25 fevereiro 2010

Cura Bíblica ou Placebo Psicológico?
















Por Jorge Fernandes Isah

Lendo o livro do Dr. Jay Adams, "Manual do Conselheiro Cristão"1, percebi que ele bate repetidamente na mesma tecla: de que à parte da Escritura é impossível qualquer mudança ou cura espiritual.

O homem poderá se debater e se bater com diversas metodologias, desde as pretensamente mais científicas até as não-científicas; porém, sem que se creia nas orientações da Bíblia, a mudança mais radical, o novo nascimento, é inatingível; visto essa condição somente ser possível pelo poder do Espírito Santo o qual nos predispõe, transformando a antiga natureza em uma nova natureza, para que sejamos capazes de seguir o Seu norteamento.

Desta forma o não-crente somente terá uma esperança viva e verdadeira se, pela operação divina, converter-se à fé no Evangelho de Cristo. De outra forma, andará em círculos, amenizando aqui e acolá seus problemas, que "volta e meia" retornarão, sem que haja uma solução. São placebos sem nenhuma eficácia, o mesmo que tomar comprimidos de açúcar (que podem matar ao invés de curar, se a pessoa for diabética, p.ex).

Outra posição do Dr. Adams é a da necessidade de confrontação com o cliente (a utilização do termo se dá pelo fato do autor não ver o aconselhado como paciente). Enquanto ele não souber claramente qual é o seu problema, e esse problema não for tratado através do arrependimento e do perdão (sobretudo o arrependimento diante de Deus para receber o Seu perdão); confrotado pela sua natureza caída e a de seus semelhantes (a impiedade humana) diante da graça divina, esse homem será um homem sem esperança.

Ao contrário, se tiver a mente de Cristo, e for inundado por ela, aprenderá a viver uma vida relativamente desprovida de raízes neste mundo, e isso será uma imensa alegria, pois viverá como se peregrino e estrangeiro fosse. Como definiu o autor: "Toda mudança prometida por Deus é possível. Toda qualidade requerida por Deus, da parte de Seus filhos remidos, pode ser atingida. Deus supriu cada recurso para tanto necessário... sua pátria está nos céus (FP 3.20), e, por isso, há esperança de alegre mudança no aconselhado pela graça de Deus"2.

A mudança na crença do que é o homem a partir de conceitos "mascarados" pelo próprio homem, como a sua bondade inerente, a sua animalidade inerente, a sua irresponsabilidade inerente, a relatividade das relações e da moral, tornam em infrutíferas, perniciosas e catastróficas a metodologia humana para se tratar os desvios e os problemas espirituais (inorgânicos). A abordagem não-cristã é inútil e apenas escravizará o "doente" numa espécie de redoma que o próprio método o direcionará e aprisionará.

Por exemplo, existe a abordagem do conhecimento do especialista (freudianismo) em que o aconselhamento somente deve acontecer por métodos e técnicas apropriadas (segundo eles). Nela os problemas são resultados dos eventos externos ocorridos na vida do cliente, o que retira do cliente qualquer responsabilidade, pois os fatores que o levaram ao problema decorrem das ações de outras pessoas. Interessante que esse método tende a "inocentar" o cliente e a culpabilizar quem vive ao seu redor. E, assim, o indivíduo vive num círculo vicioso onde a culpa dos seus problemas se deve à socialização deficiente, onde o cliente sempre será a vítima, e as outras pessoas com quem conviveu em seu passado ou mesmo no presente, são os criminosos. E isso determinou-lhe uma consciência rígida (superego), a qual se encontra em conflito com os seus desejos normais (id), levando-o às dificuldades, à sua não adaptabilidade, gerando os vários e duradouros conflitos da vida.

Portanto, o perito terá de desfazer aquilo que os outros fizeram, reverter esse quadro pela psicanálise, retrocedendo ao passado do cliente, fazendo-o reviver pessoas e situações desagradáveis, a fim de torná-las, durante as sessões, agradáveis, reestruturando o sistema de valores do aconselhado. Esse método é longo e está envolto em um emaranhado de especialização que torna o psicanalista em uma espécie de "super-homem" com todos os poderes sobre o cliente. Ele cria uma dependência e um vínculo que impedem o paciente até mesmo de decidir sobre si mesmo, pois muitos são internados por ordens desses mesmos peritos, que controlarão a sua vontade e desejos tornando-os em corpos sem almas.

Da mesma forma, ainda que o padrão seja diferente, o behaviorismo de Skinner, se posiciona como a escola de modificação comportamental baseada no empirísmo. Para eles, o homem é apenas um animal, e, por isso, produto do seu meio ambiente. Novamente, temos uma causação externa ao cliente. Ele não é culpado por seu comportamento nocivo, o qual é somente consequência do seu convívio social.

Para Skinner, falar ao menos em responsabilidade é uma insensatez. "A solução aventada por Skinner consiste em descobrir cientificamente as contingências relacionadas à conduta 'deficiente' (todos os julgamentos de valores fazem parte da mitologia), para então, com base nos informes obtidos, reagrupar as contingências ambientais, a fim de reprogramar as reações do paciente. Isso é feito mediante o uso de recompensas e controles que provoquem a aversão"3. Em outras palavras, seria o mesmo que domesticar o homem como se domestica um cão selvagem, treinando-o para fazer exatamente o que o "dono" quer. Porém, ao meu ver, os animais foram criados por Deus para servirem ao homem; e, especificamente neste caso, o que vemos é o homem no mesmo nível dos animais, servindo a um grupo elitista que se considera como um semi-deus. Desta forma, o método utilizado não é o da confrontação bíblica, mas o da manipulação, ao qual muitos aconselhadores cristãos se submeteram (p.ex., Dobson).

Para ele, o homem é tão destituído de valor quanto qualquer animal; e assim, podem fazer do homem qualquer tipo humano desejado, começando pela manipulação genética e então estabelecendo as contingências ambientais desejadas. O objetivo é o de criar rebanhos, como gado. Mas, mesmo entre peritos tão obstinados, não há unidade, e determinar o que quer que fosse seria impossível, visto não haver valores fixos, nem padrões, pois tudo é relativo, está a ser descoberto ou mesmo pode não ser o desejado.

Da mesma forma outras abordagens seguem o mesmo padrão de controlar, dominar e aprisionar os clientes aos seus métodos. Não há desejo real de libertá-los.

Sem o uso das Escrituras, sem a conversão, sem o arrependimento, sem que o Espírito Santo atue no homem, sem a santificação, sem a confrontação bíblica, sem que a criança seja ensinada nos caminhos do Senhor, todos esses métodos se tornam em uma louca prisão, onde o cliente não obtém cura, e necessita constantemente estar "conectado" ao especialista e sua metodologia, sem que muitas vezes se saiba exatamente o que ele tem, nem como "curá-lo".

Uma boa dica de série televisiva é Monk, cujo personagem sofre de transtorno compulsivo, o chamado "toc", e se mete em hilárias situações (ainda que a série faça da psicanalise uma "válvula de escape"; de onde o personagem não consegue escapar, e se mantém completamente dependente, preso ao método).
Há outras como Criminal Mind e Lie To Me (nitidamente adeptas do método de Skinner) que abordam o homem a partir do seu comportamento. Em última análise, eles sempre poderão solucionar os casos criminosos baseados na personalidade, no seu passado, e em suas relações. Acontece que sendo o próprio homem quem investigará esses elementos, assegurar que ele os compreenderá e solucionará é impossível. Como séries policiais, elas não se propõem a garantir a cura do cliente (nem estão preocupadas com esse aspecto), mas apenas descobri-lo, revelando-lhe a identidade através dos crimes. Mesmo que o objetivo seja minimamente alcançável, tenho dúvidas da sua eficácia.

Outra interessante série no campo psicológico voltada para os animais é o Encantador de Cães, ainda que esteja fundida a uma crença holística (espiritualista panteísta), mas que também analiza os comportamentos dos humanos, no caso, os donos, a partir do mesmo princípio em que os animais são examinados.

Voltando ao Dr. Adams, ele se posiciona frontalmente contra os métodos anticristãos, os quais, perpassados por técnicas esotéricas, obscuras, não revelam a verdade do paciente, nem o colocam em contato com a realidade, sua e do mundo em que vive. Pelo contrário, eles o transportam para um mundo paralelo, onde não há solução, apenas contemporização e uma cura intangível. 

Com o alicerce sólido [a Escritura] o crente poderá erguer uma metodologia cristã coerente com o alicerce; enquanto o incrédulo sempre distorcerá esses aspectos com seus pecados e sua posição não-cristã de vida. Porém, o conselheiro cristão poderá trazer à luz a verdade obscurecidamente refletida pelo incrédulo a partir dos princípios e metodologia bíblicos. Ele jamais deverá buscar e incorporar a esses princípios e metodologia elementos alheios e antibíblicos. Técnicas que aparentemente são eficazes somente o distanciarão ainda mais da eficiência escriturística.

Infelizmente o eclético e o cristão "moderno" (diga-se pragmático e liberal) partem da premissa de que não existe base bíblica que sirva de alicerce, e, invariavelmente, pegarão tudo de que dispoem à mão para tentar construir algo que funcione, mas que ao final, será apenas um trabalho sem efeitos reais e verdadeiros.

Na ânsia de se obter resultados a qualquer custo, esquece-se de que há somente um caminho que o assegurará: a sabedoria e o conhecimento bíblico com o qual o homem é transformado à imagem de Cristo. Em sua rebeldia, o que o homem faz é afastar-se de Deus, e buscar em si mesmo o deus (in)capaz de curá-lo.

O crente não pode agir como alguém que ao final não tem nada, quando Deus lhe deu tudo, tanto o alicerce como os materiais a fim de construir um sistema bíblico.

O pressuposto principal é o da inspiração divina da Escritura, a qual tem o poder de:

1) Ensinar, estabelecendo normas de fé e de vida.

2) Repreender, mostrando de modo convincente aos crentes que errarem, como e de que forma estão vivendo no erro.

3) Corrigir, endireitar novamente a partir das Escrituras a fim de que o crente se firme outra vez.

4) Disciplinar na justiça, pois as Escrituras permanecem operando em nós, estruturando-nos na disciplina diária, conduzindo-nos à piedade.

Esses quatro usos das Escrituras delimitam quatro atividades básicas do aconselhamento bíblico:

1) Atividade aquilatadora, o crente, alicerçado na Bíblia, não encontra dificuldade alguma em fazer juízo sobre as questões. Por exemplo, a Bíblia diz que o homossexualismo é pecado. Para o crente, a questão está resolvida.

2)Atividade convencedora, na qual a Palavra revelará o padrão divino de santidade a fim de que haja arrependimento do aconselhado, e não uma busca infrutífera por um alívio. Condutas pecaminosas sempre trarão consequências danosas às vidas das pessoas; logo, o conselheiro, ao invés de minimizar ou contemporizar o pecado, deve mostrá-lo, levando o cliente à convicção de sua rebeldia. Somente a ação do Espírito Santo mediante a Palavra poderá ajudar o aconselhado a buscar o "reino de Deus e a Sua justiça", através da qual ele experimentará o verdadeiro alívio e a verdadeira felicidade.

3)Atividade Transformadora - As escrituras, eminentemente práticas, levarão o crente não somente a reconhecer o seu pecado, mas a como ser restaurado, recuperado do pecado. A Bíblia deve ser usada de modo prático, da forma como Deus tencionou que fosse empregada.

4)Atividade Extruturadora - O discipulado através da disciplina no ensino regular e ordenado da Palavra, pela Palavra, tornará o crente habilitado para toda a boa obra; porque não há nada que o homem de Deus não esteja adequadamente preparado pelas Escrituras.

Portanto, a metodologia a ser aplicada no aconselhamento não pode ser o ajuntamento e colagem de toda espécie de coisas à Bíblia, e sim, usarmos os recursos do conhecimento divino no aconselhamento, através do estudo árduo e contínuo das Escrituras.

É preciso conhecer os problemas humanos, e descobrir as respostas dadas por Deus. E o único método é através do estudo e ensino das Escrituras.

Para completar, o aconselhamento cristão é uma prerrogativa de qualquer crente, mas, sobretudo, ele tem de vir sob a autoridade investida por Cristo e a Igreja; portanto, segundo Adams, é função primordial dos pastores, os quais são preparados escrituristicamente para tal, e outorgados por Deus e a Igreja para cumprirem essa missão, como vocação especial. 

Infelizmente, do último século para cá, o aconselhamento tem sido adotado secularmente por profissionais da área médica; e os médicos devem se ocupar exclusivamente com os problemas orgânicos, ou seja, com a saúde física do homem. Assim, "não há lugar, no esquema bíblico, para o psiquiatra como médico de especialidade separada. Essa casta, que a si mesmo se nomeou, veio à existência ante a expansão do guarda-chuva médico a fim de incluir as doenças inorgânicas (qualquer que seja o seu sentido)"4.

Ao investirem-se de prerrogativas as quais não lhe cabem, como as do psicólogo e psiquíatra, eles deixam de cumprir verdadeiramente a sua missão para tornarem-se em ministros seculares, metade médico (uma parte insignificante) e metade sacerdote secular (uma parte avantajada), corrompendo todo o objetivo do aconselhamento e, por conseguinte, da medicina. Até porque muitos vêem o aconselhamento como uma forma de não-aconselhamento, relativista, em que o aconselhado é estimulado a falar ao invés de ouvir, onde não se busca o resultado objetivo (no caso do crente, a santificar-se e amoldar a sua imagem à de Cristo).

A função do conselheiro é a de, com sabedoria e ensinamento bíblico, orientar o aconselhado a abandonar as práticas que lhe são nocivas, notadamente as práticas anti-cristãs, e pecaminosas.

Nota: 1 - "Manual do Conselheiro Cristão" - Dr. Jay Adams - Ed. Fiel 
2 - Idem - pg. 40
3 - Idem - pg. 85
4 - Idem - pg. 22

25 comentários:

  1. Parabéns pela análise caro irmão Jorge. Óbvimante o trabalho do pisicólogo e do psiquiatra não se restringe só a isso. Comprovação de capacidade para determinado serviço, aptidão,segurança emocional para a medicina, por exemplo e incapacitação psicológica. Creio que não se trata de uma negação da profissão e do profissional, ams como anpalise feita na sua postagem, cada cisa no seu devido lugar. Cura espiritual, emotiva, da culpa e do pecado, só em Jesus e através da Palavra de Deus.

    Um grande abraço , mais uma vez. E dê uma visitada no meu blog. Deus, o nosso Deus o abençoe sempre, e aos seus.

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  2. Jorge,

    Um texto professoral. Eu diria que quase acadêmico, rico e profundo dentro da temática escolhida. Uma analogia muito bem feita entre o secularismo como remédio que não cura (placebo) e o remédio que cura (Cristo, a revelação).

    Esse aconselhamento necessita mesmo da iluminação especial do Espírito Santo, da sua ação restauradora e curadora. Hoje o que mais vemos são mentes em desconstrução, almas em desespero. E eu diria que é algo muito menos orgâncio e mais espiritual: as pessoas precisam de Deus, buscam-NO mas buscam errado. E assim fazendo, não O encontram. E então ficam cada vez piores.

    E eu diria que a maior culpa é desse liberalismo demoníaco que, prometendo levar as pessoas a Deus, não cumprem o prometido. Isso gera um grande desespero naqueles que enxergam com tanta clareza, mas que não têm possibilidade transformar mentalidades com o alcance objetivado. Sentimo-nos meio impotentes ( é o que eu sinto mesmo dentro da minha igreja). Se eu não consigo mudar as mentalidades no pequeno universo da minha igreja, como vou mudar um universo grande?

    O consolo é que somente Cristo pode e irá fazê-lo com "aqueles que o Pai lhe deu".

    Gostei muito do texto!

    Grande abraço,

    Em Cristo.

    Ricardo

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  3. Helvécio,

    em minha pouca vivência cristã, o que tenho assistido e presenciado são pessoas (muitas, cristãs) entregues ao "tratamento" clínico de terapeutas, a altas doses de medicação, ao sincretismo, a emplastos exóticos e, ao menos nos casos que conheço, o resultado é zero.

    Enquanto o próprio "doente" ou seus familiares não se concientizarem de que a Palavra, o arrependimento (nos casos que vivencio, o pecado não assumido e o não-arrependimento são as causas dos distúrbios comportamentais), e o consequente perdão de Deus são a única solução, tudo estará perdido para eles, e não sairão do círculo vicioso em que se lançaram, ao acreditar na possibilidade de cura quando o problema maior é a própria natureza humana, e sua rebeldia contra Deus.

    Há uma domesticação medicamentosa do "doente", o que se chama de "sossega leão", mas os pecados estão lá, se repetindo, se perpetuando, apenas a espera de uma chance para se manifestar; porque se busca uma cura clínica, quando o problema é espiritual. E, não conheço, sinceramente, maior fonte de problemas individuais e coletivos do que o pecado. Basta olhar para nós mesmos.

    Acho que psicólogos e psiquíatras apenas são a tentativa de se entender o problema, de se buscar uma solução, quando ela não está diante dos seus olhos, nem em suas mãos, seja qual for a técnica e o método empregado.

    O homem necessariamente precisa se converter dos seus maus caminhos, e andar pelos caminhos retos e planos do Senhor.

    Para piorar o quadro, as igrejas estão sendo invadidas por pastores/psicólogos, que ao invés de aplicarem os princípios bíblicos, optam pelo "tratamento" clínico das ovelhas.

    É o que se pode chamar de "uma vergonha", como diria o Casoy.

    Abraços.

    Cristo o abençoe!

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  4. Ricardo,

    Está totalmente certo. O problema é mesmo espiritual, ainda que pareça não ser, ou queiramos que não seja. Afinal, é mais fácil dizer que estamos com um problema hormonal, ou alguma sequela do passado, ou um trauma enrustido, do que assumir que pecamos e pecamos contra Deus, e que é esse pecado que nos atormenta.

    Como disse ao Helvécio, conheço pessoas que são afligidas por seus pecados, não se arrependeram, e estão "em guerra" contra Deus. Acham que podem vencê-lo pelo cansaço, ou, por fim, o tempo o levará a esquecer.

    Essas pessoas não são confrontadas pelo seu pecado, e fazem questão de escondê-lo, mascará-lo. Não querem arrepender-se, e ainda por cima, jogam a culpa nEle.

    Muitas, esperam encontrar forças em si mesma, ou acreditam que podem resolver o problema a partir de si mesmas, e esquecem-se de que, da mesma forma que não foram capazes de rejeitar o mal, não podem curá-lo.

    Nesse aspecto, a igreja caminha em marcha-ré, pois abandonou o aconselhamento bíblico em favor dos métodos humanistas (há igrejas que têm clinicas de tratamento onde se aplicam florais de bach, regressão, ou terapias do amor, que servem apenas para o "doente" zombar ou, quando muito, manter-se numa indiferença suícida em relação ao seu problema).

    Outro erro é o "doente" ser estimulado a buscar a cura em si mesmo; e entre os evangélicos, muitos se iludem de que são capazes, quebram a cara, e voltam a chafurdar o próprio vômito, entregando-se à bebida, drogas, orgias e uma vida depravada. A idéia é simples: já que não tenho forças para combater, por quê resistir?

    Como o irmão disse, apenas quando Deus chama o homem das trevas para a luz é que ele experimenta a verdadeira cura interior.

    Também como o irmão disse, a igreja é culpada de levar muitos à descrença, à frustração, ao desânimo, mas essas pessoas não são inocentes, elas estão em busca de bênçãos (quase sempre materiais), mas não atrás do Dono da bênção, como se diz entre nós.
    Então, junta-se a fome com a vontade comer; aqueles que querem se dar bem com Deus acabam por quebrar a cara (as multidões que vão aos templos faraônicos, e ao meterem as mãos nos bolsos, a espera de fazer um bom negócio, saem com uma delas à frente e a outra atrás).

    Resta uma minoria estelionatária que se dá bem por aqui (em sua sanha iníqua), mas que certamente não escapará do eterno Juiz.

    O que temos de entender e oferecer é a Palavra de Deus, a oração, o braço-irmão a todos que precisam da cura, falando-lhes a verdade, estando lado-a-lado na luta, como o Evangelho de Cristo nos ordena fazer. O resto, é por conta do Senhor.

    Grande abraço!

    Cristo o abençoe!

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  5. Prezado irmão Jorge,
    acredito que nem o próprio Adams conseguiria explicar tão bem como o irmão fez.rsrsrs.
    Adams criou seu próprio método de abordagem nos EUA. Na mesma linha de Adams temos MacKarthur Jr. e outros. Quando se trata de desvio espiritual realmente somente pela Palavra a solução se apresentará. Adoecer o pecado é matar qualquer possibilidade de cura. Mas hoje em dia tudo é doença e para doença, a maioria das vezes, remédio resolve. Nunca tivemos tantos seres humanos tomando tantas drogas como agora. (drogas como remédio).
    Parabéns pela brilhante abordagem e explanação da abordagem de Adams.
    Um abraço
    Em Cristo

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  6. Graça e paz Jorge.
    Eu fico aguardando ansioso pelas suas postagens, pois elas são muito boas. Esse texto está excelente. Que Deus continue lhe abençoando.
    Mas vamos ao comentário. Jay Adams chama esse tipo de aconselhamento de "Aconselhamento Noutético", pois ele se baseia única e exclusivamente na Bíblia, no Novo Testamento para ser mais exato (o que mais predomina). No livro "O Conselheiro Capaz" ele aborda isso. Na época do meu seminário nós estudamos a questão do aconselhamento e um dos meus professores nos disse que deveríamos esquecer a psicologia moderna e nos apegar à Bíblia, pois o maior psicólogo é o próprio Deus. Mas por que tantas pessoas procuram psicólogos? Pois, infelizmente, muitos pastores não sabem aconselhar, desconhecem a Bíblia, são mal preparados pelos seminários e, muitos, só fazem o básico em teologia. Muitos pastores não gostam de ler, e quando lêem, só lêem livros devocionais. Poucos são os que estudam, tem prazer em ler, não só livros teológicos, mas cultura secular também. É muito triste vermos pessoas passando por tantas dificuldades dentro das igrejas e não poderem contar com o pastor para receber uma palavra de aconselhamento séria, dentro dos princípios bíblicos. Muitos membros estão recebendo conselho de Augusto Cury, mas de Jesus que é bom, nada.
    Recentemente uma psicoterapeuta me pediu para aconselhar uma médica, cliente dela, pois ela já havia feito de tudo para ajudá-la e não havia nenhum sucesso. Essa pessoa me procurou e em algumas horas, utilizando a Bíblia, e o que ela nos falava consegui ajudá-la. A médica depois veio me perguntar o que eu havia falado para ela que tanto a ajudou, então eu lhe falei que usei a Bíblia. Moral da história, a psicoterapeuta está estudando a Bíblia hoje em dia.
    A palavra de Deus sempre será o melhor conselheiro.
    Fique na Paz!
    Pr. Silas

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  7. Pr. Silas,

    obrigado pela gentileza, mais do que isso, pela amizade.

    Sabemos que tudo é pela graça de Deus, o qual reservou e capacitou homens para cumprirem a Sua obra na terra. Homens como o Dr. Jay Adams e tantos outros.

    O que faço é tentar aprender um pouquinho com eles, pois sei que a minha capacidade não vai muito além disso, e escrever sobre aquilo que apreendi de tudo o que elaboraram. Uma tentativa de expôr ao leitor que não teve acesso aos livros um pouco da obra desses grandes homens de Deus.

    Na verdade, reverbero a luz que Cristo emana através de suas vidas, nada mais.

    Creio que seria um bom copista (rsrs)...

    Concordo com o irmão em gênero, número e grau quanto a inabilidade de muitos pastores. O que me leva a questionar o ensino dos seminários e faculdades teológicas que não cumprem a obrigação de ensinar e treiná-los no aconselhamento bíblico.

    Acredito que a igreja, como antigamente, deveria formar os pastores também, e o ensino aconteceria na prática, não somente na teoria.

    Outro fator importante é a igreja estar ciente de que homens que relegam a Escritura a um contexto meramente histórico, não são homens adequados para o pastoreio. A Bíblia é histórica, mas sobretudo o poder de Deus para transformar vidas. E a experiência pessoal que o irmão relatou é a maior prova de que a Bíblia não somente pode, mas deve ser aplicada corretamente na cura espiritual, no aconselhamento do "doente" que se vê, em sua maioria, cético e desesperançado quanto aos métodos clínicos ou holísticos (que são práticas espirituais não-bíblicas, ainda que revestidas de um certo cientificismo a fim de lhes dar credibilidade).

    Usando o método "noutético" (que esqueci de nomear no texto... obrigado pela lembrança) o irmão não somente trouxe alívio mas a real possibilidade cura àquela senhora. Não um placebo que não produz efeito algum... na verdade, ele produz o efeito de não curar e manter a pessoa "enferma".

    Forte abraço!

    Cristo o abençoe!

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  8. Pastor Silas e Jorge,

    Que beleza de comentários! Primeiro o Pr. Silas, com a sua experiência ministerial citando o exemplo do aconselhamento prático, juntamente com o conhecimento. É verdade que muitos pastores têm negiligenciado o pastoreio em todas as suas nuances. Em seguida o complemento do Jorge, que também enriqueceu a postagem.

    É por isso que eu sempre digo: não vale somente ler a postagem, mas também os comentários, pois estes geralmente complementam aquela.

    Grande abraço meus irmãos!

    Em Cristo,

    Ricardo

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  9. Ricardo,

    obrigado por seu comentário, e por sua ligação ontem à noite. Foi uma enorme alegria poder conversar consigo, refletir e falar da maravilhosa obra que Deus tem realizado em nós.

    A Ele toda a honra e glória, pois o que seríamos de nós sem o Senhor?

    Forte abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  10. Caro Jorge

    Estavas com saudades de nossas brigas? risos...

    Então vamos "brigar" um pouco.

    Quero dizer que eu sou um confesso preconceituoso em relação ao que chamo de pseudo-ciências, que são a psicologia, psiquiatria e psicanálise.

    Respeito meus parentes que escolheram estas áreas como profissão, mas reputo todas as três como achismo humanista.

    Tudo bem, reconheço ser preconceito, pois o meu conhecimento na área é limitado, mas quanto mais leio a respeito, mais asco sinto.

    Isto leva ao meu preconceito número 2: Que é contra a categoria de pastores-psicólogos que estão surgindo lentamente.

    Os caras em lugar de pregar a Bíblia expositivamente, fazem psicologia e começam a pregar auto-ajuda misturada com Bíblia misturada com neurolinguística misturada com técnicas de psciologia misturada com sei lá o que mais...

    E o povo, sem ensino bíblico, com preguiça de ler a Bíblia.... baba e é escandolosamente enganado por este discurso e ainda se envaidecem quando o cara faz este tipo de pregação dizendo "Que mensagem poderosa...!".

    Eu diria que a própria atividade "conselheiro cristão" é controversa.
    Para mim não existe isto de aconselhamento individual, etc.... a cura deve ser ministrada por atacado via pregação expositiva da Palavra de Deus.

    A partir deste ensino o Espírito Santo fixará e operará aquilo que for necessário.

    Quem não for alcançado por isto... sinceramente um aconselhamento adiantará?

    Quando um pastor se assenta com uma pessoa (e eu recomendo que nunca esteja sozinho) e lhe dá "conselhos", deve na realidade estar a pregar as verdades bíblicas para a mesma.

    Sempre será ensino da Palavra.
    O resto é inútil placebo.

    Mas eu reconheço que parte do meu pensamento a respeito possa ser preconceito, mas até agora não me convenceram do contrário.

    Usam técnicas humanas (que buscam a cura no homem) para tratar de uma coisa que só o Evangelho dá conta (que busca a cura em Deus).

    Nunca a atividade pastoral será compatível com a psicologia moderna, uma vez que são mutuamente exclusivas, uma vez que uma busca a cura no homem e a outra em Deus, uma diz que o cara não culpa de nada e a outra diz que o cara é um pecador miserável.

    Hoje as duas atividades estão se fundindo (pastor-psicólogo) graça a mensagem humanista do evangelho arminiano que igualmente coloca o homem em parceria sinergista com Deus, e além de tudo, e até por lógica é tricotômico.

    Se o cara é psicólogo não cristão, eu até dou um desconto.
    Se o cara é psicólogo cristão, e usa isto como técnica e sabe o que está falando, eu também dou um desconto. Afinal os não eleitos precisam de um placebo para serem "domesticados"...

    Mas se o cara é psicólogo ou pastor-psicólogo, usa as técnicas e chama isto de operação do Espírito Santo.... é demais para mim.

    Quando eu era tricotômico eu dizia:

    Do corpo cuida o médico.
    Da alma cuida o psicólogo.
    Do espírito cuida o pastor.

    E ficava tranquilo comigo mesmo.

    continua...

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  11. continuação...

    Quando descobri que a doutrina tricotômica era antibíblica e uma distorção da Palavra já harmonizada com a psicologia freudiana e humanista.... eu deixei totalmente estas coisas para trás.

    Hoje:

    Do corpo cuida o médico.
    Da alma ou do espírito (são sinônimos na Bíblia) cuida o pastor no caso dos eleitos, e o psicólogo etc... no caso dos não eleitos, afinal como nunca terão novo nascimento, é preciso sim de técnicas para "socialização" destas pessoas.

    Fui radical?
    Escandalizei você?

    Vou continuar um pouquinho...

    Faço também restrição, não me interprete mal, quando dizem que à parte da Escritura seja impossível qualquer mudança ou cura espiritual....

    Eu sei que temos hoje a escritura e isto é um privilégio, mas nem sempre foi e é assim.

    Abraão não tinha Bíblia para ler e foi o pai da fé.
    A própria igreja primitiva não tinha o novo testamento todo disponível para ler (as cartas foram justadas posteriormente) e mesmo assim haviam mudanças e reais conversões.

    Quando a escritura não está disponível, Deus usa da revelação (e dos dons...) para se manifestar e para produzir vida e mudanças no pecador.

    A medida que a escritura se torna disponível (em paízes onde há perseguição por exemplo), a revelação diminui dando espaço para a escritura (revelação também, mas escrita).

    A Bíblia mesmo afirma que existe salvação entre os que desconhecem a lei de Deus (toda a Bíblia) como nós, e que eles serão julgados como quem julga quem desconhece a lei.

    Então a afirmação inicial que o autor citado faz, é muito complicada.

    Você não tratou do assunto, mas mesmo dizer que fora de "Jesus" (e da cruz) não há salvação, também é um assunto complicado...

    Calma... eu explico... risos....

    Jesus nem sempre foi conhecido pelo nome Jesus.
    Para Abraão nem nome ele lhe disse.
    Para Moisés ele se revelou com sendo EU SOU.
    Para os hebreus disse que seria o Emanuel.
    E para nós Jesus.
    Paulo disse as gregos que eles o conheciam de ouvir falar pelo nome de "Deus desconhecido".

    De fato fora de Jesus (e da cruz) não há salvação, mas não necessariamente pelo nome Jesus.

    Vou radicalizar para que entendas do que eu estou a falar:
    - Se nas américas, Deus quisesse se revelar a algum dos seus habitantes, assim como fez a Abraão na terra de pagãos que era Ur, ele pela REVELAÇÃO poderia ter se manifestado a estes habitantes, produzido salvação, conversão, etc... num formato culturalmente diferente do nossos, mas igualmente eficaz salvação. E estas pessoas só saberiam que aquele que se revolou a eles na realidade era Jesus, somente ficariam sabendo disto na ressurreição.

    Compreendeu onde eu quero chegar?

    Mesmo que o cara desconheça a mensagem da cruz, e o exato nome de Jesus, por revelação e em casos de exceção (lugares remotos), Deus por revelação pode se manifestar a estas pessoas lhes trazendo vida.

    Inclusive já li testemunhos (sei que a experiência é péssima prova) de que Jesus se revelou ao elemento, e depois de forma milagrosa fez com que uma Bíblia fosse contrabandeada até ele, e a partir da sua leitura o cara tomou conhecimento de toda a verdade, mas já conhecia o Senhor antes, mesmo sendo ignorante em quase todos os demais aspectos (este testemunho eu li de um chinês).

    Espero não tê-lo irritado nem escandalizado.

    Abraço

    Natan

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  12. CARTA ABERTA AOS SERES HUMANOS

    Precisamos cair na real, não nascemos do excremento. Somos criação de uma mente perversa e sem escrúpulo. Para compreender esta afirmação, basta ver o potencial de maldade que foi depositado dentro de nós. Este criador nos criou com apenas uma intenção, provar ao seu Criador que era capaz. Exatamente pelo mesmo motivo que construímos nossas coisas. Na verdade, buscamos reconhecimento. Mas tem um agravante, este criador perverso, está defendendo uma causa jurídica pessoal, frente a uma corte celestial. Ele alega que foi injustiçado pelo amor daquele que o criou. E está nos usando para contar sua versão dos fatos. Acontece que infelizmente, Ismael representado pelos Árabes e Isaque representado por Israel, são seus principais protagonistas. A mensagem é clara, o filho primogênito, Ismael, representante de Jeová Criador da Matéria, foi desconsiderado diante da comunidade celestial, por um suposto erro no amor de Seu Pai. E o filho Isaque – Jesus, a plenitude do amor do Altíssimo - foi por isso, odiado por seu irmão Jeová, que o matou em seus sentimentos feridos. Como conseqüência, houve uma batalha no céu, os seguidores de Jeová, batalharam contra os seguidores de Jesus. Dessa batalha espiritual, dois terços do céu permaneceu fiel a Jesus, e um terço veio para as trevas exteriores com Jeová. Deu-se assim, o universo físico que conhecemos. Um falso mundo que está rapidamente se extinguindo na imensidão de trevas em expansão. A audiência está marcada é o juízo final. Jeová apresentará os acontecimentos em seu mundo perecível, como prova da sua inocência. Esses acontecimentos formam a história sagrada dos povos que descendem de Abraão. Na última cena desse drama, está a batalha pela primogenitura realizada pelos descendentes de Ismael, contra os descendentes de Isaque. No último momento dessa batalha a humanidade será julgada pelo seu criador. Infelizmente, para os seres dessa natureza, de acordo com Jesus Cristo em João capítulo 16, Jeová, foi vencido em seus argumentos no seu próprio drama. Porque Jesus preferiu morrer a romper com o amor do Pai Celestial, demonstrando que ama seus semelhantes acima de sua vida. Com isso, Jeová Lúcifer, perdeu sua causa e admitiu sua derrota. E como, auto sentença, permanecerá nas trevas exteriores com dois terços dos seres humanos que não conseguiram repetir o feito de Jesus Cristo. Enquanto um terço compreenderá e seguirá novamente para glória com Deus Altíssimo, para a dimensão que não conhecemos, mas que se abrirá em breve para que todos possamos visualizar. Isso acontecerá após a batalha final e o juízo final, quando Jesus nos receberá nas nuvens de forma triunfante (Mateus cap. 24). Por coincidência, esse um terço que está retornando são os mesmos que saíram do céu com Jeová Lúcifer. E os dois terços que nas trevas exteriores ficarão com Jeová, são seus, criados a partir de seu ser, os quais não conhecem o pleno amor de Deus, em Jesus Cristo, nosso salvador e libertador. Eu vou - você não vai?

    Portanto, eis os avisos que Jesus tem nos dado: Quem mora em edifício, exija meio de fuga rápido. Porque até o momento final, não ficará um edifício de pé. Porém será progressivo o problema. Quem mora perto de praia, progressivamente o mar tomará todas as áreas baixas e a seu nível. Haverão tufões, furacões, maremotos e todo tipo de coisas horríveis, que acontecerão progressivamente. Quem mora nas terras elevadas serão visitados por raios, chuva de pedra, vendavais e coisas terríveis dessa natureza. Tudo que Jeová já praticou antes e foi relatado nas Sagradas Escrituras, agora será em escala universal. Quanto as guerras, infelizmente, progressivamente iremos ao dilúvio de fogo. Pedimos que visitem nosso blog e nossas páginas para que possam compreender tudo que aqui está escrito. Clique em Martins111.

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  13. João Martins,

    O seu comentário é confuso e nada tem a ver com a minha postagem. Ao ir até a sua página na web deparei-me com o "Livro do Espírito Santo Verdadeiro"... Ué, tem o Espírito Santo falso? Faça-me o favor!

    A Bíblia Sagrada é o único livro de Deus. Não há outro. Portanto o seu livro não passa de uma tentativa frustrada de se fazer mais verdadeiro que o próprio Deus. É uma pena, para você. Fique apenas com a Escritura Sagrada, e delete toda e qualquer obra que se diga "divina".

    Indo ao Blog do Natan de Oliveira deparei-me com um comentário também estranho de um tal Arnaldo Ribeiro. Tanto ou mais confuso que o do Martins. Fico a me perguntar: será uma nova onde de loucos ou lobos vestidos de cristãos virtuais?

    Deus tenha misericórdia de todos nós!

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  14. Natan, meu caro!

    É sempre um prazer debater consigo, e sinto falta de nossas "brigas" (rsrs), no bom sentido. Afinal há mais de dois anos travamos uma amizade que muito tem me edificado.

    Quanto à primeira parte do seu comentário, que vai até o 2o. parágrafo do 2o. comentário, concordo com quase tudo. Foi o que eu disse e o que o Dr. Jay Adams também diz. Exceção à sua não aceitação do Conselheiro Cristão.

    Ora o conselheiro cristão nada mais é do que alguém que aplica os ensinamentos bíblicos nos problemas individuais. O Cristianismo não é individual. A Bíblia nos exorta a sustentarmos, auxiliarmos, consolarmos, exortarmos, ensinarmos, instruirmos, suportarmos, corrigirmos, edificarmos uns aos outros. Portanto cada um de nós tem o dever de não somente aplicar as Escrituras em nossa vida, mas também auxiliar os irmãos na aplicação dos ensinamentos divinos.

    Para isso Ele distribuiu dons aos membros do Corpo, "de maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele" (1Co 12.26).

    Deus operará sempre através das Escrituras pelo poder do Espírito, mas Ele utilizará de instrumentalização humana, até mesmo para que possamos dar testemunho de Cristo. É o que Paulo nos diz: "E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos" (1Co 12.5-6).

    Em nada esta afirmação contradiz o aconselhamento cristão, assim como a unidade da igreja não prescinde o auxílio de um ao outro (afinal, isto é Cristianismo, certo!), pois, se não fosse dessa forma, como seria manifesto o amor entre irmãos?

    O erro está em se aconselhar através de metodologia humanista, e não o aconselhamento bíblico.

    Quanto à segunda parte...

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  15. Natan,

    o problema está na segunda parte do seu comentário, quando você afirma: "De fato fora de Jesus (e da cruz) não há salvação, mas não necessariamente pelo nome Jesus". Acho-o, em suas próprias palavras, contraditório e confuso.

    Pedro falando de Jesus diz: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12). O que por si só derruba o seu argumento.

    Segundo o que propõe, o homem que jamais ouviu alguma palavra do Evangelho pode ser salvo. Essa é uma afirmação que se conflita com as Escrituras. Por que, quis Deus nos dar a conhecer por intermédio do Seu Filho Amado Jesus Cristo, o qual é o único fundamento, e "ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3.11).

    Assim, "visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação" (1Co 1.21).

    Ou seja, sem Cristo, não há salvação. E sem a pregação, não se conhece a Cristo. Logo, não há a menor chance de um homem que jamais ouviu falar de Cristo (através das Escrituras) ser salvo.

    Como já lhe disse, a questão é simples: Deus colocou os eleitos em contato com a pregação para que ouvindo fossem salvos. Em outras palavras, Deus, em sua perfeita e santa sabedoria, destinou os salvos a SEMPRE ouvirem o Evangelho. Não há um salvo que não o tenha ouvido. E isso é fruto da providência divina de determinar os meios pelos quais o Seu decreto eterno se cumpriria.

    Quanto ao AT, o conhecimento de Cristo, ainda que em sombras, era suficiente para que compreendessem não apenas a necessidade do Salvador (o Messias = Cristo, que havia de vir), mas de arrependimento, conversão, e reconhecer o senhorio do Senhor.

    O Deus revelado no AT é o mesmo do NT, sem tirar nem pôr. E os salvos certamente sabiam que a salvação não estava nos rituais nem nos sacrifícios (há várias passagens que afirmam Deus se agradar da obediência, não do sacrifício), mas exclusivamente no Senhor.

    E há de se entender que mesmos os sacrifícios de bodes e carneiros eram sombras do que haveria de vir, e reportavam os homens da época ao sacrifício que o Senhor faria por eles e por nós.

    Pois a obra de Cristo é completa, perfeita, e não tem plano b, c ou d. Ela é única, tanto para nós como para os irmãos que viveram antes da encarnação do Verbo.

    Portanto, não concordo com a sua postulação, e considero-a alheia, em conflito, com as Escrituras.

    Forte abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  16. Prezado irmão Jorge,
    acredito que nem o próprio Adams conseguiria explicar tão bem como o irmão fez.rsrsrs.
    Adams criou seu próprio método de abordagem nos EUA. Na mesma linha de Adams temos MacKarthur Jr. e outros. Quando se trata de desvio espiritual realmente somente pela Palavra a solução se apresentará. Adoecer o pecado é matar qualquer possibilidade de cura. Mas hoje em dia tudo é doença e para doença, a maioria das vezes, remédio resolve. Nunca tivemos tantos seres humanos tomando tantas drogas como agora. (drogas como remédio).
    Parabéns pela brilhante abordagem e explanação da abordagem de Adams.
    Um abraço
    Em Cristo

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  17. Pr. Luiz Fernando,

    na verdade, apenas tentei resumir o método bíblico do Dr. Jay Adams. Tenho o livro do pr. John MacArthur Jr. e do Mach sobre aconselhamento, mas ainda não o li (o do Dr. Adams estou lendo lentamente).

    Infelizmente as pessoas têm se entregado ao torpor químico (e muitos crentes também), o que as torna em semi-homens, em zumbis, em um estado de anestesiamento permanente. Conheço pessoas que tomam calmantes há mais de 20 anos, e nem sabem mais por que continuam a tomar. Vão ao médico, ele prescreve, toma-se, e pronto. Mas todos os problemas estão lá, adormecidos, e, muitas vezes, nem mesmo o remédio é capaz de inibi-los, porque o homem sempre achará um jeitinho de manter-se em flagrante desobediência a Deus. Se a raiva e a indolência são aplacadas, a preguiça e o descaso tomam o seu lugar, e por ai afora.

    Entendo que essa seja uma nova forma de escravidão, fruto exatamente da recusa em se obedecer aos princípios bíblicos, em estar cativo a Cristo, em se sujeitar a ação do Espírito Santo.

    Grande abraço, meu irmão!

    Fica na paz!

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  18. Caro

    Eu acho que em linhas gerais você entendeu o que eu disse.
    Então não demanda muita briga.
    Até porque reputo que estas coisas se dão por exceção e casos raros.

    Eu não disse que "Segundo o que propõe, o homem que jamais ouviu alguma palavra do Evangelho pode ser salvo", mas sim que a parte da escritura e do seu conhecimento é possível a meu ver (casos raros) existir conversão.

    E defendi para tais casos, de que Deus através da revelação nos moldes de como se manifestou para Abraão, pode ter chegado a mensagem do Evangelho para algumas pessoas de povos tais como os índios norte-americanos, os maias, os índios sul-americanos etc....

    Então eles ouviram o Evangelho, mas não a partir da escritura, pois não havia no caso deles escritura para ser lida, mas neste caso o próprio Deus se revelou a eles por visões, sonhos, etc....

    Isto não quer dizer que a salvação esteja sendo feita fora de Cristo e fora da cruz, por um plano b.

    Mas quer dizer que a pessoa mesmo não conhecendo toda a revelação escrita, conheceu a Deus por revelação sobrenatural ou parte da pregação do evangelho.

    Veja que o Etíope (aquele que Felipe) evangelizou, não tinha o novo testamento como temos hoje para depois evangelizar seu povo na Etiópia. Ele tinha o livro de Isaías. Talvez tivesse todo o Velho Testamento também.

    Assim veja que o que ele sabia do Evangelho era apenas limitado ao que Felipe lhe pregou.

    Então volto a tese inicial, a parte da escritura (pois ele não tinha toda ela a disposição) houve salvação e diz a história e a tradição que ouve grande avivamento na Etiópia por causa do trabalho deste único homem.

    Como eles poderiam ter se convertido e mudando de vida, sem os livros de Mateus, Marcos, as cartas de Paulo, não tinham Romanos (pregariam eles a doutrina da predestinação...?) etc...

    Eu portanto só estou implicando com um detalhe.

    Evidentemente que não apregoo plano b nem c nem d fora de Cristo e da cruz, mas estou lhe dizendo que na exceção é possível haver real conversão mesmo se desconhecendo toda a mensagem da escritura.

    A parte que falta, quando falta, é suprida por revelação (leia-se sonhos, visões e revelações e dons espirituais).

    A medida que o homem tem contato com a revelação escrita, os dons vão desaparecendo, pois não há mais necessidade deles.

    De forma análoga, quando os primeiros cristãos precisavam falar outros idiomas sem que tivessem aprendido, Deus supriu isto, mas hoje este dom é quase inexistente (entendo que as línguas faladas por pentecostais não necessariamente são as mesmas de Atos dos Apóstolos).

    Fui claro? risos....

    Eles ouviram falar do Evangelho diretamente de Deus, nos mesmos moldes que Ele falou com Abraão e assim poderiam ter sido salvos.

    Evidentemente que hoje não é mais assim na maioria absoluta dos casos.

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  19. Natan,

    entendi o seu posicionamento.

    Ainda que seja por um versículo, Deus operará na vida do eleito, porque é pelo Seu poder que o homem será regerado, não a quantidade de versículos ou o tanto que ele sabe das Escrituras.

    O conhecimento das Escrituras vem posteriormente, na maioria das vezes, como o desejo do coração renascido em conhecer mais a Deus e Sua obra.

    Como disse acima, Deus operará em diversidade, mas sempre pela palavra (não importando a quantidade; pode ser um trecho ou mesmo um versículo) e a ação do Espírito Santo.

    Por essas e outras que não concordo com a afirmação de muitos dispensacionalistas de que o Espírito Santo não agia no AT. De que os crentes daquela época não tinham o Espírito. Sem o Espírito, não há salvação, nem se conhece a Deus. Portanto, para que houvesse crentes no AT, o Espírito estava agindo neles, senão, como teríamos o AT inspirado, inerrante e infalível? Como parte da Escritura?

    Abraços.

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  20. Ufa!! risos...

    Então chegamos a um acordo e nem brigamos tanto.

    Quanto a parte que concordamos, reafirmo... me dá nos nervos quando eu encontro um pastor psicólogo usando técnicas e chamando isto de operação do Espírito Santo.

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  21. Fernando,

    Muito bom. Gostei muito de seu texto, realmente de excelente qualidade. Vou compartilhá-lo em minhas redes sociais.

    Tenho visto psicólogos cristãos, bons psicólogos, que se valem de abordagens diferente. Como aquelas que se aproximam em um ponto ou outro com a cura cristã. Refiro-me a psicologia existencialista, naturalmente, aquelas que se valem do existencialismo religioso, que se inspiram em homens como Kierkegaard e Martin Buber, que emergiram do universo judaico-cristão.

    Existe algumas iniciativas neo-reformadas neste sentido que carecem de nossa atenção.

    Muito obrigado pelo texto.

    Um grande abraço,
    Igor

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  22. Oi, Igor!

    Bem, sou quase um Fernando, mas ainda não [rsrs].

    Vindo de você, meu irmão, que é pedagogo e filósofo, e estudioso meticuloso das relações entre as várias formas culturais com a fé cristã, sinto-me honrado com a sua visita e elogio.

    Aproveito para lhe cobrar aquele café que está me devendo há meses. Espero que não o tenha prometido ao Fernando achando que era o Jorge, mas estou disposto a assumir a identidade alheia para degustar um capuchino em sua companhia. E aprender um pouco sobre o Bubber e
    Kierkegaard.

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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  23. O Jorge... que feio! Há há há foi mal, é que tinha acabado de escrever um post para um amigo com este nome. Coisas de manhã de domingo, o dia do descanso da ressurreição.

    Enfim, reafirmo com os predicativos apropriados minhas considerações a seu excelente texto.

    Quanto ao café... estou devendo tantos café. Acho que terei que fazer um café coletivo com fins expiatórios.

    Abraços,
    Igor

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  24. Igor,

    "Café coletivo com fins expiatórios" [rsrs].

    Bem, Cristo expiou a nossa dívida com sangue... Com isso você quer dizer que terei de pagar a sua? E convidá-lo, por minha conta, a tomar o café?

    Marca o dia e hora. Eu pago! [rsrs]

    Abraços.

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