa, linguisticamente a palavras como "comunismo", "socialismo", "calvinismo", "arminianismo", "molinismo", e muitos outros ismos, não são de origem portuguesa, são neologismos tecnicos incorporados. Logo "molinism", "calvinism", "arminianism", "socialism", "communism", são cognatas, ou seja possuem o mesmo significado, seja em uma lingua,seja na outra.

    A propósito monolismo não é o mesmo que "molonismo". Mas fiquei curioso, no campo das artes o que é molonismo? pois nunca havia ouvido falar nesta escola.

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  66. Helvécio,

    Sobre meu conselho, de revisar aquilo que se escreve a fim de evitar erros, o tal segue-se como uma forte necessidade a ser preenchida por todos que escrevem, ressalvado, é claro àqueles que em função de uma debilidade se veem impossibilitados de se adequarem a essa importante necessidade. Como não sabia de sua debilidade, deve ficar claro que escrevi isso tendo que nada lhe impedia de se apossar dessa amigável recomendação. Se te magoei mesmo assim, peço-lhe que me perdoe, pois não quis magoá-lo.

    Você é uma exceção à regra, à qual permanece como altamente necessária para àqueles que a ela se podem e devem atentar.

    Sobre nosso diálogo, não entendo como não pode se submeter ao meio através do qual as doutrinas são cridas, qual seja, provada no fogo da Escritura. Não devemos temer a discordância e buscarmos resposta na Fiel Palavra de Deus. Ademais, mesmo que se prove a um de nós que o pensamento do tal esteja em desacordo com a Palavra, não deixaremos de sermos irmãos, tão somente uma dúvida será sanada e a verdade se erguerá contra o engano.
    Sua resposta quanto a minha afirmação, pela qual me intitulo Assembleiano é por demais imatura. Isso porque sempre serviremos a Deus sob um teto de um reduto no qual abrigam irmãos, sejam batistas, assembleianos, presbiterianos, mesmo que não tenha um nome, ali se verá um aglomerado de pessoas com uma identidade com a qual se diferirão, em governo, etc., das demais. Sou cristão, sobretudo, e sirvo a meu Deus no espaço que se denomina Assembleia de Deus. Eu iria ignorar isso em razão de tamanha imaturidade, porém, foi melhor assim.

    Helvécio, entenda, tudo quanto acreditamos deve ser submetido às Escrituras. Se você não busca esse norte, está errado e deve corrigir-se. A palavra de Deus é o martelo que esmiúça a penha, bem como o fogo no qual afirmações devem ser lançadas a fim de vermos se de lá sairão como verdadeiras.

    Mizael

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