05 março 2011

A ética do velho-oeste

             














Por Jorge Fernandes Isah

                 Muito se fala em ética, hoje em dia, mas acho que poucas pessoas a relacionam com a lei e com a moral. Há até mesmo uma idéia de que ela pode prescindi-las, chegando ao cúmulo de ser equiparada a um simples pensamento, como uma maneira pessoal de melhor se relacionar e conviver na sociedade, sem contudo ser aplicável. É mais ou menos como um homem feio achar que cortar os cabelos e fazer a barba tornará a sua aparência melhor, quando a falta dos pêlos apenas ressaltará ainda mais a sua feíura. Porém, isso levaria a uma confusão ética, pois uma ética individual pode mesmo ser uma anti-ética, já que estará baseada no subjetivismo, à mercê de elementos como o desejo, intenção, preferência, etc. Esse tipo de distinção é falacioso, pois não há diferença entre a ética pessoal e a social, visto toda a conduta individual ter um significado que afetará tanto o indivíduo que decide quanto as outras pessoas que não tiveram o poder de decisão mas serão atingidas por ela. Portanto, é necessário que a ética esteja vinculada a um padrão. Como o homem é caracteristicamente um ser social, as decisões individuais terão, na maioria das vezes, implicações na sociedade. Mas qual seria esse padrão? E, ainda, pergunto: é possível haver ética sem moral? E moral sem um corpo legal que a estabeleça? Ao meu ver, isso é impossível, especialmente no Cristianismo.
                  Primeiro, tem-se de definir o termo: o que é ética? Segundo o Michaelis: 
Ética - sf (gr ethiké) 1- Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2- Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade.
                   Outra definição seria: "Ética é a pesquisa da natureza moral do homem com a finalidade de se descobrir quais são as suas responsabilidades e quais os meios de cumpri-las. A ética compartilha com outros empreendimentos humanos a busca da verdade, mas distingue-se deles na sua preocupação com aquilo que o homem deve fazer, à luz da verdade desvendada. Ela não é simplesmente descritiva, mas também prescritiva no seu caráter" [1].
                  Nossas decisões e valores serão influenciados por um padrão normativo, seja a moralidade, a falsa moralidade ou a imoralidade. Para um cristão, o aborto é algo imoral e anti-ético; para um abortista não é mais do que uma opção possível, dentro de uma moral e ética deturpadas.
                Então, repetindo a pergunta: qual o padrão a se usar?
           Para nós, e o restante da sociedade, deveríamos baseá-la na perfeição e santidade divinas, o padrão moral máximo pelo qual o homem rejeitaria valores abomináveis e ofensivos a Deus e, por conseguinte, ao próprio homem.  E esse padrão está no código moral divino, a sua lei, dada a todos os homens sem exceção. Mesmo um não-crente será favorecido por ela, ao ponto de poder viver tranquilo e em segurança, sabendo que qualquer infrator receberá a pena justa na proporção do crime comentido. Isso seria o mais próximo que a Bíblia revela de algo que chamamos erroneamente de graça comum; mas que em nada agracia o bandido.
                  Portanto dizer que a ética não é derivada da moral e da lei, é dizer que não há ética, pois quem estabelece o sistema pelo qual ela existirá é exatamente a lei e a moral.
            O mundo evoca a todo instante um relativismo e um pluralismo visando  aniquilar a moral e a ética como absolutos; como um sistema de valores pelos quais a sociedade decidirá e julgará através das escolhas corretas, baseada na verdade, a qual é o próprio Deus; revelando e dando-a através das Escrituras, a sua palavra fiel, inerrante e infalível, para que o homem viva ordeiramente no mundo. Assim, em sua justiça, retidão e santidade, a lei de Deus é transposta como o padrão perfeito de ética e moral para todos, de forma que os justos serão beneficiados por ela, pela justiça que ela traz, e pelo prazer em segui-la; enquanto os injustos serão punidos por ela, pela igualmente justiça que ela traz, a qual rejeitam deliberadamente. 
             É claro que, por causa da queda e do pecado, o homem sempre quererá e buscará, ou se inclinará, a tomar as decisões que são opostas ou contrárias a Deus e sua lei, e também contrárias ao seu semelhante. Em muitos casos, se aglutinarão em grupos onde se defenderão, em busca da não observância da ética cristã, em flagrante oposição aos princípios bíblicos, num sistema corporativista onde o indivíduo é privilegiado em sua sanha de pecar e infringir a lei divina sem qualquer sanção ou restrição.
           Em muitos casos, os cristãos, aqueles que deveriam defender os valores morais e eticamente bíblicos, também se opõem a eles, reservando-se em grupos igualmente antinomistas, os quais consideram possível guardar a lei apenas em seus corações e assim estarem distantes do seu justo julgamento. No fundo é um habeas-corpus preventivo, as avessas, onde o infrator tem assegurado o livre trânsito social para cometer todos os tipos de crimes, além de um salvo-conduto para aterrorizar, perseguir e vitimar inocentes, trazendo-lhes perigo real e imediato, numa espécie de orgia pavorosa; onde o pecado pode ser livremente cometido, disseminado, e até mesmo estimulado, ensinado e defendido como o padrão de liberdade alcançada pelo homem em que se reconhece unicamente a auto-satisfação, a qual é a referência de si para si mesmo; e nisso, a comunidade será sempre a primeira e a última a pagar o alto preço por sua própria conivência com a impunidade; onde o pecado é consagrado no altar do individualismo. Estranhamente, sem que se perceba, enclausurado está o indivíduo, vitima do próprio individualismo; a marca mais resistente do pecado a destruir-lhe a alma.
              Este é o caráter máximo da não observância da lei e da ética: a liberdade que se busca em pecar sem qualquer sentimento de culpa, sem qualquer coerção, de tal forma que o amor ao próximo será um amontoado de palavras vazias, pois o não se subordinar a ele [no sentido de que o amar a Deus e ao próximo o disporá na posição de dependência e humilhação] o colocará na condição ilusória de apelar à autonomia de que até mesmo o amor deve-se sujeitar à liberdade pessoal de fazer o que se quer e como se quer, sem o menor constrangimento, sem qualquer tipo de sujeição ou obediência a Deus. Partindo-se do princípio de que não existe autonomia, mas uma tentativa frustrada de se tê-la, chega-se facilmente à conclusão de que o amor pelo qual se apela também é utópico.
            O grande dilema de muitos cristãos é imaginar que Deus somente pode ser obedecido pelo eleito, e de que o não-eleito estará livre para desobedecê-lo explicitamente; o que pode nos colocar na situação embaraçosa de não exigir dos outros que se dê a devida honra a Deus, e assim reconhecer a nossa própria dificuldade em também fazê-lo. Ora, Deus é Senhor de todas as coisas, e tudo está sujeito a ele, quer se queira ou não, e a ordem é para que todos, sem exceção, sejam obedientes e cumpram seus mandamentos. Como muitos cristãos resguardam-se a si mesmos o direito de pecar, considerando-o algo normativo e usual [interessante o número de crentes a afirmar a impossibilidade de não pecar, quando isso deveria ser uma vergonha para qualquer um], de certa forma essa impossibilidade é transferida para os ímpios como algo natural e do qual nada podem fazer. Realmente, não se pode acrescentar coisa alguma ao que já é perfeito, a lei, como o limitador, o inibidor da maldade no homem natural. Se temos o Espírito Santo e a lei a nos orientar e interferir em nossa vontade de maneira que não pequemos, aos não-eleitos resta-lhes apenas a lei como freio, na qual os seus destinos encontram-se eterna e definitivamente selados.
              O fato é que a pretensa autonomia não existe, e nada mais é do que o homem encontrando um jeitinho de permanecer escravo por meio de um sistema de valores não-cristãos que lhe dará a falsa idéia de estar livre de Deus, quando mais do que nunca ele está preso ao que lhe pode ser mais danoso: a insubordinação e a rebeldia contra o Senhor. E a consequência será a condenação eterna pela mesma lei que teima em transigir e desprezar.
             Por se ter vários tipos de ética, e o homem estar sujeito a elas, as quais são injustas e falhas em suas premissas de salvaguardá-lo a partir da desordem em si mesmo, o resultado será a imperfeição a serviço da imperfeição, dentro de uma relatividade em que o senso cultural e temporal do conhecimento humano, que poderá abastecer-se no passado de práticas falidas que ressurgem não como esperança, mas como afronta à dignidade humana, e, primeiramente, um insulto ao próprio Senhor; converter-se-á na busca infrutífera pela verdade, distanciando-se de modo que encontrá-la será encaminhar-se à completa impossibilidade. O passo seguinte é satisfazer-se em tornar a mentira numa aparente verdade, como se possível fosse buscar em nós mesmos aquilo que somente pode existir no Deus vivo e verdadeiro, e que é a sua essência. Quando esse princípio é abandonado, o homem se torna na própria farsa; de criá-la com o propósito do auto-engano; num esquema em que a realidade não pretendida é o resultado do processo pelo qual a irrealidade desejada não se concretiza. Guardadas as devidas proporções, seria o mesmo que deixar uma matilha de lobos cuidando das ovelhas, na expectativa de que nenhum mal recaía sobre elas. Haverá sempre a busca insensata de se burlar, de falsear a verdade e ver-se livre da moral e ética bíblicas.
                 Podemos citar, como exemplo, a ética marxista que na verdade é a não-ética, pois para eles tudo é possível, até os mais hediondos, reprováveis, imorais e ignóbeis atos a fim de que a revolução seja vitoriosa. No processo revolucionário tudo é possível, menos a moral e a ética. E como eles, muitos cristãos estão a se misturar e a sujar as mãos no sangue dos santos, imbuídos de uma luta na qual serão também vítimas [se já não são], pois servem apenas de “escada”, de trampolim, para que se atinja o poder e, então, os tolos serem sumariamente descartados; ou, ainda pior, se juntarão definitivamente em suas fileiras imorais e pervertidas sem nenhum peso na consciência ou escrúpulo, pelo contrário, com a certeza do dever cumprido em nome da “causa” que inadvertidamente supunham ser de Deus.
             Há éticas de todas as formas e para todos os gostos: existencialista, utilitária, naturalista, etc, mas todas como conseqüência da rebelião, da rejeição do homem natural a Deus; que se quer ver livre de qualquer padrão justo e santo, assim como o porco se refestela na lama, sujando-se ainda mais. É como está escrito: “Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda” [Ap 22.11].
               Por isso, a maioria das pessoas quer viver no padrão coletivo em que o comportamento individual seja o reflexo objetivo da servidão e de alimentar o mal, operando a degradação própria e plural, como autênticos "fora-da-lei".

Nota: [1] Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã, II, pag. 86 - Editora Vida Nova.
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9 comentários:

  1. Irmão Jorge,
    você abordou com muita propriedade o tema. Colocou a verdade na perspectiva correta. Quando a ética tem como fundamento o fôro íntimo tudo é permitido e nada está errado. A ética realmente precisa se balizar por algo ou alguém fora do homem. O líder da IURD disse que beber é algo que deve ser decidido por cada um, como se tudo o mais assim o fosse decidido. O mesmo líder defendeu a prática do aborto como forma de controle de natalidade. Isso somente aponta para uma ética narcisista e doentia na qual o indivíduo é senhor de si mesmo e não tem que prestar contas para ninguém. O partido governante em nosso país adotou radicalmente a ética marxista, muito bem lembrada por você, e para eles tudo pode e nada é errado. Os escandalos são varridos para debaixo do tapate e nomes que trouxeram vergonha para o país retornam à vida pública e mesmo compondo comissões de ética e justiça. A igreja está abortanto sua santa vocação e chamado por se ver incapacitada para atuar o palco da sociedade.
    Parabéns.
    Um abraço
    E Cristo
    Pr. Luiz Fernando

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  2. Pr. Luiz Fernando,

    faço suas as minhas palavras; lembrando que aquele que pensa estar servindo a Deus mas não deseja cumprir os seus mandamentos, não o ama nem o conhece, e acaba por servir ao maligno. O Senhor Jesus disse: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" [Jo 14.21 e 22-24].
    Por isso a falta de ética crassa mesmo entre os cristãos, porque há o deliberado desprezo à lei de Deus e sua palavra. E nos tornamos em cegos guiando outros cegos.
    Grande abraço, meu irmão!
    Cristo o abençoe!

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  3. Ótimo texto Jorge. Realmente, ética e moral todos afirmam ter a sua, seja no trabalho (leis da empresa), seja em casa (recebida pelos pais) ou no seu dia-a-dia (aprendendo através de programas televisivos) aderindo a diversos pontos de vista. Quanto mais eclético, mais aberto a novas idéias ou manifestações da sociedade, serei mais sociável e correto (pensam erradamente assim). É interessante, que ao negar a Bíblia (padrão verdadeiro de lei e moralidade), o indivíduo permanece incapaz de definir o que é certo ou errado. Como você bem aplicou no caso do aborto.
    Por isso gosto de alguns textos de Bahsen que aborda o caráter permanente da lei de Deus (exceção aos cumpridos por Cristo) para o exercício de um cristianismo mais consistente. Pois, o cristão (com exceções), sabendo que é pecador se adapta neste argumento para justificar seus deslizes diários (quando deveria se preocupar e orar ainda mais); e pior, não luta (ativamente por palavras e conduta) para que a sociedade perceba sua incoerência de pensamentos e atitudes, mostrando a decadência de suas leis em contraste com a beleza das leis de Deus. A ética e a moralidade necessitam ser direcionadas por um único e verdadeiro caminho. Porque se tivermos inúmeros caminhos (padrões de moralidade), acredito que não possuímos uma identidade (cristã), seríamos como um camaleão rsrsrs, de acordo com o ambiente, vamos nos adaptando. Esta ética vinda da Palavra criará a identidade cristã e os cristãos não precisaram de carta de apresentação nos lugares aonde chegarem, já serão reconhecidos pela sua ética que não é geral, adaptável ou democrática; e sim, bíblica (de Deus).
    Um abraço, meu irmão.

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  4. Eric,

    Estou achando que vou retirar o meu texto e deixar apenas os comentários [rsrs], pois falam mais e melhor do que o que escrevi.

    Gostei muito do que disse [assim como o que o pr. Luiz Fernando Ramos disse também], mas especialmente no que tange a essa dissimulação "cristã" de repetir, como um mantra, que pecamos porque pecamos [como se o pecado fosse auto-justificado], quando Deus nos chama a ser santos como ele é santo.

    Devia trazer-nos vergonha essa atitude de complacência e tolerância para com o pecado, pois uma coisa é pecar outra bem diferente é se acostumar com ele e não lhe resistir. Então, fica mais fácil se apropriar do que "reza" o mundo, pois assim estamos justificados, ou melhor, "auto-indulgenciados", o que é outra mentira diabólica.

    Como você tão bem colocou, se os cristãos se empenhassem verdadeiramente em seguir os padrões bíblicos de moral e ética, não seria necessário carta de referência ou atestado de bons antecedentes. O fato de ser cristão já diria o suficiente sobre nós: sermos semelhantes a Cristo.

    Grande abraço, meu irmão!
    Cristo o abençoe!

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  5. Querido irmão parabéns pelo "start" em mais um assunto que não é fácil de ser abordado e em um debate não será fácil dar a última palavra seja a favor ou contra pela incapacidade de se esgotar todos os pontos ou ir imediatamente ao principal ou principais.

    Alguns elementos ou dados devem ser considerados:
    Tem-se a ética individual e a de grupo. Cristãos ou não cristãos, ateus, enfim todos temos as nossas ações balizadas pelas duas, o tempo todo. Elas resultam de muitos fatores e a grande diferença é que alguns tem consciência delas e outros não. Dessa forma não há indivíduo sem ética ou aético. A lei moral, a lei de uma nação, a cultura ( conjunto de valores e comportamentos ) e o conhecimento da Palavra de Deus pelos crentes corroboram para o que resultará dessa ética. Particularmente essa ética é para nos todos um mulambo, um pano velho e continuam,ente remendado, é o que nos diz a Escritura. E com base nela justamente seremos em parte julgados. A questão é quão melhor e quão pior a temos? Nisso podemos sim influenciar o resultado. Como hipócritas? como desleixados? como justos- há os justos conforme as Escrituras... Um grande abraço mais uma vez querido irmão. P.S. A Rose gostou tanto da Bíblia que está sempre com ela.

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  6. Helvécio,

    este texto não me agradou em alguns aspectos, especialmente no desenvolvimento geral; fruto do pouco trato que tenho sobre o assunto. Mas em linhas gerais, o objetivo foi mostrar que ética sem moral não existe, e moral sem lei também. E qual o padrão moral/legal deve ser reinvindicado para que se tenha uma ética verdadeira? Basear nos valores humanos é, em si mesmo, validar o erro. Basear em outro padrão [seja ele qual for] implicará no mesmo erro. O único padrão infalível é o que Deus estabeleceu na sua lei, perfeita e santa.
    Há pessoas que imaginam ser possível se ser ético sem ser moral ou legal [aqui entra outro elemento fundamental: a justiça]. Tudo bem que pensem assim, mas sempre haverá um fundamento moral/legal para a sua ética ou a falta dela.
    O que os cristãos deveriam se empenhar é em restaurar os valores bíblicos [e muitos me chamaram de dominionista, mas acredito que à medida em que a igreja influenciar o mundo, e esta é a ordem do Senhor, ser luz e sal, o Reino de Cristo atingirá todas as esferas da vida] e não se oporem a ele, usando como desculpa o pecado ou a imperfeição do homem.
    Quando Cristo nos manda salgar e iluminar, será que ele imagina homens imaculados ou perfeitos? Ou, mesmo reconhecendo o que somos, instrumentos falhos, sabe que o poder que está a operar em nós é que tornará o salgar e iluminar possível? Mas sobre quais valores? Os valores seculares? Se eles são os melhores, já estão na luz, concorda? Não precisam de luz. Esta é a grande falha da igreja, julgar possível manter as trevas para que a luz prevaleça. Isso é impossível! Onde houver luz, não haverá trevas, e vice-versa.

    Um grande abraço para todos vocês!
    PS: Fico feliz da Rose estar usufruindo a Bíblia McChayne. Que Deus a abençoe imensamente e a todos vocês também!

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  7. Não há observações que desqualifiquem o seu texto, antes pelo contrário, corajoso em tocar no assunto sem ter o propósito de dar uma palavra final, aliás necessitamos ao meu ver é de palavras iniciais e não finais, as quais em certo aspecto somos incapazes de dá-las.E qual de nós é perfeitamente afeito a qualquer assunto? Nenhum penso. O problema, penso é situar corretamente a base de uma preterida "ética cristã". As coisas não são tão simples e penso que há um momento que atos de uns são comparados com atos de outros e assim julgados. Se com as com as nossas leis, nossos acordos, regras, combinados, já é difícil julgar corretamente e se soubéssemos o que Deus sabe e como sabe? Penso que quando "acertamos" há um testemunho de Deus que assim o fizemos. Quanto ao erro, vale a figura das trevas, no escuro perde-se a noção de como as coisas são de fato. Isso na igreja e fora da igreja. Um abraço mais uma vez.

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  8. Lembro-me do que li de um antigo comentário bíblico de Russell Norman Champlin ao livro de Romanos. Champlin foi um misterioso teólogo que sustentava certas posições heterodoxas, de sorte que é preciso lê-lo com cuidado. Mas, no citado texto, escrito nos idos dos anos setenta, ele fez uma predição certeira: que aquela geração do "é proibido proibir", do "liberar geral", da "revolução", juventude que não tinha nada por sagrado, que tratasse de se preparar para o mundo conturbado que iria encontrar na velhice.

    A nossa tragédia social brasileira é resultado da impiedade crescente e grassante até mesmo entre "evangélicos": "Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam" (Salmo 82.5). Só com os padrões morais do verdadeiro cristianismo verificaremos aquilo que a Bíblia ensina: "A justiça exalta os povos, mas o pecado é a vergonha das nações" (Provérbios 14.34).

    Parabéns pelo post, Ir. Jorge!

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  9. Vanderson [P.R.],

    Assino o seu comentário, como se fosse meu.

    Uma pergunta: Champlin morreu? Ao que me consta, ele ainda está vivo, ou estou enganado?

    Bem, de qualquer forma, não é preciso ser "profeta" para perceber em que tudo isso vai dar. A Escritura é fantástica em todos os seus aspectos, inclusive no de nos orientar a reconhecer que, não seguindo os seus princípios, a coisa irá sempre de mal a pior.

    Infelizmente há muitos de nós que ainda insistem em não ver o que está claramente revelado. E, faço a pergunta: deixar o mundo pior do que o recebemos não é uma prova de desamor para com as futuras gerações? [não estou falando de movimento ecológico nem de sustentabilidade do planeta, o que poderia ser, mas não é. Falo das questões éticas e morais que nossos filhos, netos, bisnetos, etc, herdarão: o banimento dos mandamentos de Deus; que os levará a sofrer as consequências na própria pele].

    E nem farei referência ao desamor para com Deus e a sua lei. Mas e o amor ao próximo, tão decantado e propalado, como é que fica?

    Grande abraço, meu irmão!

    Cristo o abençoe!

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