17 novembro 2012

O pecado que Cristo não levou*

















Por Jorge Fernandes Isah


Defendi AQUI e AQUI a eternidade da natureza humana de Cristo; e a imutabilidade da natureza humana de Cristo, e do próprio homem, AQUI. Serei excomungado de vez, agora, por voltar ao tema. Antes, definirei alguns pressupostos da ortodoxia cristã quanto ao Redentor, para situar-nos:

1)Cristo é 100% Deus e 100% homem;
2)Cristo é uma única pessoa, não havendo duas mentes nem duas personalidades, mas apenas uma, o Verbo eterno.
3)As duas naturezas de Cristo não se misturam, ainda que se comuniquem.
4)Os atributos de uma natureza não são passados para outra natureza, fazendo com que Cristo se tornasse em um terceiro ser a partir da misturas de suas naturezas.
5)Cristo é eterno em sua divindade, e temporal em sua humanidade.
6)Cristo foi gerado em Maria, virgem, pelo Espírito Santo.
7)Cristo é descendente de Adão, assim como o é de Abraão e Davi.
8)Cristo não tem pecados, jamais pecou.

Posto o que a ortodoxia cristã advoga para o Redentor, pergunto: Sendo o Senhor descendente de Maria, Davi, Abraão e Adão, por que não herdou o pecado, nem participou da corrupção da raça humana? [1]

Alguns dirão que o fato de Maria não ser fecundada por um homem, mas pelo Espírito Santo, fez com que Cristo não recebesse a imputação do pecado original. Contudo, Maria também não é descendente de Adão? Ao que replicarão: o pecado está na semente do homem, não na semente da mulher, como parece indicar Gn 3.15. Em outras palavras, esse argumento afirma que a semente da mulher, isoladamente, não tem o pecado, o qual está presente na semente do homem. Como são necessárias as duas sementes, o óvulo, feminino, e o sêmen, masculino, para se ter o ovo ou zigoto [2], Cristo não herdou o pecado por não ser gerado natural mas sobrenaturalmente. Porém, fica a questão: o fato de Cristo ser gerado pelo Espírito, por si só não o tornaria essencialmente diferente do homem?

Não consigo entender porque Cristo teria de ser Ipsis litteris como homem para que sua obra na cruz fosse eficaz. Ele tinha de ser igual a nós em tudo para ser real? Mas real em qual aspecto? No aspecto imperfeito herdado de Adão? Ou na perfeição existente em Si mesmo? O fato de não ser imperfeito o torna em um homem irreal? Ou a sua humanidade perfeita faz dele o homem perfeito?

O fato de não ter pecado, nem ter a possibilidade de pecar, o torna essencialmente diferente do restante da humanidade. E dizer que, em algum aspecto, Cristo pudesse pecar ou sujeitar-se ao pecado [hipoteticamente falando], implicaria na possibilidade de Deus pecar, o que é absurdo, e se opõe frontalmente à Escritura. Entender os textos que dizem que Ele em tudo foi tentado como nós, como uma possibilidade de pecar, significa que poderia, a qualquer momento, ceder à tentação, e por si só lançaria por terra o princípio de que Cristo é o santo de Deus [Mc 1.24;Lc 4.34]. É como se quiséssemos, meio à forceps, deter uma mínima, irrisória, participação na salvação. Chamar a atenção para nós mesmos, como se algo de bom em nós existisse em Cristo. Como a dizer: "se não houvesse a parcela humana em Cristo, não haveria salvação". De certa forma, esperamos exaltar-nos, ainda que inconscientemente, na salvação que é completamente divina, e procede somente de Deus. É o que diz o profeta: "Do Senhor vem a salvação" [Jn 2.9] Como disse Arthur Pink:

"The humanity of Christ was unique. History supplies no analogy, nor can His humanity be illustrated by anything in nature. It is incomparable, not only to our fallen human nature, but also to unfallen Adam’s. The Lord Jesus was born into circumstances totally different from those in which Adam first found himself, but the sins and griefs of His people were on Him from the first. His humanity was produced neither by natural generation (as is ours), nor by special creation, as was Adam’s. The humanity of Christ was, under the immediate agency of the Holy Spirit, supernaturally "conceived" (Isa. 7:14) of the virgin. It was "prepared" of God (Heb. 10:5); yet "made of a woman" (Gal. 4:4.) [3]

Porém, o pecado de Maria persiste, a menos que se faça como os católicos e se defenda a sua não-pecabilidade. Mas a Bíblia não afirma isso, pelo contrário, diz que todos pecaram, sem distinção [Rm 3.23], e de que apenas Cristo jamais pecou [Hb 4.15]. Então, do ponto de vista bíblico, como seria possível Cristo, sendo homem, não herdar o pecado original?

Há a necessidade de se definir o pecado original, e de que forma, biblicamente, é transmitido. “Pecado original significa o pecado derivado de nossa origem, não é uma expressão bíblica (foi Agostinho quem a cunhou), mas é uma expressão que traz a uma proveitosa focalização a realidade do pecado em nosso sistema espiritual” [4]; ou ainda: "o estado e condição de pecado em que os homens nascem" [5], em outras palavras, o pecado original é algo que não somente nos distingue de Cristo, mas algo que vai muito além, impossibilitando-o de ser igual a nós. Assim, entendo que o pecado não é algo passado de pai para filho, na fusão dos elementos reprodutores do homem e da mulher. Por isso a distinção acima sobre semente não procede como argumento para Cristo não herdar o pecado. Adão, ao cair, representou a raça humana no Éden, de tal forma que todos os homens, sem exceção, caíram juntamente com ele. Todos os homens estavam em Adão [e também as mulheres, claro], o qual foi o cabeça da raça humana, de tal forma que toda a humanidade estava nele, participando do seu pecado, e assumindo a culpa advinda dele. Por isso todos caíram, e morreram juntamente com Adão: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” [Rm 5.12]. Deus nos considera tão responsáveis por esse pecado quanto Adão, de tal forma que nascemos “mortos em ofensas e pecados” [Ef 2.1], mesmo quando ainda não cometemos efetivamente nenhum delito. Ele está em nosso coração como uma disposição natural, como algo intrínseco à natureza humana, apenas à espera para manifestar-se; algo latente que acontecerá a seu tempo, sem chance de não ocorrer, a menos que não haja tempo [como na morte de bebês prematuros].

A pergunta inicial está a reclamar uma resposta: Por que Cristo não herdou o pecado?

Há quem diga que o fato de Cristo ser Deus, anulou a herança do pecado. Como Deus não pode pecar, sendo santo e perfeito, a humanidade do Redentor tornou-se imune pela impecabilidade divina. Porém... Se as suas duas naturezas não se misturam, como é que a divina “anulou” na humana o pecado federal? Se elas não se misturam, como o pecado original não foi transmitido a Cristo? Há duas hipóteses, ao meu ver:

1) Cristo não herdou sua humanidade de Maria. Desta forma, o Espírito Santo foi quem gerou o homem Cristo, apossando-se apenas da carne, do físico doado por Maria. É o que parece dizer o anjo: “José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo” [Mt 1.20]. E a resposta que ela recebeu ao questionar o anjo: “Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” [Lc 1.34-35].

2) Cristo sempre teve a natureza humana, como essência. O que foi gerado em Maria foi o corpo, a parte material do Senhor.

Sendo essa a minha opção predileta, primeiro, definirei o que entendo por essência, conforme o dicionário Michaelis:

Essência: sf (lat essentiaNatureza íntima das coisas; aquilo que faz que uma coisa seja o que é, ou que lhe dá a aparência dominante; aquilo que constitui a natureza de um objeto.

Compreendo que o homem é um ser completo, carne e alma [6]. Porém, entendo que a humanidade está presente na alma, usando o corpo como dispensário ou habitáculo. Desta forma, o pecado age na alma, e é ela que precisa de regeneração. Quando Adão pecou, a morte veio como conseqüência da transgressão da Lei divina, da ordem expressa de Deus: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente, morrerás” [Gn 2.17]. Na desobediência do homem, encontramos dois tipos de morte: a física e a espiritual. A física, fez do corpo corruptível, o qual voltará à terra, como está escrito: "No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” [Gn 3.19]. A espiritual, causou a separação do homem de Deus; ele perdeu a comunhão com o Criador, de tal forma que foi necessário reabilitá-lo através do sacrifício de Cristo na cruz, o qual pagou os pecados do seu povo, expiando-o, justificando-o diante de Deus [Hb 2.17]. Por sermos descendentes de Adão, automaticamente fomos representados por ele no Éden, e recebemos a maldição do pecado: as duas mortes.

Cristo, ao receber os pecados do seu povo, por imputação, morreu fisicamente, pois é-lhe impossível morrer espiritualmente, visto ser Deus. Para Cristo, não há morte espiritual, apenas física. Da mesma forma, os eleitos, aqueles que foram ligados eternamente a Deus na temporalidade, pela obra de Cristo, também não morrem mais espiritualmente, mas apenas em sua corporeidade. Porque “estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” [Ef  2.5-6]. Ora, alguém que estava morto e foi vivificado pode morrer novamente? Especialmente se foi vivificado em Cristo? Se foi ressuscitado nEle? Se está assentado nos lugares celestiais com Ele? O que nos impede de desfrutar completamente desta obra de Deus são exatamente duas coisas: a temporalidade, estarmos no tempo, e o corpo, que precisa cumprir o castigo de morrer em sua corruptibilidade.

Alguém poderá pensar: "mas esse seu argumento não se parece com o gnosticismo dos primórdios da igreja? Quando o corpo era visto como mau?". Responderei, enfático: Não! Porque, como disse, o pecado afetou o homem por completo, mas ele age na parte imaterial primeiramente, e o corpo é tão somente o veículo pelo qual ela se manifestará. O corpo, por si só, não decide pecar. A alma é que impulsionará o corpo, controlando-o, ordenando-o para o pecado. A alma é que precisa de regeneração, de ser vivificada; é ela que se encontra morta, separada de Deus. O corpo, enquanto suas funções biológicas não cessarem, permanecerá vivo, ainda que a alma esteja morta. O inverso acontece quando a alma é vivificada por Cristo; ela permanece viva mesmo com o corpo morto. O Senhor, por algum momento, após a encarnação, permaneceu sem corpo. Do instante em que a vida expirou-se na cruz até a ressurreição, por três dias, Cristo permaneceu Deus-homem, mesmo não tendo um corpo. Se a natureza humana fosse dependente em sua existência do corpo, como essência, Cristo teria deixado de ser homem, permanecendo apenas Deus. Para, depois da ressurreição, voltar a ser Deus-homem. Porém, isso é possível? Teria Ele novamente sido gerado?

Um trecho que me chama a atenção é: “O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é o primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais” [1Co 15.45-48]. Há clara e nitidamente uma diferença entre Adão e Cristo, o primeiro e o segundo homens. Mas, o que Paulo quer dizer com terreno e terra, celestial e céu? Os lugares de onde saíram? Ou há também uma transposição de características que são evidenciadas pelos termos? Por exemplo, o fato de Adão ser da terra revela a sua condição temporal, imperfeita, pecaminosa e finita, enquanto o fato de Cristo ser do céu representa que é santo, perfeito, eterno e infinito, mesmo em sua humanidade, do contrário, se a humanidade de Cristo for terrena, como será perfeita? Por isso, o apóstolo não se refere a Cristo como terreno, ainda que o seu corpo o fosse. 

O que me leva à conclusão de que, para que o pecado não fosse herdado por Cristo, era necessário que a sua humanidade também não fosse herança do primeiro Adão, de tal forma que o corpo permanecesse incontaminado. E a prova de que não foi contaminado é que o seu corpo não viu a corrupção. Contudo, fica a pergunta: se o corpo de Cristo não foi contaminado nem viu a corrupção, por que morreu? Não é essa a conseqüência natural do pecado? Sim. Mas o pecado que levou à morte física de Cristo não foi dEle, mas nosso; por causa dos pecados do seu povo que lhe foram imputados, sobreveio-lhe como punição a morte, sem que houvesse a corrupção da carne. Ele teve de cumprir toda a condenação que nos era devida, para nos livrar da pena que nos seria imposta, caso não se sacrificasse em nosso lugar.

Ao assumi-la, a corporeidade, fez-se como nós, sem necessariamente ser como nós. Não era preciso. Nem possível. Porque se assim fosse, não seria o Cristo, mas o Adão, a Eva, a Maria ou o Jorge. E nenhum de nós pode ser o Redentor, assim como Ele não pode ser nenhum de nós.

Nota: * O título "O Pecado que Cristo não levou" não faz referência a algum pecado que Cristo tenha praticado, mas ao objetivo do texto, explicar porque Ele não herdou em sua natureza humana o pecado.
[1] A genealogia de Cristo, segundo Lucas, vai até Adão [Lc 3.38].
[2] Zigoto é denominado ovo e resulta da união de dois gametas: óvulo e espermatozóide. É uma célula totipotente, ou seja, é capaz de guardar as características genéticas dos progenitores, podendo gerar todas as linhagens celulares do organismo adulto [Fonte: Wikipédia]
[3] Gleanings in the Godhead - 29.The Humanity of Christ de Arthur Pink. Recebi este texto de um querido irmão e amigo, que coincidentemente enviou-o quando estava revisando o meu post, a tempo de incluí-lo. Uma tradução livre e parcial seria: "A humanidade de Cristo foi singular, a história não fornece analogias e nem tampouco sua humanidade pode ser ilustrada por nada na natureza. É incomparável, não somente à nossa natureza caída como também à natureza caída de Adão. A humanidade dEle esteve sob a imediata agência do Espírito Santo".
[4] Teologia Concisa, J. I. Packer, Ed. Cultura Cristã, pg 78-80. Texto disponível no Monergismo.
[5] Teologia Sistemática, Louis Berkhof, Ed. Cultura Cristã, pg 227.
[6] A minha definição de "Alma" compreende sempre a mente e o espírito, como suas partes integrantes.
[7] Texto publicado originalmente aqui mesmo, no Kálamos, em 30/08/2010, sem que houvesse qualquer revisão ao texto original, inclusive em relação à ortografia.
[8] Para quem não ler os "registros", transcrevo o que João Calvino disse em suas Institutas, em um dos últimos comentários que escrevi nesta postagem:
"Pois se temos fé nas Escrituras que eloqüentemente proclamam que por fim em Cristo se revelou plenamente a graça e a humanidade do Senhor [Tt 2.13], derramada a opulência de sua misericórdia [2Tm 1.9; Tt 3.4], consumada a reconciliação de Deus e dos homens [2Co 5.18], não nutramos dúvida de que muito mais benigna se exibe diante de nós a clemência do Pai celestial, a qual não foi cortadanem apoucada".

67 comentários:

  1. Irmão,

    Toda a tua argumentação esbarra num erro básico: a equivocada distinção que tu fazes entre humanidade e corporeidade.

    Segundo tuas palavras: "Cristo sempre teve a natureza humana, como essência. O que foi gerado em Maria foi o corpo, a parte material do Senhor."

    Ora, como Ele tinha a natureza humana antes de ter um corpo? Ter um corpo humano e ter a natureza humana são a mesma coisa. Ele só passou a ser humano quando foi gerado em Maria, antes não podia ter natureza humana de forma nenhuma.

    Outra: "Compreendo que o homem é um ser completo, carne e alma [6]. Porém, entendo que a humanidade está presente na alma, usando o corpo como dispensário ou habitáculo."

    Esse pensamento é antibíblico, importado dos gregos. Biblicamente, o homem não apenas tem um corpo, mas ele é um corpo. A alma é o corpo e o corpo é a alma. Não existe homem sem corpo. A humanidade está justamente no corpo. Sem corpo não pode haver homem.

    Só Deus e os anjos são imateriais.

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  2. Tiago,

    nossas diferenças começam a aparecer...[rsrs]. O que é normal. Talvez anormal seja dizer: "Esse pensamento é antibíblico, importado dos gregos. Biblicamente, o homem não apenas tem um corpo, mas ele é um corpo".

    Bem, pergunto-lhe: de qual homem estamos falando? De você, de mim, ou de Cristo?

    E em que Cristo é semelhante a nós? Ou em que somos semelhantes a Ele? Pode-se fazer um "rastreamento" também de nossas diferenças?

    O problema é que, como o irmão não crê na imortalidade da alma [se estiver errado, corrija-me], não a desvincula da mortalidade corporal, ao meu ver, e por isso, todo o meu "castelo de areia" rui, segundo o seu conceito.

    E já antecipando eventuais comprometimentos soteriológicos ao meu argumento, digo que é necessário, primeiro, que me provem em quê a minha argumentação implica na impossibilidade de Cristo ser o Redentor, pois não reivindico que Ele não era humano, porém, detinha uma humanidade perfeita, diferente da nossa, imperfeita.

    Cristo o abençoe, meu irmão!

    Abraços.

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  3. amado Isah,

    o argumento do irmão exige uma revisão em Hamartologia e antropologia.
    O comentário do Internauta Cristão é pertinente.

    Se Cristo pagou TODO o pecado, experimentou a morte por todo homem, é necessário que tenha experimentada toda a extensão da morte. Sua justiça precisa SER COMPLETA.
    Ele nos salvou por sua vida e por sua morte. O texto abaixo parece impossibilitar tal fato.

    "Cristo, ao receber os pecados do seu povo, por imputação, morreu fisicamente, pois é-lhe impossível morrer espiritualmente, visto ser Deus."

    Ao ler seu comentário em resposta ao Internauta fiquei confuso quanto a tese que o Irmão queria provar.

    Em Cristo

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  4. Paulo,

    isso quer dizer que Cristo teria de ser um pecador, para experimentar toda a extensão da morte?

    E, não afirmei que Ele não morreu, mas afirmei que é-lhe impossível morrer espiritualmente, diferentes de nós que somos achados mortos diante de Deus, e somos ressuscitados em Cristo. Cristo jamais morreu espiritualmente, o que morreu foi o seu corpo na cruz, foi na carne que Ele levou os pecados dos seus.

    Quero mostrar que Cristo não é idêntico a nós, e nem precisaria ser idêntico a nós para expiar os nossos pecados. Nós trazemos a disposição ao pecado, assim como Adão tinha em si a disposição para o pecado, enquanto Cristo, jamais poderia pecar, pois não havia a disposição, nem o pecado estava latente nele, esperando a chance de se consumar.

    Cristo ser tentado não quer dizer que houvesse a possibilidade de cair e pecar. Isso é inadimissível, impossível. Enquanto nós...

    Abraços.

    Cristo o abençoe!

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  5. Irmão,
    o texto "último Adão" não sugere a mesma humanidade entre ambos?

    se Cristo não era idêntico à nossa humanidade, poderia ele ser o resgatador?

    há mais de uma humanidade?

    Em Adão havia disposição para pecar? ou possibilidade de pecar?

    Em Cristo.

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  6. Caro Paulo,

    Relendo a resposta anterior, percebi uma certa rispidez em minha pergunta inicial, o que não tem nada a ver com o irmão, mas pelo fato de estar no trabalho e querer responder prontamente o seu questionamento [o erro foi a impulsividade na resposta rápida]. Mas isso não é desculpa, pois poderia ter deixado para responder depois, com mais calma. Portanto, perdoe-me, jamais poderia ser rude com o irmão, a quem tanto prezo, e sempre foi demasiadamente cortês para comigo.

    Voltando ao texto, a Bíblia diz que Cristo é semelhante a nós, mas em momento algum dá a idéia de que Ele seja idêntico, absolutamente igual a nós; na verdade, pode nem mesmo ser descendente de Adão, como o texto que citei de Mateus e Lucas parecem dizer: que Ele foi totalmente gerado pelo Espírito Santo, sem que tivesse uma mãe biológica; pois, como um irmão escreveu, Adão também não teve mãe e era homem.

    Se atentarmos, Deus pegou o barro e moldou o corpo de Adão, para depois soprar em suas narinas e dar-lhe vida. Ou seja, a humanidade de Adão é derivada de Deus, não o contrário. Portanto, Cristo não precisava ser como nós, pois nós é que somos semelhantes a Ele, não o contrário.

    Veja bem, Cristo é único, não há nada nem ninguém igual a Ele, mesmo em sua humanidade; Cristo não tem pecados, nem disposição ao pecado, Ele é completamente santo, enquanto somos pecadores e dispostos ao pecado. Para Cristo ser igual a nós, teria de ter essa mesma disposição, o que implicaria dizer que, em algum momento de sua vida terrena, Ele poderia cair [mesmo como uma probabilidade, mesmo como hipótese]; e isso é absurdo!

    Então, Cristo é Deus-homem. Sem nenhuma dúvida, capaz de remir e resgatar, na cruz, o seu povo.

    Abraços

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  7. Solicitei autorização do pr. Marcos Ferreira para publicar o seu comentário feito via email. O qual concordou, e segue:

    "Prezado irmão Jorge,

    Acabei de ler sua última postagem do blog. Queria ter registrado um comentário lá mesmo, mas há algum problema com a página.

    Sugiro que você refaça seu blog no site wordpress. Inclusive poderá importar todas as postagens do atual. O wordpress me parece bem melhor que o blogspot.

    Mas vamos ao meu comentário.

    Você abordou um tema pelo qual sou apaixonado. As certezas e questões que levantou são as mesmas que também levanto. Para mim, o maior problema no foco desse tema é a forma de raciocinar sem exegese mais profunda, buscando outros textos do NT bem relacionados à cristologia. Esse tema geralmente é apresentado a nós em raciocínio de Teologia Sistemática girando em torno das naturezas de Deus e do homem, mais com filosofia e lógica aristotélica. A importância da Teologia Sistemática não se discute, mas se não for precedida de Teologia Bíblica, no caso, exegética, pode tornar-se apenas Teologia Filosófica.

    O comentário dos internautas cristãos procede. A separação tão forte de alma e corpo como você faz no texto não parece simples dicotomia, mas um dualismo semelhante ao dos gnósticos. Dicotomia e tricotomia são conceitos usados na área de antropologia da Teologia Sistemática, que apenas procura explicar a constituição humana. Contudo, seja eu dicotomista ou tricotomista, nunca devo esquecer, antes de tudo, que o homem é uma unidade indivisível. O dualismo, no entanto, quebra essa unidade e contrasta radicalmente matéria e espírito.

    Minha posição, embora contrária às opiniões correntes e aos históricos símbolos de fé protestantes, inclusive a Confissão de Westminister adotada pela IPB, é que o Jesus Cristo homem não é descendente genético de Adão e que é isto o que explica sua vida sem pecados herdados ou próprios. Meus argumentos estão no texto em anexo, que seria o comentário ao seu post. O texto ficou impróprio para um simples comentário e resolvi transforma-lo em estudo bíblico, arquivando-o em devida pasta. Em seguida publiquei-o no calaméo, para ficar disponível a quem quiser ler, baixar, imprimir, etc. Leia quantas vezes quiser e faça os comentários via e-mail.

    Eis o link: http://pt.calameo.com/read/0002757276ccfc514a1bd

    Abraços.

    pastor Marcos"

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  8. Caros irmãos,

    Teci um comentário antes e deu problema na página. Para mim o caminho da dúvida não é o caminho do crente, pois escrituristicamente deve ser o da fé ( creio e depois entendo confirmando a minha fé)opondo-se a intuição de Albert Eistein, que intuía uma solução e depois criava uma resposta, uma explicação do problema.Claro isso em rápidas pinceladas.

    Não leio a Bíblia procurando problemas apenas maravilho-me com as Suas declarações. Não gosto de muitas mas isso não importa, os pensamentos do Senhor são mais altos que os nossos pensamentos. Contudo meditar a Palavra de Deus é salutar e somos exortados a fazê0lo diariamente inclusive.

    Vamos a final, pois não reproduzirei tudo o que disse antes. Se alguém me perguntasse , pelo que entendi na Bíblia, já a muito tempo, numa descrição moderna, maria foi uma barriga de aluguel para que Deus criasse o seu filho como homem nascesse nesse mundo, sendo bebê, criança, adolescente, jovem e finalmente adulto. A virtude de Maria ( e também de José )foi a de ser completamente temente ao Senhor e junto com José o casal mais unido nessa obediência. coisa que nem Abraão de Sarah foram, e outros casais importantes na narrativa Bíblica também não foram.

    Jesus é portanto perfeitamente humano e Deus conosco. Daí a confissão unânime ( ou quase ) no cristianismo: Jesus Cristo é Filho de Deus e Deus.

    Detalhes como isso se dá realmente é praticamente inalcansável, não por ser ministério , mas por ser maravilhoso mesmo. O Espírito Santo, o que pairou sobre as águas de lá formando a vida, gerou o homem Jesus Cristo de Nazaré e o Verbo, o Logos, a ação, a palavra viva, habitou entre nós. Daí nenhuma informação genética foi transmitida a ele como a nós é fatalmente transmitida com coisas boas e más simuntâneamente, incluindo uma tendência que nos empurra para o mal mais que para o bem.

    Finalmente a teologia só é útil a medida que clareia as coisas já reveladas de modo tão simples nas Escrituras, a teologia acadêmica gira em torno da satisfação de dar todas as respostas para si mesmo e diatancia-se facilmente do foco, da fé prática.

    Um abraço a todos.

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  9. Pr. Marcos,

    obrigado por seu comentário e por permitir publicá-lo.

    Realmente a Cristologia é fascinante, em virtude da maravilhosa, excepcional e única Pessoa do nosso Senhor. Também procuro basear-me na Escritura, naquilo que ela me revela, e sempre, a partir do texto bíblico, meditar e fazer minhas reflexões.

    Não consigo entender essa indivisibilidade do homem; mas como o irmão disse, ela é alvo da antropologia; mas a questão que abordei não é nem mesmo essa, mas a diferença entre Cristo e nós. Se somos tri ou duo ou uno personal, não é o foco do meu texto, mas mostrar que apesar de sermos semelhantes a Cristo não somos como Ele [iguais, ipsis literis]. Cristo é perfeito, o que nem Adão foi. A perfeição de Adão, que não é reconhecida na Escritura, pois Deus diz da sua criação que ela era boa, me parece mais um conceito extra-bíblico, e podemos, se muito, dizer que Adão foi o "top" da criação. Nada mais. O próprio fato de ter pecado diferencia-o sobremaneira do Senhor, o qual é santo e perfeito.

    Pode-se dizer que a humanidade de Cristo foi influenciada por sua natureza divina e, por isso, Cristo não pecou. É possível que seja, e não me recuso a aceitá-la no futuro, mas em sua humanidade Cristo é igualmente perfeito, o homem perfeito, o que o distancia em algum aspecto da nossa imperfeição e pecaminosidade. E, se isso não é diferença, não sei mais o que poderia ser.

    De qualquer forma, são conjecturas, e o meu objetivo é pensar e que outros irmãos pensem a questão também; e que em tudo, Cristo seja glorificado.

    Obrigado por seu comentário. Sugiro que todos leiam o seu estudo. É enriquecedor.

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  10. Helvécio,

    sabe por que comecei a escrever essa série sobre Cristo? Por que, a partir da pergunta do Natan, percebi que não sabia muito sobre Ele, além do necessário para a minha salvação. O que é muito, mas após receber tão grandiosa graça e dádiva de Deus, me parece muito pouco contentar-me com o conhecimento mínimo do Senhor.

    Apesar de eu usar vez ou outra um termo teológico, minhas reflexões se baseiam em textos bíblicos e na leitura bíblica. Não vou a um tomo de T.S., busco a informação e reproduzo para cá. Com isso não quero dizer que não faço consultas a obras teológicas. É o mínimo que posso fazer, ler e meditar no que homens usados por Deus escreveram, porém, sem a infalibilidade da Escritura.

    De certa forma, percebi que Cristo estava sendo relegado a uma posição secundária entre os cristãos. Ao ponto em que o homem tem se tornado cada dia mais relevante dentro das igrejas, nos debates, nos livros, em sites e blogs cristãos. Hoje perde-se muito tempo combatendo a teologia da prosperidade, o neopentecostalismo, o liberalismo, e outras distorções [nem sempre em bases bíblicas mas opinativas], e pouco se fala do Senhor. Basta uma olhada na blogosfera para constatar o fato.

    Meu objetivo principal era que eu mesmo expusesse minhas dúvidas e conclusões, mas que outros o fizessem também, o que parece estar acontecendo. Para que Cristo seja honrado e glorificado como Senhor.

    É como o Dr. Heber Campos diz: "Nem todos gostam de provar da doçura do Redentor divino-humano. Alguns até tentam banir algumas das verdades cristológicas da mente. Poucos desejam rever suas posições teológicas a respeito de Cristo. Na verdade, poucos amam de fato Jesus Cristo, porque o que determina o nosso interesse numa pessoa é o nosso amor por ela".

    Cristo o abençoe!

    Grande abraço!

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  11. Pessoal,

    Atentemo-nos ao fato que se segue: O Jorge reafirma os pressupostos já cridos pela ortodoxia, de modo que sua reflexão não se aliena a ponto de tatear a heresia (rs)

    A comparação com a compreensão dualista do homem cunhada pelos gregos, não sei procede, posto que remete-nos a uma visão gnóstica, que desprezava a carne por conta de sua inerência maligna alegada, o que creio que o Jorge não quis assim dizer.

    O Jorge em seu comentário não subestimou a crucial participação da carne no verbo, mas procura diferi-la, em certa medida, com a dos demais mortais.

    E convenhamos, Cristo de fato herda toda nossa humanidade sim. Porém, isso não ergue-se como uma barreira para refletirmos sobre sua superior inequívoca diferença com os demais homens. O que favorece essa divagação, dentre outros pontos, sobressai-se o da sua impecabilidade, o que ele, embora homem, foi o único homem com tal capacidade, que ele então era peculiar.

    Portanto, acredito sim, em uma continuidade entre a natureza humana dos homens e a de Jesus, o que de fato precisa haver, pois é o que a Escritura diz para tanto. Entretanto, há base também para certa descontinuidade entre ambas as naturezas, que poderíamos embasar sobre a verdade dos versículos abaixo:

    "O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.” (1 15.47)

    "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;” (Cl 2.9)

    Acredito que a questão que lança luz sobre tal relexão, favorecendo-a, seja a impecabilidade de Cristo. Pre

    Não estamos dispostos a abrir mão de sua humanidade, o que acredito que o Jorge também não esteja, o que do contrário, levaria-nos a crassa heresia.

    Contudo, insisto: Existe sim uma peculiaridade, sobre a humanidade de Cristo.

    Portanto, Prossigamos refletindo.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

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  12. Mizael,

    finalmente alguém apareceu para me defender [rsrs].

    Bem, em linhas gerais, o que você entendeu do que escrevi é isso mesmo. Não quero criar um outro "Cristo", mas mostrar que o Cristo bíblico, revelado pela Escritura, é incomparável, único; uma Pessoa espetacular em que coexistem duas naturezas, humana e divina, igualmente perfeitas, santas, infinitas e eternas. Somos semelhantes a Ele, mas não somos iguais a Ele. Por que, se assim fosse, Ele não seria Cristo, mas o Jorge ou o Mizael, por exemplo. E como disse, nem Ele pode ser como nós, assim como nós não podemos ser Ele.

    Cristo é Cristo, o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade Santa, o Redentor, o Senhor, Criador e Sustentador de todas as coisas.

    Recuso-me a ser comparado a Ele, ainda que tenhamos algumas características semelhantes, mas que em nada nos tornam iguais. Sem abrir mão daquilo que a Bíblia nos revela, e que revela o nosso Senhor.

    Forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  13. Por todos esses comentários podemos ver aonde se encontra a dificuldade. Falta definições em seu texto e isso nos leva a essa situação.

    Vc fala de humanidade como sendo algo a parte de corpo (i.é, matéria e espírito) e temporalidade. Ao afirma a essência (Natureza íntima das coisas; aquilo que faz que uma coisa seja o que é, ou que lhe dá a aparência dominante; aquilo que constitui a natureza de um objeto) vc acaba por não definir essa essência humana, para então tratar do Deus-homem.

    O que é a essência humana? O que torna um homem (individuo) no Homem (ente)? Quais características essenciais que nos diferenciam dos anjos, por exemplo?

    Percebe, falta a sua definição do que é ser homem!

    Não há dúvidas que a pessoa Cristo é diferente dos homens (eu e vc, nós e Adão). E nem é pelo fato de ter ou não o Pecado ou ter cometido pecado, nem mesmo pela pecabilidade ou não (afinal tudo isso é secundário).

    Nós somos apenas homens, Cristo é Deus-Homem, ou seja, no mínino ele (Jesus) tem só a deidade a mais que eu e vc – ninguém (em sã consciência) advoga que somos Deus.

    Então é só a partir daí (da definição de homem) é que pode vir a pergunta: quando (ou onde) Jesus Cristo é Deus-Homem? No tempo ou na eternidade? No mundo criado? No plano terreno ou no Celestial?

    E isso fará uma diferença muito grande, pois considerando que natureza humana é espiritual apenas, e que essa pode se manifestar sem um corpo e fora do tempo, Cristo é homem eterno, e nós temos essa característica herdadas de Adão a qual foi ‘soprada’ por Deus a este,e é manifestada na nossa natureza (vida) que está no tempo.

    Entretanto considerando que natureza humana é personalidade (personalismo, emoções, intelecto, racionalidade, autodeterminação, temperamento, etc. características personais), Cristo é homem eternamente, pois ele é a mesma personalidade, e mais, a personalidade na humanidade (raça) descende de Cristo no ato da criação “façamos o homem a nossa imagem e conforme a nossa semelhança” e se manifesta no tempo.

    Mas considerando que natureza humana se restringe a corpo (somente corpo; ou corpo +alma) e (ou na) temporalidade, Cristo torna-se homem ao encarnar. Pois só quando ele entra no tempo e na matéria é que ele é homem (levando em consideração - se for o caso - as características espirituais da definição humana adotada).

    E então qual é a sua definição de Homem.? Qual é a definição de natureza humana que devemos considerar ao ler seu texto?


    No Senhor,

    Esli Soares

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  14. Amado Isah,

    li seu comentário, e não o entendi como ofensivo.

    Mesmo que o entendesse, me preocuparia mais com sua posição Cristológica.

    Como utilizaria muito espaço para indagá-lo, e esses torneios levam a defesas pessoais, ainda que tentem defender às Escrituras, preferi editar um post de parte do seu post.

    Abs

    Em Cristo.

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  15. Esli,

    finalmente você deu o "ar da graça" por aqui.

    Vamos lá:

    1)As definições estão no próprio texto. Espalhadas. Defini essência, segundo o Michaelis, apenas para notear aqueles que vivem me pedindo para definir termos, porém, o que considero "essência", assim como outros termos, está neste e nos demais, como idéia.

    2)Mas, de antemão, já digo que não considero "essência" ser a carne, o corpo, ossos, músculos, sangue, etc. A essência da natureza humana está na mente/alma/espírito. Pois é nela que está a vontade, o intelecto, as decisões, os sentimentos, etc.

    3)Com isso, não quero dizer que o corpo não seja humano, nem que o homem não seja o corpo também, contudo, aquilo que determina o que seremos não é o corpo, ele mesmo, criado por Deus sem vida, mas que ganhou vida a partir do "sopro" divino; é a isso que considero essência, esse soprar de Deus.

    4)Acho que quanto a personalidade de Cristo, concordamos. Ela é eterna. Ainda não entendi como é que se manifesta a natureza humana, como o Paulo disse em seu blog, "Em Cristo NÃO há duas Faculdades da vontade, mas sim duas manifestações distintas da vontade. Há, sim, a ação das naturezas de Cristo – humana e divina - sobre sua faculdade, que é uma só, resultando em diferentes manifestações da vontade". Por mais que eu medite no que ele e outros teólogos dizem, sempre fico com a idéia de que a Pessoa do Senhor foi "modificada" por sua natureza humana, de tal forma que ela implica na mutabilidade de sua divindade. Já que a sua personalidade é divina; de alguma forma foi afetada pela humanidade. O que é um problema muito maior e mais grave do que a eternidade da natureza humana de Cristo, que é algo que pode ser comprovado na Bília. Se não pode, também essa história de "energia" e "duas vontade" numa mesma personalidade também não. Então, ficamos empatados. Apesar de eu considerar que há provas claras na Escritura de que a humanidade de Cristo, não o homem Cristo, é eterna.

    5)Concordo que a nossa humanidade é proveniente de Deus.

    6)Cristo se fez homem ao encarnar, mas não falo disso. Falo de humanidade. O homem é corpo + alma; a humanidade está na alma a manifestar-se pelo corpo no tempo. Se reconhecemos que somos imagem de Deus, Ele tem algo humano, sem corpo, porque Deus é Espírito. Logo, Cristo tem humanidade, ainda que como o Verbo não tivesse corpo. O corpo o tornou homem, afeito ao tempo, no que concordo com você. Porém, Ele sempre teve alguma humanidade, senão, como seríamos humanos? Ou Deus soprou o quê em nós?

    Não acrescentei muito ao que escrevi. Acho que está tudo no meu texto. Nem mesmo sei se posso acrescentar algo. É isso.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  16. Que confusâo...nâo estâo complicando demais as coisas simples das escrituras?

    Jesus não tinha pecado porque era e sempre foi Deus. O seu corpo humano foi formado no útero de Maria, por obra do próprio Deus, O Espírito Santo. Só dessa forma, o Deus a quem ninguém jamais viu se tornou Deus conosco, e os que com Ele tiveram contato físico, ouviram-no, viram-no, tocaram-no.

    A batalha que nos resgatou, que se traduziu no fato dEle vencer em nosso lugar, é outra história. No cenário espiritual desde a queda do homem até a sua ressureição, é outra história, da mesma forma que Adão foi derrotado, Jesus por nós foi vitorioso, como homem. Só Deus sabe a extensão e o significado reais dessa batalha. A teologia cristã se ocupa a quase dois mil anos com essa questão, na tentativa de traduzir e descrever o mais fielmente possível, todo o significado de tudo nesse grande cenário. Pessoalmente jamais saberemos a extensão e todas as implicações da obra redentora do Senhor Jesus, contudo a experimentamos em nossas vidas conforme e medida da nossa fé. Embora creiamos nEle, cada um tem uma medida de fé, a sua fé alcança mais ou menos daquilo que Deus tem para nos dar. Não podemos desviar contudo do foco principal apresentado nas Escrituras.

    Um abraço a todos.

    PS: Há cinco irmãos em Cristo na mina no Chile e mais vinte e sete que não O conhecem. Oremos para que toda essa história termine para uma grande glória de Deus.

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  17. Nós somos semelhantes a Deus e não ao contrário. Semelhantes em que? Antes do pecado a imagem e semelhança de Deus, após o pecado, a queda, o engano de Satanás, como Ele ( Deus) conhecedores do bem e do mal. Supor que Deus tenha uma semelhança ou algo de humano antes de ter criado o homem ( humano ) é ilógico. Caro irmão Jorge, você deixou escapar que em dados momentos de seu estudo das Escrituras, a teologia, embora boa e útil, vem antes da leitura da Palavra de Deus. E aí eu concordo com algo que você lembra sempre, os pressupostos. Se vamos a teologia primeiro adquirimos pressupostos que que prendem com laços bem fortes o nosso entendimento. Se vamos a Palavra primeiro, não temos pressupostos, e é bem possível que tenhamos dificuldade em entender muitas coisas, mas com o tempo... E os dicionários bíblicos, a teologia sistemática, a teologia dos Velhos e Novos testamentos, e as chaves bíblicas, e os comentários bíblicos, etc? Como ferramentas podem nos ajudar a não incorrermos em erros, digamos , aparentemente "originais". Bem a imutabilidade de Deus nos faz pensar que nada é perdido por Ele e nada lhe é acrescentado, portanto o Verbo não ganhou nada que não fosse ou tivesse. A resposta deve portanto, ser logicamente outra: Jesus Cristo, que terá um novo nome, não será Jesus para sempre ( lemos no Apocalípse ) é a parte da trindade a qual veremos, pois a Deus ninguém jamais viu, dizem as Escrituras. Jesus, o Emanuel, é o Deus conosco, com os homens. É o caminho, o nome pelo qual Deus é agora conhecido, em nome do qual devemos orar e quem o rejeita, rejeita o próprio deus, toda a Trindade eterna. Quem o tem, tem comunhão com ele tem o Deus inteiro, quem o nega, nega a Deus completamente.

    Assim como Deus é Ele totalmente, o homem é o homem totalmente. Um homem, o ser humano é um projeto de Deus, fechado e completo com um objetivo, ter comunhão com Deus e promover na terra, um domínio e criatividade semelhante a de Deus. Para tal deveria se sujeitar ao criador e aprender com Ele, reconhecendo Sua grandeza e magnitude. A ueda do homem interrompeu (??) atrazou esse processo, mas Deus não se desvia de Seu propósito, e a longa história humana e a obra redentora completa e total de Jesus, conduzirão ao final da história humana ao mesmo objetivo original com o universo por testemunha ( todas as criaturas inteligentes ) de que o Senhor Deus foi perfeitamente justo e misericordiamente resgatou os que creram de sua condição de perdição e de existência sem objetivo e aniquilou o mal, cabalmente provado e manifesto como algo reprovável por Ele o Senhor.

    Um abraço , se não não cabe...rs...rs...rs..

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  18. Helvécio,

    Vamos por pontos:

    1)Não disse que Deus é semelhante a nós, disse que, se somos feitos à imagem e semelhança de Deus, Ele tem características semelhantes a nós, e não são físicas,pois Deus é Espírito.

    2)Satanás é conhecedor do bem e do mal? Quer dizer que ele pode fazer o bem? E, me diga, como foi que ele conheceu o mal, visto habitar inicialmente diante do trono do Senhor, que é todo bom? Ou você advoga que satanás tem os mesmos poderes e capacidades de Deus? De inclusive criar o mal? Seria o diabo uma espécie de "Deus"?

    3)Nunca disse que em meus estudos da Escritura a teologia vem antes. Minha teologia foi formada pela Escritura, e ainda é. Acontece que somos informados o tempo todo, bombardeados por informações 24 horas por dia, e isso não é errado. Errado é acreditar no que o mundo nos diz antes de buscar sua veracidade na Bíblia. Ninguém aprendeu tudo primeiro com a Bíblia, mas ela tem de ser a última palavra, a palavra final em tudo.

    4)É uma falácia dizer que ao se ir à Bíblia primeiro não se tem pressupostos. Pressupostos você tem, como qualquer um tem, o que a Bíblia faz é reordenar os nossos pressupostos, eliminando os falsos e nos revelando os verdadeiros. O que você advoga é uma neutralidade da mente que não existe. Veja bem, se Deus não operasse ativamente em nossa alma, regenerando e transformando o homem morto, caído, dando-lhe vida, seria impossível compreender e aceitar a verdade. O reconhecimento da verdade, a Bíblia, passa primeiro pela regeneração operada pelo Espírito Santo que modificará a velha disposição pecaminosa da nossa mente/alma/espírito, o novo-nascimento, capacitando-nos a compreender e aceitar a verdade: Cristo; como Senhor e Salvador.

    5)Novamente, reitero: não estou defendendo a eternidade do homem; ainda que sob o ponto de vista divino o homem, ou qualquer outra criatura, são eternos, pois pensados eternamente por Deus. Estou defendendo a eternidade da humanidade de Cristo, como essência, da mesma forma que defendo que Deus tem algo de humano em sua natureza, pois foi o que dEle recebemos, e que nos fez humanos.

    6) Jesus não será Jesus para sempre? Então será o quê? Só porque lhe será dado outro nome, ao seu ver? Quer dizer que a eternidade de Cristo, presente em toda a Escritura, tanto em seu ofício, como em sua pessoa, não são eternos, nem imutáveis?

    7)Dizer que a queda do homem atrasou o "processo" divino, é inconcebível. Como se Deus não fosse Senhor, Soberano, Todo-Poderoso, Sábio, Santo, Perfeito, e pudesse ser surpreendido por suas miseráveis, imperfeitas, pecadoras, e tolas criaturas. Isso é fazer de Deus um deus menor, que não tem o controle da sua criação, e pode ser obrigado a "atrasar" um pouco seus planos. Biblica e logicamente, isso é impossível sem diminuir Deus; sem, de alguma forma, não crer na sua própria palavra que garante o seu completo controle sobre todas as coisas.

    Abraços.

    Cristo o abençoe!

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  19. Caro irmão,

    o ponto dois, citado por você é bastante interessante e mereceria em separado uma abordagem: Satanás conhecedor do bem e do mal...ele conhece o bem certamente embora não o faça.

    Quanto o fato de você ter dito que deus é semelhante a nós, não o disse na verdade, mas deu margem a isso, quando afirmou que humanidade soprou em nós, haveria uma "humanidade" em Deus?

    No ítem quatro, a sua posição é teológica, pois se afirmar ao contrário, irpa de encontro por efetio cascata a uma série de argumentações inplícitas na predestinação e na eleição. Mas isso não é problema,para nós os salvos são detalhes, para o perdido é que faz uma enorme diferença a nossa diferença de pontos de vista.

    Quanto a "eternidade" do homem há uma coisa a esclarecer: Deus é eterno nosentido de não ter início e nem fim e ser imutável.a "eternidade" das criaturas é diferente. Todas as criaturas tiveram ou tem início e muitas fim. Os anjos e homens até onde sabemos por serem seres morais, por uma necessidade de justiça, Deus os preservará, salvos ( no caos do homem ) ou perdidos, condenados, homens e anjos.

    Dessa forma homens e anjos não serão jamis aniquilados, preservados idenfinidamente, talvel "eternamente",

    continua...

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  20. Quanto ao ponto cinco, é legítima a sua exploração e reflexão,mas na minha opinião inócua. a eternidade da humanidade de Cristo? O Jesus descrito no Apocalípse não é humano, é Deus, e joão diz claramente, "um semelhante ao filho do homem" ( aí os teológos que já pisaram e repisaram esse assunto até não ter mais capim têm várias explicações ).

    Alguns aceveram que aquela descrição fantástica é uma figura, uma alegoria ( ??? ) o problema é que segundo os nossos pressupostos ( e aí os temos ) alguma passagem é alegoria e outra é realidade, esquecendo-se que é o pensamento de Deus mais altos que os nossos pensamentos. Jesus nãoé eternamente humano, só para católicos apóstólicos romanos ( aliás eternamene bebê, morto, fraco, tem para todos os gostos e emoções ).

    continua...

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  21. Quanto ao ponto sete, o emprego do verbo atrazar foi meu, mas a idéia é bíblica em várias situações. Explico:Deus é soberano e tem todo o tempo do mundo e pode ( poder ) fazer tudoo que lhe apráz. Não há dúvida nisso. Mas no tempo, Deus espera, se "atraza" e "adianta", abrevia como será nos dias da grande tribulação por amor a humanidade viva no planeta. Oplano original de Deus de fato ficou atrazado enquanto a história se desenrola e finalmente tudo, todo o seu objetivo original será finalmente cumprido. a razão de você se chocar com essa afirmaçãos outras é puramente teológica. Esse é o lado ruim da teologia. conheci pessoalmente o Pastor Amaral Fanini, um dos maiores pregadores batistas brasileiros. Ouvi-o pregar na primeira igreja batista da pça Raul Soares. A época a sua pregação foi contra, oposta aos pressupostos da renovação carismática, um ótimo e bem construido sermão...

    continua...

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  22. As suas colocações eram lógicas, bem encadeadas e teologicamete bem expostas. Ele nunca aceitou que os dons do Espírito pudessem ser manifestos hoje. Nada de profecias, curas, exorcismo ( palavra esquisita ) ou expulsão de demônios. Não era só uma antipatia, a sua posição era de fundamentação teológica.

    A eleição, a predestinação é algo preponderante na teologia por você assumida e tem várias implicações. Bem e daí, você é salvo, é de Jesus e todas as bençãos se cumprem e se cumprirão na sua vida como um salvo que é. Glória a Deus. Louvado seja o Senhor. Mas esse modelo teológico implica em outras questões e fica rodandoem círculos. Na praica para nós salvos não faz a mínima diferença entre a minha e a sua posição. Os discíoulos tinham diferenças de compreensão, acreditavam até em fantasmas!!

    Para mim, felizmente ou infelizmente, homens e anjos são livres. Os anjos gostariam de pregar o evangelho e nãolhes foi permitido. Se nãofoi é por que quiseram. Satanás envaideceu-se e quiz ser igual a Deus, receber o louvor dado a Deus, nãoser maior, mas igual, semelhante ao altíssimo. O homem não atentou para o que Deus disse. Não foi Deus que envaideceu Satanás, nem tão pocuo levou o homem a duvidar de si mesmo e nem fez algum de nós torcer por um time, não gostar de pimenta, e escolher a moça quenos agradou. Calvino era um gênio, mas tão sujeito a erros como nós. amou profundamente ao Senhor, mas a sua teologia tem erros grosseiros se forem levados em consideração, como hoje pregadores atuais com muito mais verocidade erram. Você pode não gostar da idéia, mas é livre para amar,louvar e adorar ao Senhor. A sua fidelidade a Deus e amor a sua Palavra é umaresposta sua, só sua aoamor de Deus revelado a você. Deus aje em nós, mostra a sua misericŕodia e nós com pouca força respondemos e Ele o mais faz em nós. somos exortados a crermos,Ele nãocrerá por nós. a amá-lo, ele não omará por nós ( algo improvável, ilógico )

    continua...

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  23. continua...

    Não sei se o último comentário foi recebido...bem.

    Saberei depois. Você me exortou a não me preocupar ( a palavra foi outra ) emcriticar duramente alguém, e outras exortações me fez recentemente e as ouvi atentamente. Pois bem, amando a Plavra de Deus como ama e é umexemplo para mutios de nós. você está se desviando do foco.

    Ou pratica uma teologia acadêmica, ou leiga, como a que eu e você eventualmente nos aventuramos. O seu talento para escrever e colocar as idéias é maravilhoso e deve ser colcoado a serviço de Deus e benção para as demais pessoas. A sua mente lúcida e bem articulada para contrapor e clarear idéias também é um dom de Deus. a maioria das pessoas não fazem isso facilmente e outras nem alcançam grau nenehum de especulação. Entretanto tenho relido suas postagens mais antigas e as mais novas. Você começa a procurar "chifres na cabeça de cavalos", não pela posição ou pelas opiniões apresentadas, mas pela utilidade. Você disse que o amor a Cristo nos leva a querer cnhecfê-Lo mais e é verdade. Mas conhecê-Lo a meu ver é mais útil, conhecer a vontade dEle, como Ele vê as coisas, nós, o mundo, o pecador e não como Ele é ou não feito. A teologia acadêmica é fria e nãoproduz vida como a mensagem advinda diretamente da Palavra de Deus.

    São duas posiçẽos diametralmente opostas
    e temos que fataalmente escolher com clareza qual das duas melhor convém a nossa vida cristã.

    No mais, me alegro imensamente por sua vida,pela sua salvação e dos seus. "Crê somente e será salvo tu e tua casa." Bem três já foram...aleluia. Quanto aos detalahes, naquele grande dia, nada Lhe perguntaremos. Eu mesmo se for possivel encontrar Calvino e Lutero me laeggrarei muitíssimanete com eles pelo que procuraram fazer e pelo que fizeram.

    Aguardo a notícia da Gorete salva também e o Kevim. Nãoleve a mal as minhas considerações e nem as postagens no meu blog.

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  24. Sobre o ítem seis, se Jesus será ou não Jesus para sempre, sópor causa do nome?

    Hoje ele é salvador, amanhã segundo o nosso ponto de vista temporal, será Reie Juiz. No Armagendom destruirá os exércitos com o sopro de sua boca diferentemente daquele que apanhou, foi ferido, zombado e humilhado e diferene daquele pelo qual tudo o que foi feito veio a existir.

    Como Logos, Verbo, uma das pessoas da trindade Ele é eterno, sem dúvida, mas a sua relação com o homem é mutável a cada periodo da história. Não é só o nome, não se trata apenas do nome. O nome apenas reflete o que Ele significa para nós. Hoje é o Salvador mas haverá um diano tempo, em que não salvará mais ninguem, pois o tempo do eveangelho já será passado. E isso está revelado nas Escrituras.

    Um abraço irmão. Salvaçãoalcance todos os seus, em nome do Senhor Jesus.

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  25. Helvécio,

    não vou me aventurar a responder tudo, pois boa parte do que você coloca já discutimos antes, e estamos mesmo a andar em círculos.

    Quero porém deixar algo claro: nada que se refere à fé é inócuo. Minhas conjecturas e conclusões podem estar erradas [o que ainda não me convenci], mas não considero que qualquer aspecto da fé, seja a forma de batismo, o governo da igreja, ou outras questões, digamos, "menores" não devem ser abandonadas por não levar um incrédulo a Cristo. Meu objetivo aqui não é evangelizar, ainda que possa fazê-lo, mas o de crescer no discipulado de Cristo e levar outros a também crescerem. Mesmo que eu escreva um monte de bobagens, o importante é que as pessoas reflitam na fé, e busquem a verdade na Escritura, cada um por si mesmo, guiados pelo Espírito Santo.

    Não sou pastor, nem teólogo, nem acadêmico, nem candidato a nada. Apenas quero refletir, e orar para que Deus elimine minhas dúvidas, tornando-as em certezas, pela sua palavra.

    Veja bem, você bate sem dó nos calvinistas e em irmãos que combatem os neopentecostais, a teologia da prosperidade e os cessacionistas, nem por isso acho que suas postagens sejam inócuas. Considero-as erradas em muitos pontos, e certas em outros tantos, mas a discussão e o debate têm o objetivo de levar ao crescimento, ao entendimento, a reconhecer a verdade. Ela sempre estará na Bíblia, por isso disse que ela é a palavra final.

    Quanto ao que escreve aqui, é livre para fazê-lo, assim como qualquer um, seja com opinião a favor ou contra, e isso, não se deve ao seu livre-arbítrio, mas à minha autoridade como tutor do blog [rsrs]. Assim como no seu blog você postará o que quiser, se quiser. Desde que não se baixe o nível, publico até a oposição mais dura e severa, apesar dos comentadores aqui serem quase todos meus amigos pessoais, portanto, educados para comigo.

    No mais, é sempre um prazer tê-lo por aqui, como um contraponto à opinião da maioria, calvinista. Você é sempre educado, ainda que exagere um pouco nas críticas as vezes, mas eu também exagero, então, estamos empatados [rsrs].

    No mais, mande um grande e forte abraço à Rose, ao Helvecinho e à Jô.

    Cristo abençoe imensamente a sua família!

    Grande abraço!

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  26. Ah mais uma coisa...

    Um comentário choa ue não foi,mas não o refarei. Não era nada emais. É o seginte, provavelmente e tavlez certamente muito mais pessoas das que comentam, e postam comentários e debagtem os temas colocados por vocẽ em seusw posts, acessam o blog. Agora mesmo alguém do Japão, um pais sem referência cristã acessou o meu blog. Isso em emociona pela responsabilidade, não posso enm ao menos insinuar uma dúvida a alguém nessa situação. Coloque me seu blog, é apenas sujestão o FEEDJIT e você saberá on line quem e de onde acessa as suas postagens e saberá que muito mais gente lẽ as suas reflexões e poderá, inclusive saber, onde elas estão literalmente. No mais nooso Deus o abençoe, sustente e lhe dê toda a paz. Um beijo para D. Terezinha.

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  27. Helvécio,

    um dos grandes problemas das igrejas é que não existe discipulado, e cada um crê no que quer, do jeito que quer, sem se aprofundar na Escritura, desprezando o intelecto, a razão, o aprendizado, especializando-se cada um em seu próprio subjetivismo, algo que consideram espiritual, mas que na verdade não vai além da pessoalidade de cada um.

    Por isso, as igrejas têm significado pouco no mundo, quase nada; não é luz, não é sal. A prova está aí, a olhos vistos. Nunca o evangelicalismo cresceu tanto no Brasil, e temos uma sociedade cada vez mais especializada em desobedecer e rejeitar os princípios bíblicos, uma sociedade imoral, anti-ética, hedonista, degradada. Essa é a aliança com Deus?

    Antes busca satisfazer-se no mundo, a partir da satisfação pessoal. Cristo disse que não veio fazer a sua vontade, mas a do Pai. Os cristãos, em sua maioria, querem ser senhores de si mesmos, autônomos, a dar vazão aos seus desejos, ao seu prazer pessoal, sem se importar com a vontade de Deus. Mas usam esse argumento, de que fazem a vontade de Deus, para satisfazer os seus próprios, apenas.

    Por isso, o estudo da Escritura tem sido relegado à pouca e má exposição nos púlpitos... somos uma geração de crentes sem Bíblia, e sem ela, não somos nada.

    A igreja tem o papel de proclamar o Evangelho, mas de fazer com que seus membros parem de tomar leite falsificado para o leite verdadeiro, e depois para a comida sólida. Por isso a mentira impera, o engano crassa, e somos pouco ou nada parecidos com Cristo. E cada vez mais, vemos crentes fracos, incapacitados de dizer qual a razão da sua fé, pois ela não está em Cristo, mas neles mesmos

    Abraços.

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  28. Querido,

    Não são inócuas as suas reflexões. Não se trata disso, apenas digamos, herarquicamente, há coisas menos e mais importantes, coisas que vem antes e coisas que vem depois. sobre o que disse sobfe a reforma da igreja, governo da igreja, pontos teológicos, etc. Cada coisa tem o seu lugar, e umas vem depois das outras.

    Por exemplo o amor de Deus antecede o que Deus é, digamos, "materialmente falando".aparência, tamanho ( ??? ), fica-se sem referência ao falar-se dEle, não é mesmo? Não é mais fácil declarar que Ele não tem pecado como tantas vezes talentosamente demonstrou em outras postagens?

    A "defesa" de alguns grupos nas suas ações vistas de uma meneira macro, é que Deus usa homens imperfeitos para fazerem a Sua obra perfeita. Os homens precisam ouvir um grito acima das vozes do mundo, de que Deus é real e que Jesus é o Salvador. Essa ação antecede as demais, faça quem as faça, pois outros se abstem de fazê-lo por razões estritamene pessoais. Aquele que ouviu a mensagem de que Deus o ama ao amar esse Deus o conhecerá de verdade, independentemente da igreja e do pregador que o sacudiu inicialmente, entende?

    Embora vocêr diga que o seupropósito não seja o de evangelizar, você o faz e muiuto bem, pois testemunha da sua experiência e convida as pessoas a terem a mesma experiẽncia. Um leitor pode não conordar com você e com oq ue diz, mas ficará pensando no que disse. O seu blog é um diferencial, não se assemelha a nenhum outro, mesmode irmãos calvinistas, é umexemplo de sobriedade, sinceridade e transparência.
    Você já deve ter notado que nãosó o elogio em meu blog como recomendo a sua leitura, mesmo divergindo um do outro em detalhes. Você é um evangelista sim, é uma testemunha sim e talvez não saiba do benefício que provoca e causa nos outros. Mais um abaço meu irmão.

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  29. Helvécio,

    obrigado por suas palavras, e sei sim que você indica várias postagens minhas em seu blog. E comenta algumas também por lá. Sinto-me honrado, mesmo quando critica ou não concorda com determinado pensamento meu. Faz parte; e estou mais imbuído de que as pessoas pensem, meditem e reflitam sobre a sua fé, do que concordem comigo.

    Mas nada disso aconteceria ou seria possível sem o nosso Senhor. Então, toda a honra e glória a Cristo, sem o qual, não somos nada.

    Abraços.

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  30. "Jesus nãoé eternamente humano, só para católicos apóstólicos romanos ( aliás eternamene bebê, morto, fraco, tem para todos os gostos e emoções )".

    Amado Isah,

    quando leio um comentário como o acima fico preocupado com o que estão fazendo com as doutrinas cristãs.

    o texto a seguir mostra que seremos o restante da colheita, se Cristo não é humano, o que seremos nós?


    "(1Co 15:20)
    Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem."

    Abs

    Em Cristo.

    as más conversações corrompem os bons costumes.

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  31. Caro irmão Paulo Brasil, a sua surpresa eu compreendo, mas a sua definição de humano em contraposição a minha quando construí essa frase não ficou clara.

    A minha: O corpo ganhado pro Jesus na encarnação tinha todas as características do seu corpo, do meu e do Jorge, certo? cresceu, teve muda de dentes, tinha as funções digestivas e excretoras, certo? Foi bebê, passou pela puberdade e foi adulto e envelhecia, certo?

    O Jesus ressureto atravessou paredes, se "teletransportou" e também comeu peixe com os discípulos. Nos podemos comer peixes, mas não podemos atravessar paredes, certo? qual o problema então?

    O problema é teológico pois ou Ele sempre foi humano, ou será eternamente humano da encarnação para todo o sempre...e aí a teologia procura problemas e não soluções...como fica a imutabilidade divina? A segunda pessoa da trindade mudou, teve algo acrescido a Si mesma?

    Seu comentário foi apenas depreciativo sem apresentar o clareza em todas as implicações. Eu sei o que disse e até que ponto a afirmação se aplicava e você? Nós mesmos podemos pregar um Jesus mais humano que divino, conveniente a inspiração das boas relações interpessoais ou o Divino, Senhor, dono, Juiz, Todo-poderoso, etc.

    P.S: O Jesus que viveu trinta e três anos na terra, até a sua morte era perfeitamente humano como eu e você, e o irmão Jorge.

    Aliás todo espírito que não confessa ( ou nega ) que Jesus veio em carne, etc, etc, etc.

    Um abraço, em Cristo.

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  32. Caro Jorge,

    Alguns temas ficaram subliminarmente citados nas postagens como por exemplo:

    Satanás é conhecedor do bem e do mal?

    O que é a morte, Jesus morreu, física ou espiritualmente ?

    A humanidade não parece estar claro para todos, o que é humanidade? Todos nós ao referirmos a ela, talvez, aparentemente estávamos pensando em conceitos diferentes.

    Fica a sugestão.

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  33. Helvécio,
    meu comentário foi de inaceitação de seus pontos de vista, não depreciação.
    Como acho fora de propósito utilizar este blog para comentários longos, apenas gostaria de reafirmar que a divindade de Cristo é imutável.
    Sua humanidade, agora própria para eternidade, pois ressurreta, continuará eternamente.
    que Ele terá para todo sempre suas duas naturezas.
    quanto ao teu conceito a respeito da praticidade da academia e da teologia deverias revê-los.

    Em Cristo

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  34. Caros

    Me desculpem a ausência...

    Jorge,
    ... desgosto um pouco do item 1, gosto do item 2, gosto do item 3, gosto do item 4, gosto do item 5, concordo plenamente com o item 6, gosto do item 7, gosto do item 8. Veja que são muito mais concordâncias do que discordâncias. Mais abaixo, gosto relativamente do item 1, desgosto do item 2.

    Tiago,
    ... se o corpo e alma são a mesma coisa, como você explica o estado do homem durante o período intermediário (depois da morte e antes da ressurreição)?

    Paulo,
    ... a meu ver em Adão havia possibilidade de pecar... e você o que acha?

    Marcos,
    ... sendo o homem um unidade indivisível o que significa Jesus ter dito que era Deus de Abraão, Isaque e Jacó, sendo eles já mortos e ainda não ressurretos?

    Helvécio,
    ... se ela foi apenas uma "barriga de aluguel", então porque é dito que Ele era filho de Davi?

    Mizael,
    ... heresia é o que contraria a Escritura, ou o que contraria a ortodoxia?

    Esli,
    ... não tenho nada para te perguntar... risos...

    Saudações cordiais

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  35. Na hora que deveria dormir, dou de cara com os vossos comentários e me atraso mais um pouco, mas não é tão ruim assim.

    Caro irmão Paulo, o meu pé atrás é mais com relação ao uso da teologia do que contra ela propriamente. Eu sei o seu valor, mas trata-se de uma técnica e um meio de combater o seu uso indevido. É claro e nós sabemos que qualquer um que abra um bom compêndio de teologia terá mais dúvidas que certezas,pois todas as opções são ( boa parte delas ) são expostas e lá embaixo um delas constitui a posição do autor da obra. Quanto a depreciação, eu sei que não foi essa a intenção, trata-se do calor do debate e a economia das palavras que o formato da web nos força.

    Aliás sobre esses e outros pontos a teologia tem até posições estranhas para si própria, voltaremos a elas oportunamente.

    Um abraço querido.

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  36. Caro Oliveira, usei a expressão "barriga de aluguel" pois é uma bastante próxima pra nós hoje como é a "clonagem" de Eva a partir da costela de Adão. A resposta mais correta é: "Não sabemos". Mas Maria era descendente direta de Davi e a promessa feita pelo Senhor, se cumpriu nela. A profecia é, entre outras coisas, particularmente o que ela declara, um sinal na ocasião de seu cumprimento, assim como foram as trinta moedas no caso de Judas. Se não houvesse algum tipo de "ruptura genética" das duas uma: ou Jesus nasceria pecador como nós, ou algum de nós nasceria sem pecado conforme a maracutáia católico romana em pról de Maria. Como Maria é pecadora embora como todos os demais seres humanos tal excessão nunca aconteceu então Jesus, nosso Salvador e Senhor, foi providencialmente nascido sem nenhum pecado. É isso aí. Foi o ítem qual? Ah tá lá em cima antes dessa caixinha...

    Um abraço.

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  37. Caro irmão Paulo,

    Jesus não é eternamente humano no sentido de ser exatamente como Ele foi na terra.Nós não seremos exatamente como nós somos ou fomos em vida, ou há alguma dúvida nisso? Foi nesse sentido que afirmei e fiz a tal comparação, ok?

    Um abraço novamente.

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  38. Caro Oliveira, as expressões filho de tem várias conotações em toda a Bíblia. Jesus não é ao mesmo tempo "filho" e pré-existente a Davi, assim como o Verbo, o Logos, não é "Filho de Deus" sendo descedente do Pai. Aí o papo vai longe e a coisa não é tão simples assim. Talvez se eu der conta de organizar as idéias e não incorrer em uma bobagem das grandes eu fale sobre o assunto em meu blog, sem ser professoral, pois é meio difícil de se abordar sem incorer-se em erros grosseiros.

    Um abraço mais uma vez.

    P.S. Falando pelo Mizael , sem a permissão dele, heresia pode ser uma das duas coisas ou ambas. Mas o mais fácil é perceber que a heresia se contradiz em si mesma. Sob essa perspectiva nem precisa ser combatida, ela mesma se enforca, é só esperar.

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  39. Irmão Helvécio,

    tudo claro.

    minha admiração.

    Irmão Oliveira,

    antes da queda poderíamos dizer que Adão era "posso não pecar", após a queda ele passou a ser "não posso não pecar".

    Abs

    em Cristo

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  40. Concordo plenamente com o irmão Paulo... Adão tinha a possibilidade de pecar antes da queda ( tal qual Eva ), após a queda há a possibilidade de fazer o bem, mas o mal é que a tendência natural. O maior pecador pode ter uma atitude nobre e o maior justo pode cair do cavalo fácil, fácil. Daí o fato de não sermos excessivamente duros até mesmo com líderes evangélicos, nosso irmãos em Cristo, quanto mais responsabilidades e maior desempenho como pregadores, mestres, empreendedores, ainda permanece a contra gosto, a iminência do pecado. Anos "de crente" não torna nenhum de nós mais imunes a alguma queda, seja pela cobiça, vaidade, auto suficiência, etc. A nossa dependência do Senhor e vigilância, além do apoio de irmãos mais próximos na fé, é fundamental, na minha opinião.

    Um abraço a todos mais uma vez.

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  41. Caro irmão Jorge, reli toda a sua postagem novamente e prestei mais atenção em um parágrafo no quel afirma não entender o porquê Cristo teria que ser rigorosamente igual a nós para ser o nosso redentor,nosso resgatador.

    Bem a vinda de Cristo, a sua encarnação envolve ao meu ver, segundo a Bíblia um cenário nada simplista, do qual alguns detalhes desconhecemos, a meu ver pelo simples fato de Deus na Sua perfeita sabedoria achá-los desnecessários. A obra redentora não está sob nosso juízo de valor, como foi, como deveria ser, etc. É simplesmente para aceitação e fé por parte do homem.

    continua...

    ResponderExcluir
  42. continuando...

    A nível de opinião apenas, não se trata de uma abordagem sitematicamente teológica. Jesus, Nosso Senhor, não era rigorosamente igual a nós. Não herdou o pecado, não tinha nossas neuras e traumas e cresceu idealmente em graça, significando que foi uma criança que aprendeu todo o necessário a um adulto em sua época e cultura, numa construção, num amadurecimento perfeito. Jesus era humanamente perfeito como nenhum ser humano jamais foi. Não era bonito de se ver,para não atrair atenção e agregar um valor indevido a Sua divina personalidade. Mas com atenção necessária deveria ser maravilhoso ver, ouvir e observar as atitudes e reações a cada momento. Apenas por hipótese, Jesus poderia pecar ( por potência, possibilidade- sem usar as defvidas expressões teológicas existentes para o caso ) mas não pecaria jamais por imperfeição, pois era perfeito no conhecimento, no julgamento e nas emoções. Guardadas as devidas proporções é como alguém pobre e honesto que devolve uma grande quantia de dinheiro a alguém ( e vemos isso de vez em quando nos noticiários )

    continua..

    ResponderExcluir
  43. continuando...

    Jesus era então perfeitamente humano mas não igual a nós em todas as características. Ele não pecaria jamais. A resposta então é outra. A sua encarnação teve como objetivo iniciar o Reino de Deus, destruindo pessoalmente as obras de Satanás e religando o homem com Deus, sendo Ele mesmo o Deus conosco. Nessa empreitada a reação de Satanás foi ferir-lhe o calcanhar mas que terminará com a ação de Cristo em esmagar a cabeça dele finalmente. A obra redentora de Jesus tem na Sua morte apenas um ítem na importante obra redentora de Deus que envolve o homem, a natureza, todas as coisas. Várias vezes as Escrituras referem-se ao Senhor como aquele que venceu. A salvação do homem é apenas um elemento nessa grandiosa e portanto pouco compreensível obra de Nosso Salvador e Senhor. A Sua humanidade tem muito a ver com a mediação, comunicação com o homem, sua criatura. Depois do Édem foi a grande experiência de Deus estar conosco, falando, nos ouvindo, iteragindo e tocando pessoalmente no homem.

    Não sei se ajudei um pouco,

    Um grande abraço, mais uma vez.

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  44. Caro Helvécio

    Obrigado pela sua resposta.

    Neste ponto, penso como você.

    A analogia da expressão "barriga de aluguel" não é exatamente a melhor, mas entendi o que você disse e concordo.

    A meu ver Jesus foi totalmente gerado pelo ES e Maria foi apenas a nutridora, via cordão umbilical.

    No campo especulativo, entendo que se fosse possível fazer um exame de DNA em Jesus menino, nele não seria encontrado nem material genético de Maria, nem material genético de José (com certeza absoluta).

    A expressão "Filho de Davi" foi por "imputação"...

    Abraço!

    ---

    Caro Paulo

    Obrigado pela resposta.

    Abraço!

    ResponderExcluir
  45. Caro irmão Oliveira, querido Jorge e demais,

    Há uma regra mais ou menos implícita na comunicação, qualquer que seja ela: o sentido de uma palavra está no ouvinte e não no emissor. Para sucesso da comunicação, o emissor deve recorrer a uma expressão ou palavra que o ouvinte conheça e tenha claro a sua idéia, com exatidão ou proximidade relativa. Por isso fujo, sempre que poso da expressões teológicas ou do "teologês", embora sejam legítimas pelo caráter acadêmico que exige a não ambiguidade. As declarações bíblicas devem ser entendidas, primeiramente a luz do que as pessoas da época entendiam, depois a corrrespondência ( nem sempre possível) com o que aparentemente entendemos ( hoje sabemos sobre DNA, etc, mas eles tinham idéias que nem de longe temos acerca das declarações Escriturísticas). É o caso da expressão "filho de Davi", que para eles tinha uma significação mais abrangente que a que percebemos superficialmente.

    Um abraço, mais uma vez a todos.

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  46. Jorge irmão,

    Queria começar meu comentário dizendo que a pessoa de Cristo e sua obra é muito importante para a salvação e edificação dos eleitos de Deus, por isso não o excomungaria por voltar ao assunto.[rs]

    Porém, devo discordar de você em alguns pontos:

    1.Você afirmou que:

    "Cristo é eterno em sua divindade, e temporal em sua humanidade."

    Disso não discordo, contudo quando mais abaixo diz:

    "Cristo sempre teve a natureza humana, como essência. O que foi gerado em Maria foi o corpo, a parte material do Senhor."

    Concordo com o Internauta Cristão(você o chamou de Tiago), que disse como poderia haver distinção de humanidade e corporeidade?! Não há. Essa distinção que fizeste não consigo achar relação alguma com o que diz João 1.1 que diz que o verbo era Deus, não humano. E, Paulo diz em Fp 2.6,7 que Ele subsistia em forma de Deus e se humilhou a tal ponto de se tornar homem. Como ele poderia assumir, receber a forma humana, se de alguma forma ele já era humano, como disseste?! Ou o entendi mal?!
    Se você argumentar que a humanidade de Cristo em essência consistia em ele ter a humanidade na alma, eu poderia dizer que Deus, o pai, é também humano, tendo em vista ser Ele Espírito(sou dicotomista)?! E o que falar do Deus, o Espírito Santo?!
    E, com essa afirmação, a meu ver, você está, nas entrelinhas, afirmando que a natureza humana do Senhor Jesus é eterna(ela teve um princípio, quando do seu nascimento), porém não o é. Ela é eterna no sentido de não mais ter fim, o Senhor será o "Teantropos" para sempre, entretanto a sua natureza humana não o faz mutável por isso, pois Deus não muda e Cristo não mudou sua essência, mas assumiu a forma de servo, tomando-a para si.
    E, a questão da imutabilidade de Deus, o Filho, não é o foco do meu ponto acima.

    2.Quanto à transmissão do pecado, que é um tema bastante complexo, gostaria de discorrer brevemente.

    Pela semântica do texto, percebi que és federalista(típico de Calvinistas), ou seja, Adão como representante de todos os seus descendentes, quando pecou, em nós foi imputado a culpa do pecado original e, somente este, por sermos representados nele. Isso é fato e concordo plenamente.

    Jesus é o segundo Adão formado sobrenaturalmente(milagre) de uma virgem, logo ele não poderia ser contado com todos nós que fomos criados naturalmente(ele veio normalmente de uma mulher, porém sua gestação é obra milagrosa e criadora de Deus, o Espírito), logo somos descedentes do primeiro Adão, o Senhor Jesus é o descendente de Adão segundo suas gerações(segundo os critérios da doutrina da Aliança), mas por sua geração ser obra miraculosa de Deus, a não pecabilidade é consequência de sua divindade, apesar de as duas naturezas não se confundirem, elas também não se separam, porém são unidas.

    Por exemplo: fomos salvos pelo sangue de Cristo derramado na cruz, ora Deus, o filho, não tem sangue(distinção, não confusão) mas Jesus, sim. A união das duas naturezas do Senhor faz com que seu sangue humano seja divinamente usado por Ele para nos salvar.
    Logo, a sua natureza humana não herdara o pecado original, por ter a natureza divina. A natureza divina de Jesus preservava sua natureza humana e, sua natureza humana era perfeitamente subserviente a sua natureza divina.
    (...)

    ResponderExcluir
  47. (...)

    3.Para finalizar, o Senhor Jesus tinha de ser necessariamente, igual a nós quanto à sua natureza humana(não há outra, pelo memos que eu saiba). O fato de ele nascer sem a possibilidade de pecar não o faz necessariamente diferente de nós, pois Adão foi criado perfeito e santo(isso é a normalidade, não podemos esquecer que o pecado não fazia parte da criação de Deus), com a possibilidade de pecar, nesse caso a diferença é suficinte e não necessária, pois Adão não tinha a natureza divina como ele a tinha.
    Nós um dia seremos transformados e glorificados a um estado superior que é a perfeição original, não somente nós como todo o cosmo.Rm 8.23 aguardando a Redenção do nosso corpo e, 2 Co 5.2;4 que diz que gememos aspirnado sermos revestidos da habitação celestial e gememos não para sermos despidos, mas revestidos pela vida.

    Deus nos abençoe.

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  48. bom são só palavras de um leigo,mas que como vcs,amam o SENHOR JESUS e O TEM COMO MEU UNICO E SUFUCENTE SALVADOR,bom Cristo é o hunigênto filho de Deus,por ser hunigênito,é unico em essencia,mas em relação a nós ELE é o primogênito dentre os mortos,para que em tudo ele tenha a primasia,se sendo ELE hunigêntito,da a imprensão que ELE foi o UNICO que foi feito diferente dentro de maria,(desculpe minha simplicidade) pois foi feita de uma participaçao direta de Deus,sem invervenção humana(sexualmente falando)portanto sem pecado por ñ ter esta participação,e como o irmão jorge disse(pelo menos foi o que compreendi,me corrija se eu estiver errado)é que Deus poderia muito bem ter usado só o corpo de maria,e que o mesmo(JESUS)não trouxesse a natureza de adão,pois ela tambem procede de adão,por isto ELE foi um homem pefeito,pois ñ tinha relação nenhuma com o pecado,seja o original seja proveniente DELE mesmo,e a morte ñ podia dete-lo pelo fato de que a unica coisa que prende o homem a morte fisica é o pecado,e como ELE não tinha pecado,a morte ñ podia dete-lo,por isto o promogenito dentre os mortos,(isto é pra nunca mais morrer disicamente)por isto ELE morreu pelo nossos pecados,mas ressussitou para nossa justificação,este é meu singelo comentarios,a paz DE CRISTO para todos que ama ELE em verdade e espera sua volta glóriosa para nos levar deste mundo cão,para que aonde ELE esta... esteja nós também.

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  49. André,

    é, mas tem gente me excomungando, e achando que não passo de um herege, apenas por levantar uma questão: o da natureza humana de Cristo ser diferente do homem Cristo.

    Bem, você terá de esperar na fila, pois têm mais irmãos que também discordam de mim; para ser exato, um ou dois me apoiaram em alguns aspectos, mas não vieram aqui para colocá-los [rsrs]. Então, vamos às discordâncias:

    1)Há de se definir a diferença que faço entre humanidade e homem. Para muitos, não há diferença. Para mim, a Bíblia revela que há. Deus não é homem, fisicamente falando, pois Deus é Espírito. E se herdamos alguma coisa de Deus, o que nos faz imagem e semelhança dele, tem de ser algo imaterial, certo? E o que seria isso? Não é a aparência, pois ela é física. Não é carne, pois também é. Não são os ossos, também. Então somente pode ser algo que, mesmo depois de mortos, possuímos além do corpo. Sobra a mente e o espírito, e como você, também sou dicotomista e acredito que alma e espírito são uma coisa apenas. Gênesis diz que Deus fez primeiro o corpo, inerte, sem vida, para depois soprar nas narinas de Adão a vida... que ao meu ver é imaterial. Corpo e alma tornam a criatura em homem. Porém, o homem permanece o mesmo sem corpo? Claro que não. Mas e a humanidade? Se dissermos sim, então a humanidade está na alma, se dissermos não, o que é que volta para Deus depois da morte? E como explicar o que Cristo disse aos fariseus, que Deus não é Deus de mortos mas de vivos? E citou Abraão, Isaque e Jacó, como exemplos daqueles que partiram e estão com o Senhor, e que são pessoas? Nenhum deles tem o corpo mais, mas ainda assim o Senhor os chama pelos nomes, dando-lhes personalidade, pessoalidade.
    Logo, homem para mim são as características da humanidade + o corpo. Morre-se o corpo, permanece a humanidade. E como essa humanidade é proveniente de Deus [a imagem e semelhança] tanto Cristo, como o Pai, como o Espírito Santo têm características humanas também, sem serem homens {o Pai e o Espírito]. Lembre-se que nós somos a imagem de Deus, não o contrário, logo, Cristo não adquiriu algo, em essência, de nós, mas nós o temos adquirido dele.

    2) O homem Cristo é temporal; mas a essência de Cristo é eterna, ainda que algumas características como o desejo, por exemplo, possam ser temporais. Desejos no tempo, bem claro, como comer um churrasco ao invés de lentilhas. Como Cristo é a Pessoa do Verbo, a Segunda Pessoa da Trindade Santa, não consigo entender como a Pessoa Eterna não seria influenciada pela parte humana temporal. O argumento é de que as naturezas são diferentes, e há tanto um centro de vontade em uma como na outra, ainda que a decisão seja da Pessoa, do Verbo. Sinceramente, e podem me chamar de herege, para mim, Cristo tem apenas uma vontade, a vontade da Pessoa, do Verbo.

    3) Vejo problemas em duas vontades, ainda que uma esteja sujeita à outra. Mas é o que penso, e o que a Bíblia me revela.

    4)Bem, discordo do irmão quando diz que o fato de Cristo não poder pecar não o torna diferente. Essa é uma grande diferença, faz uma diferença imensa, caso Adão fosse igual a Cristo ele não pecaria. É claro que estou a proferir uma hipérbole, pois Adão, nem nenhum outro homem, jamais será igual a Cristo. Semelhante não é igual. Imagem, não tem a mesma forma. Nada disso que a Bíblia diz que somos pode ser lido como falando em igualdade entre Cristo e os homens. Igualdade é o mesmo que idêntico, não-diferente, sem diferenças, e, Cristo não pode ser tido como "ipsis literris" a nós, ou vice-versa.
    [...]

    ResponderExcluir
  50. [...]


    5) Também não concordo com a idéia de que o pecado não fazia parte da Criação de Deus, pois se não fizesse, como e por qual meios Adão e Eva pecariam? O pecado em Adão era latente, apenas a espera de se manifestar, enquanto em Cristo, não existe de maneira alguma.
    A Bíblia não diz que Deus criou Adão perfeito e santo... apenas que a criação era boa aos olhos de Deus. Não há na Escritura nenhuma referência à santidade e perfeição de Adão pré-queda.

    Nós não seremos transformados a um estado que existia anteriormente, mas seremos elevados ao estado que jamais experimentamos: o de ser santo e reto como o Senhor Jesus.

    A restauração do Cosmos não sofrerá mais os efeitos do pecado; o pecado não influenciará mais na desordem e no caos; Cristo trará ordem, ao ponto em que o mal não existirá mais, por que o pecado e a possibilidade de pecar também não existirá mais.

    Obrigado por seu comentário; muito bem elaborado, ainda que não concorde com uma coisa ou outra.

    Cristo o abençoe!

    Abraços.

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  51. Joaquim,

    bom tê-lo por aqui, participando do debate.

    O irmão não precisa ficar receoso de comentar, pois todos estamos aprendendo, e a maioria de nós é composta de leigos como eu e você.

    Na simplicidade que você diz ter [intelectualmente falando], compreendeu muito bem a complexidade da natureza do nosso Senhor, que é único, inclusive, por jamais ter pecado.

    Na verdade, o que eu estou levantando é o fato de Cristo ter uma essência humana, não o ser homem, antes da encarnação. Pois homem ele se fez ao encarnar.

    Foi o que tentei explicar no texto e em vários comentários, inclusive no último, ao André.

    Fique à vontade por aqui, e volte sempre.

    Cristo o abençoe!

    Forte abraço!

    ResponderExcluir
  52. Joaquim irmão,

    Graças a Deus que nosso Senhor Jesus morreu pelos nossos pecados, e, ressuscitou para nossa justificação; com certeza devemos ansiar pela sua vinda, o que, infelizmente, muitos têm perdido essa esperança e anseio bendito.

    Entretanto, não deixei de notar que fizeste uma separação relacional de Jesus ser o Unigênito Filho de Deus e nós. E, depois disseste: "mas em relação a nós..." e falaste sobre primogênitura. Como se na primeira característica nós não tivéssemos relação alguma.

    Ele, realmente, é exclusivo em sua geração. Jesus é filho de Deus em geração, nós, porém, somos filhos adotivos.(essa é uma relação que temos com Deus)
    Não igual, idêntica, porém semelhante.

    Só detalhe, posso ter entendido mal. Deus te abençoe.

    E, Jorge. Responderei a você, mas minha internet tá com um probleminha aqui e depois de resolvido o farei prontamente.

    Abraço Irmãos.

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  53. irmão andré eu só coloquei uma relação q temos com Deus em realação a Cristo no sentido de sermos filhos por adoção,então somos adotados por Deus pela fé em Jesus Cristo,tambem concordando que jesus ñ tinha pecado e ñ poderia pecar pelo fato de ñ nasecer com a genesis do pecado,e tambem resaltei q Deus interveio na concpção ñ deixando que a natureza de MARIA(q diga-se de passagem veio da linhagem de adão) tambem trazia sua natureza pecaminosa,embora ela maria ñ coadunava com o pecado,e quanto a o unigênito,Cristo foi e sempre sera unico pelo fato de que como homem nasceu sem pecado até mesmo o pecado em potencial erdado por todos nós,por tanto homem perfeito,mesmo em sua limitação terrena na época de sua peregrinaçao,unigentito amado andré,pq é unico,somos filhos de Deus por adoção,Cristo,filho de Deus gerado de Deus no corpo fisico,mas um com Deus na trindade, e por ser gerado por Deus na concepção,até hj e para sempre é unigentito.abrços paz de Cristo a todos.

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  54. Amados irmãos,
    Questiono se esta discussão é proveitosa, pois está escrito:

    "Nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora. "
    (1Tm 1:4 ACF2007)
    "Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. "
    (Tt 3:9 ACF2007)

    E se a dúvida persistir, entendamos que se Jesus tomou alguma célula de Maria para produzir o corpo, que mal há nisto? Ele teria herdado a genética de Maria? Claro que não, pois não tem como herdar algo que é teu. Se Jesus tomou a genética de Maria, Ele na verdade reaproprio-se do que sempre foi dEle, pois foi Ele que deu para Adão os genes iniciais.

    Logo, entendamos que Ele nunca herdou a genética de Maria, nem de Davi e nem de Adão, por isto Ele diz "mulher que tenho eu contigo", reprova os judeus que usam o termo "Filho de Davi" e é chamdo de "segundo Adão", respectivamente.

    O importante aqui amados é a retirada da dúvida por traz desta questão. Jesus é 100% homem e 100% Deus? Sim, pois Deus é um Deus humano, pois a humanidade não está na carnalidade da pessoa e sim em sua espiritualidade. Jesus não se fez humano e sim se fez carne, pois sempre foi humano, por ser Deus. Nós não somos humanos por ter corpo, mas sim por sermos a imagem e semelhança de um Deus humano. Assim como Jesus não herdou a genética de Maria Ele também não virou humano, só se fez carne.

    Creio que o autor do Blog está correto em suas afirmações sobre a não herança genética de Jesus em relação a Maria, mas a abordagem está incorreta, pois pouco importa se Ele usou ou não as células de Maria. Também acredito que não utilizou as células dela, mas isto não é relevante.

    Forte abraço e fiquem na paz,

    Vinícius Damasceno

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  55. Deus precisava chegar até o ser humano, para lhe oferecer uma dádiva, que se chama salvação. Para isso, sem deixar de ser 100% Deus, se tornou 100% homem. Maria sem saber, emprestou seu corpo., para Deus se fazer homem. A parte biológica de Jesus, pouco importa. Quando Jesus foi assunto ao céu, seu corpo carnal acabou. Hoje Êle está vivo, nos esperando, para nos dar um corpo igual ao dÊle.
    grato josias

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  56. UFA! Cheguei ao final dos comentários.

    Jorge, parabéns!

    O texto do Marcos Antonio é fantástico!

    Algumas indagações e considerações:

    1."Criados à imagem e semelhança de Deus" – seria, então, Deus nos doando sua humanidade?

    3.Se foi “só” na morte da carne que ele levou os nossos pecados, então como a morte física de Jesus pode transferir redenção para a nossa alma? Porque, pelo que eu pude entender de alguns comentários, é que Jesus precisava morrer completamente - corpo e alma - para nos salvar completamente - corpo e alma.

    5.“Nós trazemos a disposição ao pecado, assim como Adão tinha em si a disposição para o pecado, enquanto Cristo, jamais poderia pecar, pois não havia a disposição, nem o pecado estava latente nele, esperando a chance de se consumar” - o tempo todo em que li seu texto, mas, principalmente, nesta frase agora, lembrava da teologia ortodoxa de Santo Atanásio que dizia que “O Verbo de Deus se fez homem para que o homem se fizesse deus”. É o que foi chamado de divinização do homem. Entretanto, o que você está falando é sobre a humanização do homem. Seremos mais humanos, quanto mais de Jesus formos – isto já é um pensamento da teologia moderna. Vários teólogos preferem esse conceito da humanização do homem ao de Atanásio.

    7.“Adão também não teve mãe e era homem” - uau! Isso é uma sacada violenta! “Se atentarmos, Deus pegou o barro e moldou o corpo de Adão, para depois soprar em suas narinas e dar-lhe vida. Ou seja, a humanidade de Adão é derivada de Deus, não o contrário. Portanto, Cristo não precisava ser como nós, pois nós é que somos semelhantes a Ele, não o contrário” - o que se poderia contra-argumentar?

    9.“Que tenho eu contigo, mulher”? “Quem é minha mãe, meus irmãos”? - são passagens que ganham uma nova cor sob a idéia de que Maria foi apenas um receptáculo.

    11.“Cristo de fato herda toda nossa humanidade sim” (Mizael) - ou nós é que herdamos a humanidade de Cristo em Adão? Que é o que penso que seja a sua reflexão.

    Jorge, se puder, dê uma olhadinha nisso (pricipalmente, os pontos 3 e 4 a partir da página 10, que é o que tem haver com o que eu te falei sobre Atanásio): http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/teo/article/viewFile/2735/2084

    Abraços sempre afetuosos.

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  57. Ah! E nem preciso repetir que, novamente, a CFW (e provavelmente a dos Batistas também) está mais uma vez na berlinda: "quando chegou o cumprimento do tempo, tomou sobre si a natureza humana" (MEDIADOR VIII.II).

    Vou ler agora os dois artigos que você indica logo no início deste post sobre a eternidade da natureza humana de Cristo.

    Abraços sempre afetuosos do seu aluno de Escola Bíblica Virtual!

    Fábio

    ResponderExcluir
  58. Fábio,

    dei uma passada de olhos novamente no texto e no comentário e, rapaz, a coisa esquentou mesmo por aqui [rsrs], ainda que se tenha mantido a educação e o respeito como deve ser o trato entre irmãos.

    Mas posso dizer que essa postagem fez alguns amigos debandarem, alguns blogs não indicarem mais o Kálamos, reprimendas no facebook, e alguns emails mais, digamos, exaltados.

    Então, ao mesmo tempo em que eu consegui uma "quase" unanimidade desfavorável, posso dizer que cresci bastante a partir deste texto.

    Não sou o dono da verdade, nem quero me fazer melhor ou mais capacitado do que ninguém; mas o fato é que muitos me entenderam erradamente, e se apegam tanto às Confissões de Fé, como se fossem inerrantes que me pareceu quase idolatria. Bem, há coisas estabelecidas doutrinariamente [e concordo com 99% delas] e que também o são biblicamente. Mas há outras que não me parecem tão bíblicas, e o fato de não considerá-las como tal já é suficiente para a pecha de herege, etc.

    É uma espécie de desabafo, mas para que o irmão reflita também e não se empolgue muito, mas a pecha passa como "vírus" de um para outro [rsrs].

    Alegra-me muito saber que está estudando o assunto, e de que a pesquisa e meditação trarão edificação.

    Tentando "bater uma bolinha" com você:

    1- Quando Deus diz: façamos o homem à nossa imagem e semelhança [Imago Dei], ela refere-se a qual aspecto? Divino? Ou humano? Como não somos divinos, e somos humanos, resta-nos reconhecer que Deus nos deu a parte "humana" dele. E não consigo entender porque os irmãos chiam tanto quanto a isso. Alguns dirão que não é possível saber o que Deus nos deu. Mas olhando para nós mesmo podemos buscar a resposta. Deus tem corpo? Não, porque Deus é Espírito. Deus tem carne e ossos? Também não. Então, só vejo uma coisa que Deus poderia nos dar ao soprar-nos a vida: a humanidade que nos torna em semelhantes, em imagem de Deus. Ou seja, ao meu ver, ela refere-se ao intelecto, emoções, etc. A queda corrompeu esta imagem, de forma que intelecto, emoções, sentimentos, etc, ficaram corrompidos e inclinados à corrupção do pecado. Mas não vejo outra saída. Portanto, creio que sim, o Imago Dei é Deus nos dando a sua humanidade [não perfeita, mas imperfeita, mesmo antes da queda], por que como já dissemos antes em outro lugar, apenas Deus é perfeito. Se a criação fosse perfeita, Deus estaria criando a si mesmo.

    2- Olha, algumas pessoas pensam que Cristo/homem morreu completamente, de forma que a sua natureza humana havia morrido, restando apenas a natureza divina. Bem, segundo eles, Cristo foi Deus e homem na encarnação, deixou de ser homem na morte, voltou a ser homem na ressurreição, e hoje é Deus-homem para sempre. É um problema intricado, pois Cristo não é duas pessoas, e o que essa doutrina faz é torná-lo em duas personalidades; não apenas duas naturezas, mas duas pessoas distintas. Como entendo que nós, após a morte física, iremos direto ao encontro com o nosso Salvador, pois creio que a alma é imortal, não posso entender que Cristo tenha "morrido" em sua humanidade, como o Tiago parece crer, ficando apenas o Cristo-Deus [novamente, o problema do Cristo é, não é, e é de novo...].
    [continua...]

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  59. [...]

    3- Fábio, não entendi o que o trecho que você pinçou do meu texto tem a ver com a teologia moderna, ou que eu esteja afirmando uma humanização do homem em detrimento da sua divinização.

    Na verdade, o foco de toda a minha postagem foi mostrar que Cristo não é "ipsis litteris" igual a nós pois ele tem algo que jamais tivemos: nunca pecou!

    Quando as pessoas dizem que Cristo poderia pecar ou não, somente a hipótese dele "poder pecar" parece-me um absurdo maior do que todos os que eu disse na minha vida inteira [e vai o tempo em que eu era incrédulo também]. Se Cristo pudesse pecar [ainda que hipoteticamente] ele teria a "disposição" implícita, a tendência, o que eu chamo de latência, ou seja, algo que está pronto para se manifestar mas ainda não se manifestou porque não tem as condições necessárias para isso. No caso do pecado, havia a necessidade de Deus estabelecer e entregar um preceito ao homem, uma lei, a qual foi: não comerás do fruto da árvore do bem e do mal, pois quando dela comeres, morrerás! Bastou um preceito, um ordem, para o homem se rebelar e o pecado se manifestar, tomando forma. E, nós, calvinistas, sabemos que não era possível para Adão não pecar, tanto que ele pecou.

    Logo, Cristo não tem essa disposição, pois Cristo não pode pecar, jamais! E essa é uma diferença assombrosamente brutal que nos distingue dele. E isso torna-o humanamente perfeito e santo, ao contrário de nós, imperfeitos e pecadores. Tanto que a nossa santidade é por imputação, somos santos mesmo coexistindo com nossos pecados, porque Cristo é quem nos torna santos, e ele que está fazendo uma obra de santificação, de nos tornar semelhantes a ele [o que é diferente de igual], de tal forma que, na eternidade não pecaremos mais pois ele decretou que isso será impossível! Não somos nós que nos blindamos a nós mesmos para não pecar, mas Cristo é que não permitirá que o pecado se manifeste mais em nossas vidas.

    4- Se Cristo é semelhante a nós, e não o contrário, não haveria uma inversão de papeis? E, ele seria semelhante a quem? Adão, que pecou? Eu, que pequei e peco? Você? Vê como há uma contradição evidente nisso tudo? A prova de que Cristo não é semelhante a nós é que ele não se parece conosco, pois não pecou nem tem a nossa natureza pecaminosa. O fato dele comer, rir, chorar, entristecer, etc, é algo que o homem tem em comum com outros animais. Um macaco chora, ri, entristece. Minhas cachorras se alegram quando me vêem e se entristecem quando ficam sozinhas e isoladas. Elas sentem fome, sede, cansaço, sono. Mas nenhum animal pode pecar, somente o homem. Posso dizer que Cristo se parece com outros animais também? Se a humanidade é somente fome, sede, chorar e rir, é claro que sim.

    [continua...]

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  60. [...]

    Mas se ela se refere àquilo que nos caracteriza como seres morais [os animais não são morais, ainda que alguns sejam mais do que muitos homens, no nível de imoralidade a que esses descem], fica a pergunta: o homem moral veio antes do Deus moral, ou é o contrário? Nossa moralidade [o senso moral] é que provém de Deus? Portanto, ainda que eu entenda que o homem é corpo e alma, não posso aceitar que a humanidade esteja no corpo ou dependa dele para que sejamos humanos, pois, na eternidade, qual corpo teremos? O mesmo com o qual morreremos? Ou um corpo glorificado. Se ele será um corpo glorificado, presume-se que hoje não temos um corpo glorificado, logo, o corpo que temos hoje não é o mesmo que teremos lá, e isso, em nada afetará a nossa humanidade, e em nada impedirá de sermos como é o Senhor: sem pecados. Como disse no texto, o pecado está na mente, o corpo é o receptáculo pelo qual o pecado se efetivará, mas mesmo antes do pecado acontecer material ou fisicamente, ele já aconteceu na alma que o desejou. Se entendemos que a mente é algo meramente físico, nada além de impulsos elétricos, isso implicará na não existência da alma [entenda que alma e espírito são a mesma coisa para mim], logo, porque quando Deus fez o homem do barro, ele não saiu andando, falando e pensando imediatamente? Foi necessário o sopro divino, a alma dada por Deus para que houvesse vida.

    5- Muitos dirão que essas passagens era o Cristo-Deus falando, assim com em outras passagens eles dirão que é o Cristo-homem falando. Tenho sérios problemas para entender isso [talvez por ser mais burro do que os outros], pois se Cristo tem uma personalidade apenas, não é um ser esquizofrênico nem pluripersonal, parece-me besteira dizer que ele falava ora como homem, ora como Deus. Cristo é Deus-homem, uma pessoa, uma personalidade, duas naturezas, porém, não era dois seres em um só. Este me parece o maior problema dessa ideia pois quer fazer de Cristo meio que um monstrengo, que ora pode ser um, ora outro, mais ou menos como a romance do Stevenson, o Médico e o Monstro.

    6- Fábio, é isto mesmo o que eu penso. Adão herdou sua humanidade de Cristo [Imago Dei], e nós de Adão. Logo, não é Cristo que se parece conosco, mas nós nos parecemos com ele.

    Mas, reconheço que o assunto é muito profundo, e considero que a Pessoa do Senhor Jesus é a mais complexa de toda a doutrina cristã, até, porque, é ele o centro da Escritura.

    Mas como o Mizael disse, vamos pensando, e Deus nos abençoando!

    Grande e forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  61. Vejo assim também, Jorge!

    Quanto ao fato dos teólogos modernos, eu me expressei mal. O que eu queria era só fazer uma comparação. No passado, pregava-se a divinização do homem por meio de Jesus. Agora, na modernidade, muitos optam por ver que, em Jesus, podemos ser mais humanos, seres humanos mais plenos. Entendeu? Aí, neste ponto é que eu acho que sua idéia se aproxima. Porque é pela humanidade perfeita de Jesus é que podemos nos tornar mais humanos. Os teólogos modernos chegam a essa conclusão em cima de outros pressupostos, mas você está chegando pela via da humanidade perfeita de Jesus. É só neste ponto que eu queria ver uma aproximação.

    No mais, também sou dicotomista e creio na imortalidade da alma.

    Abraços sempre afetuosos.

    Fábio.

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  62. Lendo as Institutas de Calvino, no livro IV, pag. 49, encontrei a seguinte declaração do Reformador que, se não é idêntica à que defendi aqui neste post, parece, em princípio, confirmar o que eu digo e que causou a rejeição da maioria dos comentários. Até agora, por mais que eu leia e releia o que eu e os comentadores escrevemos, não consigo entender a dificuldade em se reconhecer a singularidade da humanidade de Cristo. Mas vamos ao que Calvino tem a dizer, ou melhor, disse:

    "Pois se temos fé nas Escrituras que eloqüentemente proclamam que por fim em Cristo se revelou plenamente a graça e a humanidade do Senhor [Tt 2.13], derramada a opulência de sua misericórdia [2Tm 1.9; Tt 3.4], consumada a reconciliação de Deus e dos homens [2Co 5.18], não nutramos dúvida de que muito mais benigna se exibe diante de nós a clemência do Pai celestial, a qual não foi cortada
    nem apoucada".

    Então, como é que ficam os defensores da humanidade Cristo herdada de Adão?

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  63. Cristo, um mistério mais "obscuro" que a Trindade. O pr. Ciro Zibordi que o diga, dizem as más linguas que saiu da CPAD (demitido?) por conta de seu posicionamento acercada pessoa de Cristo.

    Já escrevi alhures que tenho muitas dificuldades quando o assunto é a pessoa de Cristo. Mas creio que o nosso grande problema é tentar compreender a humanidade de Cristo a luz da nossa humanidade, quando o correto seria buscar compreender a nossa humanidade a luz da humanidade de Cristo.

    Pergunta, após a ressurreição Cristo deixou de ser humano? Um simples sim ou não, é suficiente para nos levar a meditar com mais cuidado acerca do que realmente significa humanidade. Se Cristo sendo perfeito é homem, e se eu sendo imperfeito sou homem, logo a humanidade não reside em estar ou não debaixo da maldição do pecado.

    Cristo é o único possuidor da "perfeita estatura humana". Adão não é o padrão pelo qual a humanidade é medida, Cristo o é! Se há menos "humanidade" em alguém, é em nós que ela falta, e não em Cristo!

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  64. Ed,

    não sei mais o que dizer sobre o assunto. A questão da humanidade de Cristo me parece muito clara à luz da Escritura. Com isto, não estou dizendo que entendo tudo e que sei de tudo e que sou o último e único gênio do universo. Não é nada disto, mas como as pessoas, de uma forma geral, afirmam a humanidade de Cristo pelo corpo, pelo físico, já perguntei e nunca obtive resposta, assim como você: se Cristo, após a ressurreição, não tem mais um corpo como o nosso [e isso me parece ponto pacífico na ortodoxia], qual humanidade permaneceu nele? E, nós, quando tivermos um corpo como o do Senhor seremos humanos em qual aspecto? Posto sermos diferentes corporeamente do que somos hoje.

    Outro ponto que se fazem mudos é quanto à criação do homem. Deus fez o corpo do barro, inerte, sem vida, e após soprá-lo, ganhou vida e se tornou um ser vivente. Então, onde está a humanhidade? No corpo morto ou no sopro divino? E, somos imagem e semelhança do Senhor, em quê?

    Penso que a falácia é crer no Adão perfeito no Éden antes da Queda. Mas a própria Queda revela a imperfeição de Adão. Cristo é perfeito por não cair, nem haver a possibilidade de tal. As pessoas pensam que tudo o que Deus criou é perfeito, mas o sentido que a Escritura dá à Criação é de que ela é boa, não perfeita. Perfeito somente Deus, e se ele criasse algo perfeito, criaria a si mesmo. O que é impossível.

    Aí, eles dizem que Cristo veio restituir ao homem pecaminoso o homem perfeito, mas esse homem nunca foi perfeito, e somente o será pelo poder de Deus de torná-lo impecável, posto não haver pecado na eternidade.

    Como você tão bem colocou, o pecado somente revelou a humanidade imperfeita do homem, enquanto a santidade absoluta de Cristo nos revelou a sua humanidade perfeita, de onde Adão é apenas "sombra".

    Concordo ipsis litteris com o seu comentário.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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    1. Jorge, que a Paz esteja contigo meu irmão.

      Concordo contigo em "número, gênero e grau". Existe um posicionamento teológico, que infelizmente não lembro agora, acho que vi um tempo atrás no Predestinarian Network, que se coloca entre a Teologia do Pacto e a Teologia da Nova Aliança, e que tem uma tese interessante acerca de Adão e da queda, na qual a queda teria como um dos propósitos, o de mostrar a Adão que ele não era perfeito e que necessitava de um salvador.

      Fica na Paz, e que Deus lhe abençoe.

      Ednaldo.

      ________________________________
      P.S. se reencontrar o link te passo para quevocê possa averiguar.

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    2. Olá Jorge, dei uma pesquisada. E o nome é tchan tchan tchan tchannnnnn.

      Teologia do Pacto MODIFICADA (hahahaha)

      O link é o que segue -> Modified Covenant Theology : A Comparison between CT, NCT, and MCT.

      Você poderá encontrar mais informaçoes sobre ela pesquisando.

      Permaneça na Paz,

      Ednaldo.

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  65. Fui acusado em vários comentários por aqui de ser dualista e de defender uma separação forte entre corpo e alma. Como sou um "pé-rapado" teológico ou um "João-ninguém" se preferirem, acabei de ler nas Institutas a posição de um "grande", João Calvino, a qual transcrevo. Antes, deixo a pergunta: alguém se atreve a chamar o Reformador de dualista?
    "Contudo, entre leitores piedosos será bastante um simples lembrete. Ora, se a alma não fosse algo essenciado, distinto do corpo, a Escritura não ensinaria que habitamos casas de barro e que na morte migramos do tabernáculo da carne, despojamo-nos do que é
    corruptível para que, por fim, no último dia recebamos a recompensa, em conformidade com o que, enquanto no corpo, cada um praticou. Ora, por certo que essas referências, e semelhantes a essas, que ocorrem com freqüência, não só distinguem claramente a alma do corpo, mas ainda lhe transfere o designativo homem, indicando ser ela a parte principal. Ora, quando Paulo exorta os fiéis [2Co 7.1] a que se purifiquem de toda impureza da carne e do espírito, ele enuncia duas partes nas quais reside a sordidez do pecado. Também Pedro, chamando a Cristo “pastor e bispo das almas” [1Pe 2.25], teria falado improcedentemente, se não existissem almas em relação às quais desempenhasse este ofício. Nem seria procedente, a não ser que as almas tivessem essência própria, o fato de que fala acerca da eterna salvação das almas, e que ordena purificar as almas, e que desejos depravados militam contra a alma [1Pe 1.9; 2.11]; de igual modo, o autor da Epístola aos Hebreus [13.17] declara que os pastores velam para que prestem conta de nossas almas. Com o mesmo propósito é o fato de Paulo [2Co 1.23] invocar a Deus por testemunha contra sua própria alma, porquanto ela não se faria ré diante de Deus, se não fosse susceptível à penalidade. Isto expressa-se ainda mais claramente nas palavras de Cristo, quando ele manda que se tema àquele que, após haver matado o corpo, pode lançar a alma na Gehena de fogo [Mt 10.28; Lc 12.5]. Ora, quando o autor da Epístola aos Hebreus distingue Deus dos pais de nossa carne, como sendo o Pai dos espíritos, não poderia ele afirmar de modo mais claro a essência das almas." Intitutas, Livro I, pg 178

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