Jorge F. Isah
INTRODUÇÃO
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Estamos terminando a série
de promessas divinas expressas no Salmo 91.
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Como já dissemos, este Salmo
lindíssimo nos dá a garantia de estarmos seguros em Deus, de encontrarmos nele
o esconderijo perfeito, de estarmos a salvos do mal e seu efeito devastador.
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Com isso, não se afirma a
inexistência ou impossibilidade do mal nos afligir, mas ele jamais nos dominará
ou subjugará, porque o Senhor é a nossa defesa e proteção.
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Proteção contra a morte
definitiva e eterna, sem o temor que ela inflinge sobre o homem natural; porque
temos por certo não sucumbirmos ao seu terror e flagelo.
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Depois de tantas bênçãos
enumeradas pelo salmista, há algumas advertências, ou melhor, condições para
aquele que é o alvo das promessas esteja cada vez mais seguro e tranquilo
quanto ao zelo e a segurança patrocinados pelo Senhor.
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Vamos a elas:
A
PROTEÇÃO DIVINA NÃO É GERAL E IRRESTRITA
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Se compreendemos, como foi
dito, que o cuidado divino não está sobre todos, mas sobre os eleitos, os alvos
do seu amor eterno, o verso 14 nos apresenta uma condição para aqueles que
estão debaixo da segurança de Deus: amá-lo encarecidamente!
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A palavra encarecidamente é
o advérbio derivado da palavra “caro”, que significa “fazer sacrifício”, “pagar
alto preço”, “esforçar” e algo “trabalhoso”.
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A ideia é de um amor
sacrificial, no qual há uma renúncia voluntária, abnegação.
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Mas, qual seria esse esforço
ou sacrifício?
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Primeiro, deve-se
compreender que o homem, naturalmente, não ama a Deus.
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O Senhor Jesus disse, em João 14.21:
“Aquele
que tem os meus mandamentos e obedece a eles, esse é o que me ama; e aquele que
me ama será amado por meu Pai, e Eu também o amarei e me revelarei a ele”.
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O
homem natural não ama a Deus porque não o obedece, antes está em constante e
duradouro estado de rebelião, de insubordinação, ao Senhor. Se não o obedece,
nem o conhece, como pode amá-lo? Como amar um desconhecido? Como amar sem
desejar agradá-lo? Sem ser grato pelo seu infinito e eterno amor?
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Somente
o amamos porque ele nos amou primeiro, mas, teremos que reconhecer o seu amor,
prová-lo, senti-lo, para depois ele ser gerado em nós.
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Por isso o apóstolo nos diz
em 1 João 4.19:
“Nós
amamos porque Ele nos amou primeiro”.
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Enquanto
não formos chamados por Deus, tivermos nossos olhos abertos, a mente
transformada e o espírito regenerado, a hipótese de amá-lo será tão impossível
quanto alcançar a Lua com as nossas mãos.
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É
preciso que o homem morto em seus delitos e pecados seja vivificado pelo
Espírito Santo (Ef 2.1-2).
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Então, reconhecendo quem é
Deus, quem somos, e o que ele fez por nós, podemos, enfim, amá-lo.
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Mas, para isso, é necessário
um sacrifício. Logo, voltamos a pergunta inicial, qual seria esse sacríficio?
O
SACRIFÍCIO PARA AMAR A DEUS
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Até agora a atuação humana
parece limitada a reconhecer tudo aquilo que Deus fez por ele e, por gratidão,
o homem espiritual o aceita, de forma que não havia como não aceitar. O amor divino
é tão imensamente belo, generoso, gracioso, que somente a consciência
completamente depravada e aniquilada pelo pecado não reconheceria.
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Porém, o “encarecidamente”
nos dá a ideia de um esforço. O que podemos fazer por Deus que ele não tenha
feito por nós?
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São duas perguntas, mas a
resposta vem em uma única sentença: negamos a nós mesmos; negamos o velho
homem; e queremos, ansiamos, e desejamos ser como Cristo.
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Ora, Cristo é o Filho
eternamente obediente ao Pai. Em seu ministério terreno, fez exatamente a sua
vontade, sem que houvesse um mísero Segundo no qual o desobedeceu.
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Expressamente é o que ele
diz em João 6:38-39:
“Pois Eu
desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que
me enviou. E esta é a vontade do Pai, o qual me enviou: que Eu não perca
nenhum de todos os que Ele me deu, mas que Eu os ressuscite no último dia”.
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O eleito, o homem
regenerado, crucificará o velho homem:
“De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos
ainda nele?
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.
(Romanos 6:2-6)
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.
(Romanos 6:2-6)
- Paulo declara, em Galatas 2.20,
aquilo que acontecerá com todos os crentes; uma experiência a qual ele já
vivia, a seu tempo:
“ Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo
vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus,
o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”
-
Portanto, apenas aqueles que
estão crucificados em Cristo e mortos para si mesmos, são livres, libertos, do
mal e da sua ação destruidora.
CONCLUSÃO:
NADA DE MAL ACONTECERÁ ÀQUELE QUE AMA A DEUS
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O mal existe, é um fato.
Como já foi ditto, ele é a ausência do bem, ou seja, onde não há amor e
reverência a Deus, o mal age livremente, escravizando e aniquilando vidas.
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A promessa é de que estarmos
livres, preservados do mal, envoltos no amor protetor, na segurança perene com
a qual o Senhor reservou cuidado para aqueles que ama.
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Se o amamos, é porque ele
nos ama; e amando-o, guardaremos os seus mandamentos.
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Desejamos ser como o nosso
Senhor Jesus, o qual, vivendo neste mundo, não se sujeitou ao pecado, antes
serviu completamente ao Pai em seu amor obediente e servil.
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Por amá-lo encarecidamente,
estaremos seguros no alto retiro, na Fortaleza inabalável, no rochedo
indestrutível que o é o nosso Deus.
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Para concluir, um verso
escrito pela pena do apóstolo Paulo:
“E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito.”
(Romanos 8:28)
(Romanos 8:28)
- E esta é a nossa certeza
e esperança: sabemos que o Bem Supremo cuida de nós, e nenhum mal, ou pecado,
terá domínio ou controle sobre nossas vidas.
Cristo o(a) abençoe!
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