06 setembro 2010

P.R.T.C: bíblico ou loucura?













Por Jorge Fernandes Isah

__________________________
Sobre o PRTC leia:




_________________________ 


Sabe o que mais me assusta? É ver que os opositores do projeto do partido não contra-argumentam ou tecem contra-propostas ao projeto, demonstrando um sincero e real desejo de refletir quanto ao que ali está exposto, e de buscar reais soluções para os problemas atuais; mas simplesmente o rejeitam por conter algo que está em extinção nos tempos pós-modernos: a certeza e a verdade bíblicas.

Parece que o grande problema de todos é ver aplicado, hoje, aquilo que Deus estabeleceu como santo, perfeito e sábio eternamente: a Lei Moral. Por isso, a rejeição pura e simples não ao projeto do PRTC, mas ao próprio Deus, ao recusarem a sua Palavra. Ou alguém duvida que Deus é santo, perfeito e justo? E que a sua Lei é santa, perfeita e justa? Quer replicar a Deus, ó homem?, já dizia Paulo aos insubordinados e insensatos murmuradores e detratores da verdade. Leia a Escritura, e verá que Cristo e os apóstolos não revogaram a Lei, mas declararam o seu caráter divino e perene. O homem é que se corrompeu ao ponto de não mais ouvi-la, fez-se surdo, e cavou para si mesmo um enorme abismo que o mantém preso ao pecado, à rebelião, e distante da obediência e santidade.

Não percebem a implicação prática do que estão negando, e das conseqüências letais para o homem. Não ao criminoso, não ao imoral, não àquele que vive por e para combater os princípios bíblicos, mas para aquele que se diz defensor do Cristianismo e se opõe exatamente por estar com a mente contaminada pelo “deus” deste século. Os reflexos estão aí para todos verem: somos reféns do crime, da bandidagem, da imoralidade, da perversão, e de tudo o que Deus abomina; mas parece que é mais apropriado defender o mundo que o Evangelho, as trevas ao invés da luz.

Esse tipo de atitude seria normal para um não-cristão, mas cristãos se mostrarem tão desatinadamente contrários à ordem e obediência aos princípios bíblicos, faz-me questionar que tipo de cristãos somos. Cristãos que pregam uma autonomia humana e o desprezo à autoridade divina? Cristãos que se escondem ou escondem seus reais interesses por trás da desobediência? Cristãos que dizem amar e defender a fé cristã mas cerram fileiras com os inimigos de Cristo, e combatem a Palavra? Somos mesmos cristãos? Ou estamos brincando de sê-los, enganando a nós mesmos?

Realmente, não sei onde isso vai dar, mas alegra-me que o Tiago Knox do Internautas Cristãos esteja bancando a idéia, na qual tem o meu apoio. Posso não concordar com um ou outro ponto defendido por ele [e nem mesmo sei se não concordo. Primeiro terei de meditar no que me é aparentemente discordante], mas é essa coragem cristã que devíamos ter, a coragem de lutar pelos valores, pelos princípios, pela moral e ética cristã. De outra forma, para que estamos aqui? Deus não nos chamou para a covardia, para a omissão, para sermos cristãos relapsos e desinteressados. Ele nos chamou para a luta, e nossa luta não é contra a carne, mas contra as hostes demoníacas, as forças das trevas que têm enganado, cegados e feito discípulos em todas as áreas e esferas da sociedade, e o que é pior, dentro da própria igreja, diante da aceitação passiva daqueles que se dizem soldados de Cristo, mas são espiões inimigos. Com isso, quero dizer que por trás de todas as propostas anti-cristãs estarão as forças do mal, materializada em seus servos e discípulos, e em suas corrupções e leviandades. Foi o que o Senhor Jesus disse aos faríseus: "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.Mas, porque vos digo a verdade, não me credes" [Jo 8.44].

Porém, sei que tudo está debaixo da autoridade e do controle ativo de Deus, e que nada do que está acontecendo agora é sem propósito. Talvez Ele esteja levantando um povo que o reverencie, glorifique e seja obediente. Talvez esteja separando o joio do trigo. Talvez esteja trazendo sobre nós, os seus santos, as lutas, perseguições e mortes que os primeiros irmãos e muitos outros depois sofreram por amor do seu nome. Realmente não sei, nem é importante saber. Na verdade o que importa é cada um de nós assumir a sua responsabilidade, tomar a decisão correta e deixar de brincar com o que temos de mais importante: o Evangelho, o qual deveria ser a palavra derradeira e final em nossas vidas, e tem se tornado num mero adereço, um “patch” colado à pele que de nada serve para lançar em nossos corações o amor, o zelo e o interesse pela mensagem de Cristo.

Bastam as promessas do mundo. Que jamais serão cumpridas, que forjam uma falsa esperança, em que o objetivo é a destruição e a morte, por que o seu mentor é assassino e mentiroso... e puxa, como ele engana e mata... e você ainda quer permanecer ao seu lado? Não se engane, pois não é possível servir a dois senhores, "porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro" [Mt 6.24]. Não há muro para se subir na vida. Ou se está de um lado ou do outro. Como o Senhor disse: "quem comigo não ajunta, espalha" [MT 12.30].

Deixo a pergunta: você ajunta com o Senhor? Ou está a espalhar o antievangelho?

A resposta dirá de que lado está. Se não quiser responder, não precisa. A não-resposta já é uma resposta... de que o inimigo, em sua vida, venceu.

Nota: 1- Esta postagem, originalmente, seria um comentário na página do PRTC, mas como ficou extensa; considerei melhor postá-la aqui, colocando o link para as discussões lá.

17 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Tiago,

    pode publicá-lo; será uma honra.

    Na verdade, não disse que tenho uma ou outra discordância, explicitamente. Numa olhada rápida, percebi algo que talvez não aprove, mas como você disse, é algo para discutirmos mais à frente.

    Que Deus nos guie e abençoe nesse projeto.

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  3. Trata-se do exercício legítimo de um direito assegurado pela constituição. A concretização do projeto se dará no plano real traduzindo-se também em uma legítima
    luta de forças. Será mais uma voz a ser ouvida e representará oposição amuitas idéias que aparentemente não enfrentam nenhuma oposição. Só o futuro revelará o real resultado.

    ResponderExcluir
  4. Helvécio,

    como tudo está nas mãos de Deus, a história do Partido, também. Se for da Sua vontade, progredirá, senão, ficará por aqui.

    Mas o que não podemos é deixar de pensar nas implicações que a omissão e o descaso com a vida política podem acarretar para nós e para o mundo.

    A Lei de Deus foi criada para que se tenha paz e justiça, num mundo de guerra e injustiça. Mesmo o não-cristão, mesmo o réprobo, pode ser beneficiado por ela. Os únicos que têm a temer são os infratores, os criminosos que se escondem na impunidade para continuarem suas práticas destrutivas, fazendo vítimas.

    Que todos possam refletir e meditar naquilo que Deus nos deu, como algo bom, justo e santo: a Lei [Rm 7.12]. Que não salva, nem redime ninguém, o que é possível apenas por Cristo, mas que traz a restrição e coíbe a iniquidade e o crime.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  5. Caro Jorge,

    Não foi em tom negativo que teci o comentário anterior. Penso que o cristão pode legítimamente usar de todas as oportunidades e espaços disponíveis para influenciar positivamente a sociedade. Claro que a cada espaço novo, do qual muitas vezes não se tem a experiềncia desejável, se torna muito mais difícil o sucesso. Guadadas as proporções, a igreja instuição já proibiu os crentes de fazerem coisas absolutamente legítimas, o que foi um erro. Claro mais oportunidades mais o risco de erros apesar dos acertos. Pior é a omissão e não fazer nada. sugiro a observação atenta da experiẽncia dos crentes que estão ja ativos na política. Não adianta dizer que a experiência deles foi só negativa e escandalosa, claro que muitos foram os escândalos, mas foram sem suporte, presunçosos de si mesmos, e inocente, por que não? Uma avaliação madura das diversas experiências se faz necessário ao meu ver. E não se iluda, quando a partido estiver legalizado e fucnional, muitos espertalhões se adaptarão a ele. a existência e intensão do partido, por melhores que sejam, não o isentam de problemas. Nãopode ser sectário e nem contudo ecumênico. Mas as possibilidades são muitas e uma oportunidade legítima, como disse antes.

    ResponderExcluir
  6. Helvécio,

    não entendi seu comentário como negativo. Você fez uma análise real do que pode vir a ser o Partido.

    Sabemos que nem mesmo em Israel as coisas andaram bem. Houve corrupção e distorção da Lei. Não acredito em um "mar-de-rosas" mesmo que o Partido alcance o poder, pois o homem é por natureza pecaminoso. Acredito que a idéia é ótima, pois sua base é bíblica; não acredito nos homens, mas em Deus que pode usá-los a fim de cumprir seu plano, se esse for o seu plano.

    No mais, fique tranquilo. Você pensou da mesma forma que eu, afinal somos mineiros, confiamos sempre com uma pontinha de desconfiança [rsrs]. Porém, acreditamos sempre no nosso bom, santo e justo Senhor.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  7. Caro

    Como lhe disse por e-mail, a meu ver o problema não está na forma atual de governo (republicana) nem mesmo no regime (democrático).

    O problema está na omissão das pessoas em participar da política enquanto indivíduos, falo principalmente dos cristãos.

    A solução a meu ver não está na criação de um novo partido, mas na CONTAMINAÇÃO de todos os atuais partidos pela filiação em massa dos que se consideram cristãos e vivificados, e assim o sal se tornará verdadeiramente tempero, e a luz verdadeiramente dissipadora das trevas.

    O que ocorre é que o sal se fecha em 4 paredes (na igreja) e lá ficam ocupados em sociedades internas ou ocupados em discutir questiúnculas e os espaços (da política) são ocupados por ímpios somente.

    Dá no que dá.

    Um dia a igreja desperta.
    Falo da igreja invisível, a igreja denominação deve estar longe do Estado, mas a igreja invisível (indivíduos verdadeiramente convertidos) deve estar espargida em todos os ambientes inclusive os políticos.

    Isolar tudo num só partido, não penso ser a solução.

    O isolamento já é largamente usado nas igrejas, que se tornaram verdadeiros mosteiros na sociedade.

    A sociedade não precisa de mosterios, mas de sabor, e o sabor só existirá se o sal resolver "sair" do isolamento da igreja e ocupar os espaços.

    O assunto passa por uma discussão escatológica também... risos... mas é uma velha briga nossa.

    Abraço!

    ResponderExcluir
  8. Natan,

    O problema não está apenas na falta de participação política por parte dos cristãos, mas nos próprios partidos que existem no país.

    Eu fiz uma busca por todos os partidos ditos cristãos, e nenhum deles tem princípios bíblicos. Se duvida, procure você mesmo, veja as declarações doutrinárias e códigos de ética dos partidos que possuem "cristão" no nome e verá que o "cristão" está apenas no nome mesmo.

    Havia apenas um partido que reconhecia a Bíblia como autoridade, e esse partido está inativo. Além do fato de ter sido fundado por um senhor que afirmava ter recebido uma revelação.

    Por isso, a criação de um partido fundamentado na Bíblia faz-se tão necessária.

    Quanto à escatologia, não faz a mínima diferença. Independente da visão escatológica, todos os cristãos (e todos os cidadãos!) estão moralmente obrigados a seguir os padrões bíblicos em sua vida civil. O Estado tem o dever de obedecer a lei de Deus.

    Forte abraço, meu irmão.

    ResponderExcluir
  9. Natan,

    Concordo com boa parte do que diz, mas não vejo o porquê de não se criar um partido cristão, cujos princípios sejam baseados na Lei mosaíca.

    Alguns dirão que isso é judaísmo travestido de cristianismo, mas como teonomista, e pelos motivos expostos no texto, creio que a representatividade dos cristãos seria melhor "definida" e delineada por um partido cristão. Esperar que os marxistas, satanistas e aqueles que se opõem claramente à Lei de Deus dê "guarita" para cristãos realmente comprometidos com o Reino, é ilusório.

    Claro que tudo está debaixo do controle dEle, e se for da Sua vontade, a idéia do partido prosperará. Porque, ao menos em princípio, a idéia parte de pessoas tementes e que desejam servir a Deus, mas sobretudo, que reverenciam e crêem em Sua Lei, com justa, santa e perfeita para todos os homens, assim como tudo criado por Deus.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  10. Tiago,

    a questão é essa: é fácil não se ter compromisso com os valores bíblicos, então, colocar um peixe estilizado ou a sigla "cristão", é apenas um chamariz para se iludir e ganhar os votos daqueles que se deixam enganar por essas artimanhas. Sabemos que o inimigo é astuto, por isso o Senhor nos alertou: vigiai e orai!

    Como em nosso meio há um sem-número de falsos cristãos, de cristãos nominais, exclusivamente interessados em benefícios pessoais, na glória pessoal, e não na glória de Deus, não é difícil enganá-los, pois o engano já está plantado em seus corações.

    Pelo contrário, se queremos glorificar a Deus em tudo, nos submeteremos à Sua vontade, fazendo-nos servos inúteis, mas cumprindo com a nossa obrigação.

    Que Deus nos abençoe e capacite a honrá-lo e glorificá-lo não somente com nossa boca, mas em atitudes e testemunhos como sinal de obediência à Sua palavra.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir
  11. Caros Tiago e Jorge

    Eu acho legal a iniciativa de criação de um novo partido.
    Também é uma forma de salgar.

    Eu tenho o sonho de criar uma escola pequena, por princípios bíblicos, e também é uma forma de ser sal e de certa forma um tipo de "mosteiro".

    Uma coisa não invalida a outra.

    No campo político entendo ser melhor estratégia a "contaminação" de contextos já podres, mas na educação (escola) entendo que a estratégia seja a outra.

    Mas gosto das duas.

    Faço restrição ao nome "teocracia" e faça restrição a algumas propostas que lá aparecem no blog. Mas sobre isto depois eu escrevo para o Tiago direto no e-mail.

    Sobre escatologia e esta influência na prática do dia-a-dia sugiro a leitura do livro "Escatologia da Vitória" de Rousas Rushdooney.

    O colega Tiago acha que não faz a mínima diferença, talvez por ser um amilenista atípico (na prática ele é pós-milenista... risos... com todo o respeito).

    Eu acho como o Rousas, que faz toda a diferença.
    A perspectiva escatológica determina a prática cidadã.
    É outra velha "briga" minha com o Jorge.

    Afinal para que criar um novo partido político que faça diferença, tarefa que vai durar no mínimo 40 anos (quase uma vida útil) se Jesus está voltando de forma iminente?

    Não seria melhor focar na evangelização para conter os danos e salvar os últimos que ainda der tempo?

    A resposta para estas perguntas, passa pela perspectiva escatológica de cada um.

    A idéia do partido é muito boa.
    Eu mudaria o nome do partido, teocracia já vai encontrar resistência de cara, eu mesmo tenho críticas a fazer.

    Sobre partidos com nomes cristão e que de cristãos não tem nada... vou me dar o benefício da dúvida e ponderar que talvez tenha sido possível uma origem bem intencionada, mas com uma continuidade de omissão, e o nome cristão foi ficando, mas o partido foi sendo gradativamente dominado por ímpios.

    O mesmo pode se dar neste novo partido. Se os membros forem omissos (falo de cristãos verdadeiramente vivificados) então no futuro ele pode ter o "teocrático" somente no nome e ser controlado por ímpios igualmente.

    O que importa não é muito o nome, mas a subordinação de indivíduos que sejam numerosos nas intituições, e que estes indivíduos estejam subordinados à Escritura.

    Tendo-se maioria, o resto tudo é possível de se mudar, nome de partido, estatuto, etc... tanto para o bem quanto para o mal.

    Abraço!

    ResponderExcluir
  12. Esquecemos de responder ditetamente a pergunta direta da postagem do irmão Jorge:

    BÍBLICO OU LOUCURA?

    Resposta não é bíblico e nem loucura.

    Não é bíblico porque simplesmente a Bíblia não nos dizem se devemos ou não gravar um Cd, construir uma igreja com uma nave redonda ou retangular,fundar uma editora, uma ong, fazer um filme cristão, ter um programa de televisão,criar um blog, etc.

    Trata-se de uma empreitada, que se não for bem equacionada vai dar com os burros n'água, não por ser ilegítima, mas por não ser fácil mesmo.

    Vale o conselho das Escrituras: "com conselho se faz a guerra" ( alguém ache o texto em questão em provérbios por favor).

    Sem pressa, com muito bom senso, sem presunção de redescobir a redondeza da terra. Aprendendo com todo mundo e exercitando a comunhão com o Senhor sempre. Fácil não é, antes muito pelo contrário.

    ResponderExcluir
  13. Bíblico ou loucura?

    Bíblico! E os pontos que eventualmente estão em desacordo com a Escritura serão julgados pela própria Escritura. Por isso a necessidade do sistema teocrático, onde as coisas não são decididas apelando-se para a Escritura, em oposição à democracia pura, onde a opinião da maioria decide.

    O sistema teocrático bíblico se auto-defende. Ele independe da vontade dos homens.

    Já li o livro "O Plano de Deus para a Vitória" do Rushdoony, Creio que é esse que está falando. O livro é útil, mas de pouquíssima profundidade na análise bíblica. Ele apenas elenca uma série de vantagens práticas em ser pós-milenista. Mas vantagens práticas não determinam a validade de uma crença. Eu poderia listar um número maior ainda de vantagens em ser amilenista.

    O trabalho de criação de um partido que defenda a lei de Deus está diretamente ligado ao trabalho de evangelização. Se levarmos 40 anos para criá-lo, estaremos 40 anos anunciando o Evangelho. Uma coisa não se separa da outra. Não há dicotomia entre evangelização e construção de uma cosmovisão cristã completa.

    Não vejo como "contaminar" os partidos que já existem. Não se põe remendo novo em pano velho. É necessária uma nova e bíblica visão política. E isso não é criar um "mosteiro", mas nos unirmos. É organizar um exército de cristãos bíblicos que tenham coragem de confrontar o sistema.

    ResponderExcluir
  14. Caro Tiago

    Bem polêmica esta tua interpretação sobre a questão de colocar remendo novo em pano velho.

    Acho que não foi bem esta a aplicação que Jesus pensou quando disse estas palavras.

    Se o cenário político atual for o pano velho, não te parece que criar um novo partido não seria o remendo novo?

    De qualquer forma, eu respeito a tua iniciativa e não a acho loucura não.

    Apenas acredito muito que seja possível sim salgar (contaminar positivamente) ambientes podres e sem valores do Reino, e é o que eu tenho procurado fazer.

    E o sal só tem efeito quando misturado.

    Grande abraço meu caro.

    ResponderExcluir
  15. Caro Jorge,
    Seu comentário/post falha no início. As restrições apontadas alhures são quanto à aplicação da lei civil, não moral.
    Que a lei civil reflita a lei moral depende do que o Natan chamou "contaminação" e é o mesmo que eu lhe falei como cultura em outro lugar.
    Quanto à idéia do partido em si, não me oponho a ela. Ao contrário, acho a idéia excelente. Não concordo com a inclusão do termo "teocracia" nele (até porque quero uma teocracia em Cristo, não por qualquer elite que se pense teocrata). E também não concordei, quando vi, mas já faz tempo, com várias propostas apresentadas pelo Tiago.
    Mas, enfim, enquanto eu gostasse que alguém (digo, um grupo grande de cristãos, e, vale dizer, mais competente nisso que eu) tivesse envolvimento político no sentido proposto (embora há que se afinar o rumo), minha própria luta está mais voltada para a "contaminação da cultura", para juntar as expressões minha e do Natan.
    No Senhor,
    Roberto

    ResponderExcluir
  16. PS: Sei que isso foi escrito bem antes da recente discussão a respeito, mas achei por bem deixar meu comentário!
    Roberto

    ResponderExcluir
  17. Oi, Roberto!

    Acho que uma coisa, a aplicação da Lei Moral ou Cívil [que no fim são a mesma coisa, visto a Lei Cívil pormenorizar a Lei Moral] e o "salgar" o mundo através do Evangelho não se conflitam. Sei que você não está dizendo isso, mas é apenas para deixar claro, pois há de alguém pensar erroneamente qando você diz: "Que a lei civil reflita a lei moral depende do que o Natan chamou "contaminação" e é o mesmo que eu lhe falei como cultura em outro lugar".

    De qualquer forma, a idéia do Partido e suas propostas estão em aberto para serem discutidas, sempre à luz da Escritura. O que me motivou escrever este texto [há 3 meses, mais ou menos] foi a reprovação pura e simples de muitos comentaristas no blog do Partido sem que houvesse qualquer explicação, apenas por uma "inaptidão" natural à idéia.

    Hoje, as discussões estão caminhando em outro nível, ao menos, há discussões, ainda que elas sejam abusivas em muitos pontos, pois se propõem a "debater" quando estão também a ofender e difamar. Mas já é um grande passo, e acho que esse é o maior mérito da proposta do Tiago do I.C.

    Numa sociedade secularizada, laícista e anticristã [em que boa parte da igreja está refletida nela], a simples discussão do tema já é um avanço. Se se tirassem os ataques pessoais e irrelevantes de ambas as partes, a coisa sairia mais propositiva e construtiva, menos sensacionalista e emocional.

    Também não concordo com algumas proposições apresentadas pelo Tiago, mas estou aberto à discussão e à argumentação. Instituir "clubes do Bolinha" somente servirá à polarização. De minha parte, entendo a Lei como irrevogável seja pelo homem, pela igreja, por governos ou sociedade, e somente pode sê-lo pelo bom Deus que a instituiu. E ao que me conste, isso ainda não aconteceu. Portanto, defendo-a e a defenderei como parte da revelação divina ao homem, seja crente ou não.

    Obrigado por sua visita e comentário, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

    ResponderExcluir