29 agosto 2011

Haraquiri teológico - Parte 2: a ignorância não protege ninguém!

Por Jorge Fernandes Isah

A doutrina do "não-senhorio de Cristo"[1] nada mais é do que a repaginação de outra distorção, uma nova vestimenta para algo velho também chamado de antinomismo [gr. Anti=contra + Nomos=lei, literalmente quer dizer contra a Lei], em que a obediência consciente, objetiva e voluntária à Palavra de Deus é confundida com o legalismo, e assim se tem uma justificativa para se transgredir a Lei, assumir a imoralidade, destruindo os fundamentos essenciais do Cristianismo, de forma que a igreja se torne ineficaz, não ultrapasse o limite que a torne em sal e luz em meio a uma sociedade transgressora e que cada dia mais rejeita qualquer noção, por menos que seja, proveniente da revelação divinamente expressa. É uma nova tentativa de anular o Evangelho e a obra completa de Cristo na vida do eleito; de anular o Evangelho e obra de Cristo na igreja; de anular o Evangelho e a obra de Cristo no mundo. Esses homens pregam o antievangelho, cujo fim é a morte.

O problema está sempre em abandonar aquilo que a Escritura diz e que foi corroborado através dos séculos pela igreja. Uma interpretação que suprima um princípio ou descontextualize a Bíblia implicará na heresia ou no erro [ambos se misturam de tal forma que é difícil separá-los, ainda que se tente fazê-lo tenazmente]. E aqui encontramos dois pilares do Cristianismo que têm sido alvos dos inimigos de Deus, os quais muitos que se dizem cristãos combatem ferozmente: a Escritura como palavra divinamente inspirada, inerrante e infalível, e a igreja. Não é interessante o empenho de quem diz ser a Bíblia a sua regra de fé, mas colocam-na sempre em dúvida? E igualmente interessante que exista uma igreja universal e celestial mas sem a necessidade de que haja um corpo local? Diz-se normalmente que a igreja é formada pelos salvos, de que são os homens e não os templos construídos por mãos que tornam-na igreja. E nisto, eu concordo. Porém, não é estranho que a igreja, para eles, seja um agrupamento etéreo, metafísico, diáfano, apenas formado pelas almas/espíritos dos eleitos? Sempre penso: onde entra o corpo nesse esquema, visto serem os homens formados por corpos/almas? Parece uma igreja de ficção científica, possível de se idealizar, mas impossível de se realizar aqui neste mundo.

Acontece que tem de haver uma fragmentação, dissociação, ruptura, na doutrina bíblica para poder se criar algo tão equivocado como a teologia do não-senhorio de Cristo. Seria o mesmo que se querer um cristianismo sem Cristo, onde ele apenas nos salvaria sem jamais ser o nosso Senhor. Seria negar toda a Escritura em seu princípio mais evidente: Cristo como Senhor e Salvador. Na maioria das vezes em que Cristo é apresentado na Escritura é-o  como Senhor e como Salvador. A profusão de vezes em que a Bíblia se refere a Deus como Senhor é esmagadoramente maior do que quando ela se refere isoladamente a ele como Salvador. Em quase todas, quando se utiliza a designação Salvador para Deus, ela vem associada à palavra Senhor. É uma prova incontestável de que Deus não pode apenas salvar a quem não está debaixo do seu senhorio. Assim é-nos revelado que para sermos salvos é necessário que sejamos também escravos de Cristo. Separá-lo nada mais é do que se criar um outro cristo, um cristo não bíblico, parte de um cristianismo não-bíblico, não revelado; e que nem mesmo pode ter um "reino" visto não haver súditos para formá-lo. Penso que o autonomismo e a ignorância, tão vivamente difundidos nos últimos séculos, têm levado o homem a uma ruína cada vez maior, pois o tem lançado em um labirinto onde não há saída ou, quando muito, as "saídas" tem-no tornado ao mesmo lugar. Permanece-se o círculo vicioso em que o indivíduo necessita desesperadamente de ajuda mas não a quer, porque sequer imagina-se capaz de precisar dela; em sua autosuficiência ele definha-se enquanto se imagina enrobustecer.

Imaginemos um rato enjaulado. Ao se abrir a portinhola da gaiola, o que ele fará? Ainda que tenha nascido na gaiola e não conheça nada além dela, mesmo que se gaste algum tempo, ele se aventurará pela porta que o levará à liberdade. No caso do homem, ele não reconhece a porta, não a vê, e prefere manter-se preso entre as grades. Ele não admite que pode fazê-lo, e por isso não faz; então bate a cabeça nas grades, lança-se ao chão, escala as paredes e se joga lá do alto, corre desarvoradamente no cubículo, mas não pode ver a abertura que o tirará dali. A sua própria incapacidade de perceber o que é bom, legítimo e verdadeiro, coloca-o na única opção possível: perceber apenas o falso e enganoso, explorando-o à exaustão. Com isto não quero dizer que os ratos são melhores ou mais capacitados do que o homem, porque os ratos não vivem a realidade humana, nem estão afeitos às mesmas consequências que o homem. O rato não é um ser moral, não toma decisões morais, nem pode sofrer por tê-las ou não, já que não as têm. O rato não tem uma consciência que vá além das suas necessidades básicas: a sobrevivência. Ainda que seja um animal social, ao viver em bando, questões como o bem e o mal não lhe afetam, nem o move a decisão, mas apenas e tão somente a subsistência do bando. De certa forma, o bando é o "indivíduo" pelo qual o rato vive e existe. A sua realidade é outra; a sua liberdade é outra; o que o leva a sair não é o mesmo que leva o homem a ficar, ou o moveria a escapar; pois o homem, ao contrário do rato, é um ser moral, mesmo que ele a rejeite ou viva imoralmente. O fato de se ser imoral pressupõe a existência de uma moral, de forma que a imoralidade nada mais é do que a rebelião. E essa revolta é contra o próprio Deus, visto ser ele quem estabeleceu quais são os princípios  morais e a ordem do homem ser dirigido por eles. Não há escolha! Portanto, quer se queira quer não se queira, o homem é e sempre será um ser moral; e toda a sua vida será guiada pelo desejo de se manter obediente a ela ou não. Apelar para a imoralidade representará apenas a não-obediência, como uma decisão que está anos-luz da ideia de neutralidade ou melhor, da ideia de nulidade ou de aniquilação da moral. A moral subsiste no homem, independente dele reconhecê-la ou não. Por isso a questão do homem que não pode ver a porta que o levará à liberdade é ainda mais grave: ele não a alcança exatamente porque sua consciência moral foi de tal forma afetada pelo pecado que o tornou escravo do pecado; mesmo que estivesse livre para fugir, não conseguiria.


Mas qual seria essa liberdade que o homem despreza?  Cristo, ora! pois, "o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" [2Co 3.17]. Sem o agir do Espírito, o homem não verá a abertura, ainda que esteja tão próximo que, dado um passo, o levaria à liberdade; mas esse passo ele não pode dar por si mesmo. Foi o que o Senhor disse: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" [Jo 8.31-32]. E Paulo complementou, referindo-se exatamente ao senhorio de Cristo: "Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos" [At 17.28]A vida de muitos é simplesmente mentirosa, falsa, de maneira que estão aprisionados em uma realidade atroz, sem chance de saírem pelos seus esforços. Eles permanecerão inúteis, e gastar-se-ão até à morte. Por isso, quando as pessoas dizem: "vou comprar uma Bíblia que tenha uma linguagem mais atual", eu entendo que isso signifique algo que seja diluído à exaustão até não haver mais mensagem alguma ali, de maneira que a ignorância seja alimentada e privilegiada... E para se ser ignorante, não é preciso muito esforço.

Quando as pessoas recusam-se a ler e estudar, se informarem além das ondas do JN ou da sopa de letrinhas dos tablóides diários, não querem nada além do manterem-se protegidos na ignorância.

Quando sites, blogs, livros, programas e workshops ditos cristãos refletem apenas a escuridão que há no homem, rejeitando completamente o Espírito revelacional, se tornam em farsantes como muitos insistem em não se assumir; tudo como parte de uma espiritualidade doentia e maligna.

A questão é que a ignorância não protege ninguém, antes lança-os no covil dos lobos, e ali, sem nenhuma proteção, além de serem assaltados serão devorados rapidamente. Vivemos tempos de privilegiar a desinformação, de privilegiar as sensações, de privilegiar tudo aquilo que pode tirar o homem da sua realidade, de forma que ele não a veja, e seja transposto para um local ainda mais escuro, tão escuro que ele é capaz de tropeçar nas próprias pernas. A Bíblia chama esse lugar de trevas, privação completa de luz. E a luz é Cristo, também chamado de a Palavra, na Escritura.

O que muitos distorcidamente alegam é que Cristo, como sendo a Palavra, não é necessariamente a palavra revelada expressamente; como se pudéssemos dissociá-lo da sua revelação, a mesma revelação que o revelou a nós. O próprio significado de "Palavra" para essa turma pode ser qualquer coisa: o espasmo de um cão hidrófobo, o suspiro de um gato preguiçoso, ou a letra "inspirada" da última sensação musical, ou qualquer lixo produzido sob inspiração diabólica. Deus pode falar ao homem de várias formas não autorizadas, e isso não é ignorância mas um alto nível de espiritualidade, ao ver deles; mas afirmar que ele se revelou integral e exclusivamente através da sua palavra inspirada é o atestado de estupidez, ainda ao ver deles. Paulo, inspirado divinamente, disse: "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus" [1Co 1.18]. O que me leva a pensar: o que eles têm verdadeiramente? Além de si mesmos? Nada. E o que podem contribuir com o que têm? Nada. E ainda assim fazem péssimo uso do que têm; porque "àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado" [Mt 13.12].

O único meio de se chegar ao conhecimento de Cristo é através da Escritura, que por ele foi-nos revelada, sendo ela a sua palavra. Mas as pessoas consideram possível tê-lo sem ser necessário tê-la; só é preciso que expliquem a si mesmas como se é possível conhecê-lo sem que ele seja revelado pela única fonte capaz de mostrá-lo. São as sutilezas do mal, como se houvesse delicadeza nas presas mortíferas de uma serpente.

Por isso, esse ideal maligno e rebelde de se ser salvo sem se ter um Senhor não pode continuar dragando vidas impunemente. Tem de ser revelado como aquilo que é em toda a sua desonestidade, imoralidade, como uma calamidade, uma desgraça que levará ao declínio, à degeneração, à impossibilidade real de consciência daquilo que se é e do que se precisa para deixar de ser, e se tornar no que se deve ser: igual, semelhante a Cristo. Ao se manter o homem numa espécie de satisfação doentia, um torpor psicótico com o pecado, está-se impossibilitado de viver a vida como Paulo nos disse que deveríamos viver, assim como ele vivia: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim" [Gl 2.20].


O que todos os alvoroçados com a falsa representação mental de que se pode ser algo sem ser necessário sê-lo ainda não descobriram é que, como naquela velha história do cobertor curto, se cobre-se a cabeça, descobre-se os pés e vice-versa. Deus somente realizará a sua obra segundo os seus princípios, as suas normas e, por mais atraentes que possam vir a ser qualquer plano arquitetado pelo homem, devemos reconhecer que ele não é o plano divino. Sendo imperfeitos, pecadores e desobedientes, manejaremos aquilo que favorecerá a nossa imperfeição, pecado e rebelião. Ou seja, aperfeiçoaremos o imperfeito de forma que ele se tornará cada vez mais imperfeito. Seria como alguém diante de um doente, sem saber efetivamente o mal que lhe acomete, manejando uma prateleira de substâncias diferentes também sem conhecê-las, sem ao menos poder identificá-las, pois não apresentam rótulos. Certamente ele administrará um remédio que não curará o doente, piorando o seu estado. Sem saber quem somos e porque somos, qualquer solução será perigosa quando não mortal. Apenas Deus nos conhece, e tem o remédio na proporção correta e eficaz, capaz de curar. Desprezá-lo, e entregar-se aos seus próprios devaneios e loucuras, é o mesmo que considerar um privilégio estripar-se a si mesmo. E o haraquiri[2] nunca absolveu alguém, antes o que ele deixa evidente é a condenação.

Nota: [1] Leia a primeira parte deste texto AQUI
[2] Haraquiri - Técnica de suicídio praticada por membros da classe guerreira japonesa. A pessoa que comete haraquiri faz uma incisão em seu abdome, de determinada maneira prefixada, e estripa-se a si mesma. O termo japonês para designar esse ritual é Seppuku.
[3] Este texto é uma ampliação ao que foi publicado no blog "Cotidiano Cristão", cujo título é "Como ser 'salvo' e ainda ir para o inferno!"
[4] Indico, como complemento, a leitura do texto "O que não é, pode não ser mesmo, se não for. Mas, e se for?", bem como o livro do pr. John MacArthur Jr. "O Evangelho Segundo os Apóstolos", publicado pela Editora Fiel.
INSCREVA-SE E PARTICIPE DO SORTEIO DESTE MÊS!

12 comentários:

  1. Bravo!!Bravo!!Bravo!!

    Ótima conclusão, Jorge.

    ResponderExcluir
  2. Ednaldo,

    valeu, meu irmão!

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  3. Caro irmão Jorge,

    Você escreve como poucos e o seu texto não é tão fácil de ser compreendido por qualquer um, embora as suas colocações se traduzidas a um nível mas fácil, sejam claras e inteligíveis.

    Todo aquele que teve uma experiência real com Jesus Cristo fez dEle ( Jesus Cristo ) o seu Senhor de fato.

    Quem é apenas cristão-religioso embora protestante, evangélico, crente, calvinista, arminiano, etc tem uma concepção de senhorio apenas teórico.

    Vamos a prática ( praxis ) mundo real: o fariseu e samaritano, um conhecia em tese a vontade de Deus o outro a fez. Quem coloca Jesus Cristo como seu senhor fará coisas, terá posicionamentos pessoais, geridos por alguém ( Jesus Cristo ) acima de si mesmo ainda que esses posicionamentos não estejam claramente alistados na confissão da sua igreja, na tradição e no costume de seus pares.

    Obviamente esse discurso florescente na igreja ( instituição ) é fruto de desocupados teológicos, sem experiência real com Deus, sem comunhão factual com Jesus Cristo. Embora cantem hinos em suas igrejas, citem e leiam eventualmente as Escrituras, e tenham o verniz religioso cristão, não são de fato pessoas que tenham um relacionamento real com Deus e portanto com o Senhor Jesus Cristo.

    Portanto quem é de Deus ( de fato ) não discute isso, é guiado pelo Espírito de Deus, por Ele esclarecido, ensinado, corrigido, admoestado, etc, etc. Quando agimos diferentemente do que Deus desejaria para nós e para os outros, somos incomodados, não nos sentimos bem, percebemos o nosso erro e o fato de não estarmos consonantes à Sua perfeita vontade.

    Dessa forma como construir um discurso estapafúrdio desses? ( não o seu, o deles...)

    Um abraço, mais uma vez, querido irmão.

    ResponderExcluir
  4. Só para lembrar:

    Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. João 3:36

    Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. Salmo 37:5-6

    ResponderExcluir
  5. Outro excelente texto.
    Deus continue te abençoando.
    Um abraço, meu irmão.

    ResponderExcluir
  6. Graça e paz Jorge.
    Quando eu li o comentário do Ednaldo, logo pensei: "Isso não é comentário", mas depois que eu terminei de ler o texto tenho que falar igual a ele: "Bravo!! Bravo!! Bravo!!" E lhe pedir desculpas por pensar isso dele (rs).
    Jorge que texto profundo e oportuno, você deveria pegar os seus textos e publicá-los em um livro, ou quem sabe escrever um livro. Parabéns pelo excelente texto e pela abordagem mostrando que o homem sem Deus por mais que pense ser sábio é somente um louco. Como diz as Escrituras: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria".
    Que a graça do Senhor se remove sobre você cada dia mais para podermos nos deliciar com mais textos abençoados e abençoadores como esse.
    Fique na paz meu filósofo amigo!
    Pr. Silas Figueira

    ResponderExcluir
  7. Ô Pr. Silas, é porque tava sem palavras quando fiz o meu comentário.

    Já li muito textos do Jorge, e sei que ele é muito "denso" na linguagem muitas vezes, e muitos indoutos e inconstates distorcem, rsrs, mas este texto, na minha opinião, possui profundidade e clareza, é simples sem ser simplista.

    Negar a verdade, contida nesta reflexão, é simplesmente manifestar rebelião contra Deus.

    Fiquem na Paz!!

    ResponderExcluir
  8. Helvécio,

    você disse algo que me chamou a atenção: "Todo aquele que teve uma experiência real com Jesus Cristo fez dEle ( Jesus Cristo ) o seu Senhor de fato". É mesmo assim? Sei não... primeiro, que os escravos ou servos não escolhem o seu Senhor, mas o Senhor é quem escolhe os escravos.

    Segundo, ainda que sejamos servos do Senhor Jesus, somos como aqueles escravos que se rebelam vez ou outra, e nós o fazemos através do pecado, não sendo obediente ao nosso Senhor.

    Terceiro, creio que somos mais escravos dele do que ele é nosso Senhor, se é que isso é possível [rsrs].

    Na verdade, Deus nos chama para servos/escravos, e mesmo que nos insubordinemos aqui e ali, o nosso desejo é sempre o de voltar e nos lançar aos pés do nosso Senhor, arrependendo-nos do nosso pecado, e clamando-lhe perdão. Pois não há nenhuma alegria na oposição, em fazermos aquilo que desagrada-o, mas que também nos desagrada. Por isso, ainda que fraquejemos vez ou outra, sempre retornaremos ao Senhor das nossas almas, pois o que experimentamos quando éramos "livres" é apenas a liberdade de estar em permanente tristeza, aflição e morte.

    De certa forma, não é possível que ele seja nosso Senhor quando cometemos uma afronta contra ele. Apenas a sua infinita graça e misericórdia para com criaturas tão miseráveis como nós pode explicar como ele nos ama, cuida, aperfeiçoa e edifica e perdoa-nos, quando mereceríamos a condenação e a morte. A mesma na qual vivíamos antes dele nos chamar para a sua gloriosa comunhão.

    Acho que foi mais ou menos isso que você disse, com outras palavras, certo?

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  9. Eric e Ednaldo,

    vocês são grandes amigos. Generosos demais! Sou-lhes grato pela demonstração de irmandade e fraternidade, dignas de verdadeiros cristãos.

    Grande abraço!

    Cristo os abençoe!

    ResponderExcluir
  10. Pr. Silas,

    obrigado, obrigado e obrigado!

    Na verdade, o irmão captou bem o principal objetivo do meu texto. Fico feliz que eu tenha conseguido fazê-lo, e mais ainda que não fui desastrado ao ponto dos irmãos não perceberem-no.

    Quanto ao livro, bem, é um desejo, mas acho que é muita areia para o meu caminhãozinho [rsrs].

    Amém! Deus o abençoe também em sua vida e ministério, usando-o para louvor e glória do seu santo nome. Mais uma vez, agradeço por republicar o meu texto no Ministério Beréia; é sempre uma honra!

    Grande e forte abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

    PS: Terminou a leitura do livro sobre Calvino que ganhou no sorteio?

    ResponderExcluir
  11. graça e paz Jorge.
    Devido a alguns contratempos ainda não terminei de ler o livro. Estamos envolvidos em uma série de estudos nas quartas-feiras aqui na igreja e isso tem tomado bastante o meu tempo e os estudos sou quem preparo, aí aja pesquisa pois um assunto puxa outro. Assim que eu terminar a leitura eu te aviso.
    Fique na Paz!
    Pr. Silas Figueira

    ResponderExcluir
  12. Jorge,

    Li esses dias a respeito da salvação sem Cristo que tem sido pregada nas igrejas e que tem enganado a muitos. Pensando um pouco no texto após a leitura me surgiram dois conceitos que me parecem muito vigentes nas igrejas atuais e que são igualmente danosos: o tal do "cristão carnal", uma desculpa para que as pessoas que entram em empresas eclesiásticas mantenham-se em seus delitos e pecados com a enganação de que são "salvos" e que, com o aumento do "rebanho" e ingresso de recursos acaba se tornando um negócio rentável para "pastores", "bispos" e "apóstolos" e "congregações". Por muito tempo eu tentei me convencer de que era um "cristão carnal", segundo algumas teologias que fui aprendendo no convívio com algumas pessoas na igreja, mas cheguei à conclusão de que não se passava de um engodo para aliviar o peso da consciência e me afastar da verdade por não reconhecer a pecaminosidade e declarar de mim mesmo a maldade do meu coração, inerente ao ser humano (como muito bem concluiu Agostinho, segundo tua reflexão e com amparo bíblico). Isso me leva ao segundo conceito, que eu chamaria de uma espécie de "graça papai noel" ou "graça paz e amor".
    Em meu entender, trata-se da graça que só fala ou exorta ou repreende ou redargue o irmão se for "em amor", mas tal amor muitas vezes é uma fachada para não demonstrar genuína preocupação com a pessoa. No fundo, gera um tipo de inclusivismo que me parece não bíblico, pois o Senhor Jesus, Paulo e outros apóstolos expulsaram ou pediram claramente para que os discípulos se afastassem de determinadas pessoas como, por exemplo, Diótrefes, Alexandre, Himeneu e Fileto. A manutenção dessas pessoas na igreja só traz como conclusão uma paulatina apostasia.
    Gostaria de saber o que pensas desses dois conceitos.

    ResponderExcluir